Acorrentados

Um conto erótico de pedro souza
Categoria: Homossexual
Contém 2295 palavras
Data: 06/02/2014 14:41:02
Última revisão: 06/02/2014 14:56:21

__Anderson você está escutando?! Não esqueça saindo da escola vá direto para o salão!

O jovem mexia em seu smartphone ao mesmo tempo ajeitava o fone de ouvido que sempre caia mal encaixado.

__Sim mãe... eu já sei.

__Que bom agora pega sua mochila que o ônibus logo passa.

__Para de me tratar como bebê...eu já tenho dezessete mãe.

__E sem juízo nenhum. Toma aqui sua bolsa.

A senhora Laura puxou então o filho para um abraço. Logo Anderson sai ainda meio despreocupado respondendo algumas garotas no whatsapp.

Nem tão alto nem tão magro. Uma definição simples para aquele jovem, porém os detalhes físicos de Anderson eram bem marcantes. Seu penteado era livre, cabelo fino caído entre as orelhas e na frente um topete que contrastava com seus olhos escuros e finos. Seu rosto ainda sem pelos era delicado. Sua boca uniforme e macia. Não era atlético mas as suas roupas lhe caíam muito bem. Naquela manhã fria vestia uma blusa canguru cinza da holister e uma calça jeans surrada.

Anderson muito sonhador adorava ouvir as músicas de seus cantores favoritos e se imaginar um dia cantando tão bem como eles e ter toda aquela fama e prestígio. Caminhando pela estrada da praça de seu bairro ele aproveitava o pouco movimento do horário e arriscava acompanhar a música que tocava em seus fones, viajando sem se importar na letra da canção.

Era final de março e logo viriam as provas trimestrais que tanto o preocupava. Nos estudos Anderson sempre fora mal porém naquele ano ele decidiu melhorar e se aplicar mais. Decidiu ir a biblioteca todos os dias uma hora antes do horário escolar para estudar sobre as matérias daquele dia. Seuaprendizado havia melhorado, mesmo assim as provas finais eram seu maior medo.

Já na escola Anderson decidiu passar pela sala dos professores para cumprimentar o Sr. Osvaldo que ensinava história. Ambos se conheciam muito bem desde a quinta série, época que fizeram uma grande amizade. Ao passar pela diretoria Anderson percebeu um movimento estranho por lá, se aproximando mais percebeu que um homem falava com a diretora Josefa em um tom compassivo e frio. Logo se despediram e um senhor alto forte vestido socialmente saiu pela porta entreaberta. Encostado na parede do outro lado do corredor Anderson o encarava curioso. o Homem bem vestido cerrou um olhar superior em direção a Anderson e em seguida virando-se para a entrada saiu.

Os minutos passaram rapidamentee logo a sala do segundo B ja estava cheia.

__Vocês viram aquele garoto? Quem será? __Perguntou Natália ao seu grupo enquanto observava um aluno da primeira fileira.

__É mesmo não tinha o visto ainda.__Disse Paulo pensativo.

Anderson junto a eles, também encarava o garoto, curiosos pela novidade.

__Enquanto a professora não vem vou lá cumprimentá-lo.

__Coitado do garoto Natália! __Paulo exclamou rindo.

__Coitada de mim ele é todo gatinho tenho que ser rápida!

__Ihh já estou até vendo.__Anderson comentou enquanto folheava seu caderno.

__E você Anderson cato geral no fim de semana ne.

__Coitado Paulo foram só três. ..

__Sei...só três.

__Serio pow!__Anderson fechou o caderno e chegou mais perto do amigo.__Mas foram as melhores! Eu consegui chupar Até o peitinho de uma vey!

Paulo sem graça começou a rir do amigo. Até a professora entrar eles ainda falavam de putarias e das suas experiências.

As aulas passaram extremamente devagar as primeiras matérias eram de matemática e biologia e foi assim até o intervalo. Aquela era uma escola pública e havia uma ótima merenda mas Anderson nunca comia simplesmente ia até a escadaria da quadra e ficava ouvindo música enquanto esperava seus amigos. Por vezes usava aquele horário pra ficar com alguma garota porém não havia nada de interessante para o dia. Algum tempo depois mais abaixo de onde ele estava aquele aluno novo também se assentou, atrás dele veio Natália rindo e esbanjando sua sensualidade. As mãos da garota deslizavam pelos ombros do jovem e por vezes ela dizia algo próximo ao seu ouvido. Anderson já estava vendo que acabaria ficando de vela perto daquela frescurada toda mas para sua surpresa Natália pouco depois sai com uma cara não muito boa.

"Não acredito a Natália levou um fora! " Anderson ria por dentro. Ainda observando a cena percebeu que o aluno novo também se levantou para ir embora, nesse momento pela primeira vez eles cruzam seus olhares. Anderson só desviou o olhar quando viu que o menino vinha em sua direção, olhando para seu celular ele então ouve.:

__Oi posso sentar aqui?

__Eh... sim claro!

Anderson se afastou um pouco para que ele se sentasse.

__Você é o Anderson. Certo?

__Sim...e você quem é?

__Me chamo Henrique.__Sorrindo o jovem estende a mão para Anderson.

__Beleza Henrique!__Anderson aperta rapidamente a mão estendida.

__Já está dando uns catos na Natália então. Rapido hen!

__Não claro que nao! __Henrique abriu um sorriso sem graça que fez Anderson olhar mais uma vez curioso para ele.

O aluno novo era alto. Cabelo escuro em um corte moderno. Com braços grandes e sua camisa mais colada mostrava o quanto seu corpo era definido. Roupas caras de marcas famosas um tênis nike de cano medio. Lábios grossos e olhar penetrante.

__Mas ela ta muito na sua cara. Pensa muito não!

__Não posso pensar nisso agora preciso correr atrás desse trimestre perdido aqui na escola. E outra ela não faz meu tipo.

__Bom se você precisar posso passar algumas coisa para você...

__Poxa eu iria te agradecer muito!

__Te empresto meu caderno hoje então beleza?

Henrique acenou com a cabeça positivamente e mais uma vez abriu aquele sorriso lindo fazendo Anderson sorrir sem perceber junto a ele. O fim do intervalo chega e os dois seguem juntos, tentando quebrar o silêncio um pouco antes de chegarem a sala Anderson pergunta.:

__Então a Natália não faz seu tipo? Cara ela e a maior gostoza!

Eles então entram na sala Henrique ainda ria com o comentário mas seguiu para sua mesa sem dizer nada.

A última aula do dia era educação física os alunos então se dirigiram a quadra e começaram um treino pesado de passe de bola e ainda antes do fim montaram um time e jogaram uma partida de futebol. Anderson e Henrique estavam no mesmo time e algumas vezes trocaram algumas palavras o jogo então termina com o time rival como vencedores.

__Que isso Anderson você estava uma porcaria hoje hen! __Paulo ria batendo com a toalha nas costas de Anderson.

__Vai se foder Paulo!

__Ih não aguenta nada mesmo!

Os alunos estavam no vestiário tomando uma ducha e os poucos que ainda estavam ali começaram a rir e a zoarem uns aos outros.

No final Anderson acaba sendo o último a tomar banho. Já embaixo da a água ele vê Henrique entrando e abrindo um chuveiro para ele.

__Acho que só sobrou nós! __Disse Henrique esfregando a cabeça com um sabonete.

__Pior que foi... melhor assim.

__Eu ouvi o que estavam falando. Achei que nosso time jogou muito melhor. Só não ganhamos.

__Eu vi seus dribles cara são bons!

__Valew Anderson.

Mas uma vez eles se olhavam em silêncio. Depois do banho Anderson saiu usando somente uma boxer branca Até o seu armário. Henrique veio logo atrás porém com uma toalha na cintura.

__Me contaram que as mina da sala tao tudo na sua cola Henrique agora você está feito aqui hen! __Anderson ria enquanto vestia a camisa.

__Nem me fale. Está muito complicado ficar dando o fora nelas.

__Sei então nenhuma delas faz seu tipo?!

__Pois é!

Anderson vai em direção ao colega e o ajuda com o armário que não fechava emperrado.

__Eles sempre fazem isso e só lhe levantar um pouco a porta.

__Valew na próxima eu consigo!

Henrique senta em um banco e os dois começam a se vestir. Até que Anderson pergunta.:

__Cara qual é seu tipo então? Eu fiquei confuso agora.

Henrique Olha para ele vestindo o tênis esperando que também o olhasse de vouta. Anderson ainda esperando a resposta logo o encara curioso.

__Tipo você...

Anderson congelou sem reação. Henrique o olhava docemente e pouco a pouco aproximou seus labios ao dele. Rapidamente Anderson fecha a cara pronto pra levantar porém era tarde o aluno novo o puxa para um beijo, seus labios se chocam com força. Assustado Anderson empurra-o para trás e pegando sua bolsa Diz em um ton agressivo.:

__Viado não passa perto de mim nunca mais! Entendeu!

__Cara desculpa...

Henrique abaixou a cabeça entre as pernas e pode ouvi-lo batendo a porta com força enquanto saia.

Já em casa Anderson se jogou na cama com um pote enorme de rosquinhas de chocolate e enquanto comia postava algumas fotos no facebook. O tempo passava rapidamente já eram duas da tarde quando o celular toca.Do outro lado da linha a mae de anderson brava reclamado que até aquele horário ainda não havia ido para o salão como já tinham combinado. Em um pulo ele corre trocar de roupa pensando o quanto tinha sido burro em ter esquecido, agora sua mãe iria falar um monte como sempre fazia.

O salão onde sua mãe trabalhava era numa região afastada depois de uma ponte sobre o rio que cortava a cidade. Era um lugar lindo com árvores nativas um sossego incrivel e bem distante dos grandes prédios e do trânsito do centro. Muitas vezes Anderson ia para aquela parte da cidade para poder cantar suas músicas sem que ninguém o pudesse ouvir.

Pedalando apressado logo ele chega ao pequeno bairro com uma caixa de presilhas a serem entregues a sua mãe.

__Já era hora menino! __Exclamou Dona Laura vendo seu filho entrar pela porta.

__Desculpa mãe eu esqueci completamente. ..

__Eu já disse pra você largar esse celular! Você está esquecendo de tudo ultimamente.

__Para mãe não tem nada a ver!

Anderson entregou a caixinha e sentou em uma poltrona mais ao fundo do salão. E ali ficou por um bom tempo como costumava fazer, por vezes cochilava de tanto ouvir as corversas das mulheres que ele julgava ser torturante.

Sua mãe terminava o expediente as dezenove horas mas Anderson preferiu pegar sua bike e sair antes dela. O sol já se escondia no horizonte o anoitecer ja caia e Anderson despreocupado pedalava calmamente apreciando o entardecer. Faltava pouco para ele sair da estrada dos bosques e chegar ao centro porém algo o fez parar curioso. Uma fiorino brancaestacionada no acostamento pouco visível. Anderson ficou preocupado pois poderia ser alguém precisando de ajuda e antes de ligar para a emergência preferiu chegar mais perto e perguntar caso visse uma pessoa. A porta do passageiro estava aberta um pouco abaixo na lataria uma mancha pequena vermelha de sangue talvez. Havia pouca luz já naquele horário com medo Anderson arriscou descer mais um pouco entre as primeiras árvores mas não conseguia ver ninguém.

Sua respiração estava continua, seus olhos não paravam de observar todas as direções. Movido então por um motivo indefinido ele desce mais alguns passos, mas a sensação de perigo vence e o faz retroceder. Apenas segundos depois duas mãos fortes o seguram uma em sua boca e a outra em sua barriga a força era tão grande que um terror tomou conta de Anderson, ele não via nada tentava gritar mas ficava sem ar a cada tentativa, se debatia mas sua força não era suficiente, seu corpo era arrastado por entre as árvores com uma brutalidade estrema. Ao chegar na estrada foi jogado de rosto ao chão, a dor era estrema Anderson já estava sem ar quase desmaiando mas o pouco que pode urrou como um animal, mas em vão, logo um saco de pano cobriu totalmente sua cabeça. Agora já não via mais nada só sentia seu corpo sendo movido de um lado ao outro e correntes grossas apertando suas mãos nas costas. Pouco depois a porta traseira do carro fora aberta e mais uma vez as mãos grandes o puxaram o levando agora para dentro a brutalidade era sem tamanho suas costas e pernas batiam em objetos duros que o machucavam. Mesmo em meio ao desespero Anderson exclamava. :

__O que está havendo!? Socorro! O que você que de mim!?

O silêncio predominava,sua agonia aumentava a escuridão era total so podia ouvir e sentir.

Colocado em uma das laterais da fiorino Anderson sentiu que estava sendo acorrentado junto a mais uma pessoa. Pode sentir outras mãos próximas a dele. Um alívio estranho passou por sua mente. Sem reação só pode ouvir a porta sendo trancada e uma voz rouca atrás dizendo. :

__Anderson é você mesmo?

Anderson não conseguia acreditar acorrentado a ele estava Henrique!

OLÁ amigos leitores sou novo por aqui. Mas já tive o privilégio de ler ótimos contos de autores daqui. (Este primeiro conto dedico especialmente ao cara que estou aprendendo a amar Douglas! Você e incrivel!Não sou bom em escrever confesso mas tenho uma imaginação muito fertil! Por isso trago a vocês algo diferente, talvez ja tenha sido feito aqui não sei. Enfim essa história eu a fiz para que vocês a continuassem, ou seja o autor ou mesmo o leitor que passar por aqui se identificar e quiser escrever o próximo capítulo estará livre para o fazer. Simplesmente seguindo a idéia do conto e usando de sua criatividade e deixando em aberto o final. Caso haja interesses vocês poderão enviar os textos para o email pedrusoouza@hotmail.com lembrando que somente um será escolhido e so poderão me enviar um capítulo por vez e todos podem participar. Qualquer dúvida entre em contato. O escolhido terá seu texto publicado com seu nome e o link de sua conta na casa dos contos daqui há quatro dias a partir dessa publicação. Caso não haja interesses e textos enviados estarei dando a continuidade! Até a próxima!

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Comentários

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bom como eu pulei a parte hetera da história eu so vi o fim e do fim gostei

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