Eu não sou gay,eu só me apaixonei por outro cara! (História Real) 17

Um conto erótico de Vinicius..
Categoria: Homossexual
Contém 3633 palavras
Data: 16/03/2014 00:37:22
Última revisão: 14/08/2018 16:51:45

Acordei no outro dia com uma dor de cabeça do cão e fui direto pro chuveiro. O domingo tava chuvoso. Desci e não tinha ninguém em casa, voltei pro meu quarto e peguei meu celular. Tinha três ligações todas do Renato, ignorei e liguei pro Rafael.

— Fazendo o quê, Príncipe?

— Nada cara!

— Vem aqui em casa.

— O que foi que tu aprontou?

— Nada. Bem, eu não fiz nada. Não demora!

— Tá bom! – em menos de cinco minutos ele apareceu em casa — Tu queres que eu te bata agora ou depois?

— Senta aí — ele sentou do meu lado. — Tu acha errado eu ter ficado com outra pessoa? Se bem que foi meio inesperado.

— Cara, claro que não, tu não tem nada com o Rodrigo, não. Oficialmente tu és solteiro, tu podes fazer o que quiser.

Respirei fundo e passei a mão na cabeça

— Com quem tu ficou?

Dei um sorriso e olhei pra ele.

— O Renato me beijou ontem!

Um silêncio ficou na sala um tempo.

— E tu deixou?

— Não é questão que eu deixei cara, foi de surpresa, não tive com fugir. Ainda tentei empurrar ele, mas quando eu vi já tava retribuindo o beijo.

— Credo, pegou o cunhado, cara!

— Porra, se eu soubesse que tu ias me criticar, nem tinha te chamado aqui.

— Cara, se eu falar qualquer coisa agora não vai adiantar nada. Parece que tu deves essa fidelidade toda ao Rodrigo, mano. Sim, tu beijou o Renato ou ele te beijou, foda-se! Tu és solteiro cara, tu faz o que bem entender da tua vida. Eu acho que tu tá te cobrando algo que nem tu sabes se o Rodrigo tá fazendo o mesmo!

— Porra, porra mil vezes, porra!

— É meu caro, ou tu te joga na vida de solteiro ou tu vai ficar assim toda vez que acontecer algo.

— O caso é que, eu tento ficar na minha, mas cara, não sei o que acontece, amigos começam a querer algo a mais. Primeiro foi o Guga, depois o Fabrício, o Rodrigo, o Renato e até tu cara!

Ele levantou do sofá tão engraçado.

— Teu cu! Porra nenhuma que eu tô a fim de ti!

— Então o porquê desse ataque?

— Vai tomar no cu Vinícius, vai!

Eu comecei a rir e ele veio pra cima de mim e ficou como a gente fosse brincar de briga.

— Te quebro a cara, muleke!

— Socorro!

Eu só fazia rir e ele também.

— Por que eu não me apaixonei por ti no lugar do Rodrigo? A gente se dá tão bem!

— Cara, se eu gostasse de homem, tu seria o cara perfeito pra mim, mas eu não curto. Minha praia é mulher mesmo.

— Mas tu não quer nem provar? – fui chegando perto dele e ele saiu de cima de mim voando, e comecei a rir – Te amo Rafael!

Ele só riu.

A semana passou rápido. O Renato tinha sumido. Na segunda seguinte tava saindo da faculdade quando o vejo encostado no carro dele.

— Cara, a gente pode conversar?

— Se for pra ti dizer que tá arrependido pelo beijo e que não devia ter feito aquilo, nem perde teu tempo.

— A gente pode conversar ou tu vai querer ficar colocando palavras na minha boca?

Acabei aceitando, e a gente sentou no bar perto da faculdade pra conversar.

— Antes de tudo, sim eu gostei do beijo e eu não tô confuso com o que aconteceu. Cara, tu é um pessoa apaixonante. A forma que tu trata as pessoas é cativante e acaba envolvendo mesmo que sem querer e comigo não foi diferente. Eu só reagi daquela forma por causa do Rodrigo, mesmo que tu digas que és solteiro, eu me vi sim traindo meu irmão.

Aquilo que ele me falou me pegou de surpresa, mas também me fez para pra pensar.

— Mas tu já tinha ficado com outro homem?

— Mano, morei no Rio de Janeiro — e riu no final do que tinha acabado de dizer.

— Renato, tu é?

— Cara, não curto essa parada de rótulo, sabe? Se me der tesão, por que não?

— Vou adotar essa pra minha vida, se me deu tesão por que não? – nós rimos.

— Espero que a gente possa ficar de boa outra vez.

— Por mim, tudo na mesma.

Ele me levou para casa.

Quando vi já tinha terminado abril e maio já tava quase na metade, eu saía com frequência com o Rafael e o Guga. Às vezes o Renato ia junto com eles, tudo ia bem, mas com o Rodrigo não. Ele passou a me ligar uma vez na semana e só falava o básico mesmo, perguntando se eu tava bem, as novidades e nada mais. No Facebook ele sempre postava foto e a maioria das vezes era com a mesma garota, quando eu puxava conversa, ele falava comigo, mas logo dizia que tava ocupado ou de saída.

Eu voltei todo meu foco nos estudos e só saía quando tava a fim mesmo e numa dessas saídas com o Rafael a gente foi pra Palafita (é um bar daqui que só da gente bonita e rica, o que eu curto de lá é o visual, do rio com o pôr-do-sol). Nós sentamos numa mesa.

— Vou comprar cerveja pra gente — disse o Príncipe.

— Beleza — ele foi lá e voltou com um balde.

— Achei melhor comprar logo um balde, assim fico evitando ir lá toda hora.

— Tudo bem.

A gente ficou conversando quando chegou um amigo dele, o André, que sentou lá e ficou conversando com a gente. O André tinha um papo legal e tudo mais, mas quando chegou um cara que era visivelmente gay e ele falou:

— Cara, uma coisa que eu nunca vou entender é como um homem consegue sentir atração por outro homem, coisa nojenta da porra.

O Rafael me olhou na hora com um olhar pra eu não arrumar confusão.

— Cara, tendo amor não sou contra — eu disse.

— Tu só fala isso porque eles nunca devem ter dado em cima de ti, a forma que eles olham pra gente com desejo e isso quando não passam a mão o que é quase sempre!

Não aguentei tamanha babaquice.

— Cara eu sou gay e em algum momento eu dei em cima de ti? Te olhei diferente ou tentei algo a mais contigo? Cara, não julga as pessoas no geral pelo fato de uma minoria fazer isso, o que tu acabou de dizer.

O Rafael me olhava como que não acreditava no que eu tinha dito.

— Vou mijar.

Fui no banheiro e quando voltei ele não tava mais lá.

— Cadê o cara?

— Inventou uma desculpa qualquer e foi embora — o Príncipe respondeu.

— Porra, o papo tava até legal!

— O que tu disse pra ele é verdade?

— O que?

— Ser gay!

— De certa forma, sim. Cara, eu não sinto vontade de ficar com mulher nenhuma e tô apaixonado por outro homem, o que mais eu posso ser a não ser gay?

Ele me olhou e riu.

Maio terminou e a minha amizade com o Rafael só se fortalecia cada vez mais, tinhas vezes que só com o olhar ele me entendia ou visse versa.

Em Junho o Rodrigo não me ligou nenhum dia, mandava mensagem no Face perguntando se eu tava bem e só. Dia 22 de junho, dois dias antes do aniversário dele, tava na faculdade quando fui comprar um suco e encontrei o Fabrício.

— Ê rapaz, tá perdido? Aqui é exatas e tu é saúde — falei.

— Que nada, vim ver uma amiga cara, qual a boa?

— Semestre terminando e com isso as férias.

— Porra, nem me fale.

— Tu sumiu cara, não deu mais sinal de vida, bora marcar algo.

— Bora sim, mas só depois das provas, ando só com tempo pra estudar mesmo — disse o Fabrício.

— Beleza.

— Cara vou indo nessa, foi bom falar contigo, abraços.

Aquela era a primeira vez que o Fabrício não me jogava indireta ou direta mesmo. Achei bom, comprei meu suco e voltei pra sala, assisti mais duas aulas e fui pra casa. Quando peguei meu celular vi que tava descarregado.

No caminho fiquei pensando no que o Rodrigo poderia estar fazendo numa sexta tão linda como tava aquela. Chegando na entrada da rua de casa parei pra conversar com o Jorge, que era o vigia.

— Fala, seu Jorge!

— Fala Vinícius, quando vai sair nossa aposta?

— Porra seu Jorge, tá ralado, tô meio sem tempo pra ver futebol, tô por fora.

— Entendo, mas me avisa quando puder, tô a fim da minha grade de cerveja.

— Eu que digo, vai preparando o bolso. Tchau, Seu Jorge.

Eu tinha entrado na rua quando vi uma movimentação na frente de casa, era na casa do Rodrigo. Fui chegando mais perto e vi o Rafael do lado de fora com o celular na mão, quando ele me viu, veio na minha direção.

— Caralho, cadê teu celular porra?

— Calma Príncipe, ele descarregou. O que foi que aconteceu? O que é isso aí, por que a galera tá aí?

— Cara, é que...

Quando ele apareceu na porta, meu coração acelerou, minha garganta ficou seca, meu corpo foi tomado por uma felicidade incrível, um frio na barriga junto com um arrepio. Nossa, como ele tava lindo! Ele tinha voltado antes do esperado.

O Rodrigo me olhou e parou, nossos olhos se cruzaram por alguns segundos que pareciam décadas, a verdade era que ele tinha passado seis meses fora. Ele riu pra mim. Que saudades do sorriso dele! Agora ele tinha voltado pra ficar, pra ficar comigo.

Eu fui andando com um sorriso largo, quando uma mulher agarrou o braço dele, eu parei. Ele olhou pra ela que segurou o queixo dele e deu um beijo. Parecia que toda aquela felicidade que eu tava sentido no início tinha sido arrancada de mim com força, me causando dor. Não sei descrever o que aquela cena me fez sentir. Parei, dei dois passos pra trás e fui em direção de casa.

— Vinícius, volta aqui!

Corri e entrei em casa, fechando a porta com força, passei correndo pela sala e ouvi minha mãe me chamando e logo após a campainha tocou. Entrei no meu quarto e tranquei a porta, tava zonzo com tudo que tinha acabado de acontecer. Uma vontade de chorar veio incontrolável, me sentei no chão e comecei a chorar querendo não acreditar no que eu tinha visto. Quando alguém bateu na porta e tentou abrir forçando a maçaneta. Era o Rodrigo.

— Vinícius, abre a porta, por favor!

Ouvir a voz dele me fez chorar mais

— Por favor cara, abre essa porta... — ele batia na porta – Eu não queria que tu soubesse assim!

Quando eu ouvi a voz do Rafael dizendo que era pra ele conversar comigo depois.

— Cara, eu tenho que explicar pra ele como aconteceram...

— Mas agora não é uma boa hora Rodrigo, depois.

Ele tentou mais um pouco até que não ouvi mais a voz dele, eu tava deitado no chão do meu quarto olhando pro teto, não chorava mais, ainda querendo acreditar no que eu tinha visto. Até que o Príncipe falou.

— Vinícius abre a porta, por favor, cara, tô preocupado contigo.

Me levantei e abri a porta do meu quarto, ele entrou e ficou me olhando.

- O que eu tentar te dizer não vai fazer a menor diferença, isso eu sei!

Fui até ele e o abracei, o que eu precisava era disso, ele me acolheu nos braços dele, voltei a chorar de novo.

— Fica calmo, eu tô aqui contigo, eu sempre vou tá contigo...

— Por que ele fez isso comigo, Rafael?

— Não pensa nisso não!

Eu me afastei dele e passei o dedo limpando as lágrimas.

— Esperei tanto pelo dia que ele fosse voltar, sabia que tinha algo diferente, de certa forma eu sabia que eu era isso, mas no fundo eu não queria acreditar!

Ele veio até mim.

— Tu sabes que tu vai ter que ser forte, porque pelo que eu sei ele trouxe ela pra ficar.

— Eles vão morar juntos?

— Não sei, mas pelo que ele disse, ela veio pra ficar um bom tempo.

Me sentei na cama e a vontade de chorar veio de novo.

— Tô com raiva de mim, que tu não tem ideia! – ele sentou do meu lado – Eu deixei de viver a minha vida por seis meses esperando ele voltar pra mim, quando alguém chegava perto de mim eu me sentia culpado e ele lá aproveitando. Caralhoo, sou muito idiota, puta que pariu!

— É, meu amigo, tu vai ter que aprender a conviver com ele de novo.

Ele colocou o braço no meu pescoço, me puxou pro peito dele e me abraçou.

— Fica comigo essa noite Príncipe, por favor?

— Claro, não precisava nem pedir.

Quando a mamãe apareceu na porta perguntando o que tinha acontecido, o Rafael disse que eu tinha brigado com a namorada. Ela meio que engoliu o que ele falou.

II.

Naquela noite não dormi nada, quanto mais eu tentava não pensar nele, ele me via à cabeça. No outro dia acordei cedo, o Rafael ainda dormia, fui no banheiro e quando voltei ele tava acordado.

— Fiquei preocupado, acordei e não te vi aqui.

— Só fui no banheiro — me deitei do lado dele – Perdi o sono.

Me virei e fiquei de frente pra ele, ele passou o dedo no meu queixo.

— Tá melhor, cara?

— Não foi um pesadelo, né?

Eu passei o dia no quarto e ele comigo, falei com a mamãe e disse pra ela que eu não queria ver ninguém. O Rafael só foi embora de casa à noite, isso porque eu insisti.

— Vou em casa, mas qualquer coisa me liga que eu venho na mesma hora.

— Tudo bem!

Ele veio e me abraçou, me sentia seguro no abraço dele. Sempre gostei de pessoas que conseguem demonstrar o que sentem em gestos, ele me deu um beijo no rosto e foi embora. Aproveitei e tomei um banho e voltei pra cama, peguei meu celular que ainda tava descarregado, coloquei pra carregar e fui comer algo. O papai tava na sala.

— Oi pai.

— Tudo bom meu filho? – ele me deu um beijo no rosto.

— Na medida do possível.

— O Rodrigo que voltou, né?

— É!

— Já foste falar com ele?

— Não!

Me levantei e fui pra cozinha, peguei algo e voltei pro meu quarto. Meu celular tocava, meu coração acelerou, peguei ele e era o Rodrigo. Ignorei e vi que tinha três ligações dele e duas mensagens. As duas eram que ele queria falar comigo. Desliguei meu celular, e como não tinha dormindo quase nada, acabei apagando.

Domingo, 24 de Junho era aniversário dele. Ouvia barulho de música vindo de fora de casa, me levantei, abri a janela e o som vinha da casa dele, tinha umas mesas também. Quando ele apareceu sem camisa na frente eu me escondi, fiquei olhando de relance.

Ele pegou o celular e colocou no ouvido, meu celular começou a tocar, ele olhou pra janela do meu quarto e desligou. Ficou olhando um tempo pra janela quando a mesma garota que beijou ele apareceu e o abraçou, ele riu pra ela, aí eu pude ver que a garota era a mesma que ele postava as fotos juntos no Face. Ele deu um beijo nela e entraram. A vontade que eu tinha era de quebrar a cara dele.

Passei a tarde toda trancado no meu quarto, entrou a noite e o aniversário ainda rolava. Era quase oito da noite então eu decidi sair, não tava mais aguentando aquilo. Tomei um banho, me arrumei, peguei a minha carteira e pedi o carro pro papai, que meu deu a chave.

— O carro da do lado de fora.

— Tudo bem pai.

Respirei fundo e fui em direção à porta, quando saí vi que ainda tinha um monte de gente na frente da casa dele, tava com a garganta seca. Quando coloquei os pés pra fora de casa vi ele rindo e com \a garota do lado, engoli a saliva que não tinha na boca, fechei a porta, olhei pra frente e vi ele me olhando. Comecei a andar, minhas pernas tremiam ,fui até o carro e entrei, tava suando frio. Liguei o carro e passei por ele e senti ele me olhando.

Quando eu tava quase saindo da rua de casa meu celular tocou e era ele, ignorei a ligação, mas ele voltou a ligar de novo e tornei a ignorar. Fui pro bar que tinha mais gente, tava a fim de meter o pé na jaca.

Sentei numa mesa e pedi uma cerveja pro garçom. Eu tava ali, porém a minha cabeça tava nele. Uns quinze minutos depois meu celular tocou, era o Príncipe.

— Oi.

— Tá onde cara?

— Tô aqui no (gente, juro que não lembro o nome do lugar kkkk)

— Beleza, se der vou aí contigo.

— Tudo bem, falou.

Fiquei lá, já tava na terceira cerveja quando uma garota bonita chegou perto de mim, ela meio que sem jeito começou a falar:

— Oi tudo bom? Desculpa tá incomodando, mas eu posso sentar aqui por cinco minutos? Juro que te explico.

— Tudo bem.

Ela se sentou, me disse que o nome dela era Marina e que as amigas tinham apostado que ela fosse falar comigo e ficasse comigo, mas ela disse que não tava querendo nada e sim só conversar.

— Tudo bem, sem problema, também não tô no clima.

— Porque, o que aconteceu?

— Desculpa Marina, mas não quero falar sobre isso.

— Amor, né?

Eu ri.

— Sim, o maldito amor.

Ela deu um sorriso lindo, ela era branca, por volta dos 1,70 de altura, olhos castanho-claros, cabelo loiro, bem bonita mesmo.

— Tá a fim de ouvir a história mais doida do mundo?

— Sou boa ouvinte.

— Bebe algo?

— Vou na cerveja contigo.

A gente riu, pedi mais uma cerveja e um copo pra ela.

— Então Marina, bora lá. Bem, sim eu tô sofrendo por amor. Eu acabei me apaixonando pelo cara que eu mais odiava no mundo.

Quando eu disse isso, ela meio que olhou espantada, mas logo deu um sorriso.

— O amor tem disso mesmo, nos prega cada peça. Mas ele não correspondeu?

— Deixa eu começar do começo — comecei a contar tudo pra ela.

Parecia estranho eu contando a minha vida pra alguém que eu tinha conhecido a menos de quinze minutos, fui falando e ela parecia bem atenta em tudo que eu falava. Contando aquilo pra ela parecia que eu ia ficando aliviado.

— Bem, enfim, esse é meu drama e ainda por cima hoje é aniversário dele — dei um gole na cerveja, tinha ficado com a garganta seca.

— Meu Deus...

— Meu Deus mesmo.

— E tu ainda não conversou com ele?

— Não, porque eu não sei qual vai ser a minha reação, entendeu? Certamente vou meter a mão nele.

Ela pegou na minha mão com um sorriso.

— Dá tempo ao tempo, ele sempre vai pro caminho certo.

Peguei a mão dela e dei um beijo, a gente ficou conversando. Ela me falou sobre ela, parecia que eu a conhecia a vida toda, quando eu vi o Rodrigo junto com o Rafael. Meu coração disparou, abaixei a cabeça e ri.

— Ele acabou de chegar aqui.

— Sério?

— Ele tá atrás de ti de camisa azul.

Ela olhou pra ele e voltou a olhar pra mim.

— Até eu me apaixonaria por ele, que gato!

Nós rimos, voltei a olhar pra eles e ele me olhava, só parou de me olhar quando o Rafael chamou ele. Então a banda que ia tocar era o Nosso Tom (pagode) começou. A Marina me chamou.

— Vem comigo, bora dançar.

— Não sei dançar pagode.

— Por favor, lembra da minha aposta, quebra essa, vai.

— Tudo bem!

Ela pegou na minha mão e me levou pra quase na frente do palco, ela pegou meus braços e colocou envolta da cintura dela.

— Mostra pro Rodrigo o que ele perdeu.

Eu sorri e fiquei olhando pra ela. Como ela era bonita! Fiquei olhando um bom tempo.

— O que foi, porque tu me olha assim?

— Tá a fim de concretizar a tua aposta?

Ela ficou me olhando e sorriu, entendi aquilo como um sim, cheguei mais perto e a beijei. Ali eu reparei que o beijo de mulher é diferente, mais calmo, com muito mais leveza, era até bom ainda por cima. A gente terminou o beijo rindo.

— Até que essa aposta não foi de todo mal — ela me deu um beijo no rosto. – Brigada viu!

— À disposição. Vou ao banheiro.

Fui até lá, mijei, lavei as minhas mãos e quando me virei vi o Rafael na minha frente.

— Oi meu querido.

— Desculpa ter trazido ele aqui.

— Relaxa. Ah, aproveita e fica com o carro do papai, acho que já bebi demais. Leva ele pra casa quando tu for que eu pego um táxi — dei a chave pra ele e saí do banheiro.

— Marina, vou indo nessa, foi um prazer ter te conhecido.

— Digo o mesmo, me dá teu número pra não perder o contato — trocamos os números, me despedi dando um selinho nela.

Saí de lá e peguei um táxi. Pedi pra me deixar na esquina, tava querendo andar um pouco. Foi quando me lembrei que tinha sido ali que o Rodrigo disse que era apaixonado por mim, eu vi um carro freando do meu lado. Era o Rodrigo.

Ele desceu, veio até mim, me pegou pela camisa e me olhando nos olhos:

— Tu vai me ouvir sim, nem que eu tenha que te meter a porrada, mas tu vai me ouvir sim!

Bem, eu atualizei o conto com uma versão revisada que uma leitora do conto fez. Queria deixar aqui o meu muito obrigado a Josi, a pessoa que teve esse trabalho todo. Então vc que estiver lendo a partir de hoje, irá ler uma versão bonitinha, sem erros ortográficos e tudo mais rsrsrs. Aproveita e me segue lá no Wattpad https://www.wattpad.com/user/viiniiciiusp Tô escrevendo e postando uma história lá. Dá lá essa moral rsrs.

Caso queria mandar um e-mail: viiniiciiusp@hotmail.com

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Comentários

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Isso serve como lição, seria muito melhor ter conversado com Rodrigo e ter convencido ai ir fazer o curso. Mas não, achou uma maneira de fazer tudo parece que não foi nada. Que ele estava solteiro e fosse viver a vida dele, ele vive. Você errou feio e agora está pagando. Foi o seu preço. Sabedoria para enfrentar as coisas com a verdade.....

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Nossa cara nem sei oq te dizer com essa situação... Deve ser a pior sensação do mundo, vc ver a pessoa q ama, sentir saudades dela, e na mesma hora sentir dor, pq ele trouxe uma nova pessoa com ele. Deve ser muito doído. Ele foi um sacana contigo. Pq ao menos deveria ter contado de alguma forma qdo estava lá para ti. Esperando ansioso novos postos

Abçs

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Vinicius meu amigo da um cacete nessa puta pelo amor de Deus, se Allyson (meu namorado) fizesse isso e apanha ele e ela, ele ia apanhar mais porque ele é mais safado que ficou com ela. TUA HISTÓRIA É MMMMMUUUUUUUUUIIIIIIIIIIIITTTTTTTTTOOOOOOOO BBBBOOOOOOAAAAAAAA

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Huumm, então o Renato experimentou o outro lado do muro hahaha, certeza que ele muito assediado lá, principalmente na praia. Adorei ter dado um sossega no André, concordo contigo, as pessoas generalizam os gays por alguns que ela conhecem ou veem na TV, mas deveria ter dado um beijo nele, ele estava querendo provar kkkkk. Nunca mais tomo partido kkkkk, que FDP o Rodrigo foi, está parecendo que é só para te esquecer porque ele deve ter pensado mais em você do que ficou com ele. Que isso o Fabrício tomou vergonha na cara? Agora senti firmeza da parte dele em querer conversar contigo, não é qualquer um que entra na frente de um carro.

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Nossa meu,que vontade de dar um tiro nas tripas do Rodrigo. Que ele coma a bisnaguinha que o Diabo amassou

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Você terminou com ele e mesmo depois quando ele te ligava nunca deu esperanças,então nem tem do que reclamar.Só que ele ao traze-la com ele deixou bem claro a seriedade do relacionamento deles e não tem o direito de te exigir nada exigi acredito que até mesmo explicações se tornam desnecessárias . ambos erraram e infelizmente o preço foi muito caro para os dois,sem falar que por mais doído que seja há situações que por mais que se ame uma vez destruído nunca mais será igual . Você é jovem,gatinho e cheio dos pretendentes e deve de estar feliz com um deles,tomara.

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to apaixonado pelo príncipe!!!!! ahahah sério cara, aliás eu queria que tu ficasse com o Rodrigo ou com o príncipe, apesar de tudo que aconteceu eu sei que o Rodrigo te ama e você ama ele também, sou fã dos teus contos demais, continua logo!!!

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Comecei a acompanhar a sua história e to achando de mais, cativante hehe Continua logo!

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Aleluia ,,Não aguentava mais esperar kk.. Vms la a leitura kkZoação de principe e vc vinicius foda kkkdeixou mais ansioso ha aha ah :Dposte logo heheh :D

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Bom>. Prefiro esperar o próximo conto. Pois acho que naum teve fim essa historia...

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SEU CONTO É DEMAIS, PARABÉNS E JÁ TOU A ESPERA DO PRÓXIMO CAPÍTULO!!!! PARABÉNS MESMO! FELICIDADES! NOTA 10000

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