Tinha que ser logo ele? P.15 (Penúltimo capítulo)

Um conto erótico de Sarin
Categoria: Homossexual
Contém 3854 palavras
Data: 29/03/2014 11:31:24
Última revisão: 29/03/2014 16:18:41

Ele: tudo bem. Agora vai. E vê se aparece bonitinho.

Eu: vai se ferrar!!!- ele começou a rir.

"Doente!"

Ele: beleza, esse é o início de uma bela amizade...

Sai rápido do colégio e o Fernando estava na esquina me esperando. Fui até ele e descretamente entrei no carro, pelo lado direito onde ninguém poderia me ver.

Ele: demorou.- disse ele já me agarrando.

Eu: Fernando, para! Lembra que eu to sendo vigiado?

Ele: hum... Só um?- ele fez uma cara de cachorro abandonado e eu me derreti.

Eu: tá, mais só um, e rápido.- o puxei pra cima e mandei língua naquela boquinha. O que seria um beijinho se tornou um beijasso. Suas mãos já passeavam por todo meu corpo. Invadiam minhas roupas e me faziam dar gemidos de prazer. Embora estivéssemos em um lugar movimentado, nenhum de nós se preocupava com o fato de sermos vistos.

Ele pôs as mãos por dentro da minha camisa e percorreu toda as minhas costas, dando suaves beliscões. Seus lábios chegaram até meu pescoço e começaram a sugar com força minha pele. Estava ardendo de tesão.

Então olhei por cima de seu ombro e vi o maníaco da sala bem na frente do carro nós olhando. Tomei um susto e empurrei o Fernando com toda minha força. Ele bateu a cabeça no teto e se jogou no banco.

Ele: aí amor!!!- disse ele esfregando as mãos na cabeça.

Olhei novamente e o garoto não estava mais lá.

Minha respiração estava pesada, meus olhos ardiam e todo aquele tesão de antes evaporou.

Eu: desculpa amor.

Ele: o que aconteceu?

Eu: nada. É que isso já estava indo longe de mais...

Ele: e você precisava ter me empurrado desse jeito?

Eu: não, desculpa. Foi reflexo...- ele riu e me deu um beijo.

Ele: você é maluquinho.

Eu: totalmente.

Ele: por isso que você é perfeito pra mim.- nós beijamos novamente.

Eu: ok. Preciso ir agora.

Ele: más já? Foi tão pouco tempo...

Eu: é, mas se alguém nos vê e conta pro meu pai, aí nem esse tempinho agente vai ter mais.- ele se encostou no banco e ficou olhando pro teto enquanto eu me recompunha.

Eu: tchau gostoso. Mais tarde te ligo.- disse dando um último beijo nele.

Ele: tchau né, e diz pro seu pai que ele tá acabando com a minha vida.

Eu: por favor, Fernando. Não seja dramático.

Ele: Eu não sou esse negócio que você disse aí coisa nenhuma...

Eu: você pelo menos sabe o que significa?- ele deu uma pausa e me olhou com uma cara de interrogação.

Ele: não...- confesso que tive de me segurar pra não rir. Cara, como assim? Como ele chegou no terceiro ano?

Eu: ok, amor. Poupe a sua inteligência, eu tenho que ir logo pra casa.

Ele: tá bom...- disse desanimado. Olhei para os lados e me certifiquei de que ninguém havia me visto. A rua incrivelmente ficou vazia rápido. Aliás, rápido demais.

Cheguei em casa e meus país não estavam. Provavelmente meu pai trabalhando e minha mãe... Vadiando.

Subi para o meu quarto e me pûs a pensar:

"Eu posso até ir. Mais não sozinho... Certo. O Fernando está fora de cogitação, então... Rafael!!!"

É, ele era o melhor indicado. Aliás, a única alternativa que me restou, já que não conhecia mais ninguém que fosse de confiança. Ele não era bem de confiança, mas se o que ele me disse foi verdade, acho que devia dar uma chance. Assim veria se suas intenções eram reais ou não.

Liguei pra ele e não deu dois toques ele atendeu.

Ele: Kayo!

Eu: oi...

Ele: como você tá?

Eu: bem. Deu tudo certo. É claro, fiquei de castigo mais fora isso...

Ele: que bom, fiquei preocupado.

Eu: hum... Rafa, eu posso te pedir uma coisa?

Ele: claro, o que você quiser.

Eu: ótimo. Mas você precisa guardar segredo. Por favor, ninguém pode saber, muito menos o Fernando!

Ele: hum... Entendi, você quer desfrutar de tudo isso aqui, mas quer que fique só entre nós...

Eu: claro que não!!! Rafael!!!- me irritei com ele.- para de falar besteira e presta atenção!

Ele: desculpa.- respirei fundo e continuei:

Eu: hoje, às 15:00hrs, preciso ir até aquela praça abandonada perto do lago. Mas...

Ele: mas lá é perigoso!

Eu: Rafael, deixa eu falar!!!

Ele: hunrrum...

Eu: poisé, preciso que você esteja lá comigo. Mais ninguém pode te ver, você tem que ficar escondido.

Ele: mas por quê?

Eu: é muito importante, por favor, só faz o que eu disse.

Ele: ok.

Eu: chegue antes do horário que eu te falei, se esconda e espere. Alguns minutos depois eu chegarei lá e um garoto também...

Ele: você tá me traíndo! E ainda quer que eu veja?!

Eu: Rafael, cala a boca!!!

Ele: tá, mais não precisa gritar!

Eu: então não fala merda!!!- dei uma pequena pausa.- ninguém, absolutamente ninguém, pode saber disso. Estou confiando em você.

Ele: pode deixar. Antes das três estarei lá.

Eu: certo.

Ele: mas...

Eu: vou desligar, tchau!- disse desligando o celular. O que eu menos precisava era de mais perguntas. Tá certo, se ele ia me ajudar era o mínimo que eu poderia fazer. Lhe dar respostas. Mas se ele continuasse falando besteira eu juro que ia dar uma surra nele pelo telefone mesmo!

Antes de sair, disse à minha mãe que iria sair com o Fernando, e ao Fernando disse que iria sair com minha mãe. Peguei um bus e lá fui eu. Desci próximo ao local e fui andando discretamente até a praça. Fiquei olhando em volta pra ver se encontrava o Rafa, mas se ele estava lá, se escondeu muito bem. Sentei em um banco, o mais claro e visível possível. Se ele fosse tentar alguma coisa, ao menos teria tempo de correr sem obstáculos pra atrapalhar. Sem falar que às pessoas nos veriam. Mas isso também me preocupou. Não havia ninguém ali.

Sentado no banco, observei ao redor pra ter certeza que o "Edward" ainda não estava por perto e liguei pro Rafa.

Eu: onde você está?

Ele: escondido.

Eu: aonde?

Ele: não vou dizer.

Eu: por quê?

Ele: porque é segredo lembra?!

Eu: sim, mas não pra mim!

Ele: não vou dizer!

Eu: me diz logo!

Ele: não. Porque se você souber onde eu tô, e ele te atacar, você vai olhar pra mim. Assim sem você saber, eu posso pegar ele de surpresa.- fazia sentido.

Eu: brilhante!

Ele: sempre o mesmo tom de surpresa!

Eu: é que... Garotos do seu tipo não costumam ser tão espertos...

Ele: nossa... Sua sinceridade é comovente.

Eu: tá, vou desligar.

Ele: relaxa gostoso, seu herói tá bem aqui.- quando ele disse isso meus lábios moveram-se sozinhos e um sorriso se estampou em meu rosto.

Eu: tchau.

Ele: tchau.

Desliguei e escondi o celular entre minhas roupas. Demorou uns cinco minutos e o carinha apareceu. Quando vi ele dobrando a esquina um um vento frio arrepiou todos os pelos do meu corpo. Minhas mãos começaram a ficar geladas e meu coração acelerou.

Quanto mais perto ele chegava mais me dava vontade de sair correndo. Evitei o máximo possível olhar para os lados, mas o medo me vencia.

Quando chegou na praça, um sorriso preencheu seu rosto. Confesso. O sorriso dele era muito fofinho.

Ele: você veio.

Eu: é, não tive escolha.

Ele: na verdade tinha. Mas digamos que a sua prima é que teria essa conversa comigo. E você não ia querer isso...

Eu: não. Mas vai, fala logo o que você quer.- ele se sentou ao meu lado, pegou minha mão esquerda e cruzou seus dedos aos meus.

Imediatamente puxei minha mão. Ele me olhou convencido e sorriu.

Ele: você é marrentinho. Gosto disso. Tenho certeza que logo seremos bem próximos.

Eu: não conte com isso. Eu escolho minhas amizades, e você não faz parte dessa lista!- ele segurou novamente minha mão e se aproximou, encostado seu corpo no meu.

Ele: me dá um beijo.

Eu: não!- disse afastando meu rosto do dele.

Ele: eu to mandando você me beijar!- ele passou as mãos pelas minhas costas e tentou me beijar à força. Eu o evitava virando o rosto e ele beijava meu pescoço.

Eu: aí, me solta!- ele então segurou meu rosto e esfregou seus lábios nos meus. Na mesma hora dei uma dentada e ele me empurrou.

Ele: tá maluco moleque!!!

Eu: você é que tá! Nunca mais encosta essa sua boca nojenta na minha!- seus olhos se encheram de ódio e ele avançou em cima de mim.

Ele: você acha a minha boca nojenta? Então vai ver se o meu pau também é!!!

Ele me agarrou pelos braços e tentou me arrastar para a mata que ficava logo ao lado da praça.

"Droga Rafael, já tá mais do que na hora de você aparecer!"

Tentei me soltar mas ele era bem mais forte que eu. Então me joguei no chão. Quando cai, suas mãos escapoliram e ele passou direto. Antes que ele se virasse, tentei correr mais levei uma rasteira.

Novamente no chão, lutava para me soltar de suas mãos que tentavam me levantar. Sem sucesso, ele agarrou em minhas pernas e começou a me arrastar pela grama.

Eu: socorro!!! Socorro!!!

Ele: cala a boca caralho!!!

Eu me debatida como um animal e ele me jogava de um lado para o outro. Então virei de frente pra ele e dei um chute em seu peito, que o fez recuar. Quando veio novamente, outro chute o acertou. Só que dessa vez seu nariz sangrava.

Ele: caralho!!! Eu ia te comer no mato, más mudei de ideia. Eu vou te comer aqui mesmo!!!- ele então se jogou em minhas costas tentando arrancar minhas roupas.- e tenha certeza que não vou usar lubrificante, vou arrancar todas as tuas pregas no seco seu viado!!!- sentia sua barba rala arranhar todo o meu pescoço. Suas mãos invadiram minhas roupas de modo voraz. Segurou meu braço esquerdo pra traz e aí eu não tive como resistir. Qualquer movimento me causava uma dor imensa.

Quando ele ia abaixar minhas calças, ouço um baque e ele cai ao meu lado. Ainda com dor no ombro, me virei lentamente e vi o Rafa voando em cima dele.

Virei-me novamente pela dor e só pude ouvir o barulho dos socos e chutes que eles trocavam. Demorou alguns segundos e ouvi alguém sair correndo. Por mais idiota que aparecesse, acabei pensando que fosse o Rafa. Me levantei devagar e meus pensamentos inúteis foram pra longe quando vi o Rafael vindo em minha direção.

Ele: ei, você tá bem?!- disse ele me ajudando a levantar. Ele aparentemente não tinha um só arranhão.

Eu: tô, más e você?

Ele: sim. Aquele cara teria apanhado muito mais se não tivesse fugido como uma mulherzinha.- nos sentamos no banco.- tá doendo?

Eu: porque você demorou? Já tava perdendo às esperanças de você aparecer.

Ele: me desculpa. O Fernando me ligou e eu acabei me distraindo.

Eu: o Fernando?!

Ele: é... E eu contei pra ele...

Eu: o que?!- gritei ao me levantar.- Rafael, eu disse pra você não falar nada pra ele!!!

Ele: eu sei. Más ele foi até a sua casa, e a sua mãe disse que você tinha saído com ele.

Eu: droga! Mesmo assim, você deveria ter inventado alguma coisa, ele não podia saber!

Ele: ele tá vindo pra cá...

Eu: Rafael!!!- pûs a mão na cabeça e comecei a andar em círculos.- e agora?

Ele: não sei. Más acho que ele vai bater em nós dois.- ele começou a rir.

Eu: Rafael, isso não é hora de brincadeira!

Ele: desculpa...- me joguei no banco e abaixei a cabeça.

"Ótimo. Agora ele vai surtar quando souber o que aconteceu!"

Não demorou muito e o carro dele surgiu na esquina. Quando ele desceu seu rosto estava sério e os olhos dele faiscavam.

Seus passos eram fortes e seus punhos estavam apertados.

Ele: eu vou matar você!- ele puxou o Rafa pela gola da camisa.

Eu: Fernando para!- disse o empurrando.- não foi culpa dele, eu disse pra ele não contar!

Ele: por quê?!- dei uma pequena pausa.

Eu: eu não podia...

Ele: e ele podia? Vocês tem segredinhos agora?!

Eu: Rafa, você pode nos deixar sozinhos, por favor?- ele saiu em silêncio.

Ele: muito bem. Agora me explica porque ele podia saber e eu não? Você confia mais nele do que em mim?!

Eu: é claro que não! Eu não podia te contar, se ele soubesse era a minha prima que iria pagar!

Ele: é, más pelo que o Rafael me contou, ela não se preocupou com você quando disse tudo da sua vida pra ele!

Eu: esse não é ponto.

Ele: então me explica qual é o ponto, que eu ainda não entendi!!!

Eu: ela é minha prima. Gostando de mim ou não, eu nunca iria deixar alguém machucar ela!

Ele: e pra isso você precisou mentir pra mim?!

Eu: ele disse que iria atrás dela!

Ele: eu definitivamente não entendo. Se fosse eu...

Eu: se fosse o Rafael no lugar dela, ou até mesmo eu. Você agiria diferente de mim?- ele congelou os olhos nos meus e logo depois desviou.

Ele: Más mesmo assim, isso foi burrisse. Você deveria ter avisado a alguém. E se ele acabasse machucado você?

Eu: e foi por isso que eu chamei o Rafa.- ele suspirou e passou às mãos na cabeça.

Ele: nunca, NUNCA mais faça isso de novo, entendeu?- balancei levemente a cabeça.

Eu: tudo bem.

Ele: eu quero que você prometa que nunca mais vai me esconder uma coisa dessas!

Eu: eu prometo...

Ele veio em minha direção e me puxou para seus braços. Ele me apertada com tanta força que eu nem conseguia respirar direito.

Aquelas duas semanas seguintes passaram como um raio. Eu e o Fê estávamos mais apaixonados que nunca. Meu pai ainda não falava comigo, más a respeito do castigo, minha mãe acabou convencendo-o a me deixar namorar com o Fernando. É claro, ele não aprovava nem um pouco isso. Más até ele tinha que admitir que nos amavamos de verdade. O Rafa, bom. Esse continuava a irritar o Fê. E a cada dia que se passava aquele desejo que eu sentia por ele acabou se tornando algo a mais. Não posso dizer que era amor, mas se aproximava bastante.

Pro desespero do Fernando, o Rafa invadiu ainda mais nosso espaço e se transferiu pro colégio que estudavamos. O Edward não deu as caras durante esses dias, pro meu alívio,e pro bem dele. Agora com os meus dois guarda costas de plantão duvido muito que ele se atreva a chegar perto de mim ou da Julia.

Essa ainda continuava a me olhar com desprezo. A Ana nem se fala, só faltava cuspir em mim quando passava.

Bom, apesar de tudo minha vida estava se encaminhando. Tinha os dois homens que amava ao meu lado,(se ouvissem isso eu já era)e minhas notas estavam melhores do que nunca. Os país do Fê, ao contrário dos meus, aceitaram numa boa nosso relacionamento. Eu e o Fê decidimos de uma vez assumir nosso namoro em público. Se não gostassem... Que se dane! Ninguém ia ter coragem de falar isso na cara do Fê. Se falasse era um lucro à mais pro dentista.

O final de semana se aproximava e as turmas do terceiro, e segundo ano resolveram se juntar e fazer uma enorme festa à fantasia pra homenagear uma professora muito querida que iria deixar a escola. E por obrigação todos só entrariam se tivessem um par. Eu logicamente já tinha o meu. Então fiquei despreocupado. Pelo que vi e ouvi a Ana a havia sido convidada pra festa, más a Julia não. Quer dizer, ela foi mas não aceitou.

Soube disso porque a Márcia, uma garota baixinha e estranha veio me contar que ela só iria se fosse com o Fê.

Isso não era novidade pra mim, eu sabia desde o início que ela era apaixonada por ele. Um motivo à mais pra mim me sentir um lixo.

Toda vez que ela me via de mãos dadas com o Fê, logo depois algumas meninas me diziam que ouviram ela chorando no banheiro. Eu até tentei falar com ela, más o máximo que consegui foi levar uma surra de papel higiênico e vários chingamentos que nem valem à pena serem ditos aqui.

No sábado eu e o Fê havíamos acabado de comprar nossas fantasias e eram belíssimas. Resolvemos combinar. Ele de capitão América e eu de gavião arqueiro. Minha roupa era mais simples, más era tão sexy quanto a dele. Seus músculos ficavam bem delineados pela roupa apertada(Quem assistiu os vingadores e lembra do Chris Evans com aquela roupa sabe do que eu to falando... Gostosura pra mais de metro sô!). A minha deixava meu bumbum super empinado e durinho. Quando fomos experimentar o Fê ficou doido pra transarmos vestidos com elas. Imagina o capitão América comendo o arqueiro. É, ele também imaginou. Más ainda não havíamos tido nossa primeira vez. O que me custou por a mão dentro da cueca dele. Nem vou descrever como ela saiu de lá, só digo que ganhei uma luva nova, branca e gosmenta!

Já na casa dele, estávamos deitados no sofá. Eu no meio das pernas dele e o controle do videogame nas mãos.

Eu: amor?

Ele: oi...-disse ele com os olhos fixos na tv.

Eu: posso te pedir uma coisa?- ele demorou um pouco por sua excessiva concentração no jogo.

Ele: claro amor.

Eu: eu quero que você leve a Julia na festa...

Ele: o que?!- O controle saltou da mão dele como se tivesse vida própria.

Eu: por favor...- disse juntando as mãos e fazendo cara de cachorrinho(Vai que cola).

Ele: tá brincando comigo né?

Eu: não. Por favor, amor...

Ele: por quê?!

Eu: ah... Porque sim. Por mim...

Ele: ah não! Não faz essa cara de piedade que me dá medo quando você faz isso.- então eu me levantei e fui em direção à porta.

Eu: como queira.

Antes que abrisse a porta, ele se jogou na minha frente e bloqueou a passagem.

Ele: tá, e digamos que eu aceite. Quem garante que ela vai dizer: sim?

Eu: é claro que ela vai dizer. Ela é apaixonada por você!

Ele: o quê?! Desde quando?

Eu: desde sempre. Só você que não percebe a baba escorrendo pelo canto da boca dela toda vez que você passa a mão nesse seu cabelinho engomado!- ele parou e passou a mão nos seus lindos cabelos bagunçados.

Ele: ele não é engomado...

Eu: Fernando para!- disse tirando as mãos dele da cabeça.- isso é sério. Você vai ou não?!

Ele: você vai fazer greve de beijo igual semana passada?

Eu: vou.

Ele: então já tô na casa dela!

Mais tarde ele me ligou e disse que ela relutou um pouco mais aceitou. Eu não sei o que ele disse pra ela, mas mesmo ela sabendo que éramos namorados ela jamais dispensaria uma noite inteira sozinha com ele.

Uma hora antes da festa, minha mãe me levou até a casa dele e quando entrei os dois só faltaram se estrangular. O Rafael não tirava os olhos da minha bunda e o Fê me fez vestir uma calça gigante dele enquanto não saiamos.

Ele: eu vou ter que passar a festa toda com ela?- disse ele desanimado.

Eu: esse é o plano né?!

Ele: e você, não pode entrar sem acompanhante.

Eu: já pensei nisso. Rafa, você tem acompanhante?

Ele: não, ia pegar umas minas lá pela entrada mesmo.- eu olhei pro Fernando.

Eu: pronto. Arranjei um.- ele arregalou os olhos nessa hora. Parecia que iam saltar das órbitas.

Fê: de jeito nenhum! Qualquer um menos ele!

Eu: ótimo. Então como disse o Rafa: vou pegar "qualquer um" lá na porta mesmo...

Fê: não, o Rafa te leva.- me segurei com todas as forças para não cair na risada.

Eu: tudo bem, Rafa?

Ele: claro.

Fê: se eu vê você de gracinha pro lado dele, eu juro que acabo com a sua raça na frente de todo mundo!-disse ele apontando o dedo na direção do rafa.

Rafa: antes de você fazer isso eu já quebrei todo esse seu rostinho lindo!- os dois ameaçaram partir pra briga, más eu me meti no meio.

Eu: ei!!! Dá pra vocês pararem?! Parecem duas crianças mimadas!!!- os dois se olharam e logo em seguida fomos pro colégio.

Chegamos lá e o ginásio estava incrível, dava pra ver os enormes refletores várias ruas antes.

O Fê nos deixou na frente e foi buscar a Julia.

Minutos depois a quadra estava repleta de alunos, vestidos de todas as fantasias possíveis e impossíveis. Algumas davam medo outras nos faziam rir tanto que a barriga já não suportáva mais. Estava muito divertido, as várias luzes de neon faziam as fantasias ganharem cores incríveis.

À lateral do ginásio, havia uma imensa mesa de doces e salgados. No outro lado uma com bebidas e outras comidas mais pesadas.

O Rafa já tava meio alto por conta da vodca que os garotos trouxeram escondida. Ele se esfregava nas meninas, e saia beijando todas elas. Eu é claro, só faltava me roer de raiva. Más não podia culpa-lo. Afinal, eu que o dispensei tantas vezes que até perdi a conta.

O Fê ficava do outro lado com a Julia, essa se rasgava toda pra ele. Eu ficava só na minha. Olhava de longe e quando ela percebia tentava beijar ele, mas por juízo ele esquivava.

Veja só, eu tento ajudar e olha como ela me retribui!

Cansado de ver os outros se esfregarem nos meus homens, fui até o banheiro.

Quando tentei entrar, estava fechado e uma garota me avisou que apenas o da escola estava funcionando. Só que o problema é que ele ficava do outro lado do prédio.

Pois bem. Não tinha outra saída para o volume grande de urina que se formava em minha bexiga, tive que atravessar a escola para esvazia-la.

Depois de me aliviar. Peguei o celular e fui lavar as mãos. Joguei um pouco de água no rosto e quando levanto a cabeça, no espelho uma criatura pálida e de expressão cansada apareceu à minha frente.

Já passava das 2, e eu só faltava cair de sono. Meus olhos estavam fundos e minha boca sem cor.

Limpei as mãos e quando ia sair, a última porta se abriu e adivinhem quem saiu de lá. O Edward.

Meu coração deu um pulo tão forte que quase vôou na cara dele.

Ele: ora ora... Vejam quem temos aqui!- disse ele batendo a porta do banheido com força....

CONTINUA......

Gente, amanhã postarei a última parte. Já estou escrevendo a segunda temporada mas só postarei se vocês quiserem. E me desculpem pela demora. Bjjssss....

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Comentários

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Hebert kasio, crepúsculo????????

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Vishi, é uma pena você ser fã de crepúsculo, mas o conto tá bom

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NOSSA QUE NADA DE RUIM ACONTEÇA COM ELE. E É CLARO QUE DEVE POSTAR A SEGUNDA TEMPORADA.

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Espero que Fernando fique com Julia, vamos ter bondade mas jogar um arne fresca na cova dos Leões. E espero que Edward ti violente por que como sempre não foi denunciado na policia. Vocês apesar da fantasia não são super heróis e logico que essa seria uma ótima oportunidade dele voltar. Vamos ver o que aconteceu. GENTE, SEJA QUALQUER QUE FOR O TIPO DE VIOLÊNCIA. DEVE SER DENUNCIADO A POLÍCIA E AINDA MAIS, QUE OS ADULTOS SAIBAM O QUE ESTÁ ACONTECENDO. NÃO SOMOS SUPER-HERÓIS.

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muitoo bom!E claro que queremos a segunda temporada :)

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último capítulo, mas já?! O Bom é que terá uma segunda temporada, eu adoro seu conto , mas fico puto com a demora das postagens (embora entenda, porém não me deixa menos puto rsrsrs) Brincadeiras a parte vai dá merda nesse banheiro!

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Você demorou muito Mais como sempre está magnífico Notá 100000

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