ENTRE HOMENS - CAPÍTULO 38 – PRIMEIRO PASSO À FELICIDADE

Um conto erótico de Antunes Fagner
Categoria: Homossexual
Contém 3385 palavras
Data: 07/04/2014 01:16:14

ENTRE HOMENS

CAPÍTULO 38 – PRIMEIRO PASSO À FELICIDADE

‘O amor verdadeiro tem que ser partilhado com todos. Ninguém na relação amorosa é uma ilha. O amor quando se isola e não se comunica para seu próprio enriquecimento tende a morrer de fome de sentimentos. ’

O casal dança de rosto colado. Com os braços recostados em ambas as costas. O momento mágico para os dois. Era como se existissem apenas os dois. Ninguém em volta.

“Sabe Alan nunca me sentira tão bem quando estou perto de você.”

“Sabia que eu posso dizer a mesma coisa. Quando estou precisando de alguém. A primeira pessoa que vem a mente é você.”

“Não queria te deixar convencido mocinho. Mas hoje sinto uma falta tremenda de você.”

“Não vou ficar convencido. Eu já sabia mocinho (risos).”

“Palhaço. O que você tem de lindo, você tem de engraçado.”

“Claro temos que levar a vida com a leveza que podemos dar a ela.”

Os olhos de ambos em dado momento foi tomado de muito afeto. Um momento único tomou conta do semblante de ambos. Os seus lábios já pediam para se deliciarem, sentir o gosto mútuo do sentimento que a cada momento ia crescendo pouco a pouco entre os dois. Um recostou na testa do outro seu rosto. Os olhares estavam iluminados pelo carinho singelo despertado desde o primeiro que se viram a beira do mar. Os olhos deles lembravam a ressaca marítima. Uma espécie de ímã que fazia que nada naquele instante os pudessem separam um do outro.

Não mais resistindo à atração mútua ambos se beijaram esquecendo-se de qualquer coisa ao seu redor. Era inevitável mais o amor do casal já era concreto mesmo sem afirmar qualquer tipo de compromisso. Ninguém escolhe por quem se apaixonar. Simplesmente acontece.

Não podíamos, mas negar que estávamos apaixonados. Tremendamente apaixonados. Nossos corações com o passar do tempo se tornara apenas um só coração. A nossa felicidade não cabia em nós mesmos. Estávamos dispostos a tudo. Mas no meu íntimo sabia que teria que superar o meu passado para ficar com Alan. Tinha que descobrir o que aconteceu naquela noite terrível em que me vi culpado por algo que não sei bem certo se fui capaz de realizar.

O sorriso de Alan era o meu alento, o meu bálsamo, o meu porto seguro diante de tantas incertezas que circundavam a nossa relação. Mas sabia que a vida estava me dando de presente o homem mais maravilhoso para ser meu companheiro. Alan me despertava para alçar novos voos. O seu jeito aventureiro me convidava para desbravar novos horizontes. Ufa realmente Alan é um homem especialLonge Da Cidade (Muy Adentro) (José Augusto)

‘Quero falar de luz

E não de escuridão

De uma manhã e de um céu azul

E não de um mundo que tem pressa

Em machucar a paz

Respira e celebra então a vida

O mundo natural e animal

E deixa que o amor seja original

E será

Vê como o vento acalma o sol

Sente o perfume de uma flor

Deixa a montanha ouvir teu suspirar

Prá te mostrar a liberdade

Longe das grades da cidade

Fala comigo bem por dentro

Prá encontrar a eternidade

As aves se preocupam somente em voar

O rio corre sem perguntar

Em ganhar

Que o mundo tem sempre um lugar

Prá você e prá muitos mais

Ninguém tem que tirar, nem invejar.’

Fazenda Paraíso.

Toda a família de Fernando estava reunida no café da manha. O cheiro do café preto quentinho inebriava os convivas ao redor da mesa. A mesa posta recheada dos quitutes regionais que abrem qualquer apetite menos voraz.

"Hoje é um dia muito especial não é verdade Taumaturgo?" Falou seu Fernando piscando para o filho.

"Posso saber o segredo dos dois?" Indagou Humberto.

"Rapaz curioso esse hein (risos)". Falou Taumaturgo

"Deixa de ser curioso rapaz. Mas tarde quem sabe você não sabe o que vai acontecer." Disse seu Fernando.

“Hoje é especial mesmo. Hoje é o dia da minha forca (brincadeirinha). Hoje é o dia que vou pedir a mão de Taumaturgo em noivado.” Falou todo nervoso Miguel.

(Risos).

“Quer dizer que você vai ser meu cunhado no papel Miguel?” Disse Humberto comendo um pedaço de bolo.

“Tem quer filhão sabe que o teu velho gosta tudo certinho. Mesmo o teu irmão estando junto com outro homem tem que casar. Ora bolas, não vou permitir essa pouca vergonha aqui em casa (risos).” Comentou seu Fernando.

"Amor passa o bolo de fubá." Pediu Rita ao Humberto. Logo quando a professora degustou um pedaço de bolo, sentiu enjoo. "Acho que não estou bem. Sei lá acho que essa fatia não me caiu bem."

“O que houve amor?”

“Sei lá nesses últimos dias estou tendo problema de enjoo. Acredito que até mais tarde passe.”

“Ritinha do meu coração. Sou muito nervoso, não estou gostando desse papo. É melhor voce procurar o médico.” Falou preocupado Humberto.

“Calma, amor. É apenas um mal estar que já já passa viu.” Tentou tranquilizar Rita.

“Hoje quero todos vocês em casa. Já falei para os outros peões tocarem a fazenda. Seu Miguel e você Humberto vão se preparar para o almoço. Chamei algumas pessoas da comunidade. Fiz-me entender.” Ordenou seu Fernando.

“Sim senhor!”

(Risos).

“Bom vou ter que ir até a cidade vizinha pra buscar aquela encomenda.” Declarou Taumaturgo olhando para seu Fernando.

“Acho bom te acompanhar Morr.” Colocou em prontidão Miguel para acompanhar seu amado.

“Opa. Seu Miguel fique quietinho aí. O meu filho é bem grandinho pra poder andar sem segurança por ai.” Interveio seu Fernando.

“Amorzão não precisa é serio. Mas tarde você saberá como todos que vão está no almoço.” Tranquilizou Taumaturgo e beijando seu amado Miguel.

“Você sabe que eu te amo né meu Anjo.”

“Sei sim. Claro que sei.”

“Nossa que coisa mais melosa isso. Está me dando dor de barriga.” Brincou Humberto.

“Humberto para de encher o saco do casal mais lindo que eu já vi nesse mundo!” Exclamou Rita.

“Só você né amorzinho pra achar esse dois marmanjos o casal mais bonito do mundo. Tenha dó eu sou o cara mais lindo do mundo.”

“Está com ciúmes maninho?”

“Eu sou mais eu mano. Você e esse seu namorado, marido sei lá o que seja nem chega perto da minha beleza.”

(RisosTaumaturgo se dirigia ao cartório quando próximo dali é avistado por André. O pseudo-peão fica de atalaia na espera da saída do ex-seminarista.

Passado algum tempo Taumaturgo sai do cartório e se dirige ao carro. Próximo de adentrar no mesmo é interpelado por André que o agarra pelo braço.

“Posso saber o que o amor de minha vida está fazendo por essas bandas?” Indagou sinicamente o peão.

“Primeiro não sou o amor de sua vida. Segundo trate-me de soltar o meu braço. Terceiro não lhe devo satisfação pelos meus atos!” Falou asperamente o ex-seminarista.

“Nossa você está ficando grosseiro que nem aquele peão que você diz que é teu namorado. Bem diz o ditado: ‘Quem com os porcos se mistura até os farelos come.’”

“Não vou repetir novamente. Largue o meu braço!” Voltou a ser mais áspero Taumaturgo.

“Desculpa. Não era essa minha intenção. Apenas queria conversar com você.”

“André coloca uma coisa na tua cabeça. Nunca você terá nenhuma chance comigo. Eu amo o Miguel.”

“Com o passar do tempo você vai perceber a loucura que você está fazendo ao me trocar por aquele troglodita.”

“O Miguel é muito mais educado e gentil que a sua ignorância possa perceber. Ele é um cara especial.”

“Eu sou o cara para você. O que você sente pelo Miguel é mera atração física. Isso passa. O homem de verdade para você sou eu.”

“Você está louco. Outra coisa nem sei o porquê estou perdendo tempo com você.”

“Perde tempo comigo porque no fundo você sabe que vai ser meu. Isso vai acontecer logo.”

Taumaturgo cai na gargalhada por causa da afirmativa de André e continua: “Nem que você fosse o último homem desse mundo. Nunca ficaria com você.” O ex-seminarista da às costas para o peão que fica enfurecido.

“Você não sabe Taumaturgo, mas a hora do Miguel está chegando. Estou cansado de perder para esse peão. Eu juro!”Na Fazenda Paraíso.

O cenário do almoço era composto de diversas mesas postas. Alguns moradores da comunidade começavam a chegar, inclusive dona Ruth (que tempos atrás não admitira a relação homoafetiva de Miguel e Taumaturgo) e iam se colocando aos poucos às mesas com toalhas de cor azul e ornamentadas com jarros que continham flores amarelas e laranjas. Música ambiente dava o tom de hospitalidade aos convivas.

Taumaturgo no seu quarto está um pouco pensativo e distraído, quando seus pensamentos são interrompidos pelo amplexo amoroso de Miguel.

“Morr você está pensando em quê?”

“Em nós amor. Como a vida caprichou para que fossemos felizes juntos.”

“Mor você está com medo?”

“Medo. Perto de você nunca terei medo... o que é isso amorzão. Sabe hoje eu sei que nunca poderia ser feliz longe de você.”

“Sinto-te tão distante agora. Aconteceu alguma coisa?”

Taumaturgo ficou um pouco em silêncio. Talvez não quisesse atrapalhar esse momento do casal com as intrigas de André.

“Por que você me pergunta isso?”

“Sei lá. Você voltou da cidade e se trancou no quarto queria saber se aconteceu alguma coisa?”

“Não aconteceu nada, minha vida. Quer dizer... o André que apareceu...”

“O que aquele filho de uma gaita te fez?” Já falou Miguel com a voz alterada.

“Não se preocupe meu amorzão. Eu tirei de letra. Ele apenas me dizia a mesma ladainha de sempre. Que eu deveria ficar com ele.”

“Vou agora esmurrar aquele canalha. Deixa-o comigo.”

“Calma! Era por isso que fiquei na minha, fiquei aqui trancado no quarto. Hoje não é dia para brigar. Afinal hoje você vai me pedir minha mão em casamento (risos).”

“Morr...” Coçou a cabeça o peão. “Isso me deixa nervoso!”

“Cadê o meu peão valentão?”

“Eu sou valente. Derrubo boi, touro bravo. Mato cobra. Mas nunca pedi a mão de ninguém em casamento.”

“Meu amorzão. Não se preocupe vai dar tudo certo.”

“Morr assim espero.”

Taumaturgo para tranquilizar o seu peão tasca-lhe um beijo demorado.

(Batidas na porta).

“Meninos vocês já estão prontos?” Indagou Rita do lado de fora.

“Entra cunhadinha.” Brincou Taumaturgo.

“Vocês ainda estão namorando. O seu Fernando está esperando apenas vocês para começar o almoço. Ora vocês são os noivos e não as noivas para se atrasarem (risos).”

“Ok! Vamos Miguel não podemos nos atrasar para o nosso noivado.”

O povo já estava tomando todos os espaços reservados para os convidados. Havia uma grande mesa reservada para toda a família do seu Fernando. Até que o casal esperado chega: Taumaturgo e Miguel. Ambos são recebidos com aplausos, tendo em vista que o motivo da festa era o noivado do casal.

Quando todos se acomodaram em suas cadeiras. Seu Fernando como bom anfitrião tomou a palavra:

“Sei que hoje é motivo de festa para a nossa família. O meu primogênito, Taumaturgo, vai assumir um compromisso com o meu braço direito que eu sempre tive como um filho, Miguel... Mas antes quero fazer uma coisa que há muito tempo deveria ter acontecido. Meu filho Taumaturgo você fez aquilo que combinamos?”

“Sim pai. Está aqui em minhas mãos.” Logo em seguida Taumaturgo passou o envelope para o seu pai.

Seu Fernando já um pouco emocionado chama para perto dele Humberto, o mesmo se aproxima sem saber o que estava acontecendo.

“Sabe pessoal este rapaz bonito que está aqui do meu lado é meu filho também. É fruto de uma outra relação. E por muito ele ficara desconhecido de mim. Mas o destino por meio dúbio o colocou perto de mim.”

“Pai o que está acontecendo? Não estou entendo nada!”

“Você já vai entender...”

“Estou sem entender nada.”

“Filho o que eu tenho aqui em minha mão (já falando com a voz embargada) é a tua nova certidão onde te reconheço como meu filho.”

Humberto não se contém e desaba a chorar pelo reconhecimento oficial de seu pai. Seu Fernando o abraça calorosamente.

“Meu pai eu te amo tanto. Não precisava.”

“Claro que precisava. Você é meu filho.”

“Nem sei o que falar.”

“Não precisa falar nada. Espero apenas que a gente possa recuperar o tempo perdido. Você e o Taumaturgo são os meus tesouros. São os homens que eu amo nesta vida.”

Pai e filho voltam se abraçar novamente. Seu Fernando tenta enxugar as lágrimas. Aos poucos se volta a se recompor e pede que todos se animem com o momento. Os garçons contratados começam a servir refrigerantes, sucos ou mesmo bebidas alcoólicas.

Dia Branco (cd O Grande Encontro)

‘Se você vier

Pro que der e vier

Comigo

Eu te prometo sol

Se hoje o sol sair ou a chuva

Se a chuva cair

Se você vier

Até onde a gente chegar

Numa praça na beira do mar

Um pedaço de qualquer lugar

Nesse dia branco

Se branco ele for

Esse tanto

Esse tão grande de amor

Se você quiser e vier

Pro que der e vier

Comigo

Esse tanto

Esse tonto

Esse tão grande amor

Se você quiser e vier

Pro que der e vier

Comigo.’

Miguel toma um copo e tilinta com um dos talhares que pode pegar. Todos os convidados param de certa maneira com as conversas paralelas e apenas observam o peão todo tímido.

“Por favor, peço a atenção de todos os presentes.” Solicitou Miguel ao demais.

(Falatório).

Logo em seguida o pedido foi atendido e ele continuou: “Gente estou um pouco nervoso.”

“Já sei é por causa do sogro.” Brincou Humberto sobre o nervosismo de Miguel.

“Amor você não está vendo que o Miguel está nervoso.” Recriminou Rita puxando a orelha de Humberto.

“Ai amorzinho... eu sei. Estou apenas tentando deixar o Miguel descontraído.” Brincou novamente Humberto.

(Risos).

“Estou nervoso mesmo. Sabe gente eu nunca pedi ninguém em casamento. Estou com as pernas bambas.”

“O que é isso, meu filho! Logo você Miguel que derruba touro bravo.” Exclamou seu Fernando.

(Risos).

Miguel quando fica nervoso começa coçar a cabeça com seu jeito tímido.

“Fala.” (Coro de alguns).

“Assim fico mais nervoso.”

Alguém do público brinca: “Vai deixar o noivo e fugir?”

(Risos).

“Senhor Fernando... venho lhe pedir a mão do seu filho Taumaturgo em casamento.”

“Somente a mão...” Brincou seu Fernando.

“Claro que não, quero o seu filho por inteiro.”

“Vamos fazer o seguinte: que tal você fazer esse pedido ao próprio Taumaturgo.” Falou seu Fernando.

Miguel tirou uma caixinha que continha as alianças do seu bolso da calça. Voltou-se para o seu Anjo e ajoelhando-se lhe diz: “Morr, você aceita ser o amor da minha vida por toda a minha vida?”

(Silêncio).

“Aceito sim. Claro que aceito. Você é o homem que eu mais amo nesta vida.” Respondeu meigamente Taumaturgo. Logo em seguida Miguel se levantou e colocou a aliança na mão direita de Taumaturgo.

“Beija, beija, beija...” (Alguns gritaram).

“Podemos seu Fernando?” Perguntou Miguel timidamente.

“Meu filho a voz do povo é a voz de Deus. Pode beijar o noivo.”

O casal de noivos se abraçou e trocaram um beijo suave cheio de muito carinho e amor que ambos nutriam.

Parecia que uma música envolvia Miguel e Taumaturgo ao ponto dos dois esquecerem tudo ao seu redor. Miguel conduzia o seu amado numa dança romântica esquecendo-se dos demais. O certo que aos poucos todos desapareciam e apenas o casal de pombinhos se espaçavam no meio da área do jardim.

Adoro Amar Você (Daniel)

‘Tá no meu paladar

Tá no meu olhar, olhando

Seu amor, meu amor

Fica latejando em mim

Tá no meu coração

Na luz do luar, luando

Fui me entregando

Dessa vez me pegou

Nunca foi tão bom assim

Quando não tô legal

Se estou mal eu te chamo

Quando me sinto em paz

Eu te amo, te amo

Tô afim de ficar com você

Mais uns 200 anos

Venha cá, menina

Vem dizer que me ama

Na vida, na morte

Na dor e na cama

O meu corpo precisa do seu

E a minha alma te chama

Ah! Eu adoro amar você

Como eu te quero

Eu jamais quis

Você me faz sonhar

Me faz realizar

Me faz crescer

Me faz feliz

O amor que existe

Entre nós dois

É tudo que eu sonhei

Pra mim

É mais do que paixão

É mais do que prazer

Amor que não tem fim!

Quando não tô legal

Se estou mal eu te chamo

Quando me sinto em paz

Eu te amo, te amo

Tô afim de ficar com você

Mais uns 200 anos

Venha cá, menina

Vem dizer que me ama

Na vida, na morte

Na dor e na cama

O meu corpo precisa do seu

E a minha alma te chama

Ah! Eu adoro amar você

Como eu te quero

Eu jamais quis

Você me faz sonhar

Me faz realizar

Me faz crescer

Me faz feliz

O amor que existe

Entre nós dois

É tudo que eu sonhei

Pra mim

É mais do que paixão

É mais do que prazer

Amor que não tem fim!

Ah! Eu adoro amar você

Como eu te quero

Eu jamais quis

Você me faz sonhar

Me faz realizar

Me faz crescer

Me faz feliz

O amor que existe

Entre nós dois

É tudo que eu sonhei

Pra mim

É mais do que paixão

É mais do que prazer

Amor que não tem fim!’

“Eu te amo meu Anjo.”

“Eu também te amo meu peão.”

“Não respiro, não penso, não como e nem existo longe de você.”

“Oxi meu peão. Posso dizer o mesmo.” Taumaturgo olhou fixamente para Miguel que por sua vez retribuía o olhar de forma apaixonado.

“Sabe meu Anjo em toda a minha vida nunca experimentei o amor com tanta intensidade como ao seu lado... Sei lá acho que estou sonhando. Que tudo não passa de um belo sonho, que ao abrir os meus olhos tudo vai desaparecer. E que você vai deixar de existir.”

“Dramático meu peão (risos).” Deixa de pensar em você se tornou uma coisa distante. Hoje mais do que nunca sei que és o homem que Deus preparou para que eu fosse feliz.”

Antes mesmo que o casal pudesse novamente se beijar uma mão acompanhada de uma voz estridente se antecipa. Era seu Fernando pedindo de Miguel a oportunidade de dançar com o noivo (seu filho Taumaturgo).

“Posso ter a honra de dançar com o meu filho, Miguel?”

“Claro seu Fernando.”

“Pai o que o senhor está fazendo?” Indagou Taumaturgo espantado com o seu velho pai.

“Ora quero dançar com o noivo.”

“Não precisa pai.”

“Claro que precisa. É costume o pai dançar com a noiva (risos). Além de que a tua mãe não está mais conosco para fazer esse papel.”Rita após dançar com Humberto resolve comer uma fatia de bolo.

“O que é isso meu amorzão. Noto que nos últimos tempos você está com fome de leão. Hoje mesmo provou de muitas coisas no almoço. Parece que você está comendo por dois.” Brincou Humberto sobre o apetite de Rita.

“Nada disso. Apenas estou aproveitando as guloseimas. Nossa tudo aqui está gostoso. Não vejo a hora de provar daquele bolo do noivado. Só pela aparência deve estar gostoso demais.”

“Nossa que hoje você está uma leoa.”

“Nada disso Humberto, apenas estou aproveitando o momento doce da vida. Ok!”

“Ok! Só não quero minha mulher sem medidas.”

“Bobão sei me cuidar muito bem para o seu governo!”

Seu Fernando ao longe convida a todos para o momento tão esperado que era saborear o bolo do noivado.

“Viu amorzinho. Vamos que quero experimentar essa delícia.”

Miguel e Taumaturgo tomam a espátula e começam a cortar a primeira fatia de bolo.

(Aplausos).

(Falatório).

“A primeira fatia desse bolo vai para o meu pai, que nestes últimos tempos tem se mostrado o melhor pai do mundo.” Falou Taumaturgo dando a fatia cortada pelo casal e terminando num abraço dos noivos com o seu Fernando.

“Não vejo a hora de provar desse bolo.” Falou Rita com a boca cheia d’água. Logo quando provara da fatia de bolo Rita começa sentir mal. Começa a sentir sintomas que vai desmaiar. Humberto percebendo que Rita não estava bem tenta apoiá-la. Mas antes mesmo que isso pudesse acontecer ela desmaia.

“Gente! Pai! Alguém me ajuda aqui!”

Todos logo se voltam para Rita que está desmaiada no colo de Humberto.

Continua...

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Comentários

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É gravidez ou teve uma má ingestão forte hehe. O André vai ter que apanhar mais pra aprender. É o romance do Enzo vai até bem, mas o capetinha do Pablo não vai gostar.

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Quem sabe o seu Fernando nuam vai ter um neto ou neta? Quem sabe se o Taumaturgo vai ter um sobrinho?

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Se a Rita estiver grávida não terá muita graça... (a não ser que o Humberto seja estéril, aí temos um conflito muahaha). Quem sabe ela não esteja com alta taxa de acúçar no sangue e passe a desenvolver diabetes. Seria legal pra história rsrs

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