Vida de universitário é foda 11

Um conto erótico de Fael
Categoria: Homossexual
Contém 2254 palavras
Data: 12/03/2014 16:32:50

No restante daquele dia eu tentei ao máximo não pensar que agora, além de nós havia outra pessoa sabendo que estávamos juntos. A preocupação era nítida no Murilo também, tanto que não nos aproximamos muito mais naquele dia. Aparentemente, a Isabela não iria mesmo contar para ninguém, e o fato de ela ter se assumido bissexual também prova que estávamos tranquilos quanto a essa situação. Mesmo assim, não consegui me divertir como queria com os meus amigos por estar preocupado demais.

Quando todos foram embora, fizeram promessas de nos reunirmos no próximo mês, no aniversário do Higor. Uma ótima ideia, mas mesmo assim não podia deixar de observar o comportamento da Isabela. Ela, por sinal fez questão de vir até mim dizer que o nosso segredo estava guardado. Depois disso tentei me acalmar um pouco.

Na hora de dormir, o Murilo veio pra minha cama. Ficamos em silêncio por um tempo, até que ele não se conteve.

_Me desculpa! Foi minha culpa, se eu não tivesse te beijado sua amiga não teria descoberto.

_Capaz, pare com isso. Além do mais, já aconteceu e não adianta ficar pensando nisso.

_Você acha que ela realmente não vai falar nada pra ninguém?

_Sim, pelo menos é o que eu quero acreditar.

Na segunda ficamos em casa o dia todo, e como iríamos embora no outro dia, tentei aproveitar ao máximo a minha família. Meu pai disse que tinha uma surpresa pra mim, e que antes de irmos embora ele me levaria até o local do grande segredo.

Chegada a tal hora, meu pai me levou de olhos vendados. O Murilo veio conosco. Chegando no tal local, me guiaram até o destino. Quando o Murilo tirou a venda fiquei pasmo, estávamos em uma concessionária diante de um carro 0km com um laço gigantesco. Hahahahahah meu pai me deu meu primeiro carro. Fiquei super feliz, é claro.

Mesmo ganhando um carro, tivemos que ir embora de busão, pois nós teríamos que procurar uma novo apartamento com garagem.

De volta à rotina a semana passou rápido. O Murilo se encarregou de procurar um novo apê pra nós. Na universidade eu estava cada vez mis observando o comportamento do Manoel. Nunca tinha percebido, que no horário do almoço ele saia com dois caras e uma guria, que por sinal era top de mais. Comecei a analisar cada movimento que ele fazia, se mexia muito no celular, se falava com alguém que eu não conhecia no intervalo entre outras coisas. Mas até então, não havia nada de estranho, a não ser esses “novos” amigos. O Murilo tinha me dito que ele estava saindo com pessoas que não são boa influência, mas os três aparentavam ser pessoas comuns.

No final de semana, ficamos arrumando nossas coisas, porque já iríamos mudar na próxima terça feira. O pessoal apareceu lá em casa para dar um apoio, menos o Manoel.

_Victor, cadê o Manu?

_Ah, ele disse que tinha compromisso. Mas nem comentou o que era também.

_Quem é aquela galera que ele está andando lá na facul.

Quando eu perguntei o Victor desviou o olhar, disfarçou um pouco e pediu pra mim repetir a pergunta. Achei muito estranho, porque eu tinha falado em alto e bom som, além de que era uma pergunta simples.

_Não sei não cara, não os conheço.

Logo pensei que existia alguma coisa aí. Pedi pra ele ir comigo até o mercado pra comprar lanche pra nós, e aparentemente ele ficou incomodado em ter que sair somente comigo.

_Vamos também Thaís?!

_Não, tô vendo umas fotos aqui.

No caminho, ele estava dirigindo seu carro enquanto eu olhava pela janela. Eu precisava da verdade.

_Tá bom, você sabe o porquê de ter te chamado pra vir comigo. Desembucha, quem são aqueles três?

_Eu não sei do que você está falando!

_Conta outra!

_Olha, eu só sei que são de fora, que estudam aqui e que fazem eng. Ambiental.

_Isso não me interessa, o que eu quero saber é o que eles fazem.

_São..... do “esquema”.

_Do que?

_Drogas. Maconha, Crack. Qualquer droga.

_Puta merda! E como você não falou pro Manoel parar de andar com eles?

Ele não respondeu, estacionou em uma vaga do supermercado e me olhou. Antes de ele ter coragem de me dizer, eu adivinhei.

_Por que você também anda com eles.

_Rafa, pelo amor de tudo o que é mais sagrado, isso morre aqui. Eu não estou mais comprando nada deles! Eu nem falo mais com eles.

_E você tem noção do que você fez? Você ainda tá usando? Você só pode estar de brincadeira. Alguém mais sabe disso?

_Eu não uso mais. Bom, foi por isso que a Paty terminou comigo. Depois disso eu fiquei muito mal e consegui parar de usar. Mas o Manoel continua, eu já falei com ele mas não adianta.

_E onde é o local deles?

_Eu não vou te dizer. Olha, você não pode simplesmente aparecer por lá. Eles não parecem, mas são muito perigosos. Não vou deixar você ir lá.

_Você sabe que se não me contar, eu vou descobrir, né?

_Não tem como.

Eu não podia acreditar no mais novo problema diante de mim. Meus amigos se meteram com gente barra pesada, e o que é pior, eu não via como eu poderia ajuda-los. Fomos ao mercado e voltamos, em silêncio. A galera ficou por lá e até nos ajudaram a fazer um jantar improvisado. Depois que se foram eu contei tudo pro Murilo, que disse já desconfiar.

_E por que você nunca me disse nada?

_Por que eu não tinha certeza. Mas não podemos fazer nada, se o Victor já conversou com ele e não resolveu, o que faz você pensar que nós vamos conseguir algo?

_Eu vou pensar em algo.

_Só não entra no caminho deles, por favor!

Naquela madrugada tentamos deixar de lado todos os problemas e transamos feito loucos. Durante a semana já tínhamos feito sexo, mas nada igual àquela noite.

A pegada dele estava realmente sensacional, me deixando com muito tesão. Ele passava a mão por todo o meu corpo, sem pressa mas com muita intensidade. Eu aproveitava para beija-lo como se não houvesse o amanhã, um beijo de quem estava com ”fome”.

Logo ele foi me chupando, enquanto eu incentivava ele. Depois trocamos e eu fui chupa-lo, e quando ele estava pra gozar eu parei. Me lembrei de que eu nunca tinha sido o passivo, então numa tentativa de surpreende-lo disse que queria que ele me comesse. Deu pra perceber que ele ficou muito feliz, e logo veio pra cima de mim fazendo carinho e dizendo que iria ser especial.

Não posso dizer que não tenha curtido a primeira vez como passivo, mas no começo doeu muito, achei que não iria conseguir aguentar. Mas ele foi muito paciente, foi colocando devagar para que eu pudesse me acostumar. Depois que ele enfiou tudo, esperou mais um tempo para começar a bombar. Com o passar do tempo o prazer tomava conta do meu corpo, a dor já não incomodava tanto. Ele não foi muito violento com seus movimentos, o que facilitou, e muito para mim.

Enquanto ele me comia de quatro, beijava meu pescoço e de vez em quando dava pequenas mordidas na minha orelha. Estava ótimo e não demorou muito para que ele aumentasse o ritmo. Ele começou a bater uma pra mim enquanto me comia, mas logo eu gozei.

Demorou mais alguns minutos para ele chegar lá, gozando fartamente na camisinha com seu pau ainda dentro de mim.

Eu estava tão exausto que nem tive forças para comer ele. Então ficamos largados na cama esperando o sono chegar.

No outro dia quando acordei ele já havia feito o café e estava à mesa lendo um jornal. Fui até ele, dei um oi e fui pro banheiro tomar banho e escovar os dentes. Quando saí ele me abraçou e disse o quanto estava feliz por ele ter sido o primeiro. Ele parecia criança de tão feliz. Parecia coisa de outro mundo, mas estávamos muito apaixonados um pelo outro.

Tinha sido tudo muito rápido, mas eu não podia imaginar ficar muito tempo sem ele. O cheiro, o corpo perfeito e as constantes demonstrações de afeto por parte dele estavam me deixando amarrado a ele. E eu tinha a mesma influência sobre ele. Era tão bom quando estávamos só em casa, sem nos preocupar com nada nem ninguém.

Ainda naquele dia, eu queria me mexer com relação ao caso do Manoel. Sendo assim fui até a casa do Victor para tentar arrancar dele o máximo de informações úteis possíveis. Ele não me disse muita coisa, mas aceitou me levar até um local próximo ao que essa galera frequentava.

Tive que dar a desculpa de que queria ver se o Manoel estava por lá. Quando chegamos a um local já muito afastado do centro da cidade, avistei a guria que eu vi saindo com o Manu da facul. Percebi que ela entrou em um bar, e em seguida saiu acompanhada dos outros dois. Como era de se supor que o Manoel não estava por lá, pedi para que fossemos embora. O Victor me deixou em casa e foi para a dele, me recomendando que eu não tentasse nenhuma loucura. Logo que ele saiu, liguei para o Manoel, chamando ele pra vir até lá em casa, mas ele disse estar de saída, que estava indo resolver umas coisas. Foi então que tive a brilhante ideia de pegar chamar um taxi e ir para aquele bar.

Quando cheguei lá, de início me arrependi. Estava sozinho em um local cheio de pessoas que me olhavam torto. Mas depois, o vi em uma mesa tomando uma bebida e acompanhado dos outro três. Fui até eles e quando me aproximei ele percebeu minha presença. Por um momento pensei que ele havia me confundido com um fantasma, ficou pálido e de olhos bem abertos.

_Eae Manoel! Blz?

_Rafa, o que você está fazendo aqui?

Antes que eu pudesse responder, a garota nos interrompeu.

_Manoel, você não disse que traria um amigo!

Ela parecia divertida com a situação.

_Ah, coincidência. Rafa, o que você faz aqui?

_Vim pegar uma cerveja. Estava passando aqui perto.

Os dois caras se levantaram, me olharam e ficaram encarando. O Manoel ficou mais nervoso ainda, se levantou e foi me empurrando pra fora.

_A cerveja daqui não é tão boa, vamos em outro então.

Estávamos saindo, quando um dos caras disse:

_Esperem rapazes. Manoel, traga seu amigo pra tomar uma com a gente.

_Valeu André, mas eu também já estava indo embora.

Eu não conseguia dizer nada, estava só olhando o clima de tensão que estava pairando por lá.

_Você não quer me fazer uma desfeita, não é?!

De cabeça baixa o Manoel concordou e me levou pra mesa em que todos voltaram a se sentar. Eles começaram a me fazer perguntas, sondando terreno. Aquelas pessoas estavam interessadas em saber se eu realmente caí de para quedas por lá ou se eu estava sabendo dos esquemas deles. O Manoel estava pálido, ficava me olhando com uma cara indecifrável. Cansado daquilo, resolvi tomar uma atitude.

_Manoel, vou indo nessa. Tenho que ir pra casa agora, você vai ficar aqui?

_Não...

_Vocês não vão sair daqui, não agora!

A voz da guria me deixou em estado de alerta, era como se um jogo tivesse começado para eles.

_Bom, foi mal galera, mas eu realmente tenho que ir.

_Acho que você não entendeu. Gatinho, relaxa se senta aí!

Não me sentei, olhei pro Manoel e resolvi sair dali o mais rápido possível.

_Hã, obrigado, mas eu vou indo nessa.

Quando eu disse isso, um dos caras se levantou, ficando cara a cara comigo.

_A Andréia disse pra você sentar, então senta cara! Não vai querer deixar a garota magoada, né?

_Sinto muito, mas vou embora.

Existem momento em nossas vidas em que tomamos atitudes imprudentes. Ir até lá, sozinho tinha sido uma das minhas até então. Quando eu realmente percebi, já estava no chão, sentindo meu rosto arder e percebendo que alguma coisa em minha boca estava quebrada. Logo levei a mão até meu rosto e as senti ficarem úmidas com o meu sangue. O filho da puta me deu um soco muito forte.

A minha sorte ainda não havia acabado, o outro me segurou pelo cabelo fazendo olhar para ele, afim de dar o recado.

_Nunca mais aparece aqui viadinho, tá entendendo? Se tú aparecer aqui de novo vai ser o último lugar que você vai ver.

Todas as outras pessoas que estavam por lá só olhavam, como se aquilo fosse uma coisa comum.

Depois o cretino me deixou no chão, agarrou o Manoel pelo braço e o ameaçou também.

_Isso é o que eu vou fazer em você se não sair da minha frente. Amanhã eu vejo o que faço com você, agora pega esse aí e dá o fora! Não quero ver ele aqui mais, estamos entendidos? E boca fechada, porque se não tú vai comer capim pela raiz.

Dito isso, os três se foram. Eu não conseguia acreditar que tudo aquilo tinha acontecido. O Manoel me segurou pelo braço, me levantou e me levou pra fora. Me colocou no carro dele e me tirou de lá.

A dor física era imensa, mas o que realmente estava pesando era o fato de estar nessa por tentar ajudar alguém que eu me importava.

Galera, muitas coisas ruins aconteceram depois desse dia. Mas fica para a próxima. Obrigado pelos comentários e pelo carinho de vocês. Até a próxima!

PS: Comentem se possível.

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