Diarios de um garoto de Programa terceiro capitulo

Um conto erótico de Juliano bavaresco
Categoria: Homossexual
Contém 2595 palavras
Data: 19/03/2014 17:31:47

Terceiro capitulo.

Caminhar para casa naquele momento um turbilhão de sensações passou por minha cabeça. Toda a vida eu desprezei qualquer tipo de sentimentos, e em um dia apenas, poucas horas ódio, raiva, tristeza, agonia, paz, tudo em explosões.

Caminhei sem emoção ate em casa, o caos se instalava nas ruas após a grande tempestade, pela primeira vez, desde o acidente na fazenda não me sentira sozinho.

Cheguei em casa e tudo apenas piorou. Caio estava na sala com cara de choro, com o telefone na mão.

-ju, olha me desculpa, perdão mesmo eu...

-olha caio, agora não ta, você ligou pra alguém?

-liguei sim, - ele realmente deveria estar muito arrependido, mas daquela vez o que ele fizera tinha causado um estrago grande. – eles só vem segunda. – ele tentava se aproximar, mas eu me afastava e me dirigia para meu quarto. – olha ju eu estou...

-olha caio, agora não ok? Você pode ficar aqui mas agora não ta. – disse isso, e entrei em meu quarto. Tranquei a porta e ouvi caio atrás dela se desculpando e chorando. Olhei para a cama, o bebe estava la, dormindo como um pequeno anjo.

Me deitei ao seu lado sem o despertar, não sei se o termo “amor a primeira vista seria forte para aquele momento. Ele me conquistara, eu que nunca me dera bem com crianças estava todo entregue aquele pequeno ser humano.

-ninguém nunca mais era abandoar você de novo, isso é uma promessa. – beijei sua testa e me aninhei junto a ele. Não sei quanto tempo ficamos ali, o dia passou todo escuro então perdi a noção de horário. De repente caio bateu a porta.

-ju, abre, é importante, é sobre o bebe. – apesar de tudo dito, caio tinha mais experiência com crianças que eu. Abri a porta.

-diga.

-bom vamos ficar com ele ate sábado, sai comprei algumas coisas. – nem havia notado que ele sairá, olhei para sala e vi um amontoado de sacolas, e ate um berço.

-meu Deus, você compro isso?

-tentei dizer o tempo todo que sinto muito por tudo que eu disse, não sei por que disse aquilo.

-ta tudo certo caio.

-não esta não – ele abaixou a cabeça, e notei as lagrimas saindo de seu rosto. – olha você é muito mais que um amigo. Você é meu tudo Juliano e olha tudo que fiz pra você.

- caio, olha pra mim – ele me olhou – hoje não da pra dizer que eu perdôo você, continuo amando você e tudo mais, mas não tente forçar hoje.

-ok. Posso ganhar um abraço?

- sempre. – o abracei sem saber o que sentir, mas ele sempre seria meu caio. Quebrando o momento o bebe começou a chorar. – vou la pega-lo.

-sim eu esquentarei algo para ele comer, tem roupinhas na sacola.

E assim foi minha noite de sexta, arrumando a casa para que o bebe passa-se o fim de semana. De acordo com a certidão e os papeis ele teria oito meses e a gestora não teria dado o nome.

Quando tudo ficou certo, eu e caio sentamos no sofá exausto.

- você tem que dar um nome a ele?

-um nome?

- sim um nome!

-meu pai dizia que escolher um nome sempre fora muita responsabilidade, um nome tem poder sobre as pessoas.

-e qual será o dessa coisinha linda? – ele pegou de meu colo, para brincar, a criança era calminha e muito sorridente.

-bom ele chegou colocando ordem na casa, e causando. Enzo, Enzo será seu nome.

-bonito nome.

-e não é? – passamos a noite ali, era por volta de uma da manha quando ele adormeceu. O berço foi colocado no meu quarto. Quando voltava caio me encarou.

-você vai sai ainda? – ele queria dizer se eu iria trabalhar.

-melhor hoje não. Pelo menos não no fim de semana com o Enzo aqui. Boa noite caio.

-boa noite.

Entrei em meu quarto exausto, peguei meu celular no criado mudo e deitei na cama, havia varias ligações de clientes mas não atendi nenhuma. Quando me lembrei do numero do Dimitri fiquei assustado, meu senhor como esqueci o numero dele.

Não liguei apenas mandei uma mensagem de texto “oi, aqui é o Juliano da praia. Bom você me disse pra dizer oi,” fiquei aguardando ansioso sua resposta, mas ela não chegava. 15 minutos e nada, 20, 30. Imaginei que ele nem ligaria mesmo, quando desisti de esperar ele respondeu “opa cara, achei eu tivesse esquecido de mim”, meu coração foi a mil, digitei varias mensagens mas não mandei. Enfim escolhi uma e foi.

Foi assim toda a madrugada. Conversando. Descobri que ele tinha 19 anos, veio para estudar, mora sozinho aqui no rio, estudo fenômenos climáticos ligados ao mar.

Adormeci, quando acordei no outro dia, Enzo já não estava mais no meu quarto, caio deveria ter tirado ele logo pela amanha, havia algumas mensagens de Dimirtri,havia uma em especial,uma que me chamou a atenção, um convite para jantar.

O respondi com um bom dia, e com uma dor estranha na barriga disse sim ao seu convite.

Fiz minha higiene pessoal, e assim que sai do quarto, Caio brincava com Enzo. Foi incrível, na hora que ele me viu ele sorriu e muito alegre quis meu colo.

-oi vem anjinho. – aquele menino era mesmo muito especial.

-bom dia.

-bom dia caio, obrigado por cuidar dele. – caio ainda me entristecia, mas não podemos deixar coisas ruins apagar as boas.

-eu arrumei minhas coisas, e reservei um hotel.

-para que?

-vou embora, te magoei demais.

-caio olha para mim – ele me encarou e com aqueles olhos lindos lembrei-me de cada detalhe que passamos juntos. – olha passamos tanta coisas, boas, tantos momentos eu e você. Não será por um briga palavras ditas em horas erradas. Eu ainda amo você caio, só vamos dar tempo ao tempo certo, não se vá, mas do que nunca preciso de você aqui.

-por que mais do que nunca?

-preciso de um advogado. Vou entrar com uma ação para adotar o Enzo. – ele abriu um pequeno sorriso.

-sabe esse menino mudou você.

-algo em mim mudou sim.

-bom essa manha, tomei a liberdade de entrar em contato com o advogado da agencia, ele é um dos melhores do rio.

-kkk e caio, obrigado.

-mas ju, desculpa perguntar, mas e “emprego”?

-esse é um assunto que não refleti ainda.

-olha ju, você é tão capaz de tantas outras coisas, você é lindo esperto, o mundo poderia ser seu.

-vou continuar dançando nas boates, e tentar pegar uns turnos extras, tenho uma grana guardada.

-olha não é nada formal, mas estamos na agencia com uma campanha grande, masculina e ainda estamos sem modelos. Segunda, vamos montar um book e vamos ver no que rola. Agora vou almoçar com o kaique. Você se vira bem com o Enzo sozinho?

-claro, divirta-se. Ah e caio, será que vocês poderiam olhar ele hoje a noite?

-claro, mas para que? – seu olhar foi meio desaprovado.

-relaxa é um assunto que não tem nada haver com meu antigo emprego.

Caio saiu e ficamos apenas eu e o bebe, Dimitri viria aqui la pelas 10 da noite, meu Deus eu nunca tive um encontro, corri para o quarto, Enzo foi para o berço e encarei meu guarda roupa.

-é Garotão que tal umas compras?

Saímos nos para o shopping, um homem com um bebe chama mesmo muita atenção, as mulheres sempre olhavam, consegui vários telefones indesejados. Comprei algumas roupas, alguns brinquedo e fui almoçar, ta ter um bebe não era tão fácil, Enzo sujara a frauda varias vezes.

Vários homens também olhavam surpresos. A tarde fora deliciosa. Nunca tinha feito aquilo antes, um dia inteiro sem sexo. Oportunidades não faltaram, dentro dos banheiros nem a criança respeitavam.

Entrei em uma loja luxuosa, era a tarde já, as roupas eram lindas e caras, escolhendo as peça sinto uma mão pegar em minha bunda, quando olho um cliente meu, era dono da loja, colocou 300 reais e me fez a menção de segui-lo, eu peguei os 300 reais e fiquei tentado confesso, mas coloquei em cima do balcão e me encaminhei para a saída. Ele correu ate mim

-eu pago mais, sei que não esta no horário.

-não obrigado.

-vamos você é o melhor do rio.

-já disse não. – Enzo começou a chorar nessa hora.

-olha que lindo, será que vai ser igual ao pai? Bem putinha? Quem sabe quando ele crescer eu não coma os dois. – eu peguei ele pelo colarinho de sua camisa, levantei e o coloquei entre a parede, a loja estava com alguns clientes que pararam e observaram assustados.

-seu idiota de merda, mais uma palavra sobre a criança eu quebro a sua cara, mas não com um soco, não imagina – nessa hora levantei a voz – só iria falar um pouco alto que você adora um carinha mais novo, adora um fio terra, que esta assediando um cliente e seu bebe. Que fez menção sexual para um bebe de nove meses, sabe eu não fiz faculdade de direito mas isso da cadeia não da? Então sua bicha enrustida, vê se cria coragem e assume que gosta de rola, sai do armário e para de assediar a mim e a meu bebe.

O joguei no chão e sai da loja para casa.

Fiquei meio sem reação o caminho inteiro, fui a pé pelo calçadão da praia, logo cheguei em casa, subindo para meu apartamento Hector, o porteiro do prédio me para.

-senhor uma encomenda chegou enquanto estava fora. – Hector me deu um arranjo de rosas vermelhas mais lindo que eu já vira.

-obrigado Hector.

Subi para meu apartamento, tinha certeza que eram do caio me pedindo desculpa. Levei um susto quando li o cartão, era uma caligrafia diferente, sofisticada.

“espero ansioso por hoje. Dimitri”

Meu Deus, com dois dias que nos conhecíamos ele me mandara um boque de rosas, seria ele um príncipe da cinderela.

-é Enzo, só me faltava ele aparecer de cavalo branco aqui.

Logo em seguida caio e kaique entraram na sala.

-hey caras.

-oi ju. – kaique sempre fora simpático.

-cara, o que é isso? - ele chegou perto, cheirou observou as flores.

-longa historia, mas não é de nenhum cliente se você já iria perguntar. É só alguém que conheci ontem na praia.

-ham? – caio estava meio por fora pela nossa briga, então contei a pequena historia.

-meu Deus ju, isso ate parece...

-um conto de Fada – disse kaique o completando – que gay, mas é lindo. – ri alto do comentário de kaique, ele ainda tinha toda a pose de machão.

--bom vou jantar com ele hoje.

-você tem um encontro de verdade?

-sim caio. - ele me abraçou, não entendi o por que.

-fico tão feliz por você.

-bom olhem o Enzo que eu vou começar a me arrumar.

Entrei no eu quarto e fiquei em pânico, eu nunca tinha ido a um encontro antes, meu coração acelerou.

-hey ju?

-caio, eu...

-eu sei você esta indo se trocar, olha é seu primeiro encontro quer ajuda? – caio poderia ter sido um cretino filha da mãe mas ele ainda era meu melhor amigo.

-obrigado. – enquanto tomei banho, caio olhou minhas roupas e guardou todas as novas no guarda roupas. Me sequei, arrumei meu cabelo rebelde, ajustei o rosto com um pouco de maquiagem.

-ó essa roupa ficara incrível – olhei para cama, um jeans novo apertado claro, estava la junto com um camisa presta que se adaptava a meu corpo. Vesti a roupa, e me olhei no espelho.

-não sei loiro ser que esta boa?

-ju, você ta lindo demais. – kaique entrou no quarto com Enzo adormecido.

-Meu Deus do céu, ju você ta um arraso total.

-obrigado gente. – passei perfume e calcei meu tênis. Quando estava dando um beijo de despedida a campainha tocou. Fui ate a sala e caio e kaique se retiram pro quarto.

Ao abrir a porta um verdadeiro príncipe a frente, dimitri estava deslumbrante. Vestia um jeans escuro apertado, mas mais solto que o meu por não ser tão musculoso, uma camisa branca caia sobre seu corpo e escondia-o um pouco. Na sua mão uma rosa vermelha.

-ola

-ola Juliano, para você. – ele me entregou à rosa.

-obrigado, rosas são minhas favoritas. – a peguei e deixei-a na mesinha de centro na sala. – você esta lindo.

-obrigado, já você esta mais do que lindo. – elogios trocados fomos embora, Dimitri me levou para a área nobre do rio, fomos a um restaurante, um dos mais caros e o mais romântico.

-nunca vim a esse lugar.

-foi altamente recomendado por um amigo.

-custei pra entender que você era real sabia.

-sou bem real Juliano. – ele levou sua mão a minha que estava sobre a mesa, um choque percorreu meu corpo quando nos tocamos.

-que bom que você é real – conversamos, comemos, bebemos. A noite fora ótima, ate eu perceber alguém no restaurante, o mesmo cliente que estava n loja.

-Juliano?

-opa, desculpa dimi. O que você perguntou?

-há perguntei no que você trabalhava. – ele dizer isso o cara se aproximou da nossa mesa, la fora uma chuva inesperada começou a cair.

-eu bom, trabaaalho com pessoooas – eu gaguejava pois o cliente chegou em nossa mesa.

- mas olha, que bom ver você aqui – o meu antigo cliente me encarou, eu queria levantar e quebrar a cara dele naquele mesmo momento. – você deve ser o namorado do ju? Estou errado.

-bom senhor namorado ainda não – dimitri mostrou sua educação e deu um riso ainda.

-sai daqui agora.

-ah não são namorados, mas você sabe com o que ele trabalha.

-bom ele estava me contanto.

-é melhor mesmo você ir.

-ah desculpe a falta de educação, mas eu ouvi tudo, ele meche mesmo com pessoas. Uma definição ótima para a profissão dele. Na verdade ao pé da letra, sabe o que ele realmente faz ele da o cu, come os outros, por que você acha que ele é tão gostoso, ele é uma puta, de alto sociedade claro, eu mesmo já o comi varias vezes, ele é bom aproveita você nem vai pagar os preços caríssimos dele. Adeus. – cada palavra que ele soltava era dita com extrema felicidade, não saia nada da minha boca, eu olhei Dimitri que estava branco e com os olhos arregalados.

-juliano eu...

-não precisa dizer nada – me levantei e sai correndo porta a fora. A chuva estava intensa, agora toda a vez que eu estava ruim chovia ótimo. Sai em disparada apenas chorando, eu estava mesmo começando a gostar daquele cara agora tudo estava aruinado.

-Juliano!! – um grito por traz de mim chama minha atenção. Dimitri corria em minha direção. –espera.

-olha Dimitri é melhor eu ir.

-olha Juliano eu também tenho passado, claro que é desconfortável você ouvir isso assim, mas não sei por que não consigo deixar você. Fui guiado ate a paria ontem e agora estou aqui encharcado por você que nem conheço.

-fiz muita coisa errada

-quem sou eu para julgar você? Por um acaso você bem, se prostituiu depois que nos conhecemos?

-não claro que não eu...

-então esta vendo, isso será uma passado, mas acima de qualquer passado estará um futuro, e melhor um presente um agora. E nesse agora o que eu mais quero é um beijo dessa boca que me fascina. – ele segurou me rosto e me beijou, um beijo quente doce, e cheio de sentimentos.

-quem é você ? –eu dizia isso entre os beijos, um rapaz daquele não se via em todo lugar.

-sou seu príncipe, seu verdadeiro príncipe, que esta louco, e sonha com você.

Nosso beijo foi ali, assim no meio da calçada, chovendo e relampeado, os dois encharcados e nem ligando para nada, só para o beijo.

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Comentários

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alguém pode me dizer pq eu nao toh achando os outros capitulos??ele nao postou? nao vai postar? :'(

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