BAD BOY SAGA 2 - OS INSTRUMENTOS DA MORTE - PARTE 5

Um conto erótico de Wont Power Produções
Categoria: Homossexual
Contém 2076 palavras
Data: 08/04/2014 12:13:01
Assuntos: Gay, Homossexual

Bad Boy Saga 2+-----Os Instrumentos da Morte----+++Parte 5

- Deixe-me contar a história desde o começo. – Disse a diretora Emily me convidando para se sentar. – No inicio da idade moderna, a igreja católica era que dominava. A igreja católica perseguia as pessoas que ficavam contra ela e as jogavam na fogueira santa para serem mortas queimadas. Nessa época, as pessoas que eram mais perseguidas eram os bruxos, bruxas, feiticeiros, curandeiros e entre outros. Então uma bruxa decidiu acabar de uma vez por todas com as perseguições da igreja católica e para fazer isso, ela invocou um demônio e pediu a ele que criasse os três instrumentos da magia negra, que mais tarde foi chamado de os instrumentos da morte. Era apenas um anel de prata, um bracelete de ouro e um colar de cristal. Esses instrumentos mataram muitos católicos perseguidores na época. Anos depois a bruxa portadora desses instrumentos foi capturada e morta na fogueira santa e logo depois, o bracelete foi destruído. Seguidores dessa bruxa, conseguiram salvar o anel de prata e o pingente de cristal e esconderam esses instrumentos. O anel foi encontrado por uma família de bruxos e desde então foi passado de geração á geração.

A diretora Emily mostrou sua mão esquerda para mim e eu pude ver claramente o anel de prata brilhar em sua mão. Mas parecia um anel tão comum.

- O anel foi passado para a minha mãe e quando ela faleceu, foi passado á mim. – Emily continuou. – Esses instrumentos têm poderes enormes para aqueles que sabem usar. É magia. São jóias tão incríveis. Esse anel é realmente fantástico e ele também elimina os que não são puros, mas ele é uma fonte de magia boa. O colar é uma fonte de magia negra e é uma prisão para as almas dos bruxos que morreram por ele. O colar controla você, já o anel você pode controlar. É por isso que ninguém pode possuir esse colar e que ele deve ser escondido.

- Eu às vezes escuto vozes. – Eu disse. – Na verdade são sussurros.

- E o que essas vozes dizem? – A diretora Emily perguntou curiosa.

- Para eu as libertar. – Eu disse.

- O colar faz isso. Ele brinca com a pessoa que já o tocou. – A diretora Emily. – Eu também escuto vozes, por que eu já toquei esse maldito colar. Agora você tem que me prometer que essa nossa conversa vai ficar somente entre nós dois. Certo?

- Tudo bem eu prometo. – Eu disse. – não vou falar nada para ninguém, mas acho que a senhora deveria esconder esse pingente em um lugar melhor. Acho que em um armário de arquivo não é muito seguro.

A porta da diretoria se abriu e o garoto loiro que eu havia visto no pátio me encarou e depois olhou a diretora que por sua vez escondeu o pingente o mais rápido que conseguiu. O garoto pareceu envergonhado por ter abrido á porta sem bater antes.

- Desculpe, não sabia que a senhora estava ocupada. Eu volto depois. – Ele disse e voltou a fechar á porta.

A diretora riu para mim.

- Pode deixar. Vou providenciar um esconderijo melhor. – Ela disse.

- Só mais uma pergunta diretora. – Eu disse. – Esse anel em seu dedo tem mesmo poder real? Tipo, fazer objetos voarem e essas coisinhas. Como à senhora pode usá-lo?

- Não é poder. É magia. Usa-se com a sua força de pensamento, mas eu nunca o usei assim. Eu nunca tive o interesse. Eu o guardo em meu dedo para proteger. Imagine se algum desses dois artefatos caísse em mãos erradas.

- Entendo. – Eu disse. – Agora eu preciso ir. O intervalo é curto.

Despedi-me da diretora e sai da sala dela. Aquilo era simplesmente incrível. Era inacreditável. Eu era mesmo descendente de algum bruxo. Eu caminhava pensativo pelo corredor do colégio e ouvi passos apressados atrás de mim e então ele me alcançou. Senti sua mão em meu ombro.

- Oi. Como você está? – O Alexandre Evans me perguntou olhando em meus olhos.

Eu o encarei. Eu queria poder não vê-lo. Queria que ele ficasse longe de mim. Ele queria namorar comigo e eu não podia fazer isso. Uma por que eu não queria e outra por que o Josh era tudo para mim.

- Bem. – Respondi e continuei á andar.

- Ei, qualé. – Ele disse me seguindo. – Eu sou tão horrível assim? Por que não pode me dar uma chance? Sabe que eu sou caidinho por você.

Eu o encarei sério.

- Vai ver é por que eu amo outro. E vai ver é por que eu não gosto de namorar com alguém que só tem desejo por mim e nada mais. – Eu disse.

Ele olhou por cima do meu ombro e então se aproximou de mim e me agarrou. Senti sua boca na minha e então o gosto do seu beijo molhado. Eu estava tentando empurrá-lo, mas ele estava me prendendo contra o corpo dele. Ele me largou de uma vez e sorriu maliciosamente e voltou a olhar por trás do meu ombro. Olhei para trás e o Josh me encarava com raiva em seus olhos. Fiquei sem saber o que fazer. Olhei para o Evans que parecia contente.

- Você sabia que ele estava atrás de mim. – Eu disse querendo amaldiçoá-lo.

Josh virou ás costas para mim e eu corri até ele.

- Josh, não foi o que você pensou. – Eu disse segurando o braço dele.

- Me solta! – Ele gritou. – Eu não pensei nada! Eu vi!

Os alunos que estava no corredor nos encararam. Josh estava com ódio de mim.

- Por favor. Você tem que acreditar em mim. – Eu disse desesperado á ele. – Ele me agarrou. Ele que me beijou. Por favor acredite em mim.

- É ele te beijou e mesmo assim você não o empurrou? Mesmo assim você deixou rolar. – Ele disse com um tom de voz alto. – Eu sou imbecil. Sou tão idiota! Sou um babaca por pensar que você gostava somente de mim. Você fez uma promessa! Prometeu á mim! Sua palavra não vale nada! Por favor, se afaste de mim. Eu prefiro que a gente não se fale mais.

Aquelas palavras dele entrou em meu coração como se fosse nada mais nada menos que uma faca afiada que vai entrando e atravessando meu corpo. Era como se espinhos estivessem crescendo rapidamente dentro de mim. Ele virou ás costas para mim e me deixou ali sozinho... Naquele lugar que agora parecia escuro e sombrio.

- Você não precisa dele. – Disse Evans atrás de mim. – Ele não merece ter você. Se ele realmente te amasse, teria confiado em você. Teria acreditado no que você disse. Veja só Junior. Veja como seu Josh é de verdade.

- Você não presta! – Eu exclamei para ele. – Você não vale nada! É ruim!

Eu fechei á mão para acertá-lo ali mesmo, mas ele segurou a minha mão.

- Se está com raiva por causa do seu garotinho idiota e quer descontar em mim, eu acho melhor você ir ao banheiro e se olhar no espelho. E desconte no espelho. Eu apenas te libertei da falsidade daquele garoto.

- Você vírgula! – Disse Thales atrás de mim. – A gente tinha um combinado. Você separava os dois e eu te entregava o Junior. O Junior está ai. Agora depende de você conquistá-lo.

- É parece que você conseguiu Thales. Conseguiu o que você queria. Mas pra que? Por que isso? Vai mudar algo? Isso vai lhe fazer melhor? Vai trazer beneficio á você? Já você Evans... – Eu disse me virando para o Alexandre. – Eu nunca vou ficar com você! E eu não vou descontar no espelho do banheiro. Por que espelhos de banheiro são caros...

Eu fechei minha mão e dessa vez consegui acertar a cara dele. Ele cambaleou para trás. Aquela altura, uma rodinha de adolescentes curiosas estava formando um circulo á nossa volta.

- Agora você não vale nada. – Eu disse.

Sai daquele lugar. O que eu mais queria naquele momento era ficar bem com o Josh. Eu não podia perdê-lo. E eu não iria perdê-lo. Ele vai saber da verdade, nem que demore para acreditar nela. O sino bateu e eu estava com vergonha de mim mesmo. Eu não queria entrar em minha sala de aula e vê-lo com ódio de mim, vê-lo se afastando. Mas ele não apareceu na sala. O quarto tempo passou e o quinto também e ele não havia voltado para a sala. Eu estava preocupado com ele. Eu o amava. Por que ele não quis acreditar em mim? Quando bateu o sino para ir embora, ele voltou á sala para pegar as coisas dele e ele mal olhou na minha cara. Mais uma vez eu segurei o braço dele.

- Por favor, me escute. – Eu disse encarando ele. – Por favor. Você sabe que eu não faria isso com você. Sabe que eu te amo.

- É, mas quando você ama apenas uma pessoa, você não sai por ai beijando outra. – Ele disse tirando seu braço da minha mão. – Agora me deixe em paz.

- Mas eu não o beijei, ele que me agarrou. – Eu disse.

Ele retirou seu boné da mochila e o colocou, depois foi embora. Naquela hora, mais outra parte da minha vida tinha acabado. Peguei meu material, coloquei na mochila e fui embora. A cada passo eu tinha um pensamento. A cada passo eu pensava que a minha vida não tinha mais valor. Cheguei em casa e a única coisa que fiz foi me jogar na cama e chorar. Andrew chegou logo depois e eu não queria que ele me visse chorando, mas mesmo assim ele percebeu quando veio ao meu quarto falar comigo.

- Junior? – Ele perguntou se aproximando de mim. – Irmãozinho o que foi?

Ele se sentou na beirada da minha cama. Eu o abracei forte ainda chorando.

- Ele me odeia. Ele não quer mais falar comigo Andrew. – Eu disse. – Eu sou horrível.

- Você está falando do Josh? Mas o que foi que aconteceu? – Meu irmão perguntou.

- Um garoto me agarrou no colégio e me beijou a força e o Josh viu e agora ele não quer mais falar comigo. Eu tentei explicar tudo á ele, falei á verdade, mas ele não confia em mim. Ele agora me odeia.

- Não, para com isso. Pelo amor de deus, o Josh te ama. Vocês dois são tão apegados e eu não acredito que vocês estão se afastando por bobagem. Se o garoto realmente te agarrou á força, então a culpa não foi sua. Foi apenas uma crise de ciúmes maninho. Vai lá na casa dele. Vai falar com ele. – Disse meu irmão alisando minhas costas. – Vai dar tudo certo.

- Ele disse para mim nunca mais falar com ele. – Eu disse. – E se ele não quiser me ouvir. Eu tentei falar á verdade, mas ele não quis me escutar. Acho melhor deixar ele sozinho um pouco e depois eu tento falar com ele novamente.

- É verdade. Deixe-o sozinho um pouco. Ciúmes é uma coisa complicada. Na hora a pessoa que sofre ciúmes fica com tanto ódio que não quer nem tentar escutar a desculpa. – Andrew disse. – Isso vai passar. Você vai ver e logo você dois estarão juntos novamente.

Andrew me deu uma força. Eu tentaria falar com o Josh novamente em breve e tudo ficaria bem. Tinha que ficar. Eu iria fazer o que for preciso para tudo voltar ao normalJoshComo ele pode fazer isso comigo? Depois de tudo que aconteceu com nos dois e ele deixou um garoto idiota beijá-lo assim bem na minha frente, e pior foi que ele deixou o beijo rolar. – Eu disse zangado e olhando para o espelho. - Amanhã é aniversário dele e eu tinha preparado tudo. Eu tinha comprado os ingressos para o cinema e estava com dinheiro para passar em algum lugar legal e agora eu sinto apenas ódio. Eu queria poder sumir. Eu queria que ele e o Alexandre se ferrassem. Quer saber...

Peguei os ingressos do cinema e rasguei em duas partes. Minha vida sem aquele garoto era como se eu estivesse sozinho numa floresta escura, onde os espinhos estão por todos os lados e eles me arranhavam. Peguei meu estilete... Sim, aquele de apontar lápis e comecei á passar a lâmina em meu braço esquerdo. Sangrava conforme eu ia me cortando aos poucos. Queria mesmo era morrer do que passar aquela dor de perder o Junior. Eu não queria perde-lo, mas também não queria alguém que beijava outro além de mimCONTINUA

Wont Power - Produções™ e Eduardo Sampaio: OS INSTRUMENTOS DA MORTE.

Desculpe-nos os erros ortográficos e de gramática.

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