AMAR NÃO É PECADO

Um conto erótico de William
Categoria: Homossexual
Contém 2716 palavras
Data: 21/04/2014 01:51:41

No lado de fora o Boy me perguntou o que estava acontecendo, se tinha algo me preocupando.

Eu- Não é nada de mais, é só uma coisa que eu prometi ao Douglas e não pude cumprir.

Boy- Prometeu o quê? Quem sabe ainda possa cumprir.

Eu- Não, isso é impossível, uma vez no Morro Azul, conversamos sobre a família, ele disse que tinha um irmão chamado Eduardo, que morava aqui do lado, prometi a ele que iria ajuda-lo a reencontrar o irmão.

Boy- Sempre há um jeito, mesmo após a morte, isso não pode impedi-lo de fazer os dois se reencontrarem. " Eu tentando dar um de sábio -.-' "

No real, minha preocupação era " Quem seria o sacrifício?", Rafa é meu primo, meu sangue, quase um irmão, embora sua personalidade fosse igual a do Douglas, elas jamais seria, Matheus já era um corpo mais velho, estava acabado, a personalidade dele era diferente, Erick podia ser o único compatível para um sacrifício e também o único que eu não sacrificaria.

Boy- Haaa! O ditado é " Pra tudo há uma solução", tente encontrar o irmão do Faangy e o leve até o corpo, é um direito de...

Eu-É claro! Pra tudo há uma solução! Boy eu te amo!!!

O garoto não calava a boca mas no fim disse algo que foi a solução para os meus problemas, um corpo compatível para ser a casca do Douglas! Eduardo, um ano mais novo, mesmo sangue, irmãos são mais parecidos do que se possa imaginar, tanto fisicamente como psicologicamente, os dois nem se conheciam, não tinha como ele se sentir culpado ou ficar com raiva de mim...

Doug- Está fora do controle.

Eu- " Tudo que eu faço é por você". Tenho que fazer uma ligação.

Boy- Tá bom, vou dar uma olhada... neles.

Boy observou cada um deles por muito tempo, estavam treinando com bonecos de madeiras, aqueles que giram conforme bate nale. Boy notou que quando Ramon colocou os fones de ouvido ele ficou mais determinado, mais ágil, Boy se aproximou dele e deu um cutucão no Ramon.

Boy- O que está ouvindo?

Ramon- Eletrônica japonesa. Não posso usar fones pra treinar?

Boy- Pode, eu achei interessante o que me disse hoje, se eu não me engano vou afirmou que tem medo de altura e que não sabe lutar direito e que se cansa rápido, estou certo?

Ramon- Com letra C.

Boy- Mas agora pouco você parecia mais inspirado, me dê seu celular.

Boy conectou os dois celulares, passou uma música para o Ramon.

Boy- Sabe de onde vem nossa energia?

Ramon- Glicose?

Boy- Também, mas me refiro não cientificamente. A nossa energia e disposição é uma combinação de energia física e mental, se seu corpo estiver cansado ele não dará resultados, se sua mente estiver cansada, também não, mas no caso, uma pessoa que não fez muito esforço durante o dia, só tem 15 minutos de energia pra treinar tão leve assim? Acho que não, a energia vem de como seu " espírito " se encontra, motivações, questões sentimentais, como nós Jhones do da raiva. escute essa música, eu quero que a sinta profundamente e me ataque de acordo com o ritmo.

Ramon- Mas eu não sei lutar.

Boy- Bobagem, alguma coisa você deve saber, algo que já tenha visto em filmes, série, desenhos, aulas.

Ramon- Desculpe.

Boy- Por que ter vergonha? Sabe, eu tenho uma técnica especial que se eu contar, muitos dizem ser bobagem.

Ramon- Que técnica?

Boy- Pirofagia, entre várias, eu cuspo fogo, acrescento a substância a mão, encho a boca, meus pulmões com ar, e depois se vê o resultado.

Ramon- Já vi no circo.

Boy- Eu também, mas uma coisa em especial me fez acreditar que podia usar isso em combate, um desenho, ou melhor, um anime, nele um dos personagens cuspia fogo também, mas porque é de um anime, não quer dizer que não se possa torna-lo real, isso quem disse foi o Jhonnee Trivão, ele foi meu instrutor, então se tiver algo lá no fundo que queria fazer, faça sem se importar e impressione.

Ramon- XAAACOMIGO!

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Ramon respirou fundo, se posicionou com as mãos abertas, esperou a sequencia da música, Boy foi pra cima dele, Ramon tentou se esquivar mas não obteve sucesso, e levou um soco na cara.

Boy- Esperava mais que isso.

Eles ficaram nessa por minutos, várias e várias vezes Ramon caiu.

Ramon então se levantou pela vigésima vez e o encarou mais profundamente. Boy vou pra cima novamente com um só punho, Ramon esquivou o braço do Boy para o lado, e de frente golpeou várias vezes no peito do Boy.

Boy- Isso foi... bom, continue assim, nossa.

Boy não conseguia nem falar direito.

Ramon- Você está bem?

Boy- Vou ficar, vamos lá dentro falar com... cara, foi forte, vamos lá dentro falar com o Waltty sobre você.

Jhonnee Boy nos explicou sobre o caso do Ramon, deu a ideia dele usar algum fone no ouvido pra se manter mais disposto para uma luta.

Waltty- É uma ideia interessante, mas há um problema, se você estiver sozinho, vai precisar dos seus sentidos, nunca se sabe de onde vai vir um ataque do inimigo e se essa dor sua unica forma para lutar corpo a corpo, estará perdido caso o fone venha a quebrar ou se perder, portanto treine e esqueça essa história, é arriscado.

Eu- Por que não deixamos eles decidir?

Waltty- Tudo bem, o problema é seu rapaz, vai querer correr esse risco?

Ramon- Faço o que for preciso pra me proteger dos Jhones.

Waltty- Tá bom, depois vemos isso.

Alex- Will precisa fazer as compras.

Eu- Que compras?

Alex- Estamos em grande número aqui, não tem comida pra todos, nos máximo dá pra três dias.

Eu- Três dias? 'o'

Alex- Está achando o quê? Ninguém aqui vive de pão.

Eu- OK! Faz uma lista que eu...

Alex- Já fiz, está aqui.

A lista de compras era enorme.

Eu- Eu não to cagando dinheiro sabia?

Alex- Não interessa, você...

Waltty- Will pegue minha bolsa, nela tem um cartão ilimitado, o Trivão conseguiu pra mim, use ele pra comprar o que for preciso.

Alex- Eu pego!

Waltty- O que for preciso. Não tem nem um segredo, é só passar o cartão e digitar qualquer número que ele já libera.

Eu- vejo isso amanhã, tenho que ver com os outros se precisam de algo.

Waltt- Jogue todos na ducha e os leve junto, isso inclui você Rafa.

Rafa- Eu?

Waltty- Sim, você não para de fazer perguntas, seu perfume fede e sua presença me incomoda, vá com eles.

Depois de todos terem tomado seu banho, fomos para o super mercado, fomes em uma camionete e um carro, quando chegamos lá, Alex dividiu a lista de compras, o que não estivesse na lista os outros podia pegar, ao descer do caro, notei que Rafa ficou parado olhando pro chão.

Eu- O que foi? Pisou no cocô de cachorro?

Rafa- Foi aqui que conheci o Douglas, nesse mesmo lugar, se lembra Will? Ele era todo quietinho, mal falava, então tentei fazer ele se soltar.

Eu- Sim eu lembro, mas vamos logo antes que o mercado feche.

Na entrada nós nos separamos em duplas, cada um pegou um carrinho e se sumiu com sua dupla, quem me sobrou foi o Erick, o clima entre nós estava tenso, ele mal falava comigo, sua respostas se resumiam em " huhum" e " Nem". O bom disso foi que eu pude imaginar como iria ser minha vida no futuro, eu levando o carrinho e o Douglas escolhendo os produtos, os biquinhos que ele fazia desconfiados de algumas marcas.

Erick- Vou no açougue, fique aqui.

Aquela bunda e o jeito de rebolar, tenho certeza de que já tinha apalpado ela.

Doug- Seu pervertido.

Eu- Por que ele rebola tanto? Talvez seja a bunda redonda de mais, como será que ele deve ser sem a calça?

Rafa- É lisinha, redonda e brilhante.

Eu- Rafa?

Rafa- Macarrões. Desde quando você pensa em voz alta?

Dani- Will e Rafa seus viados, não vejo mais vocês, tem dado muitos é?

Rafa- Dado minha pica pra tu chupar de noite.

Dani- Toma no teu cu viado veio!! Hahahaha!

Rafa- E ai, comé que tu tá?

Eles nem notaram, mas tinha um menininho escolhendo sopinha do lado deles.

Eu- Ei, cuidado, o menino ali e vocês falando besteira.

Daniel- Eu sabia que tu era gay mas não boiola!

Dani se agachou pro menininho e disse:

Dani- E ae moleque! Quer um pirulito?

O menino saiu correndo e chorando.

Eu- Vishh!! Lascou as compras, vamos dar o fora daqui.

Dani- Chama isso de compras?

O carrinho da dania estava cheio em cima.

Rafa- Aee, já volto.

Rafa foi pro outro corredor.

Ramon- Firmeza? Vejo que estão se achando ai com essas comprinhas, vou nem falar nada.

O carrinho de Ramon e Miguel estava cheio, em cima e em baixo.

Dani- Esse não passa fome! Prazer, Daniel, primo do Will.

Ramon- Ramon, amigo.

Eu- Ei, vamos manerar aqui, isso não é uma competição.

Rafa- É, até porque se fosse, já estava no papo!!! Huhaaaa!!

Rafa puxou o carrinho dele e do Alex, na verdade dois carrinhos, o espaço era pouco, pra tantos carrinhos, era um congestionamento que só, no meio de tudo aquilo, alguém derrubou uma pilha de refrigerantes, eu já tinha saído, queria ver se encontrava o Erick pra apresenta-lo ao Dani, só ouvi o barulho dos refrigerantes caindo, todo mundo correu.

Não vou nem contar o que aconteceu dentro daquele mercado, o fato é que não podemos mais ir lá.

Waltty- Expulsos do super mercado! Eu não sei como você consegue fazer essas coisas Rafa?

Rafa- Quem disse que a culpa foi minha?

Miguel- Todo mundo.

Rafa- Fica quieto que eu não perguntei pra tu!

Miguel- É? Quem vai fazer as compras mês que vem? Não podemos mais voltar lá devido a tantos danos materiais.

Rafa- Que culpa eu tenho se as prateleiras ficam muito próxima?

Waltty- Tudo bem, olha, guardem tudo, alguém leve o Boy pra casa, vamos conversar, acho que descobrimos algumas coisas.

Eu- Descobriram o quê?

Waltty- Trivão encontrou o lugar exato de onde fica os corpos conservados, é no mesmo lugar aonde é protegido por crianças, eles dão a desculpa de ser um orfanato no campo lá no Paraná, vai ser um problema passar por eles pra pegar o corpo do Douglas, mas não é só isso que eles tem lá.

Eu- Tipo?

Waltty- Luciferianos, podemos nos aproveitar disso pra descobrir algo.

Pietro- Vai ser algo muito arriscado invadir um lugar assim, deve estar bem protegido.

Waltty- E estando longe da cidade eles podem usar seus melhores recursos pra combate, vai ter que ser um trabalho mais sigiloso.

Rafa- Como vamos fazer isso?

Waltty- Vamos? Lamento Rafa, você não vai?

Rafa- Por quê?

Waltty- Te conheço há um bom tempo, você não tem qualificação pra algo assim, é muito barulhento e escandaloso, o Will só vai por causa do corpo do Douglas, já é um que teremos que proteger.

Pietro- Tudo bem Rafa, ficamos aqui pra dar suporte.

Rafa- Não quero ficar aqui pra dar suporte! Eu sou um membro igual nesse grupo, eu vou pra lá também.

Waltty- Vai, é claro. Mas vai ficar na base que vamos estabelecer lá, o Trivão já está providenciando, viajamos essa semana.

Eu- E qual o plano?

Waltty- Prefiro contar na hora pra não ter perigo do plano vazar, mas basicamente, vamos até lá, nós faremos uma entrevista com os luciferianos, pegamos um deles, você e Erick vão aonde ficam os corpos congelados, procurem o do Douglas e saiam de lá, vão por mim, esse plano é infalível, é só confiarem e vai dar tudo certo.

Eu- Mas e os novatos? Eles não estão prontos.

Waltty- Estarão até o fim de semana, em questão de serem cauteloso, eu e Boy cuidaremos disso.

Erick- E as crianças?

Waltty- Não somos Deus pra salvar todo mundo.

Erick- E as crianças?

Waltty- Quê?

Erick- E as crianças? Vamos leva-las pra onde?

Waltty- Você é surdo? Não vamos ter tempo pra resgatar-las, são muitas, se vocês querem que saímos de lá sem machucar uma delas, temos que ser rápidos, não vamos ter tempo pra resgatar nem se quer o bebês.

Erick- Vamos ter sim.

Waltty- E vamos leva-las pra onde?

Erick- Não sei, mas não vamos deixar elas lá.

Waltty- Entenda uma coisa, você não tem que se importar com quem não conhece.

Eu- Ele está certo.

Rafa fez cara de surpreso.

Eu- Vamos lá, fazemos o que temos que fazer e saímos, outros dia resolvemos isso.

Pietro- Suas opiniões diferem, isso pode estragar qualquer plano. O ideal é que se resolvam antes de realiza-lo.

Ficamos quase a noite toda debatendo, Erick ficou chateado, pra ele isso era errado, não conseguia nos compreender, ele saiu e foi para o mato novamente, Jhonnee Boy foi atrás dele, Waltty ficou responsável por leva-los pra casa mais tarde. Eu e Rafa voltamos para o apartamento, cheguei lá o porteiro me olhou estranho, abri a porta do apartamento, minha mãe estava sentada no sofá, ela e minha irmã, as duas com os olhos cheios de lágrimas.

Eu- O que vocês duas estão fazendo aqui? Aconteceu algo?

Mãe- Eu sinto muito Will, é pro seu próprio bem.

Dois homens saíram de trás de mim e me seguraram, um terceiro me embrulhou com uma camisa de força, eu lutei o máximo que pude mas eles foram mais rápidos.

Eu- O que está acontecendo? Por que estão fazendo isso?

Mãe- Me desculpe filho!

Minha mãe chorava litros, minha irmã pedia pra mim ficar calmo.

Eu- Rafa faça alguma coisa.

Me amordaçaram, Rafa, só abaixou a cabeça e não fez nada, me injetaram algo que me deixou tonto e aos poucos fui apagando, tudo ficou embaçado, como se eu estivesse no meio de uma névoa. Sonhei com o Douglas, achou que foi o mesmo sonho que ele me contou uma vez.

Doug- É um sonho estranho, já tive ele várias vezes.

Will- Eu estou nele?

Doug- Não, acho que não.

Will- Se eu não estou nele não é um sonho, é um pesadelo.

Doug- Eu gosto de você Will, e muito, mas neste sonho não vejo seu rosto, é tudo muito claro, brilhante, tem luz de mais porque é de manhã, o sol está nascendo, é em um apartamento, eu acordo de manhã em uma cama de casal, olho para o lado e vejo alguém todo coberto, me lembro certinho, a cama está com um lençol branco, as paredes são pintadas em um tom amarelo, eu estava vestindo uma camisa mescla, e uma calça moletom azul bem clarinho.

Will- Quem é a pessoa ao seu lado.

Doug- Não sei, me deixe terminar. Eu me levanto, vou ao banheiro e escovo meus dentes, sinto aquele calor gostosos da manhã em meu corpo, vou para a cozinha, lá um cheiro gostoso de café, pego um copo e vou para a janela, o sol está nascendo, a sensação é maravilhosa, parece que tudo está perfeito, é quando alguém me abraça por trás, um sorriso se abre em meu rosto, ele me beija no pescoço tão levemente, lábios macios, um toque de amor.

Ele- Bom dia amor.

Eu- Bom dia.

Ele- Saudades deles?

Eu- Você sabe que eu não posso voltar.

Ele- Não importa, eu te amo e estarei ao seu lado até o fim.

Doug- Um garoto de uns 6 anos com a mão no rosto nos dá bom dia " Bom dia pai e bom bom dia papai", é um menino lindo, moreninho, olhos castanhos brilhantes e um sorriso fofo, o homem ao meu lado pego o menino no colo, se vira para trás e mostra ao filho o nascer do sol, uma vista para a cidade e ao lado a praia. O cheiro dele é tão bom, os leves pelos em seu braço eram clarinhos, loiros, pele macias, ele me beija na testa e quando olho para seu rosto eu acordo.

Esse era o sonho do Douglas, o mesmo que tive, porem eu era o homem de quem ele falava, quando acordei, eu estava em um quarto fechado, colchão de espuma, olho ao meu redor e não tem ninguém, estou sozinho, apenas uma pequena janela na porta da qual eu gritava e ninguém me ouvia...

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