FUI ABUSADO

Um conto erótico de DUQUE DE SAXE
Categoria: Homossexual
Contém 1606 palavras
Data: 16/03/2014 15:36:02

Fala galera! Beleziha? Essa é a continuação do conto “Fui abusado pelo crioulo” (http://www.casadoscontos.com.br/texto/ Abração para todos!

(...)

O homem terminou de mijar, guardou o pau, me empurrou de leve no chão e saiu... Foi se afastando para dentro da mata, para perto de onde vinha aquela fumaça, onde deveria ficar sua casa...

Fiquei ali, estendido no chão, machucado, sujo... Mas, feliz... Ouvi um estalar de galhos vindo da margem do riacho... Rastejei-me até lá e ali vi meu primo, com o seu pênis na mão, se masturbando descontroladamente...

- Eu vou ter que contar tudo pro meu pai, sua bicha! – Palavras desse nível, depois de toda essa experiência não me assustavam mais... Simplesmente parei e olhei para ele: e ele estava ali, duro e ereto na minha frente... Mas, seu olhar de ódio, asco e revolta me encarava firme também.

Meu primo não fez e nem falou mais nada, saiu andando, pisando firme, com a pistola ainda bem dura, já com um pouco de baba; e me deixou ali, assustado, preocupado, sem chão...

Superado ao susto, comecei a sentir um pouco de frio e somente aí percebi que o sol estava se pondo e eu estava ali parado e peladinho. Leves calafrios fizeram meus mamilos ficarem intumescidos e um pouco doloridos.

Com passos lentos fiz o caminho de volta e não encontrei nenhum dos meus colegas com os quais brincava antes, minhas roupas, contudo, estavam no mesmo lugar. Vesti-as atrapalhadamente e notei que meus peitos estavam muito vermelhos e bastante inchados. Instintivamente toquei levemente em meus mamilos e, com certa excitação, lembrei do que havia acabado de fazer a pouco e pude sentir que minha cueca ficou um pouco mais apertada.

Durante toda a volta para a sede da fazenda pensamentos esparsos e desconexos do que acabara de acontecer me perseguiam. Ainda estava muito amedrontado, nunca tinha tido uma experiência sexual até então... claro, já havia sido sarrado, bolinado, feito algumas brincadeirinhas bobas, mas nada como o que havia feito naquela tarde.

Entrei da casa e fui absorvido pelo silencio quase opressivo que havia ali, pois meu tio e meu primo eram os únicos moradores.

Meu primo sempre havia sido um amigão, um grande companheiro, apesar de mandão, era um cara muito querido. Achei sua reação muito exagerada e colérica, sinceramente, não esperava isso dele... Mas, o pior era o medo: se meu tio ficasse sabendo, meu pai saberia... E eu não estava preparado para isso.

Fui caminhando de mansinho, devagarzinho, com medo de que, no próximo passo, meu mundo desabasse. Subi a longa escadaria que levava ao andar em que ficavam os quartos. Abri silenciosamente a porta do meu quarto e, instintivamente, gritei... Meu tio estava ali, sentado na minha cama...

- Bruninho, estava te esperando.

- Tioo, oi... eu... ehh... foi... por favor... eu...

- O que houve, Bruninho... Vc está tão assustado! Aconteceu alguma coisa?

- Que coisa, tio?

- Não sei, você está tão diferente. Molhado, sujo, parece que se machucou...

- Não tio, eu tô bem, muito bem, tava brincando lá no rio, você sabe...

- Será que eu sei mesmo, Bruninho? É tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo... O tempo passa tão rápido! – Meu tio, começou a passar as mãos pelos seus cabelos, como que avaliando a extensão da sua calvície...

- Por que tá dizendo isso? Eu não... – Ele não me deixou concluir a frase e me puxou para sentar ao seu lado.

- Fica quietinho, viu... não fala nada... Só me escuta... – Agora ele passava as mãos nos meu cabelos, num gesto quase que carinhoso, o que não combinava com a personalidade rústica do meu tio – O que você fez foi muito, muito, muito feio mesmo! Isso não é coisa de homem... não adianta negar, nem fazer cara feia, você sabe que homem-macho não faz isso... eu sei que você sabe... – ele deu um beijinho bem de leve no meu pescoço – você não é mais criança, se você fez é porque quis, se quis fazer é porque merece um castigo! – o seu braço envolvia minha cintura com certa pressão enquanto ele falava. Aos poucos minha blusa subia e os pelos do seu braço roçavam bem de levinho as minhas costas, me deixando entregue a algumas sensações bem estranhas.

- Tio, eu não sei porque eu fiz aquilo! Eu nunca tinha feito, eu juro! Eu juro! Me perdoa, por favor! Eu não tive culpa! – não agüentei e comecei a chorar alto, medo e vergonha se misturavam, eu não sabia o que pensar, eu não sabia o que fazer, eu não sabia o que seria da minha vida dali para frente. Gays sempre eram objeto de escárnio, deboche, humilhação. Na minha escola os gays eram usados e abusados de todas as formas deprimentes que se pode pensar. Meu Deus, eu não queria isso pra mim...

- Já te falei para ficar quieto! – seu tom agora foi mais firme – Você fez e está feito! Não tem como mudar! O jeito é agüentar as conseqüências! – Seu braço subiu da minha cintura para os meus ombros e ficou ali... não pude deixar de perceber seu leve cheiro ocre, típico de quem trabalhou ou dia todo debaixo do sol quente dando ordens nos vários peões que haviam ali.

- Tio, me perdoa, eu te peço perdão, eu faço... eu faço... eu faço qualquer coisa... meu primo ele não deve ter entendido o que viu...

- Bruninho, desde que minha mulher morreu eu vivi aqui sozinho. Roberto, seu primo, tinha três anos quando ela se foi e eu criei ele do melhor jeito que eu pude. Sempre sozinho... mas, fiz tudo que um bom pai pode fazer. Então, seja macho e assuma suas atitudes, não envolva o meu filho, bem criado e educado, nas suas leviandades... – não sabia o que era essa última palavra, mas o que me chamou atenção foi o tom de tristeza e amargura dele, só agora via como a vida do meu tio era solitária. Quase que inconscientemente fui me inclinando e encostando no seu peito – Lá na cidade Bruninho, onde você mora, não tem coisas que tem aqui na roça; a vida é diferente. Aqui, você sempre será bem-vindo, mas na minha casa, tem as minhas regras! E se você gosta de vir aqui passar as férias, gosta da companhia do seu primo, tem que respeitar meu lar e minhas regras, compreendido? – Meu tio novamente me deu um beijo de leve no pescoço, sua barba por fazer roçou de leve na minha bochecha e irritou um pouco a minha pele.

- Você vai lá e vai pedir desculpas para ele. É o que você tem que fazer. É o que os homens fazem...

- Mas, tio eu não tive culpa de nada... – Meu tio me puxou, colocou-me de frente, sentia até seu hálito quente...

- Não discuta! Tiao, o capataz, me contou tudo... – fiquei confuso – ele viu.

- Viu o que, tio? – Meu coração batia tão acelerado, então não foi meu primo que contou o que eu fiz? Tinha sido um capataz velho e quase cego que foi fazer fofoca?

- Você sabe o que ele viu! Não se faça de desentendido!

- Eu... eu... eu não sei de nada...

- Ele viu você, de cócoras, agachadinho no meio do mato, com a bundinha de fora fazendo coco na terra dos outros! Você deveria ter vergonha, Bruninho! – Meu tio não agüentou e soltou uma sonora gargalhada – Seu cagão! Cagão! – Sua gargalhada continuava a agora ele me fazia cócegas.

- Tio, que isso? Eu não fiz nada disso... – as cócegas dele eram gostosas, apesar de não compreender porque novamente outra pessoa me confundia com algum cagão, eu estava gostando.

- Ah, seu muleque! Você vai lá amanhã, leva uma aguardente para aquele crioulo e pede desculpa! E que isso não se repita –

Meu tio beliscou meu peito e não resiti, gritei de dor. Ele me olhou assustado e depois riu de novo. Bagunçou meu cabelo, se levantou e saiu.

Eu estava confuso, mas muito aliviado. Não sabia o que houve, mas estava vivo, bem e seguro. Nenhum mal ia me acontecer...

A porta do meu quarto novamente se abriu e meu primo entrou. Meu olhar era de súplica, de repente, senti medo de novo.

- Bruno, relaxa vei. Vô fala nada pro pai. Tá de boa, brother! – Eu nem consegui responder.

– Mas, de boa, você tem que tomar cuidado mano. Num pode fazer essas coisas pra todo mundo ver, saca. Tem que ser na encolha, mano. Escondido! Viagem a tua, fazer aqui ali pra qualquer um ver. E outra mano: tu é bonitinho demais, leke! Porra, pega aquele preto veio! Caralho! Vai se fuder! É muito doideira! – continuei em silêncio.

– Olha te manda a moral: eu que cagava lá! Cagava mesmo! Odiava aquele veio escroto! Ele deu chumbinho pro meu cachorro! Cagava lá com vontade! Fazia a maior merda... – ele riu um pouco – dia, desses o Tião me viu, mas como ele é outro veio fudido, nem enxerga direito, dei a entender que era você que ele tinha visto. E meu pai ta sabendo e ta achando que foi você. E, tipo, como eu to sendo bonzinho contigo, você mano vai ter que ser comigo, vai me livrar dessa, falou! A gente é brother e brother se ajuda!

- Tá de boa, leke! Pode crê! – falei aliviado e suspirei tirando um grande peso dos ombros.

- Agora cara, quando tu quiser bebe leite e toma mijo, pow, num precisa pega um veio fudido feito aquele, vem mama aqui vem – ele apertou o volume que se formava em sua bermuda – pode vir, pode vir que eu sei que você gosta...

Não vou negar: minha boca estava salivando de vontade, bem que diziam que quem chupa um pau, nunca mais fica sem pica!

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Comentários

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O conto é bom. Frustrante é a demora na continuação e isso tira o tesão e o interesse do leitor.

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