O Brilho do Seu Olhar

Um conto erótico de FT
Categoria: Homossexual
Contém 1256 palavras
Data: 06/02/2014 21:41:57
Assuntos: Gay, Homossexual

Olá meu nome é Thalles. Hoje eu vou começar a relatar a minha história. Mas primeiro vou falar um pouco sobre mim.

Tenho 17 anos, sou loiro e tenho olhos verdes (Graças a mamãe) que ficam um pouco apagados por causa dos meus óculos, não são aqueles óculos enormes, são mais delicados. Meu corpo é normal. Definido, mas não muito forte. Moro com meus pais, meus dois irmãos e minha irmã. Só quem sabe da minha sexualidade são meu amigos e meus irmãos. Inclusive um dos meus irmãos também é gay, o Tadeu.

Era uma manhã de segunda e eu estava me dirigindo à escola na companhia dos meus BBF’s.

- Vou dar rosas pra Gaby hoje. Disse o Filipe.

- Ai, que inveja! Queria ter um namorado. Disse a Luara.

- Credo, Luara. To até com medo agora.

- Do jeito que você é piranha, duvido que consiga ficar com um homem só. Eu digo.

- Ai que bicha recalcada. Você não é piranha e ta com algum?

- Você sabe que eu não gosto que me chame assim.

- E eu adoro quando você me chama de piranha, né?!

- Mas eu não to mentindo.

- E eu to, bicha?

- Bicha é aquele senhor cujo esperma fecundou o óvulo da sua mãe.

- É pra botar o pai no meio? Então vamos lá.

- Não vamos a lugar nenhum. Parem de brigar. Disse o Felipe.

- Foi ela que começou!

- Você me chamou de piranha.

- Shii! Os dois quietos.

Chegamos à escola e fomos para a quadra aberta, onde todos ficavam antes de começar a aula. Eu sentei na arquibancada e logo avistei um Deus.

Um garoto lindo, moreno claro, cabelo castanho, curto e espetado e um sorriso lindo de derrubar qualquer um. O corpo infelizmente não pude ver ele estava de uniforme.

- Aluno novo? Pergunta a Luara.

- Parece. Eu nunca vi aqui. Diz o Filipe.

- Será que é da nossa turma? Espero que sim! Pergunta ela animada.

- Não sei. Mas ele já ta bem a vontade. Deve conhecer alguém.

- E você, Tha, acha o que?

- Sobre o que? Digo tirando meu foco do garoto lindo.

- Sobre o garoto novo.

- Ah, ta! É lindo. Eu vou no banheiro. E depois vou pra sala. Encontro vocês lá. Beijinho. Digo me despedindo.

Eu cheguei ao banheiro, fiz o que tinha que fazer e fui lavar minhas mãos. Ao ligar a torneira vi, pelo espelho, a porta atrás de mim se abrir. E saiu aquele mesmo aluno novo que achei bonito lá fora.

Não disse nada e ele também não.

Quando estou saindo escuto ele me chamar.

- Thalles?

- Oi!...Você me conhece?

- Na verdade não. É que você deixou sua pulseira cair.

- Nem percebi. Obrigado!

- Por nada.

Isso e só.

Fui pra sala e me sentei. Peguei o celular e fiquei mexendo.

Quando o sinal bateu, entre os poucos alunos que tinham minha turma, o lindo garoto da quadra entrou.

- Ele é da nossa sala. Diz a Luara toda animada se sentando na cadeira a frente da minha.

- Acho que deu pra ele perceber Lua. Diz Filipe se sentando do meu lado.

- O que importa é que ele é lindo.

- Mais que isso, né colega?! Eu digo enquanto.

- Good afternoon! Diz a insuportável professora de inglês ao entrar.

Ao começar a aula escutei alguém chama-lo e pude ouvir o nome dele. Guilherme.

- O lindo se chama Guilherme. Diz a Luara.

- Eu ouvi, Lua.

- E quem não ouviu? Tainá não fala. Ela grita. Rebate o Lipe.

- Silêncio vocês ai atrás, please! Disse a professora.

- Desculpa, Professora! Responde a Lua.

As três primeiras aulas passaram bem lentamente.

Quando finalmente chegou a hora do intervalo resolvi ir comprar meu lanche.

Fui em direção a cantina. Comprei meu lanche, mas quando estava me virando esbarrei em um ombro e deixei cair tudo no chão.

- Desculpa! Eu compro outro pra você. Diz o Guilherme com aquele sorriso.

- Não precisa. Perdi a fome. Digo sem olhar muito pra ele e virando as costas.

- Ei, Thalles, espera! Ele diz correndo atrás de mim.

- O que você quer? Disse em um tom meio ignorante, que era o meu jeito.

- Que você aceite o lanche. Foi culpa minha você derrubar.

- Eu sei, mas eu perdi a fome, de verdade. Disse já querendo sair dali.

- Você é sempre assim?

- Assim como?

- Trata mal as pessoas que querem te ajudar.

- Me deixa, garoto. Digo e vou andando em direção a escada.

- Espera aí!

- Por que você não me deixa em paz agora e volta pra comprar seu lanche?

- Porque eu não fui comprar lanche. Eu fui te devolver isso. Dá próxima vez eu deixo no chão, e ainda piso, Thata. Ele diz me entregando minha pulseira e saindo.

- Que ódio! Digo ao ver aquele sorriso maravilhoso, mas irônico no rosto dele.

Eu fui pra sala me contorcendo de ódio. Lá eu encontrei a Luara se atracando com um carinha do primeiro ano.

- Ta fazendo o que aqui Thalles?

- Não se preocupem. Eu só vou sentar aqui, ouvir musica e entrar no face.

- Ta bom. Ela disse voltando agarrar o garoto.

Eu entrei no meu face e tinha uma nova solicitação de amizade. Sim, era dele.

‘Esse garoto deve estar querendo me irritar’ Eu pensei e dei um sorriso, não sei por que, mas sorri.

- Ta sorrindo por que? Pergunta a Luara enquanto se despede do garoto.

- Nada demais.

- Alguma coisa me diz que tem haver com homem.

- Eu não sou você, Lua.

- É verdade. Eu sempre quis ter um amigo gay. Quando eu arrumo um é você. Eu queria um gay escandaloso, que gritasse quando visse um boy gostoso.

- Eu nunca farei isso.

- Never say never! Mas voltando ao assunto, você ainda não me respondeu o por que do sorrisinho.

- Nada demais, já disse.

- Ta, vou acreditar.

Ela saiu e eu fiquei pensando se aceitava ou não. Acabei aceitando.

- Você ta aí, né?! Diz o Guilherme entrando na sala.

- Tava me procurando? Pergunto ironicamente.

- Pelo contrario, Thata, eu tava evitando te encontrar.

- Quer me evitar, mas me mandando solicitação no face. Acho lindo.

- Eu mandei antes de te conhecer, mas nem precisa aceitar. Na verdade não precisa nem falar comigo.

- Nem precisa pedir duas vezes. Eu faço questão de ignorar sua insignificante presença.

- Ótimo!

Ele se sentou no lugar dele, colocou o fone de ouvido e fechou os olhos.

Mais tarde a Tainá apareceu.

- O que você ta fazendo aqui? O intervalo já ta acabando, você não vai sair? Perguntou a Tainá.

- Não. To ocupado.

- Com o que?

- Nada tão importante. Ele diz fazendo um sinal com a mão que não levei muito a serio.

- Entendi! Ela diz me olhando e saindo.

Mais tarde o sinal bateu e todos entraram.

A Lua, o Lipe e eu conversamos bastante e as aulas passaram rápido.

- Não esqueçam de me chamar lá em casa amanhã. Diz a Luara.

- Ta bom! Tchau!

- O que você tava conversando com aquele garoto?

- Que garoto?

- O tal Guilherme, o aluno novo.

- Ele derrubou meu lanche e tava querendo comprar outro.

- Como assim?

- Ele tropeçou em mim e meu lanche caiu.

- E você aceitou?

- Não. Por que?

- Por nada. Só estava curioso. Deixa pra lá. Tchau! Ele diz ao chegar no portão da minha casa.

- Tchau!

Eu entro em casa, cumprimento meu irmão e subo pro meu quarto.

- Thalles, vem almoçar. Grita meu irmão.

- Já vou.

Eu desço e me sento.

- Te vi conversando com o filho do diretor hoje. Diz o meu irmão Thiago.

- Eu? E aquela coisa tem filho?

- É. O Guilherme.

- Ele é filho do diretor?

- Você não sabia?

- Não... Agora eu to ferrado.

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