AMAR NÃO É PECADO- Abra seus olhos!

Um conto erótico de William
Categoria: Homossexual
Contém 2485 palavras
Data: 21/04/2014 01:59:21

Acordei em um quarto fechado, colchão de espuma, olho ao meu redor e não tem ninguém, estou sozinho, apenas uma pequena janela na porta da qual eu gritava e ninguém me ouvia...

Horas se passaram, ninguém vinha me ver, fiquei um tempo setado enquanto pensava na vida, no que eu tinha me metido, a atitude da minha família, a traição do Rafa u ficaria preso naquele quarto para o resto da minha vida? Não, eu tinha que fazer alguma coisa.

Doug- Vai ficar tudo bem Will, não precisa se preocupar...

Eu- Cale a boca.

Doug- Isso passa, é só você fingir que está tudo bem, agir naturalmente.

Eu- Eu disse pra você calar a boca! Você não é real, se fosse teria feito algo por mim.

Enquanto isso no lado de fora, meus pais discutiam.

Coronel- Olhe pra ele, está completamente louco, falando sozinho, tudo isso porque você não soube criar nosso filho, isso é culpa sua.

Mãe- Não venha me dizer que é culpa minha, você nunca foi um pai presente, a única vez que esteve com o Will fez o menino sofrer um trauma forte.

Coronel- Mas eu concertei meu erro, ele estava bem até vocês virem pra cá e você deixar ele dar uma de branca de neve! Vá pra casa, quero conversar com ele, alguém tem que ser rígido e sério com ele, sem passar a mão na cabeça.

Mãe- Eu sou mãe e médica...

Coronel- Não psicologa! Lido com homens todos os dias, sei como torna-los cabeça firme, lidarem com seriedade, se interferir, tiro ele daqui e você nunca mais vai o ver, sabe que tenho poder pra isso.

Gustavo- Mari deixe papai cuidar disso, espere o Will ficar mais calmo, amanhã a senhora vem ver ele.

Daiane- Vamos mãe.

Minha mãe foi embora, meu pai esperou um pouco pra entrar, assim que ele abriu a porta eu tentei fugir.

Coronel- Você não vai a lugar algum Will.

Eu- Por que estão fazendo isso comigo?

Coronel- Foi a pedido de sua mãe, ela acha que você não está bem, é por causa dessas história de demônios, andar armado, dizer que aquele pirralho está vivo, você é o único que o vê.

Doug- Will, finja que não estou aqui.

Eu- Você me odeia não é papai?

Coronel- Eu não te odeio, é meu sangue, 50% de mim há em você.

Eu- Não minta pra mim!!! Tu nunca me chama de filho, sempre de Will!!! Confesse, tem vergonha de mim!! Eu também nunca te considerei como um pai...

Ele me deu um soco na cara.

Sua mãe acha que está louco, eu também, mas vejo que ainda tem um pouco de sanidade pra estar me desafiando e estufando o peito, saiba que você nunca vai sair daqui, irei providenciar pra que fique louco de verdade. É melhor ter um filho internado por loucura, do que um viadinho envergonhando o nome da família.

Gustavo- Papai o senhor não pode fazer isso?

Coronel- Quer ser internado junto?

Fiquei surpreso com as palavras do Gustavo, não esperava que ele pudesse me defender, porém, ele não fez nada.

Coronel- Foi o que pensei. É bom que vá se acostumando aqui, dos portões daqui, você só sai em um caixão.

Meu próprio pai estava tornando minha vida um inferno, todo o plano tinha ido por água a baixo, Rafa fazia parte de tudo, não tinha tomado atitude alguma, meus amigos não sabiam aonde eu estava. Meu pai saiu enquanto um homem venho me trazer o almoço.

Coronel- Depois que ele comer, amarrem-o para que não possa fugir até que eles tragam o medicamento.

A comida era uma papa estranha e gosmenta, um copo com água e pudim, talheres de plástico, deixei a comida de lado, não estava com fome e uma comida daquelas jamais iria descer, fizeram questão de colocar um relógio na minha janelinha na porta. Era quase insuportável ouvir minha própria voz nos pensamentos, milhares de lembranças na cabeça, coisa que imaginava que poderiam ter acontecido. Olhei no relógio e menos de 15 minutos haviam se passado. Parecia que eu estava alí a décadas, será que o inferno era daquele jeito?

Além de estar trancado em um quarto, eles haviam me amarrado com a camisa de força, aquilo doia muito, o pior era quando eu sentia uma coceira no nariz.

Ás 17:00 hrs da tarde um dos enfermeiros entrou no quarto com uma seringa, eu não reagi, sabia o que iria acontecer e que não tinha chance alguma de escapar, deixei ele me injetar aquela coisa no meu pescoço, a dor nos braços era mais forte do que a agulha grossa entrando em minha veia.

Eu- Que horas é o jantar?

Enfermeiro- Ás 20:00 hrs, depois um café as 21:00 hrs e bons sonhos.

Ele me tirou a camisa de força, quando ele a tirou eu fiquei tonto e cai, ele me ergue, era estranho, pior do que estar bêbado, a visão fica turva, tudo fica meio barulhento e rapidamente a cabeça começa a latejar, senti meu corpo suando, eles tiraram minha roupa e colocaram um sobre tudo.

Eu- Pra onde estão me levando?

Enfermeiro- Pra tomar um banho.

Não posso dar muitos detalhes dessa experiência, as lembranças são vagas, eu estava drogado. Depois do banho me levaram para outra sala, lá uma doutora me atendeu, era uma morena muito bonita, jovem.

Dr- Boa tarde William, sou a Dr Camilla

Eu- Coração não vejo a hora

De levar meu bem embora

Dr. Camilla- Fui contratada especialmente pra cuidar do seu caso...

Eu- Quero ir pra Nova York, sei lá

Pra viver uma aventura

Dessas que o amor procura

Uma coisa pra viver e lembrar...

Dr. Camilla- William preciso que se concentre e preste atenção em mim...

Não adiantava, ela falava e eu cantava. O que ela fez foi eu esperar até parar de cantar.

Eu- Eu não quero quase nada

Quero tempo e a estrada

Um velho tênis, violão e uma mochila

É meu sonho americano

Ver o Sol nascer brilhando

O amor brilhar nos olhos de Camila

Vem Camila, vem Camila, vem Camila...

Dr. Camilla- Tudo bem William, já sei que sabe meu nome.

Eu- Vem Camillambe... Hunhunhun!

Dr. Camilla- William, preciso que me ajude a te ajudar, se concentra em mim, preste atenção.

Eu- Você tem olhos bem redondos, tem uma cabeça bem redonda, e dois peitões também bem redondos.

Dr.Camilla- William, eu posso te ajudar em alguma coisa, quer algo?

Eu- Sim.

Dr.Camilla- O que você quer?

Fiz sinal com os dedos pra ela chegar mais perto, olhei para os lados e cochichei.

Eu- Eu quero, do fundo do meu coração, uma perereca.

Dr.Camilla- Uma namorada você quer dizer?

Eu- Não, naõ, eu já tenho um namorado, eu quero é uma perereca, tem uns mosquitos no meu quarto, aqueles que picam o pescoço e deixa inchado...

Dr.Camilla- Tem um namorado? Qual o nome dele?

Eu- Hahahah! Eu disse que tenho um namorado.

Dr.Camilla- Eu já entendi, e quero que me diga o nome dele.

Eu- Só se você me der uma balinha de banana.

Dr.Camilla- Aqui, eu tenho uma balinha de banana, minha filha odora elas. E então William, me diz o nome do seu namorado.

Eu- É Douglas.

Dr.Camilla- E onde o Douglas está agora?

Eu- Hunhunhun! Hahaha! Ele morreu! Hahaha!

Aos poucos parei com a risada e fiquei mais sério.

Eu- Ele morreu... O Douglas está morto, ele não vem me ver.

Dr.Camilla- Se o Douglas está morto, por que você diz que ele está vivo?

Eu- O Douglas está morto... Mas o Erick, o Erick é meu amigo, ele é o Douglas.

Dr.Camilla- Reencarnação você está dizendo?

Eu- Não Cacal! Ele vai ser o Douglas porque eu e meus amigos vamos trazer ele de volta no corpo do Erick, meu irmão vai me ajudar junto aos Luciferianos.

Dr.Camilla- Quem são os Luciferianos? Eles estão aqui?

Eu- Claro que não Cacal, eles são demônios, não são tão fáceis de se achar.

Dr.Camilla- William, sabe que eles não existem não é?

Tapei a boca dela.

Eu- Xiiiuuu!! Não deixe eles te ouvirem, eles podem vir atrás de nós, estão por quase toda a parte.

Dr.Camilla- Quem está por toda a parte William?

Eu- Tem mais uma balinha?

Dr.Camilla- Tenho na minha gaveta, depois de dou mas só se me contar quem são eles.

Eu- Os Jhones e os Dremons, são ceitas do mau que vem brigando a anos, eles querem o Douglas, todos querem o Douglas.

Dr.Camilla- Por que querem o Douglas?

Eu- Porque ele é especial, dizem que ele é um seme, meio humano meio demônio, mas ele não é assim, não é assim, ele é um anjo, ele é especial, é especial.

Dr.Camilla- Tudo bem, tudo bem, fica calmo. Vamos mudar de assunto, me diz quem são os seus amigos.

Eu- Tem o Jeff, a Beatriz, a Sarah, ela é mais louca do que eu, por que não internam ela? Bom, tem o Trivão, o Waltty, esse não é tão velho mas já está parecendo um vovô por se transpor de mais, e o Rafa, meu melhor amigo, meu primo, sempre muito pateta e me provocando mas eu sei como fazer ele ficar quieto, é só falar do dendo extra no pé quando ele tinha quando criança, dava medo parecia dois dedões.

Ela fez muitas perguntas, não me lembro da conversa toda mas acho que durou 3 horas porque quando terminamos, me levaram pro quarto e me trouxeram o jantar, comi aquela coisa empurrada. caminhei um pouco, fiquei de cara pra parede, sentei, rolei, fiquei de cabeça pra baixo e no fim fui dormir, não me lembro com o que sonhei. Quando acordei o Erick estava na minha frente usando as roupas do Douglas.

Erick- Acorde Will! Fale comigo!

Eu- É você? Quem é você?

Erick- O Erick, vamos levante, viemos te tirar daqui.

Erick me colocou em seu ombro e me carregou até a porte, eu ainda estava tonto. Rafa estava junto na porta me esperando.

Eu- Rafa! Seu traidor.

Rafa- Fique quieto, tem poucos enfermeiros mas eles são bem espertos.

Eu- Você é um bosta.

Erick- Rafa ele não está acordando, não abre os olhos.

Rafa- Dá uns tapa na cara dele.

Eu- Do que estão falando? Meus olhos estão abertos, bom, mais ou menos.

Rafa- Vamos leva-lo para o carro.

Eles me carregaram até a sala aonde ficam os loucos assistindo, me jogaram atrás do sofá e se esconderam atrás da cortina, alguém estava vindo.

Enfermeiro- Está tudo bem aqui?

Alguém- Tem dois homens atrás da cortina e um morto atrás do sofá, eles estão vindos buscar os corpos.

Enfermeiro- Sim, os dois homens que buscam os mortos, vamos Done, vamos voltar para o seu quarto.

Os dois saíram da sala, Rafa e Erick me ergueram e me levaram até a saída, um segurança nos viu e chamou os outros, Rafa me jogou no banco de trás.

Waltty- O que fizeram com ele?

Erick- Ele não está bem, não quer acordar? Acorde Will!! Abra os olhos!

Rafa- Mete o pé!! Gogogogo!!!

Pelo tanto de vezes que meu corpo pulou, acho que estávamos em uma estrada de chão.

Eu- O meu camelo, se esqueceram dela.

Rafa- Do que ele está falando?

Eu- A Dr. Camelo.

Rafa- Eles atendem atendem as pessoas com camelos lá?

Erick- Rafa! Não está ajudando. Abra os olhos Will, volte pra mim.

Eu- Mas eu estou aqui!

Waltty- Que merda! Estão atrás de nós!

Rafa- É o pai do Will, aquele velho é maluco!!

Erick- Will, abra os olhos por favor!

Rafa- Da a coleira ou um beijo nele, tipo aquelas histórias...

Erick- Eu não! Dá você!

Podem crer, Rafa me beijou, empurrei ele pra longe.

Rafa- Será que funcionou.

Waltty- É agora que ele dorme de vez.

Erick colocou a mão eu meu peito, estranhei o que fez.

Erick- O coração dele está parando.

Waltty- Se segurem! Um dos carros no seguindo bateu na traseira.

O carro virou e capotou, deu 3 giros, Waltty e Rafa ficaram apagados.

Eu- Não! Não!! Rafa, por favor!!

Erick- Por favor Will, você tem que melhorar, abra os olhos e fale comigo.

Eu- Eu estou bem, o Rafa e o Waltty, eles não acordam.

Senti uma pontada no peito, estava me faltando ar.

Erick- Ele está morrendo, me ajudem! Will! Will! Fale comigo, acorde Will!

Tudo estava sumindo, o som, as ruas, tudo o que eu vi estava sumindo, ficava cada vez mais escuro, era como se o mundo estivesse acabando, o que restou foi meu corpo no chão.

Erick- Me escute William, eu não sou Douglas...

Eu- Não estou te vendo, você está sumindo.

Erick- Não, não, eu estou bem, o Waltty o Rafa, todos estão aqui, você que está sumindo, abra os olhos Will.

Eu- Eu não consigo, eu não...

No real, tudo não passava de um sonho, eu estava morrendo, me perguntei " Por que lutar?", a resposta era clara, não tinha pelo que eu lutar, o Douglas já estava morte mesmo, quem sabe eu teria a chance de encontra-lo em outro mundo.

Erick estava do lado de fora, falando comigo, sua voz fica mais baixo ao passar do tempo, ele estava em cima de mim, segurava minha mão, isso eu sentia.

Erick- Eu posso não ser o Douglas, mas sei como se sente, é insuportável não é? Esse vazio, um buraco no peito que não se pode ser preenchido, eu também sentia isso, quando meus pais morreram pra mim foi o fim, eu estava vivendo por viver. Quando eu te conheci, tudo mudou, você era aquele cara encrenqueiro que todo mundo queria matar, depois conheci seus amigos, mais encrenqueiros ainda ( ele deu risada ), eu vi aquli vocês eram fieis uns aos outros, eu quis aquilo pra mim, queria aqueles amigos com os problemas e tudo, e vocês preencheram aquele vazio, o fato é que assim como vocês precisavam de mim, eu preciso de vocês. Volta pra mim Will, sem você tudo acaba. Abra os olhos Will! Abra os olhos.

Eu- Você está esmagando meu saco com seu cotovelo.

Erick- Will! Acordou!

Rafa- Aleluia irmãos!

Alex- Ele acordou?

Eu- Onde eu estou?

Waltty- Pra fora todo mundo, vamos deixar eles a sós.

Erick- Você está na cabana, te resgatamos de lá, você nem abria os olhos, estava meio desmaiado.

Rafa- Já fazem 9 dias que você está nesse estado, Pietro fez umas macumbaria aí pra ver se você voltava, acho que deu certo ou foi o beijo de amor verdadeiro que eu te dei e por hoje chega, só amanhã agora, me aguardem! Acharam que o Will iria morrer é? KKKK O autor mata um e interna o outro? Calma gente são 5 temporadas, esse foi o fim da segunda, estou preparando coisa novas pra próxima e atualizações no blogger, quero colocar coisas novas. Me aguardem.

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