ENTRE HOMENS - CAPITULO 40 - PAIXÕES

Um conto erótico de Antunes Fagner
Categoria: Homossexual
Contém 3852 palavras
Data: 27/04/2014 23:24:31

ENTRE HOMENS

CAPITULO 40 - PAIXÕES

‘A beleza dos seus olhos quando olham pra mim. Na verdade nunca vi nada igual. ’

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxComo combinado Alan vai até o apartamento onde tinha deixado Romeu. Toca a campainha e nada de alguém atender. Ele toca na maçaneta e percebe que a porta está aberta.

“Romeu! Romeu!”

O rapaz não responde aos seus apelos. Alan começa a olhar por todos os cômodos do apartamento. E nada de encontrar o rapaz. Começa a sentir que algo não está certo naquele exato momento.

“Romeu! Romeu! Onde será que esse cara se meteu?”

Alan escuta o barulho do chuveiro ligado e vai até o banheiro. Chegando lá abre a porta e ver Romeu enforcado com uma corda amarrada em seu pescoço dependurado pelo basculante do banheiro.

“Não... porra... quem fez isso contigo cara?”

Alan tenta desesperadamente tirar ele daquela situação em que se encontrava. Mas percebe logo que Romeu já está morto. O modelo pega o seu celular e liga para Roberto.

“Mano corre rápido para cá.” Já falava nervoso o modelo e chorando.

“O que houve mano. O que aconteceu?”

“Eu vim até o apartamento do Romeu para busca-lo e o encontrei morto.”

“Você mexe em alguma coisa ai?”

“Eu tentei tirá-lo do banheiro.”

“Fera, por favor, não mexa em nada. O local do crime tem que ficar intacto. Você devia saber disso. Vou fazer o seguinte vou avisar a policia e já vou pra aí com você. Fica calmo.”Passado algum tempo a policia aparece juntamente com Roberto.

“Não se preocupe Alan. O investigador vai falar com você. Coisas de praxe. Ele é meu amigo. Depois vamos poder ir embora.”

“O que vai acontecer com o Romeu?”

“Não se preocupe mano. Vamos entrar em contato com a família dele e vamos providenciar o translado do corpo para sua cidade.”

“Cara quem foi o crápula que teve coragem de fazer isso com ele. Romeu já estava de partida. Estava se preparando pra voltar pra morar com os seus familiares.”

“Alan a vida é assim mesmo... Você sabe que o Pablo passa a ser suspeito desse crime. Bem que não tenho provas contra ele. Mas você sabe muito bem que ele mandou mandar o cara anteriormente. E pelo visto se for ele mesmo, ele realmente concretizou.”

“Se realmente o Pablo tiver alguma coisa haver com isso. Eu realmente não sei quem é esse cara.”

“É bom você se preparar para tudo. Afinal pelo o pouco que tenho colhido a respeito do teu ex-namorado, ele é capaz de tudo, de tudo mesmo.”

“Sei que ele prejudicou o irmão de Romeu, sei que o Pablo se mostrou com um comportamento duvidoso nos últimos tempos. Mas ele ser assassino, vai ser demais pra mim.”

“Lembre-se de uma coisa meu caro: ‘Onde há fumaça, há fogo! ’”

O investigador se aproxima de Alan e lhe faz algumas perguntas:

“O que lhe trouxe aqui no apartamento da vítima?”

“Eu vim busca-lo. Eu o tinha deixado aqui mais cedo.”

“Qual era sua relação com a vítima?”

“Ele tinha sofrido um acidente de carro e recentemente havia saído do hospital. Resolvi deixa-lo em casa pra se recuperar. Mas ele estava com planos de voltar pra casa dos pais.”

“Por enquanto somente isso senhor Alan.”

“Investigador você tem alguma novidade sobre a morte de Romeu?”

“Por enquanto estamos trabalhando com a ideia de suicídio. Nada foi levado do apartamento.”

“Mas eu encontrei o apartamento com a porta aberta.”

“Sendo assim vamos trabalhar com a hipótese de latrocínio ou mesmo de assassinato além do suicídio.”

“Vamos Alan você precisa sair daqui. Vamos deixar a policia trabalhar. O meu amigo já está liberado?”

“Como eu disse por enquanto sim.” Disse o investigadorNa fazenda Paraíso.

Miguel e Taumaturgo estão aproveitando a tarde para um passeio a cavalo. O ex-seminarista esta montando no seu cavalo de estimação, o Ventania. A tarde está convidativa, o céu esperando ser abraçado pela noite; poucas nuvens deixando os últimos raios solares perpassar as mesmas. A brisa do vento no rosto do casal rompendo na velocidade de seus equinos o limite do tempo. O cowboy conduzindo o seu garalhão doutro lado o amor de sua vida. A paisagem cooperando para um belo desfecho vespertino. O cheiro do mato sendo o aroma adentrando na percepção do paraíso criado para todos desfrutarem. Em alguns espaços se aglomeram várias árvores formando uma espécie de passagem. Os cachos floridos dão o tom harmonioso e campestre. Miguel convida seu Anjo para dar uma parada. Os dois amarram seus cavalos próximo um pequeno cercado que está próximo da cachoeira onde em outro momento desfrutaram.

"Amor vamos nos sentar aqui nessa pedra. Vamos aproveitar o entardecer magnífico que Deus hoje nos presenteia. Sabe filho o ser humano tem um mundo tão belo pra cuidar. Tem as graças para trabalhar por um mundo melhor. Deus sempre se preocupa com a gente. Ver até no fim de um dia como esses temos a chance de ver toda essa beleza."

“Acredito que sempre poder ver os encantos de Deus na natureza, meu Anjo. Sabe minha vida sempre foi essa. Uma vida no campo onde tenho contato com o mato, com os animais. Onde posso experimentar a generosidade da vida.”

“Engraçado você falar nisso meu peão. Às vezes o nosso dia a dia no convento era tão corrido que nem percebíamos a beleza do jardim que ficava no centro do claustro. Lembro-me uma vez que fiquei sentado bem à frente do jardim. E de repente meus olhos descobriram a beleza de algo que sempre esteve ali.”

“Sabe sentir o cheiro da mata. Ver aquela queda d’água adiante meu amor. Isso aqui não tem dinheiro do mundo que pague. A natureza é linda demais. Mais tem uma coisa que é mais linda que tudo isso...”

“O que meu peão?”

“A beleza dos seus olhos quando olham pra mim. Na verdade nunca vi nada igual.”

“O teu jeitão de másculo me deixa encantado, mas o teu jeito meigo e carinho me arrebata. Por isso que te amo tanto.”

“Você sabe né meu Anjo que sou louco de ciúmes.”

“E eu não sei (risos).”

“Mas percebi que com você o medo deu lugar a certeza. Você sempre demonstrou que o meu ciúme era uma doença, uma insegurança.”

“Miguel o ciúmes é sinal de insegurança. Temos que entender que amamos o outro na liberdade da própria pessoa. Quando se ama realmente deixa-se o outro livre. E se realmente o outro sente total liberdade. Ele volta. Por que só voltamos onde nos sentimos respeitados, bem quistos e amados.”

“Sábias palavras meu ex-padre (risos). Tinha esquecido que além de lindo você também é muito sábio.”

Meu Eu Em Você (Victor e Leo)

‘Eu sou o brilho dos teus olhos ao me olhar

Sou o teu sorriso ao ganhar um beijo meu

Eu sou teu corpo inteiro a se arrepiar

Quando em meus braços você se acolheu

Eu sou o teu segredo mais oculto

Teu desejo mais profundo, o teu querer

Tua fome de prazer sem disfarçar

Sou a fonte de alegria, sou o teu sonhar

Eu sou a tua sombra, eu sou teu guia

Sou o teu luar em plena luz do dia

Sou tua pele, proteção, sou o teu calor

Eu sou teu cheiro a perfumar o nosso amor

Eu sou tua saudade reprimida

Sou o teu sangrar ao ver minha partida

Sou o teu peito a apelar, gritar de dor

Ao se ver ainda mais distante do meu amor

Sou teu ego, tua alma

Sou teu céu, o teu inferno a tua calma

Eu sou teu tudo, sou teu nada

Minha pequena, és minha amada

Eu sou o teu mundo, sou teu poder

Sou tua vida, sou meu eu em você.’

O barulho da água caindo da queda d’água era um convite ao casal para se deliciar naquela água fria. Miguel toma a iniciativa:

“Que tal um banho agora em meu Anjo?”

“É uma boa pedida agora pra refrescar o nosso passeio.”

Miguel se aproxima de Taumaturgo rouba-lhe um beijo. E ao mesmo tempo vai abrindo os botões de sua camisa. O ex-seminarista está usando uma camisa branca com detalhes vermelhos. Taumaturgo vai aproveitando a situação e fazendo o mesmo com o seu noivo. Ao ver o peitoral do seu amado exposto, começa a lhe mamar seus mamilos. Miguel sente um prazer incomensurável. Seus lábios tocam-se por causa do prazer que lhe é proporcionado com cada toque dos lábios de seu Anjo.

O peão toma para si o rosto de seu amado e dá-lhe um beijo mais demorado. Agora sem pressa. Deixando seus lábios degustarem o sabor dos lábios do outro. Enquanto se beijavam as nádegas de Taumaturgo eram apalpadas pelas mãos do peão. A cada momento o peão enchia mais e mais suas mãos com uma voracidade ao tocar a bunda do ex-seminarista.

Os dois começaram a se desvencilhar das calças e dos sapatos, até mesmo de suas cuecas, ficando totalmente nus. O casal correra de mãos dadas até o córrego. Chegando próximos deram um pulo na água que estava totalmente fria. Mas adiante ambos emergem. Seus rostos envoltos de água se descobrem novamente noutro beijo por ambos trocado. Miguel aproveitava que o seu Anjo estava totalmente pelado e aproveitara para tocar cada parte de seu corpo. As suas mãos demoravam-se mais ainda quando chegavam da bunda do mesmo. Por sua vez Taumaturgo se entregava como se fosse a primeira vez. Seus corpos molhados eram uma imagem única, onde o desejo sexual do casal era amenizado por suas línguas que se tocavam, trocando salivas e gostos.

Miguel estava totalmente encantado por seu Anjo. Ao beijá-lo sua mão direita sempre dava um jeito de adentrar o rego do cuzinho de Taumaturgo. A cada estocada no seu rego, o ex-seminarista apenas retribuía o prazer com beijos ainda mais demorados. E ainda mais seus braços apertavam o quanto podiam o seu peão garanhão.

“Assim eu gamo em você meu peão.”

“É pra gamar mesmo. Lembre-se meu Anjo que este cuzinho tem dono. Sou eu que faço o que eu quiser nele.”

“Você é o meu garanhão. O meu cavalão.” Taumaturgo aproveitando o momento para apalpar com toda firmeza o mastro de seu namorado, que já estava a todo gás naquele momento.

“Você é o meu Anjo putinho. Meu escravo na cama.”

Os dois continuaram a se beijar mais loucamente ao ponto de quase lhe faltar ar pelo tempo que seus lábios se tocaram. Depois de algum tempo se deliciando entre si e com a água fria resolveram sair do córrego e ficaram próximo ao mesmo.

“Eu te amo tanto Taumaturgo.”

“Eu também meu peão. Você já é a minha vida.”

“Claro.”

“Sério?”

“Você só não ganha de uma pessoa.”

“De quem posso saber.” Falou Miguel já coçando a sua cabeça. Sempre ele coça quando fica nervoso.

“De Deus meu amorzão.”

“Ufa. Fiquei aliviado agora.”

“Seu bobão lindo. Você é o único homem que eu amo em todo o universo. Mas não vai ficar com orgulhoso por causa disso.”

“Eu não. Eu já sabia mesmo. Eu sei que você se amarra em mim. E tem paixão louca por isso aqui.” Falou Miguel tocando no seu pau. “Morr... aproveita e faz um carinho nele.”

“Assim amor?” Já falando com a sua boca degustando o pau de Miguel.

“Isso amor. Assim mesmo... Continua filhão que o paizão está gostando muito.

Taumaturgo sempre tivera dificuldade de engolir todo o pau de Miguel. O peão tem um mastro que, diga-se de passagem, pode ser o maior de toda a redondeza. Mesmo assim procura satisfazer o máximo que podia. Seu rosto já estava ficando avermelhado na tentativa de abarcar toda aquela rola. Miguel era um pouco malvado forçando a entrada da sua rola na boca de seu Anjo.

“Delicia meu amor... continua o teu peão está amando ver essa boca dando um trato na minha rola. Isso, isso, engole esse mastro meu putinho.”

“Amorzão quero essa rola no meu rabo.”

“Fica de quatro meu Anjo. Que agora você vai sentir todo o prazer do mundo.”

Ao ver Taumaturgo de quatro sentiu um desejo tremendo de invadir o seu cuzinho com sua língua. Estocava com a língua como se fosse o seu membro.

“Uiiii, tá gostoso meu amorzão. Continua... Fode o meu cu com a tua língua. Doma a tua égua meu garanhão.”

Miguel continuava a linguar mais e mais a entrada do rego do cuzinho. E começava a brincar com o seu dedo na entrada do mesmo. Cuspia o quanto podia pra deixar bem lubrificado aquele rabão. Taumaturgo tinha um rabo que sempre se notava. Parecia que fora feito pra ser comido sempre e por uma rola a sua altura. O peão começou a colocar na entrada o seu mastro, aquela pica tinha um cabeção bem avermelhada. A cada tentativa Taumaturgo franzia a testa tentando suportar as estocadas de leve. O peão cuspia mais e mais deixando bem lubrificada sua rola. E fazia o mesmo no rego do seu namorado. Com a cabeça já bem no rego começou a colocar bem devagar o resto de seu mastro. O ex-frade gritava de dor, mas era uma dor mesclada de prazer.

“Caralhooooooo...”

“Quer que eu pare amor?”

“Continua meu amor, eu aguento... Ai, ai, ai!”

“Isso meu putinho aguenta firme o rolão do teu macho. Isso putinho... isso assim.”

“Aiiiiiiiii, aiiiiii, aiiiiiii!”

“Delicia o cuzinho do meu Anjo. A cada dia que passo mais eu gamo nesse rabo. Veja como ele está se acostumando com a minha vara.”

“Mete meu putão. Arromba meu cuzão. Mete forte.”

“Isso putinha, pede rola do teu macho. Pede que eu meta fundo nesse rabão. Pede do teu peão.”

“Puta que pariu. Você vai me parti ao meio, Miguel.”

“Aguenta putinho!”

“Ai, ai, aiiiiiiii! Soca fundo!”

“Vou gozar. Vou gozar dentro de você, amor.”

“Inunda meu rabo, meu peão. Quero sentir o teu leite quente me invadindo.”

Logo após o peão chegar ao gozo. Taumaturgo começou a jorrar porra de seu pau após sentir-se invadir pelo seu garanhão. Os dois se deitaram um ao lado do outro. O ex-frade recostou sua cabeça no lado direito do seu peão.

“Eu te amo demais meu Anjo. Nunca mais senti a solidão nesse mundo desde o momento que eu te conheci.” Falou Miguel acariciando os cabelos de Taumaturgo.

“Eu também amo você demais.” Balbuciava Taumaturgo com os seus lábios

Nada Normal (Vitor e Léo)

‘Lareira pra acender

Um céu pra se olhar

E tudo está tranquilo por aqui

Você vai me vencer

Eu vou me apaixonar

Não há mais o que decidir

Os nossos lábios todas as palavras nada dizem

Aos nossos olhos tudo o que já vimos foi vertigem

É tudo tão real

Mas nada normal

Te lembro e já me sinto ao seu lado, no seu mundo

Me identifico com você de um jeito tão profundo

E é tudo tão real

Mas nada normal.’No Flat de Alan.

“Toma isso para relaxar pouco.”

“O que é isso, Roberto?”

“Um drink sempre é bom para relaxar.”

“Mas não estou afim.”

“Calma rapaz você precisa relaxar. Agora temos que ter a cabeça no lugar. Precisamos analisar os fatos. Se realmente foi o Pablo; vamos descobrir. Mas por enquanto não podemos nos precipitar. Sem provas, nada podemos fazer. Temos que ter paciência. Irei sempre estar em contato com os meus contatos na policia.”

“Ainda bem que você está aqui. Você é um grande amigo.”

“Ítalo você quer outro drink?”

“Já te falei que não gosto que você fale o meu nome verdadeiro!”

“Relaxa cara. Afinal não tem ninguém aqui além de nós dois.”

“Queria saber por que você insiste em me chamar pelo meu nome?”

“Calma rapaz. Não está aqui quem falou algo. Só não acho que deveria ficar assim tão incomodado.”

“Você sabe que estou fazendo tudo isso por causa do meu irmão.”

“Acredito que isso já virou uma obsessão na sua vida... Toma outro drink... Está na hora de você arrumar outro foco na tua vida.”

“Nunca mais fale isso. O Ícaro era o meu melhor amigo e também o seu namorado.”

“Sei disso...”

“Por que você não o considera como o seu grande amor, hein Roberto?”

“O seu irmãozinho me trocou pela carreira de modelo aqui no Rio, lembra?”

“Você nunca o perdoou por isso? Não é verdade?”

“Eu venerava o seu irmão. Eu beijava o chão que ele pisava. Inclusive aceitei uma derrapada, uma traição dele. Você lembra muito bem.”

“Eu sei, Roberto. Mas quando se ama realmente perdoa.”

“Não foi fácil cara. O teu irmão me machucou. Quando eu pensava que tudo estaria bem. O seu irmão me aparece com a novidade de ser modelo.”

“Você precisava entender, Roberto.”

“Eu entendi. O que eu podia fazer? Nada. O Ícaro tinha um sonho e eu não fazia parte dele.”

“Meu irmão pensava em ser famoso. Ser famoso internacionalmente como modelo. Mas você não veio para o Rio atrás dele?”

(Silêncio).

“Sim, sim, sim... Eu vim para o Rio mais não deu certo naquela época morar aqui. Afinal ainda não tinha dado por certo a minha transferência. Além que o Ícaro estava muito envolvido e entusiasmado pela vida de modelo.”

“Roberto você falou que eu precisava encontrar um novo amor. E você cara porque não embarcou em outra relação?”

“Na verdade com o tempo e a distância do Ícaro. Eu fui me apaixonando por outra pessoa.”

“Legal. Quem é a pessoa, eu conheço?”

Roberto vai até próximo de Alan e bem mais perto olhando fixamente, diz-lhe:

“Essa pessoa é você, Ítalo!” Ao se declarar tenta beijá-lo.

Rapidamente Alan se esquiva da tentativa do ósculo de Roberto, contrariando-o.

“Rapaz para com isso. Eu pensava que você estava falando sério.”

“Eu estou falando sério. Muito sério.”

(Silêncio).

“Você deve está cometendo algum equívoco. Talvez você esteja transferindo o que sentia pelo Ícaro pra mim. Mas não tenho nada haver com ele. Apesar de sermos gêmeos éramos diferentes. Até mesmo fisicamente.”

“Não estou cometendo nenhum equívoco ou sequer uma transferência de sentimentos, como você está pensando. Depois do pé na bunda que levei do teu irmão, fui percebendo que vocês eram diferentes... Espero...”

“Não estou entendendo.”

“Espero que você me dê uma chance para demonstrar o meu amor por você, Alan?”

“É melhor parar com essa conversa.”

“Eu acredito que nós podemos ser felizes juntos. Você pode aprender a me amar da mesma forma que eu te amo.”

“Roberto não existe nós. Nunca existirá. Além do mais estou apaixonado por outro cara.”

“Como? Como você foi capaz de fazer isso comigo?”

“Entenda uma coisa. Eu amo demais o meu namorado. Espero que você entenda isso.”

“Eu entender? Você tem um namorado? Como posso entender uma coisa como essa? O cara que eu amo, apaixonado por outro. E você me diz com uma naturalidade incrível logo após eu me declarar. Abrir o meu coração. E até me mudar por sua causa!”

“Hei, cara! Eu nunca pedi nada disso de você. Tenho-te como um grande amigo. Nada haver esse lance. Acredito que você está fantasiando.”

“Para de me tratar assim.” Roberto tenta novamente outra aproximação corporal. Procurando abraçar Alan que aos poucos se esquiva de suas tentativas. “Não me trata assim cara. Estou apenas dizendo que eu te amo.”

“Eu que digo para com essa estória. Mano somos amigos. E também tenho alguém na minha vida.”

“Quem é esse cara?”

“É o homem que amo. Depois que o conheci percebi que mesmo a saudade do meu irmão não era o único motivo pra seguir em frente. Eu o amo demais.”

“Quem te ama sou eu, Alan... Dê-me pelo menos um abraço.”

“Somente um abraço?”

“Sim somente um abraço, um abraço de amigos.”

“Ok!”

Alan se desarma diante do pedido do amigo e o abraça. Mas Roberto se aproveita de um momento de distração e lhe rouba um beijo. Que o modelo logo se desvencilha jogando o amigo contra o sofá.

“Roberto vamos fazer o seguinte. Hoje tivemos muitas emoções. Que tal nos falar em outro momento. Você pensa melhor. Vai ver que não é tudo isso o que você está sentindo por mim.”

“Ok! Mas você vai ver Ítalo que eu sou o homem da sua vida. Um dia eu vou te provar isso.”

“Deixa eu te acompanhar até a porta.”

“Não precisa eu sei o caminho.” Roberto se dirige até a porta sem olhar para traz se sentindo contrariado e rejeitado, abre-a, deixando às suas costas qualquer esperança de alcançar naquele momento algo em proveito de seus sentimentos. Aquela porta fechada simbolizava que o coração de alguém era instransponível, no caso de Alan. Não se aguentando pelo fora que recebera dele aos poucos tem a sensação de mais uma vez alguém não acolher os seus sentimentos. Fica sentado ao chão próximo da porta chorando feito uma criança esquecida pelos seus.

Eu me apaixonei pela pessoa errada (Exaltasamba)

‘Eu não tenho culpa de estar te amando

De ficar pensando em você; toda hora

Não entendo por que deixei acontecer

Isso tudo me apavora

Você não tem culpa se eu estou sofrendo

Se fantasiei de verde esta história

Você tem namorado posso até estar errado

Mas tenho que ganhar você

É mais do que desejo é muito mais do que amor

Eu te vejo nos meus sonhos

E isso aumenta mais a minha dor

Eu me apaixonei pela pessoa errada

Ninguém sabe o quanto que estou sofrendo

Sempre que eu vejo ele do seu lado

Morro de ciúme estou enlouquecendo (2x)

Fica comigo

Me deixa ao menos te tocar

Entenda que ao meu lado é o seu lugar

Eu me apaixonei pela pessoa errada

Ninguém sabe o quanto que estou sofrendo

Sempre que eu vejo ele do seu lado

Morro de ciúme estou enlouquecendo (2x).’No apartamento do Dadá.

“Bi vou tomar uma ducha. Essa cidade está um erro hoje. Caramba não precisa chover pra congelar. Por outro lado não precisa derretê-la!”

(Risos).

“Você é um louquinho de cabeça, amigo.”

“Eu não querida estou apenas constatando.”

“Você está subindo pelas paredes, Dadá.”

“Bi estou mesmo. Como a senhora sabe disso? A senhora tem uma bola de cristal?”

“Deixa de ser louco. Depois que você voltou pro Rio, nunca mais te vi na companhia de ninguém. Você está quieto. Só de dedicando ao trabalho.”

“Enzo você me conhece mesmo. Acho que fui fisgada, ou melhor, laçada por um peão...Ufa! Nossa não consigo esquecer mais aquele cara. Será que um dia vou voltar a vê-lo, amigo?... Aquilo que é um homem. Um homem com todas as letras maiúsculas.”

“Sei muito bem o que deve ser maiúsculo!”

(Risos).

“Enzo você está ficando mais saidinho... Sei muito bem que você mudou nesses últimos tempos. Será que alguém está sendo o dono desse coração de pedra?”

“Seu louquinho. Você é um louquinho mesmo!” Exclamou o modelo jogando contra o amigo um travesseiro que estava nas suas coxas.

“Tá certo deixa cuidar da minha pele pra não ressecar demais com esse calor.”

(Toca a campainha).

O modelo pensa consigo mesmo: “Será que é o Alan?” Logo vai na direção da porta.

(Alguém do outro lado da porta continua a tocar a campainha).

“Calma eu já estou indo.”

Ao abrir a porta, Enzo tem uma surpresa...

Continua...

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