Um amor duplaente proibido II (parte 3)

Um conto erótico de H. C.
Categoria: Homossexual
Contém 1421 palavras
Data: 06/04/2014 07:36:01

Sou sempre grato a vocês que leem minha história. É realente divertido compartilhar esses sonhos e mais emocionante saber que alguém acha eles interessantes. É verdade que boa parte de vocês imagina uma coisa e outra que vai acontecer, há eventos que são muito parecidos de uma história à outra, mas afirmo que a essência do conto é particular, pois já li diversos contos deste site e vi poucas com contesto próximo a minha.... Em fim, ao conto!

Parte 3

“A principio não entendi onde estava. Não era importante. Parecia uma campina com uma vasta quantidade de flores tão belas quanto o cosmos e tão cheirosa quanto o melhor dos aromas, cheiros que me faziam ter boas recordações e sentimentos positivos. Ao longe se avistava uma floresta e havia o barulho da cachoeira. O Timos apareceu ao meu lado sorrindo, feliz. Ele estava bem engraçado, com uma roupa que o fazia parecer um personagem de um videogame. Havia mais alguém ali. Eu sentia no fundo dos meus ossos que era uma pessoa muito importante para mim, não parecia minha mãe nem meu pai e não faço ideia de quem era, só podia identificar uma sombra deformada que mudava constantemente de forma deixando difícil identificar se era homem ou mulher, velho ou novo. Impulsivamente estendi minha mão para tocar a beirada do ser, mas a sombra se afastou, e afastou mais ainda. Quanto mais ela se afastava mais eu ficava triste, sozinho. Sentia dor, não física, mas forte. As flores murcharam, o ar ficou pesado e rarefeito e eu vi a sombra chegar a beira de um abismo escuro, o qual não se via o fundo. Tentei ir atrás, porém o Timos me segurou. O ser olhou através de mim e sem hesitar se atirou dentro do escuro. Nesse momento a dor foi tão intensa que gritei, gritei com um sofrimento em minha voz que não sabia que poderia existir.”

Nesse momento eu devo ter acordado e o grito se tornou real, pois senti, momentos depois, o abraço de minha mãe. Eu desabei em lagrimas, não tenho certeza do motivo, acho que preferi esquecer.

Maria – Lucas, filho, o que houve?

Eu – só... Me abraça...

Provavelmente os instintos dela disseram que era o mais importante agora, sem perguntas, somente carinho. Acho que passou alguns minutos e eu já estava deletando o sonho. Sabe, quando temos um sonho costumamos esquecer a maior parte, eu era grato a isso, porque detestaria ter que lembrar do acontecido. Os soluços foram parando e eu finalmente me recompus. Minha mãe se afastou um pouco e percebi que meu pai também estava no quarto.

Maria – agora conte. O que aconteceu?

Eu – Eu tive um pesadelo...

João – nunca o vi assim antes filho... Esse pesadelo deve ter sido bem ruim... Não quer nos contar?

Eu – não. Quero esquecer, é muito difícil suportar mesmo que seja só uma lembrança.

João – tudo bem.

Maria – vê se consegue dormir filho.

Eu – ta mãe.

E eles saíram do quarto. Fiquei rolando de um lado para o outro na cama e não pude deixar de lembrar algumas poucas coisas do sono. A sombra e a dor. Quem era aquela pessoa, porque não conseguia me lembrar?

Minha cabeça ficou perdida em tantos questionamentos que não voltei a dormir. Chegando minha hora, fui tomar um longo banho e, depois, desci para tomar meu café. Meus pais ainda tentaram indagar, porém logo desistiram, pois perceberam que eu não havia dormido bem e que só me fariam ficar mais aborrecido.

Na escola não consegui prestar atenção nas aulas. Duas vezes o professor chamou minha atenção, pois eu estava dormindo. Alguns chegaram a rir, uma vez que, geralmente, eu era o que mais prestava atenção. No intervalo fui até a sala dos professores. Eu sei que os alunos não costumam fazer isso, mas eu já estava bem “intimo” da maioria dos professores. Entrei e perguntei ao professor que daria minhas próximas aulas se ele passaria algo importante. Depois que ele disse o assunto falei que já o avia estudado e como não passaria exercícios ele acabou me dispensando.

Fui falar primeiro com os professores por educação, depois fui à sala do diretor e pedi que me liberasse das aulas restantes, porque eu não estava conseguindo me manter acordado. Ele relutou dizendo que sono não era desculpa para faltar às aulas. Expliquei que já conversei com meus próximos professores e eles disseram que, dado meu nível, não haveria problema.

Passei na sala para pegar minhas coisas e fui para a saída. Sinceramente eu estava mais dormindo que acordado. Não estava com a mínima disposição de andar até em casa, nem pegar um ônibus, logo chamei um taxi. Chegando em casa fui para o meu quarto e desabei na cama.

Pode parecer engraçado e até meio louco, mas sonhei com penas, travesseiros e mais penas. Não eram penas comuns, eram grandes algumas brancas, outras pretas. A verdade era que, mesmo no sonho, eu estava com sono.

Acordei com minha mãe me sacudindo, falando algo sobre batatas, queijo e almoço. Talvez eu estivesse imaginando a parte das batatas e do queijo, todavia era de certeza que alguém me chamava para almoçar. Meu estomago deu um leve ronco e acabei indo comer, mesmo com a minha cabeça gritando que eu queria continuar com as penas e os travesseiros.

Contei do melhor jeito que pude o ocorrido a meus pais. Bem, geralmente os pais ficam alarmados quando o filho faltar à escola ou faz qualquer coisa diferente daquela rotina como sonhar com batatas... Ou seriam penas... Enfim, meus pais não eram assim, eles confiavam veemente em meus julgamentos, pois sabiam que eu “sabia” o que fazia.

Sempre fui racional em minhas decisões, talvez isso tenha me feito ficar isolado e sem amigos, as pessoas dificilmente gostam de ouvir a verdade e tem medo de pessoas frias como eu, calculistas. Não que eu pudesse controlar. Meus pais me conheciam, jamais dei um motivo para que se preocupassem, principalmente na escola que minha media não era menor que dez, se modéstia. Claro que a senhora Maria e o Senhor João eram pais preocupados com a saúde social do filho, principalmente meu pai que dizia que eu deveria arranjar amigos e uma namorada, talvez seja esse o motivo para mim ter namorado em minha antiga cidade, não que ela tivesse algum valor real...

Quando acabou o almoço voltei para meu quarto, já que a soneca que dei não conseguiu apagar nem um décimo do meu cansaço. Desabei na cama novamente e voltei aos sonhos, penas e travesseiros... Engraçado... Os travesseiros eram verdes e azuis. Devo ter atirado pedra na crus, pois fui brutalmente arrancado de meus sonhos por meu celular tocando.

Atendi com os olhos inchados de sono, como se eu ainda não houvesse dormido nem uma horinha sequer. No visor reconheci o número do Timos. Relutante, atendi.

Eu – alô?

Timos – hei Lucas! Como você está. Perguntei e você tinha sumido na hora do intervalo. O que ouve?

Eu – Eu não dormi noite passada, não consegui ficar acordado e achei melhor vir para casa... Na verdade ainda estou morrendo de sono, como se... Não adiantasse dormir.

Timos – sei... Ia te convidar para dar uma volta, mas como você está assim eu deixo para outro dia.

Eu – então outro dia agente sai.

Timos – ok, bons sonhos e até amanhã.

Eu – adeus...

Já estava escuro. Olhei no celular e vi que já eram sete da noite. Sentia bastante sono, mas um pouco de fome também. Resolvi comer logo alguma coisa e depois voltar e dormir, poderia dormir até tarde no outro dia, pois era final de semana.

Depois de jantar uma coisa qualquer, sozinho, voltei para meu quarto e me atirei na cama, rezando para ter uma noite de sono boa o suficiente para me deixar em pé no dia seguinte, mas há vezes que tudo dá errado, coisas ruins começam a acontecer sem explicação. Acho que o “Chefão Número Um” não vai muito com a minha cara, pois minha noite foi péssima.

Continua...

Desculpem-me se o conto ficou um pouquinho maior do que o habitual, é provável que aja alguns maiores, principalmente quando outras personagens começarem a contar. Desculpem-me também por não responder aos comentários, pois estou sem palavras. Espero que vocês continuem lendo, porque, embora eu deteste escrever e gramática, contar a história e muito bom, além disso, vem muita coisa pela frente... vocês sabem, o de sempre: Comentem, critique e escrevam suas opniões acerca do conto. Ao final não deixem de atribuir uma nota. Até a próxima!

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Comentários

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MUITO BOM. ESPERANDO O MOMENTO DELES SE REENCONTRAREM PARA VER A REAÇÃO DE AMBOS.

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