Until The Very End - Cap 22 "Just promise something"

Um conto erótico de Lipe
Categoria: Homossexual
Contém 1384 palavras
Data: 17/04/2014 13:04:39
Assuntos: Gay, Homossexual

Amores, desculpe a demora, mas problemas surgem do nada e eu não pude postar esse capitulo! Mas agora tudo se resolveu e está aí em baixo! Espero que gostem....

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De todas as reações que eu achei que pudesse ocorrer, de fato foi a mais inesperada. Todos começaram a aplaudir de pé.

- Ordem! Ordem no tribunal! – Ele batia seu martelinho e aos poucos todos foram se acalmando.

- Sendo assim, fica decidido que a guarda definitiva de Caio é... do Senhor Felipe Magne – Ele deu mais uma batida no malhete e todos os meus amigos e a grande maioria dos presentes comemoram.

- A mãe terá o direito de visitar seu filho, obviamente. O período legal é de um mês entre as visitas. Com o consentimento do pai adotivo, poderá ser feitas visitas entre esse período. A corte se encerra aqui.

================= 7 Anos depois

- Caio, esse final de semana eu vou pra São Paulo dar uma palestra. Vou na sexta e volto no sábado, ok?

- Ah. Eu tenho que ir, Lipe?

- Não, não. Creio eu que você possa ficar aqui e dar uma festa sem o meu consentimento, se é que me entende... Para seus amigos. Só tranque a biblioteca – Caio deu uma risada.

- Você não existe, Lipe...

Após aquele julgamento minha relação com Caio melhorou absurdamente. Nós éramos muito mais do que pai e filho, éramos melhores amigos. Ele me contava tudo. Seus medos, angústias, dúvidas. Ele confiava em mim, e eu confiava nele.

É óbvio, ele sabia que eu era gay. Nunca ligou para isso, mas ele não sabia que na noite da partida de seu pai, eu ficara com ele. Esse era meu único segredo para com ele. Do contrário, contávamos tudo um pro outro. Me contou quando perdeu a virgindade, quando tirou zero em matemática, quando deu uma surra em um menino na rua por que falou que eu era um viadinho... Coisas assim.

Ele com 17 anos era idêntico ao seu pai. Mesmo cabelo, mesmo tom de verde nos olhos. Mesmo corpo definido pela academia. Bem mais inteligente e esforçado, diria eu. Ele não era gay, não que isso fosse relevante.

Nesses 7 anos eu também mudara. Agora com quase 35 anos, eu já havia subido muito na empresa. Fiz um mestrado e doutorado, e atualmente diretor estadual de projetos. Embora minha carga de trabalho tenha aumentado muito, eu nunca deixei de lado Caio. Por eu saber minha capacidade, eu sempre resistia as ameaças dos meus superiores do gênero “Não vá a essa reunião e será demitido”. Eu simplesmente dizia “Ok. Amanhã eu passo aqui e pego minhas coisas”. Nunca aconteceu nada de mais.

Caio foi crescendo e eu sempre procurei educa-lo o melhor possível e trata-lo como um homem. Por conta disso, aos 17 anos era mais maturo e consciente do que muitos adultos. Mas ainda sim era um adolescente, gostava de se divertir.

Houve até uma vez que eu saíra para trabalhar, mas no meio da tarde eu precisei passar em casa para pegar algo. Na hora que eu abri a porta de casa, lá estava ele só de cueca com a vizinha no sofá. Eles me olharam assustados, mas eu simplesmente disse um “desculpe” e saí de casa. Coloquei minha gravata na maçaneta da porta. Mais tarde eu e Caio demos boas risadas disso.

Óbvio, eu também tinha meus encontros. Mas fiz questão de nunca levar meus “amigos” para minha casa. Caio sabia disso, inclusive um deles era o professor de física dele. Ele aprovava essa relação (nunca tirou menos de 10 com ele).

A mãe de Caio foi embora e nunca mais apareceu. Fernando também não. Mandou apenas uma carta dizendo “Estou bem. Caio te amo!”. Ele fez questão de queimar a carta, dizendo “Se amasse não tinha ido embora”. Mal sabe ele que ele foi por minha causa.

Enfim, minha vida com Caio era perfeita.

Mas como eu já disse, e mais de uma vez, o mundo dá voltas. Fui pra São Paulo na sexta à tarde, deixei dinheiro para a festa do Caio e fui sozinho no meu próprio carro.

A palestra era só no sábado de manhã, mas os outros convidados iam sair sexta à noite e me chamaram, ou melhor, intimaram a ir. De bom grado fui. Fomos a um restaurante chique, conheci algumas pessoas legais, conversamos sobre as inovações da área, problemas de empresas e contamos “causos” mais engraçados.

Fui para o hotel repassei mais uma vez o que eu tinha que falar. No outro dia coloquei um terno e fui para o local indicado. Havia bem mais pessoas que o esperado, mas isso já não era mais um problema pra mim.

Dei a palestra dentro da normalidade. Após os aplausos, abri espaço para as perguntas. Algumas pessoas fizeram perguntas, respondi com educação, visando tirar as dúvidas. Após essas perguntas, eu perguntei:

- Mais alguma dúvida? Estou aqui para respondê-las... – Uma mão se levantou no fundo da plateia – O senhor ai atrás...

Quando a pessoa se levantou, meu coração derreteu. Sim, era o Fernando. Fiquei olhando seus cabelos, agora mais curto, seu porte físico, seus olhos verdes, até que sua voz doce me trouxe a terra.

- Boa tarde, Doutor Magne. Eu queria saber se já existe alguma empresa já utiliza esse novo sistema... – Ele fez sua pergunta e eu respondi como se não o conhecesse. Após eu responde-lo, ninguém mais quis perguntar e então a palestra acabou. O diretor agradeceu minha presença e depois dispensou a todos.

Algumas pessoas vieram me cumprimentar, entre elas, Fernando. Apertei a mão de todos, agradeci elogios, mas quando chegou a vez do Fer, não me conti, dei um abraço nele. Seu perfume continuava perfeito. Seu corpo sexy continuava quente, como antes.

- Por onde você andou?

- Longa história. Depois eu te conto os detalhes. Termine de receber as pessoas, estarei te esperando.

Fernando saiu e continuei cumprimentando as pessoas ansioso pelo fim. Várias pessoas me cumprimentaram, agradeceram, pegaram contato e elogiaram. Por fim, acabou.

Sai escoltado por alguns puxa-sacos até meu carro. Fernando estava apoiado nele, sexy e perfeito. Despedi dos outros e entrei no carro, junto com o Fer. Ele me olhava com aqueles olhos verdes penetrantes.

- Vai me contar aonde esteve nos últimos anos? – Perguntei.

- Só depois de você me contar de Caio, como ele está?

- Muito bem. Tem a sua cara. É um garoto exemplar na escola. Sabe, a mãe dele apareceu há uns sete, oito anos para leva-lo embora...

- Aquela vadia? – Ficamos conversando durante todo o percurso até o hotel. Nem me lembrei de perguntar aonde Fer morava, mas eu ia passar no hotel, pegar minhas coisas, deixar Fer em sua casa e ir para casa.

Fer fez um resumo de sua vida. Depois daquele dia em que foi embora ele arranjou um emprego em São Paulo. Graduou-se em engenharia mecânica e fez um mestrado na área de automação. Ele não sabia, segundo ele, que o palestrante era eu. Pelo visto o destino se encarregava de nos deixar juntos.

Passei no hotel, arrumei todas as minhas coisas, coloquei-as no carro, fechei minha conta e entrei novamente com Fer no carro. Olhei para ele, então eu percebi que eu deveria me sentir com raiva por ele ter ido embora, mas eu só sentia saudade.

Enquanto ele me contava sobre sua nova vida em São Paulo, eu só fiquei olhando pro seu rosto, agora mais másculo e adulto. Percebi o quão perfeito ele era, e que eu nunca mais queria que ele se separasse de mim. Ele continuou falando, então eu o beijei.

Pelo visto ele não esperava isso. Ele se assustou, mas se entregou. Pela segunda vez na vida o tempo parou a minha volta. Nada mais naquele momento importava. Seu beijo era doce, suave, perfeito.

Após um beijo ficamos olhando no olho um do outro. Ambos tínhamos expressões de amor e paixão no rosto. Ele fechou o olho e encostou sua testa na minha, então eu disse:

- Eu não quero viver mais longe de você. Não quero passar mais nem um segundo longe de você...

- Talvez você não precise mais...

- Fer, volte a morar comigo. Por favor...

Ele ficou em silencio um tempo e me disse:

- É o que eu mais quero! – Demos mais um beijo perfeito. Fer deu uma mordidinha leve no meu beiço.

- Mas me promete algo?

- O que?

- Nunca mais ir embora...

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Comentários

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Sinceramente! Sempre mendigando esse amor... Por que ele não apareceu antes? Não sabia o enderreço? Chateada com esse desfecho. Acho que esse Fer deveria procurar o Felipe e não este se jogar nos braços dele.

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Porra velho q merda era pra ele nem querer mais ver o fer na vida egua q cara trocha

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So não entendi o por que de tanto tempo, mas torço pela felicidades deles, e que o Caio não seja contra.

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Naoo a que saco.. Dps de tudo desse ato de convardia.. Ele ainda vai quer voltar? Aff

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FINALMENTE O FERNANDO APARECEU. MAS ACHO QUE QUEM NÃO VAI ACEITAR ESSA VOLTA É O CAIO. MAS ESPERO QUE DESSA VEZ ELES FIQUEM JUNTOS E FELIZES.

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