Vida de universitário é foda 39

Um conto erótico de Fael
Categoria: Homossexual
Contém 1983 palavras
Data: 24/04/2014 03:08:06

Quando o Murilo tentou levantar-se do chão, ficou tonto e voltou a cair. Fui até ele tentar ajudar. O cara, ali parado, ficou rindo da cena.

_Do que você tá rindo? Babaca!

_Cuidado como o que você fala pra mim filho da put.... ei! Sabia que já tinha visto essa cara antes. Você é o viadinho que tentou ajudar seu amiguinho no beco, né?

_E o que tem isso?

_Olha só mano! Nos encontramos novamente! Eu não falei pra tu que era pra ficar longe do meu caminho?

_Aqui não é a sua área.

Ele deu de ombros.

_Tanto faz.

Nisso, os seguranças chegaram e quiseram saber o que estava acontecendo. Todos quiseram falar ao mesmo tempo, gerando uma confusão no local, o que acabou com a paciência dos seguranças. Assim, fomos todos expulsos do local.

Do lado de fora, as meninas estavam desesperadas ligando para uma ambulância, já que os seguranças não prestaram nenhuma ajuda, e a cada segundo o Murilo ia perdendo mais sangue. Eu estava morrendo de preocupação por ele, mas o brutamontes a minha frente me obrigou a manter a guarda. Os namorados da Thaís e Paty ficaram ao meu lado, para o caso do cara vir pra cima.

Em pouco instantes, quando percebi dois caras vinham se aproximando. Obviamente, eram os reforços para o vagabundo. Não foi difícil notar que aquilo poderia acabar muito mal.

_Chega mais galera. Olhem só o que temos aqui. Vocês não chegaram a conhecer, mas esse veadinho aí do meio é amiguinho do tal Manoel.

Os dois caras só ficaram encarando, até que um deles se pronunciou.

_E o que vamos fazer com eles?

Aquilo me deixou ainda mais nervoso. Por instinto, o Jeferson e o Guilherme (namorados das meninas) se postaram ombro a ombro comigo. O Jeferson era enorme, mas o Guilherme era franzino, e como eu não sou um cara muito grande, estávamos em total desvantagem.

_Olha só o bando de maricas achando que podem com a gente!

Nisso as meninas, desesperadas, tentavam ligar para a polícia também. Por uma fração de segundo, olhei para trás e vi que o Murilo estava inconsciente. O soco devia ter sido muito forte. Alguns instantes depois, só tive tempo de ver três borrões em nossa frente. Rápidos, precisos e devastadores. Rapidamente tiraram o Guilherme de combate com socos no estômago e nariz. Depois, dois foram pra cima do Jeferson enquanto eu fiquei cara a cara com o “líder” do bando.

_Tá defendendo o veadinho que desmaiou? É seu namorado? Kkkkkkkkkk vira homem rapá!

_Você não vai levantar mais essa sua mão nojenta pra ele!

_Fiquei com medo agora. Vai fazer o que? Buscar sua bolsa e me atingir com o seu batom?! Bicha! Veado! Vai se ferrar!

_Pode falar o que quiser. Você não passa de um bosta que não tem o que fazer e fica fazendo merda por aí. Você fica rindo dos outros porque é um fracassado!

_Que comovente. Hoje seria a vez de qual dos dois dar o rabo?! Kkkkkkkkkkkkkkkkkk acho que estraguei a veadisse de vocês!

Mesmo sendo mais fraco, menos ágil e mais lento fui pra cima dele com tudo o que tinha. Caímos pelo chão e ficamos rolando. Eu tentava encaixar alguns golpes, mas a força era desigual, e rapidamente eu estava imobilizado e apanhando pra valer. A dor, física era insuportável. E perceber que nenhum segurança ou civil estava presente na cena me deixou angustiado. Eu seria espancado até a morte?!

Após alguns golpes que fizeram meu sangue jorrar pelo nariz e pela boca, senti que o cara saiu de cima de mim. Quando consegui focalizar o ocorrido, vi a Patrícia com uma pedra na mão, a qual tinha atingido o cara na cabeça. O Jeferson, milagrosamente conseguiu acabar com um cara, mas ainda estava tendo problemas com o outro. A cada respiração automática do meu corpo, uma dor terrível invadia o meu ser.

Porém, não demorou muito mais para que uma viatura de polícia chegasse no local. Por sorte, estavam fazendo ronda próximo ao local quando foram notificados sobre a emergência.

Quando viu os policiais, o único cara que estava em pé ainda lutando fez menção de fugir. Porém os policiais logo advertiram que não era uma boa ideia.

Quando o SAMU chegou, encaminharam todos os feridos a um hospital. No outro dia, já com os devidos curativos, fomos todos à delegacia prestar queixa contra os bandidos. O Murilo também já estava andando.

Tinha sido um grande susto. Porém já havia mandado de prisão contra os bandidos, então era questão de tempo para que eles estivessem sendo julgados devidamente.

Uma semana após o ocorrido, já na casa dos meus pais (sem Murilo) eu ainda ouvia as broncas dos meus pais a respeito de ser descuidado e ir para festas onde não havia segurança. Talvez tivessem razão. Mas tudo o que me importava era o desejo em ter o meu namorado em meus braços novamente.

Ver ele sendo agredido tinha sido um grande teste para mim. Fiquei desapontado por ser tão fraco e impotente diante de bandidos desumanos. Porém, tudo havia terminado da melhor maneira possível.

No outro dia, recebi uma ligação do Manoel. Ele estava preocupado e fez questão de enfatizar que ele não tinha nada a ver com a situação, e que ele tinha controlado os ânimos do restante da “galera”. Tentei fazer ele desistir de andar com eles, mas ele sempre se defendia dizendo que não tinha como sair naquele momento. Mesmo ele tendo feito tudo o que fez para mim, eu ainda me preocupava com a sua segurança.

As férias foram avançando, e com isso a minha saudade pelo Murilo só aumentava. Até que um dia, meus pais convidaram a família dele para passar um final de semana no sítio. Eles aceitaram, e chegando a data, eu mal podia esperar pela chegada deles. Meu irmão até brincou comigo dizendo que eu já estava arrancando até os cabelos de tanta ansiedade.

_Calma, teu macho chega logo logo.

_Rá, rá!

_Mas sério, logo você mata a saudade.

_Pra você é fácil falar.

Quando chegaram, meus pais foram comigo até o portão para recebe-los. Quando ele desceu do carro, fiquei um pouco receoso em correr até ele por causa dos pais dele. Porém ele não teve essa cautela e rapidamente voou no meu pescoço, me abraçando fortemente.

O cheiro dele era inconfundível e só com ele já fiquei excitado (estava na seca, né?!). Dei uma olhada para os lados para ver a reação do pessoal e estavam todos encarando a cena. Mesmo assim, o Murilo continuava me abraçando e dizendo o quanto tinha sentido minha falta. Até que meu pai pigarreou e disse:

_Garotos, acho melhor vocês irem lá pra dentro.

Todos riram, até o pai dele. Antes de entrar, cumprimentei meu “sogro” e minha “sogra”, a qual me abraçou.

Já em casa, deixamos o pessoal conversando na sala e fomos para o meu quarto. Tranquei a porta e ficamos matando a saudade que estávamos de sentir o corpo um do outro. Deu tempo até de uma rapidinha de uns 30 minutos hahahahahahahah, até que meu irmão bate na porta anunciando que era a hora de ir pro sítio.

Quando nos recompomos e saímos, o encontramos na sala sozinho.

_Devia estar rolando a maior putaria lá dentro, ein!! Hahahahahahahah

_Isso mesmo irmãozinho tolo!

_Babaca! Murilo, agora eu já posso te chamar de “cú” de novo, ne? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

_kkkkkkkkkkkkkkkkkkk sim. Por muito tempo hahahaahhaah

Ficamos os três conversando até que nossos pais apareceram anunciando que já estava tudo pronto para a partida. Antes de sair, fui até meu quarto buscar umas roupas, e quando desci os pais dele estavam me esperando.

_Hã, Rafael, gostaríamos de conversar com você. É bem rápido, prometemos.

Sempre amistosa, minha sogra não me deixava escolhas. Hahahaha

_Claro.

Então foi a vez do pai dele se pronunciar.

_Desde que aconteceu aquele vergonhoso episódio causado por mim, ainda não tivemos a oportunidade de conversarmos a sós com você.

_Hã....

_Bom- continuou ele- primeiramente gostaria de lhe pedir sinceras desculpas por todas aquelas palavras. E mais, quero que saiba, que após muitos dias de conversa com nosso filho, decidimos que se é esse o caminho que ele quer trilhar, estaremos com ele. Isso implica que você já é parte da família também.

_Ah! Obrigado, sério mesmo!

A mãe dele se aproximou.

_Filho, gostaria que você cumprisse a promessa que me fez de fazer nosso menino feliz. Sinto que isso já está em prática, já que percebemos o quanto ele sente falta de você e o quanto ele fica alegre em te ver. Gostaria de agradecer por você ter entrado em nossas vidas, trazendo alegrias para nosso filho. E num futuro próximo, espero que você esteja habituado com nós, assim como esperamos estar em sintonia com você.

Dito isso ela me abraço mais uma vez. E depois, até o sogrão me deu um abraço.

_Faça meu garotão feliz!

_Pode deixar!

Aquilo me deixou muito feliz. O reconhecimento da família dele, que tanto esperei estava sendo imposto em minha vida.

O Murilo fez questão de exigir que eu fosse com ele no carro de seus pais. Parecia que uma grande mudança de pensamentos havia assolado aquela família, já que o Murilo sentiu-se no direito e liberdade de ir o caminho todo apoiado em mim, as vezes me dando beijinhos rápidos. Posteriormente, ele me revelaria que isso fazia parte do plano de tentar fazer com que as nossas carícias se tornassem algo comum, e não um tabu.

Ter ele novamente próximo a mim era revigorante. Me senti bem como a dias não acontecia. A distância dói, e isso incomoda muito.

No sítio, meus pais fizeram as honras da casa e foram mostrar a propriedade toda aos pais dele, deixando meu irmão e nós dois na piscina. Namoramos muito, até o ponto do Matheus tirar onda conosco.

_Vish, vou até sair da água antes que isso passe dos limites kkkkkkkkkkkkkkk

_Vem aqui cunhadinho! Tá fugindo do que? Tá com ciúmes do seu irmão? Agora ele também é meu! Kkkkkk

_Ihhhh cú, ele é todo seu. Sò cansei de ver tantos beijos em tão poucos segundos. Kkkkkkkkkkkkk

E assim ficamos provocando uns aos outros até que os pais voltassem. A partir de então voltamos a nos comportar.

O dia correu rapidamente. Os pais do Murilo encontraram muitos assuntos a discutir com os meus, então ficaram ocupados entre si por todo o dia. O Matheus ficou no computador quase o tempo todo, e o Murilo e eu fomos caminhar para ficarmos sozinhos. Quando chegamos à beira de uma cachoeira, nos sentamos e ficamos admirando a natureza. Ele se deitou em meu colo e assim ficamos trocando carícias até o escurecer. Ao crepúsculo, o sol nos presenteou com uma linda paisagem. Estava até romântico. Isso acabou me inspirando.

_Murilo, eu queria dizer uma coisa que eu nunca disse antes.

Percebi que ele ficou preocupado e ficou me encarando com curiosidade.

_Pode dizer.

_Eu te amo!

É até difícil descrever a felicidade que ele demonstrou ao ouvir aquela expressão.

_Você não sabe o quanto eu esperei pra ouvir isso de você!

_Agora, vendo que eu não consigo ficar sem você, percebo que você já marcou a minha vida. Espero que independentemente ao que vier a ocorrer, nada consiga nos separar.

_Assim espero, meu amor!

Aproveitamos o restinho de luz do sol aos beijos. Os mais serenos beijos que trocamos desde então, o qual resultou em um dos momentos mais marcantes para nós dois. A esperança de que aquele momento fosse eterno nos motivava a continuar.

Quando escureceu, voltamos para a casa. Pra descontrair, ele foi em minhas costas. Assim partimos para o calor de nossas famíliasPessoal, devido aos muitos pedidos que tenho recebido ultimamente, vou estender o conto mais um pouco, porém não muito. Não quero contar coisas irrelevantes. Gostaria que continuassem comentando ou mandando e-mails para rafael_hanchuka@outlook.com. Grande abraço!

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Comentários

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Muito bom... Fico admirado de pessoas superiores que são capazes de superar adversidades, e até traições... Quisera eu ser assim... Mesmo "amando" não consigo passar sobre meu orgulho e perdoar...

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Ótimo conto! Adoro o jeito como voce narra a história, e nao pare tao cedo prolongue o quanto puder. Felicidades e abraços!

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Graças a Deus que tudo está caminhando como realmente tem de ser, muito amor, paz e felicidade.Parabéns!

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Que bacana essa reunião familiar depois de tanta tensão.Esse seu irmão é um achado. Cabeça aberta, apesar da idade. Curioso pra saber se a galera do mal vai aprontar mais uma. Parabéns pela bela história, Rafael

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Fael, gostei muito de ler sua história e comento apenas em alguns contos, só os que realmente me tocam. Se vc iria parar aqui é sinal que nada de grave aconteceu entre vcs, ufa, vcs estão bem desde então e fico feliz por vcs. Mas pode continuar que pelo menos um leitor cativo vc sempre terá, rsrs. Sobre o cap de hj fiquei curioso em saber pq o cara deu o soco no Murilo. Pela confusão com o Manoel eu sei que não foi pq ele até então não tinha reconhecido vcs. É isso, continue sempre, abraço

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Vocês são fofos demais! Fico feliz por vocês terem superado tantas adversidades juntos e terem continuado com essa historia de amor tão bonita! Não queria que o conto acabasse...

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perfeito, de uma grande amizade nasceu um lindo amor!!

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FIQUEI MUITO EMOCIONADA COM SEU CONTO!!

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