É BOM E É TÃO DIFERENTE 53

Um conto erótico de Patrick
Categoria: Homossexual
Contém 1525 palavras
Data: 29/04/2014 17:44:42

...

Eu levantei a cabeça para olhar para ele, já estava pensando "Affê, de novo não", mas ele deu um sorriso torto.

- Eu não... Deixaria você sofrer, não na sua casa, não a pessoa por quem eu daria a vida - eu o abracei forte. Dessa vez eu não chorei, não sei explicar, mas tudo que eu queria que eles não pensassem é que eu seria mais fraco ou “mais mole” por ser gay.

Meu pai mesmo sendo o típico homem grande e das cavernas (parece mais com o meu irmão) era um cara muito firmeza, sempre foi engraçado e apesar de não demonstrar muito seu amor, sempre dava beijos nas nossas cabeças e aquele ato era tudo o que ele queria falar e passar, nós já entendíamos o seu amor.

Nós nos sentamos a mesa e o clima estava estranho, evidente, mas sabia que não demoraria para tudo entrar nos eixos.

Queria esclarecer algo, nos capítulos anteriores "o tempo passou" e não houve muitas novidades, mas isso não quer dizer que eu estava morto ou vivendo igual um morto-vivo. Eu saía com meu irmão, algumas vezes com o Edu, outras com colegas que havia feito na faculdade. Eu conheço muita gente e nesse período eu conseguia tentar me divertir em boates, clubes, etc, convites nunca faltaram. Tinha sim ficado com algumas três garotas e dois rapazes. Quase sempre quando já estava bêbado e só queria curtir. Mas nada que valha a pena incrementar neste. Foram pessoas que surgiram e partiram, sem envolvimento emocional, mesmo porque não estava querendo.

Por fim, naquela tarde fiquei na casa dos meus pais com a Lize, não tínhamos o que fazer, ou não queríamos, considere também. Eu fui para o computador, estávamos falando com o Christian pelo Skype, ele estava em uma curta viagem e voltaria no dia seguinte, eles haviam voltado a se entender e tudo mais, estavam “ficando”, vocês devem imaginar...

No fim da conversa que já estávamos falando uma besteira qualquer o Skype fez aquele barulho de nova conversa, eu fui ver quem era e era o Cadu, eu olhei para a Alice. Nos despedimos do Christian prometendo ligar depois.

- Ele não vai curtir me ver aqui... – disse fazendo um careta de “fudeu” – Vou esperar lá fora – disse tentando se levantar, era muito engraçado ver ela enorme de gorda haha.

- Não Lize, fica aqui... Nem vai conseguir levantar sua obesa – ela fez um bico de inconformada e voltou a se deitar na cama jogando o controle da televisão em mim.

- Hahaha Ei louca, por um triz não acertou a minha cabeça.

- Ai Tick, atende logo isso que eu já tô nervosa...

Eu atendi e estava o César, o Dani e o Cadu, eles estavam lindos como sempre. Charmosos. O Cadu continuava lindo e eu balancei de primeira.

Eu: Quanta gente bonita em uma tela só...

Dani: Eu não respondia por mim se ti visse por aí... Tá lindo – o Czar passou o braço por cima dele e o deitou na cama. Estávamos rindo.

Cadu: Olha a mamãe... Tá linda.

Lize: E enorme... – todos falaram “verdade!” hahahaha. – Engraçadinhos, melhorando o meu humor.

César: E o papai está preparado? – Alice me olhou com cara de quem perguntava se eu não tinha falado, e não, eu não havia contado que não iria mais assumir.

Eu: É... Não serei mais o pai, o Christian que é o pai, ele irá cuidar... Eles estão se acertando também... – ficou um silêncio, senti que todos queriam olhar para o Cadu.

Lize: É... E o Trick já conversou sobre os pais sobre ser gay também... Teve confusão, mas tudo se acertou hoje... – Alice com certeza havia percebido que eu não tinha contado nada para eles e resolveu... Ajudar?

César: Nossa... Não esperava. Assim ficará mais fácil pra você assumir um relacionamento concreto e ser feliz...

Dani: Que ótimo que tudo se acertou, Trick. E é isso que o Czar falou, vai tudo ficar mais fácil.

Isso mesmo, todos eles estavam dando indiretas para eu me acertar com “alguém”, acho que vocês já perceberam quem. O Cadu ficou calado o tempo todo depois do “e o papai?”, essa conversa foi tudo de uma vez. Sem momento para respirar. O César e o Dani disseram que iriam preparar comida e a Alice disse que iria conversar com meus pais sobre uma “coisa”, acabou ficando apenas Cadu e eu.

- E então, como foi pra você? Tudo isso...

- A... Sobre não assumir mais o bebê acho que foi melhor assim mesmo, o pai agora é um cara legal, ele só pirou de primeira... E sobre contar para a minha família a minha sexualidade foi terrível, escutei o que não queria, eles também devem ter se magoado. Mas tudo irá se resolver... – ele fez sinal de positivo com a cabeça e eu continuei para não morrer o assunto – E você? Como está?

- Estou do mesmo jeito Patrick, estudando, saindo poucas vezes... Solteiro...

Ficamos conversando coisas quem haviam acontecido com a gente, atualizei-o sobre meu trabalho, meu curso paralisado e essas coisas, ele o mesmo. O tempo foi passando e os meninos o chamaram para comer e nos despedimos. Alice estava na sala assistindo jornal com os meus pais, a chamei para comer, passamos na casa do Edu e fomos juntos. É sempre agradável sair com eles, e daquela vez não foi diferente.

Passado poucos dias Alice começou a sentir contrações depois de às cinco horas da tarde, ela estava com o Christian, que segundo ela ficou desesperado e ela tranquila. Ele me avisou quando ela já estava em trabalho de parto, eu pedi licença no restaurante para ir ao hospital cheguei e eram por volta das cinco e quarenta. Esse negócio que parto é chegou, abriu a pepeca e o neném saiu e tudo caô, gente, coisa de novela. O bebê nasceu 18:31 da tarde, ele pesava (se não me engano) 3,400 kg, tinha 47 centímetros. Se chama Anthony Lucca (segundo a Lize ele tinha que ter nome de artista haha). Ele é lindo, nasceu com o cabelo muito negro igual do pai e como era o da Lize, era bem branquinho, ele era o misto dos dois.

Ela ficou mais quatro dias no hospital, sempre que podia eu estava lá, todos estavam bobos, meus pais se consideravam avós, então o Thony tem três casais de avós.

No mês de outubro nós vivemos para paparicar o Thony, mesmo ele passando mais tempo dormindo do que acordado. Eu havia voltado a conversar com o Cadu com frequência, sempre comentando o dia-a-dia, mandando foto de umas pessoas zuadas para zuarmos juntos (quem nunca? haha), mas ainda não tínhamos tocado no assunto “nós” porque claro, o nascimento do bebê era recente e esse assunto tomava conta de tudo. Mas em fim uma madrugada (eram por volta 7 horas lá e 3 horas aqui) nós conversamos sobre isso, eu já estava com muito sono, mas continuei conversando.

- Patri, tudo se resolveu não é? É diferente ver que todos os errados deram certo e nós que éramos certos estamos separados.

- O que? Hahaha.

- Ah Patrick, você entendeu...

- Entendi... Talvez estivéssemos errados em pensar que éramos certos.

- Você acha?

- Não... Porque eu te amo e se te amar é errado... Eu não quero estar certo. E assim nós podemos ser errados que darão certos.

- Haha que papo estranho com esses errados e certos... O certo vem de cada um, certo?

- Certinho...

- E... Eu também te amo... Devo desculpa por ter te deixado em uma hora que você esperava que eu estivesse junto e que eu ficaria feliz também... Eu só não gosto de forçar, eu não fiquei tão contente porque eu fiquei com ciúmes... Imagina você me ver formando uma família e perceber que você não faz parte, eu me senti... Angustiado, me vi te perdendo.

- Eu te entendo Cadu, eu não deveria ter tomado essa decisão tão depressa. Mas já passou, tudo por fim está nos eixos.

- Tudo não... Nós não estamos.

Eu não sabia o que responder, em situações como esta eu o beijaria e tudo ficaria claramente resolvido, mas ele estava em outro continente e eu não sabia o que fazer, nem o que responder. Eu não poderia morar lá porque sou apegado a minha família e amigos, até gosto bastante do meu estado. Ele não poderia voltar porque teria estava todo resolvido por lá e o Cesar estava construindo a vida dele lá, junto ao Dani.

- Cadu, eu não sei mesmo o que falar, você sabe que essa distância é foda, você não pode voltar, eu não consigo ir... Não sei como resolver isso.

- Tudo bem, Patri... Tenho planos. Bom, você deveria ir dormir, já que aí ainda é madrugada, eu vou estudar e estudar. Bom dia pra você. Beijo a... Patri.

Eu não entendi a pressa em desligar, pensei até que havia falado uma besteira daquelas. Mas tudo isso faria sentido depois.

...

Meus fofos lindos, estou bem apertado ultimamente. Peço desculpas pela demora. Infelizmente não tô com tempo nem para responder os comentários, desculpa por isso também e por ter ficado menor do que eu queria.

Obrigado a todos que acompanham, desculpem-me os erros e a demora.

Abraços a todos.

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Comentários

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O que será que o Cadu está planejando .. No Aguando .. Abraço

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Esse papo de errado em certo é o "tres esquerdas viram pra direita" kkk. Também quero saber como vocês vão solucionar (ou solucionaram) esse problema da distancia :(. Relaxa que o capítulo contou com bastante conteúdo.

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Fofo...vc é muito especial vamos aguardar o proximo, um li do conto...nota mil 1000 ....fofo...abracos a todos...

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Aiiwn Que Fofo, e agr Trick ?? Quero esse Casal de novo, acho que vc tocou no assunto que ele nao queris, entao ele vai voltar, e vai ficar cm vc ♡ Aiiwn Que Amor, Amo esse casal e o conto :* Sou seu Fã

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Trick seu lindo! Que bom que no final de tudo sua família tr entendeu e você voltou com o Cadu! Eu sabia que mais cedo ou mais tarde o amor ia falar mais alto do que tudo o que deu errado! Feliz de mais por saber que vocês conseguiram se enteder! Posta logo o próximo lindo!

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BOM DEMAIS. TE ENTENDO, VOCÊ POSTANDO QUANDO DER ESTÁ VALENDO. ABRAÇOS.

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Fiquei arrepiado...gostei do conto...tudo bem so nao suma trick....ate a proxima...bjs

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