"Em 25 anos de existência eu nunca precisei sair no braço com ninguém, nem no colegio quando criança eu briguei, adoro entrar numa discussão mas sempre fugi do mano a mano. ".
Jogando com o meu primo me lembrei que o violão dele ainda estava em casa.
O Renan chega e entra no jogo com o Ricardo, os dois ficariam sozinhos em casa, e o Rick ia chorar rs.
Eu peguei o violão e sai rumo a casa da Laura.
Cheguei lá e chamo por ela que me recebe com um sorriso e um apertado e caloroso abraço.
Vim trazer o violão dele.
Eu vou chama-lo meu filho espere um pouco?
Não Laura eu não quero vê-lo, prefiro deixar o violão aqui com você, ao invés de ouvir mais conversinha fiada.
Está bem meu menino, sei que você está magoado com ele, mas não perca o contato comigo eu ainda o considero como um filho Binho.
Imagina Laura você é uma mãezona e terá lugar aqui sempre.
Suponho que o William tenha puxado para o lado do pai, já que ele não se parece em nada com você.
É Binho eu sofri muito nas mãos do pai dele, que me traia, não parava dentro de casa e vivia nos bares.
Você foi a melhor coisa que aconteceu na vida do meu filho e eu espero que ele esteja muito arrependido.
Bom Laura eu vou indo então e quando puder vá em casa.
Vou sim meu amor.., ela me abraçou e me deu um beijo.
Eu dei partida no carro e sai.
Ele deceu as escadas correndo, pegou o violão da mão dela e arremeçou com força na lateral do meu carro.
Parei o carro, ele abriu a porta e me puxou para fora.
Senti o canto do meu rosto esquentar com a murrada que ele me deu, claro que eu ia apanhar, meu rosto doia e sangrava.
Você é um desgraçado Fabiano nunca mais eu quero olhar para essa sua cara, seu viado eu tenho nojo de você.
Eu encostado na lateral do carro olhando ele gritar, tinha ódio naquele olhar, que apertava meu pescoço, chegava a cuspir de tão possesso que ele estava.
Você é um filho de uma puta mimado que ganha tudo de mão beijada.
A mãe dele tentou puxa-lo mas levou um empurrão e caiu no chão em cima dos pedaços do violão.
Aquela cena me deixou irado, e eu revidei.
Fechei a minha mão e enfiei um murro no meio do estômago dele, que se afastou e me chutou.
O chute pegou na minha cintura, segurei a sua perna e dei um de encontro e certeiro bem no saco (tadinho quebrei o meu play ground).
A mãe dele no chão gritando de dor, eu me agaixei e vi que ela estava sangrando, ele me pega pelo cabelo e com a mão aberta me dá um tapa no ouvido, nossa eu ouvi um zumbido lá no fundo e que dor.
Aí desgraçado muleque você é grande mas vai apanhar.
Eu me levantei e pulei em cima dele, nem vi onde ele estava, cai no asfalto com os joelhos no chão e ele caiu de costas ralando os cotovelos e batendo a cabeça.
Eu subi em cima dele e meti um murro no peito, depois com a mão aberta enchi a cara dele de tapas que estralavam e ardiam na minha mão.
Se eu sou viado você é o que?
Você não é ninguem para achar que pode reclamar alguma coisa.
Filho de uma puta não, lava essa boca para falar dela seu merda.
Sua mãe não merece gastar um pingo de preocupação pensando em você, e se eu tiver que gastar algum dinheiro com o carro, esse dinheiro vai sair do seu bolso ta me ouvindo?
Ele chorava enquanto eu batia nele.
Me levantei e ajudei a Laura entrar no carro para leva-la ao Hospital, meu joelho sangrava e meu rosto e ovidos estavam quentes.
Ela sentou-se no banco e eu com pena o levantei.
Vem vamos para o Hospital seu idiota, ele chorava e sua boca sangrava.
Por que você fez isso comigo Binho?
Eu não quero trabalhar com o Joaquim, eu quero ficar com você.
Olhei no chão e vi o violão todo detonado, a lateral do carro com um amassadinho mínimo e um enorme risco.
Você vai pagar aquilo está me ouvindo? Apontei para a lateral do carro.
Minha vontade era esfregar a cara dele no asfalto, mas a Laura estava gemendo de dor e precisava de um médico.
Chegamos no hospital, eles a colocaram na maca e a levaram para um quarto, eu fui fazer curativo no meu joelho e no corte do meu rosto.
Ele chorando desesperado por ter empurrado a Laura e tê-la machucado.
Cortou a parte interna do lábio superior e os cotovelos todos rasgados as enfermeiras brigando com nós dois.
Onde já se viu dois marmanjos desse tamanho brigando?
Eu as interrompi!
Como a mãe dele está?
O médico está examinando, mas o que aconteceu pra ela ter perfurado as costas daquele jeito?
Eu respondi apontando para ele.
Esse idiota aí quebrou o violão na lateral do meu carro e na briga acabou empurrando a mãe.
Ela caiu em cima do braço do violão.
A enfermeira diz:
Ela está muito bem mas poderia ter sido grave, e você garoto tem o que na cabeça?
Algum tempo depois eu a levei embora me desculpando o caminho todo.
Ele pegou um ônibus e foi na frente.
Cheguei em casa e ouço os gritos da minha tia com o Ricardo.
Eles param de gritar quando olharam no meu rosto.
Meu olho direito estava fechado.
Minha mãe começa a gritar e vem me abraçando.
O que aconteceu Fabiano, você foi assaltado?
Continua
