O Cara do aplicativo

Um conto erótico de Fernando
Categoria: Homossexual
Contém 973 palavras
Data: 24/03/2014 00:09:46
Assuntos: encontro, Gay, Homossexual

Sabem esses aplicativos que criaram para smartphones com a finalidade de fazer com que as pessoas conheçam umas às outras e marquem encontros? A história que vou contar começa justamente quando eu decido experimentar esse tipo de aplicativo.

Sempre fui discreto. Tenho 21 anos e apenas dois amigos sabem que a minha real orientação sexual é GAY.

Já fazia quase 1 semana que eu estava usando o aplicativo, mas até então eu trocava apenas mensagens, nada de encontro. Não sei, mas eu não tinha coragem. Foi então que alguém sem foto alguma me mandou uma mensagem perguntando de onde eu falava. Eu não costumava responder pessoas que não usavam fotos, mas acabei respondendo. A distância entre nós dois era inferior a 1km, esse foi o fator principal que me fez responde-lo. Trocamos o Whatsapp e nos apresentamos. Seu nome era Gabriel, 22 anos. Continuamos conversando e ele comenta sobre o ex namorado. No dia anterior eles haviam brigado sério e terminado. O motivo: 3 dias atrás eles estavam bêbados e entraram num assunto que acabou ferindo seriamente os sentimentos do Gabriel. Ele decidiu pôr um fim naquele relacionamento de 1 ano. Ele desabafou comigo. Em um determinado momento ele perguntou se eu poderia trocar uma ideia com ele no posto que fica uns 3min daqui de casa. Já marcava umas 23h no relógio, e que desculpa eu usaria pra sair de casa a essa hora? Acabei recusando o convite dele, mas continuamos conversando. Foi quando ele comentou sobre um show que seria exibido ao vivo na TV dentro de alguns minutos e que ele estava ansioso pra ver. Concidentemente era o show da minha banda favorita, que (mais uma vez) por coincidência era a banda favorita dele.

“Seria ótimo se você pudesse vir pra cá. Pena que seu primo apareceu de última hora pra dormir na sua casa.”

Eu menti pra ele dizendo que meu primo tinha vindo mais cedo e que ia dormiria aqui, por isso eu não poderia sair e deixar ele. Até que era verdade, meu primo apareceu pra dormir aqui, mas ele pouco se importava se eu saísse ou não. A grande questão mesmo era a minha mãe e minha falta de desculpas pra dar a ela antes de sair.

Perguntei a ele se poderíamos nos encontrar num outro dia. Ele aceitou.

“Só prefiro não me encontrar com ninguém entre 18h e 20h. É o horário que meu ex pode aparecer na rua.” – essa era a mensagem dele. O ex morava na mesma rua que ele.

“Prezo pela vida alheia e a minha. Ele é atirador.” – ele acrescentou.

Brinquei quando respondi essa mensagem.

Ficamos conversando por mais um tempo até que deu a hora do show.

“Bom show pra você!” – mandei a mensagem pra ele e fui ouvir música.

Passaram alguns minutos e ele fez um vídeo e me mandou. Era uma gravação do show que estava passando. Depois disso eu já estava me preparando pra dormir, portanto não trocamos mais mensagens.

Quando acordei havia uma mensagem de bom dia dele. Respondi e então começamos a conversar. Mais uma vez ele pedia pra se encontrar comigo. Dessa vez fui. Era de tarde, por volta das 16h. Marcamos de nos encontrar numa praça que tem aqui perto. Era o meu primeiro encontro com alguém que conheci através de aplicativos de celular.

Cheguei na praça e comecei a procurar o Gabriel. Avistei de longe um cara parado.

“Acho que não é ele. Eu acho que ele é mais alto.” – pensei comigo mesmo enquanto saia da praça.

“Porque eu não perguntei qual é a altura dele ou o que ele estaria vestindo? Ele disse que mora pra lá. Acho melhor eu dar a volta, se ele for pra casa eu tenho chance de me esbarrar com ele” – pensei enquanto caminhava em direção a rua onde ele disse que morava.

Eu não estava com meu celular na hora. Não sei onde eu estava com a cabeça quando decidi sair sem o celular. Eu estava dando a volta na rua quando eu avisto o mesmo cara de antes. “Caramba, será que é ele?”, pensei em pará-lo pra perguntar: “Gabriel?”, mas também pensei: “E se não for ele?”. Ele passou por mim e eu continuei andando.

Voltei pra casa ainda com a dúvida se aquele cara que havia cruzado comigo duas vezes era o Gabriel. Ao entrar no meu quarto ouvi o som de notificação vindo do meu celular. Era o Gabriel falando comigo no Whatsapp.

Gabriel: “Se não era você era alguém bem parecido!”

Eu: “Acho que passei por você duas vezes!”

Gabriel: “Então era realmente você! Haha!”

Eu: “Pensei em parar pra perguntar.”

Gabriel: “Também, mas achei que talvez não fosse você! Agora que sabe como sou, se quiser podemos nos encontrar de novo!”

Eu: “Fechado!”

Gabriel: “Sabe aquele restaurante que estão reformando? Me espere ali na frente!”

Alguns minutos se passaram e lá estava eu de novo. Vi o mesmo cara de antes se aproximando. Agora eu tinha certeza de que ele era o Gabriel. Fiquei um pouco ansioso. Ele era muito bonito.

Gabriel: E aí, Fernando?

Ele estendeu a mão aguardando o meu aperto.

Sua voz completava a beleza dele.

Eu: Depois de rodar a rua, enfim, Gabriel!

Falei enquanto apertava a sua mão.

Rimos

Gabriel: Vem! Vamos dar a volta no quarteirão.

Acompanhei ele até que chegamos numa casa. Era a casa dele. Meu coração acelerou. Fiquei meio nervoso em estar entrando na casa de uma pessoa que eu acabei de conhecer.

Gabriel: Aqui que eu moro.

Ele falou enquanto abria o portão com a chave.

Passamos pela sala e tudo estava escuro. Não tinha ninguém em casa além de nós dois.

Gabriel: Minha mãe tá no trabalho. Só chega mais tarde.

Ele me levou até o seu quarto. Eu estava com pressentimentos de que alguma coisa iria acontecer ali.

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Comentários

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kkkk um trecho eu li eu tava para enrrabar com ele kkk

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