Você acredita que monstros podem amar? -cap.1 - assinando a própria morte.

Um conto erótico de Thomas
Categoria: Homossexual
Contém 1381 palavras
Data: 31/03/2014 22:49:24

Boa noite pessoal, conto novo saído, bom, vamos aos avisos iniciais. Primeiro: o conto sera publicado nas segundas, quartas e sextas, caso um desses dias não de para publicar então estarei publicando em outro dia da semana. Segundo: não publicarei nos finais de semana. Terceiro, esse é o mais curto dos contos que já fiz, ele vai ter 25 cap. apenas, e como todo começo vai ser levinho. alguns vou publicar com uma trilha sonora, como o caso desse primeiro. sem mais delongas, vamos ao Primeiro cap. Espero que gostem. ;)

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(trilha sonora: http://www.youtube.com/watch?v=i9p0h8DEMV0 )

Lifehouse - Take Me AwayFogo! Por todo lado as chamas lambem o ambiente queimando ate que vire cinzas. O sofá que ganhei de meu pai quando decidi sair de casa, os porta-retratos que estão em cima da mesinha, fotos de momentos felizes de minha vida agora estavam em chamas como todo o resto de minha casa.

Ouvi dizer uma vez que quando se esta morrendo você é capaz de ver sua vida inteira, seus erros e acertos, o bem e o mal que causou; bom, eu não vejo minha vida inteira no momento, mas posso ver o motivo pelo qual estou aqui, no meio do fogo onde morrerei.

Não me arrependo de nada que fiz, não tenho remorso e por isso não tenho pelo o que pedir perdão, apenas morrerei como muitos devem estar morrendo nesse exato momento, o que me diferencia deles é que estou morrendo por amor, amor esse que me libertou de medos e correntes que me impediam de ser que eu realmente sou.

Eu me chamo Thomas, tenho 23 anos, recém formado em enfermagem, 1,80 de altura, sou magro e definido, meus cabelos são pretos, lisos e sedosos formam um belo par com meus olhos igualmente negros como dois poços no qual não importa quanta luz bata eles permanecem obscuros, meus lábios finos e meu nariz reto e delicado completam minha atraente aparecia. Sem falsa modéstia sou muito atraente, pois herdei a beleza de minha mãe que sumiu no mundo quando eu tinha apenas 13 anos, desde então foi só papai, eu e meu irmão mais velho.

Sai de casa assim que consegui meu primeiro emprego em um hospital psiquiátrico, assumi independência e estava tudo bem ate que cometi o erro de me envolver com meu chefe, o medico responsável pelo setor em que trabalho e por metade do hospital.

- isso não esta dando certo. – eu dizia para ele que não queria entender o fim de um relacionamento que só existia na cabeça dele.

- não... NÃO... eu me recuso a ser trocado por outro. – Breno estava descontrolado, ele andava de um lado para o outro passando as mãos no cabelo freneticamente. – por quê? Porque Thomas? Quem é ele? Me diz...

- não tem ninguém Breno...

- MENTIRA! – sua voz já estava há muito tempo alterada, porem a minha se mantinha calma e controlada, era inevitável o fim não importando o quanto ele gritasse. – eu sei que tem outro homem, não minta para mim... quem é ele? Me diga quem é ele que eu vou matá-lo.

- você não vai matar ninguém Breno, não existe ninguém eu só não quero mais, será que é tão difícil você entender isso? – o descontrole dele já estava me deixando incomodado.

- Thom meu amor. – Breno abaixou seu tom de voz, era quase mansa, ele se aproximou tomando meu rosto entre suas mãos de forma carinhosa, e continuou a dizer com ternura na voz. – você não esta pensando direito, nós fomos feitos um para o outro, eu te amo Thomas, de todo meu coração digo isso, eu não posso viver se você do meu lado, sei que as vezes sou muito ciumento mas porque tenho medo de ti perder, me perdoe se eu ti fiz alguma coisa, prometo a você que irei mudar, serei um homem melhor pra você, serei muito melhor do que esse que esta tentando tira-lo de mim agora.

- eu já disse que não tem ninguém, e pare com isso Breno, você esta sendo ridículo... eu fiquei com você algumas vezes mas nunca lhe prometi amor eterno e você sabe disso, eu nunca menti para você quanto a isso.

- NÃO É VERDADE... VOCÊ TEM QUE SER MEU E SÓ MEU THOMAS. – ele se afastou aos gritos, sua expressão voltava a ser a de raiva, as suas emoções estavam descontroladas. - Thomas, por favor. – ele chorava nessa hora. – eu te amo, por favor, não faz isso... fique comigo, me deixa ti fazer feliz.

- não da Breno, isso não vai dar certo. – abaixei minha cabeça, era triste ver um homem grande e tão bonito se arrastando e mendigando um pouco de amor. – me desculpe, mas não posso ti retribuir.

- como eu pude ser tão idiota, você só queria me usar. – sua expressão mudou de tristeza e desespero para raiva e desdém, suas palavras saíram como pedras prontas para me ferir. – eu ti dei tudo que eu pude, ate mesmo seu emprego e é assim que você me retribui? Com tanta ingratidão... você Thomas não passa de um manipuladorzinho de merda, você nunca vai conseguir encontra alguém porque você não é amável... não importa o quanto ti amem, você não sabe amar ninguém alem de si mesmo. – porem elas não me feriu, não como ele queria.

- se você já disse tudo que queria eu tenho que voltar para meu serviço. – digo por fim me virando para a porta.

- você vai se arrepender por isso Thomas, guarde minhas palavras... você vai se arrepender de me rejeitar. – seu tom baixo e sua ameaça fraca transmitiam toda sua raiva e dor. “eu queria amá-lo, mais não sou eu quem decide isso Breno.” Pensei entristecido ao sair de sua sala.

Por uma semana nada aconteceu, nada mudou alem do Breno me evitar sempre que nos encontrávamos nos corredores, eu não me importava, sabia que ele estava sofrendo naquele momento, mas sabia também que logo ele superaria isso e seguiria em frente. Não era um trabalho muito difícil, o setor em que trabalhava era calmo, tratava apenas de pacientes indefesos, aqueles que estavam lá apenas por causa de suas famílias.

O hospital era dividido em quatro setores, A e B tratava de pacientes depressivos, com pequenos distúrbios mentais, altistas, esquizofrênicos de baixo risco, em sua maioria loucos que não apresentava risco e não precisavam ser mantidos presos e era desses que eu cuidava. A ala C era onde ficavam os pacientes agressivos, aqueles que não só apresentavam riscos para si próprios como para qualquer um que se aproximasse deles em um momento de surto, e ainda tinha o D. alguns enfermeiros batizaram a ala D como ala do Diabo, uma piada com um humor negro, mas que só quem trabalhava lá sabia da verdade por trás de uma simples piadinha. Nesse setor ficavam os pacientes considerados altamente perigosos, tratava-se de psicopatas, assassinos compulsivos, estupradores cruéis e maníacos. A maioria das pessoas no hospital evitava passar por aquela ala, ate mesmo os enfermeiros que trabalhavam La era estranhos aos olhos dos demais funcionários do hospital, ninguém se misturava com os que pertenciam e trabalhavam na Ala D, eles era um povo completamente isolado, pois a ala do Diabo era afastada das outras e para chegar La tinha que caminhar por uma longa estradinha de cascalho. Nunca havia conversado com nenhum dos funcionários de La ate aquele dia.

Eu estava chegando para mais um plantão quando um enfermeiro da minha altura, negro e de cara fechada se aproximou me entregando uma folha de papel para assinar, o meu susto foi imenso quando eu vi que se tratava de minha transferência para a ala D, transferência essa que foi pedida por ninguém mais ninguém menos que o Dr. Breno Mariano.

Eu não queria ir para aquele setor, mas se eu me recusasse Breno poderia me mandar em borá e a ultima coisa que eu queria era ficar desempregado e voltar a depender de meu pai, mesmo que por pouco tempo. Não tive outra escolha se não assinar minha transferência e acompanhar aquele homem que parecia não gostar de conversa ate meu novo local de trabalho. Eu mal sabia naquele momento, mas estava começando ali todos os problemas da minha vida, eu não havia assinado apenas minha transferência, mas minha morte tambémComentem, votem e opinem...

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Comentários

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Eu 3 dias, consegui ler todos os seus contos e achei um maxima. Nova fa, e lembrando quero a 2 temporada, poq esta maravilhoso. O jeito que vc escreve, o suspense, como vc fala sobre "liberdade" e o amor, lindo , lindo . Parabens querido.

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Cara, você escreve super bem! parabéns! vou acompanhar!

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UM CONTO MEIO SOMBRIO. JÁ SOU FÃ.

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Serio que protagonista vai morrer so porque gostei do conto nao deixa ele morrer nao!!!!!!!

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