Minha vida foi triste Cap.1

Um conto erótico de dramasdeadolescente
Categoria: Homossexual
Contém 837 palavras
Data: 24/02/2014 16:55:16

Cap.1

- Homossexualidade é pecado, não é natural...

Eu era obrigado a ouvir isso quase todo domingo na igreja que a minha família frequentava. Me sentia sujo, um lixo, toda vez que ouvia isso. Tudo por causa de sentir esse sentimentos pecaminosos, esses sentimentos abomináveis, que a bíblia abomina. Minha mãe pregava em casa que não devíamos ter amigos gays, porquê eles são o pior que a sociedade pode oferecer. Quando me peguei olhando pra meu vizinho bonito, me desesperei. Me desesperei em ver que eu estava sentindo sentimentos estranhos. Me olhava no espelho e me arranhava. Queria deixar aqueles sentimentos bem longe de mim. Mas não conseguia. Nunca consegui. Minha casa sempre foi muito religiosa, desde quando eu nasci. Minha mãe, Renata, sempre foi fervorosa. Meu pai, Rogério, nem tanto, mas era também. Tinha 2 irmãos, Laurence, meu irmão protetor, que apesar de mais novo do que eu, era mais alto e mais forte. E tinha Bárbara, que vivia dizendo que queria casar e servir a Deus pra sempre. Nossa família era perfeita, exceto pelo detalhe mínimo, de que um dos filhos era pecador. Eu. Mas eu não me sentia pecador. E isso me intrigava. Me deixava louco. Quando completei 16 anos, uma garota veio me pedir em namoro. Nem pensei direito, estava apenas tentando ver se largava aqueles sentimentos ruins, como minha mãe dizia.

- Eu acho você tão bonito e inteligente, Enzo. E eu sei que eu sou bonita. Porquê você não me dá uma chance, eu tenho certeza que você vai gostar de mim- ela realmente era bonita

- Tá, tá bom- não conseguia nem olhar no rosto dela. Ela saiu pulando de felicidade. E eu pensando no que tinha acabado de fazer. Nosso namoro deu até certo. Certo dia minha mãe pediu pra que a apresentasse pra família. E a levei em casa. Passamos um dia lindo, minha mãe como sempre alegre, disse que havia gostado muito dela, disse que ela parecia ser “de Deus”. A noite, a levei em casa.

- Então, Denise. Eu preciso ir embora.

- Não, mas você não quer entrar.

- Não, não posso chegar tarde

- Mas é só um pouquinho. Vem!!

- Tá bom- fui literalmente puxado por ela pra dentro da casa- mamãe não tá em casa agora.

- Ah sim, legal sua casa- de repente, sinto um empurrão, e um beijo- eu estava louca de vontade de ficar sozinha com você. Eu quero ir mais longe Enzo. Eu quero, transar com você.

- Transar...- eu pensei em tudo que já tinha pensado, e transar com uma mulher realmente não era o que eu pensava- é melhor não

- Mas, eu pensei que você quisesse. Já estamos a um bom tempo namorando somente nos beijos...

- É por isso, que eu acho melhor terminarmos- foi a resposta mais rápida que veio a minha cabeça pra me livrar daquela situação

- Mas, eu pensei que você gostasse de namorar comigo, o que tem de errado comigo Enzo !!!- ela estava com lágrimas nos olhos

- Não é com você, sou, sou eu- eu estava de costas pra ela, não conseguia olha-la quando estávamos discutindo- eu não posso mais ficar com você. Eu vou embora- peguei minhas coisas e deixei ela falando sozinha. Eu sei que ela não tinha culpa, mas eu não me sentia a vontade pra continuar com aquele namoro. Já dirigia, mesmo não podendo. Peguei meu carro e fui embora, com a cabeça fervendo. Um turbilhão de sensações que só me faziam ficar ainda mais confuso em relação a isso. No caminho, via garotos de programas na rua, lindos, sem camisa. Aquilo me despertava diferentes desejos. Me despertava sensações diferentes. Quando voltava pra casa, parecia que um peso entrava nas minhas costas. Me sentia pesado. Me sentia triste e condenado naquele lugar. Me sentia um monstro, um monstro que devia morrer. Mas algo me dizia que tudo aquilo estava errado, que essa opinião estava errada. Acordei cedo. E fui me olhar no espelho. Sempre via uma expressão carregada. Mas eu era bonito. Branco, cabelos lisos loiros, mas usava totalmente arrepiados. Olhos azuis, sobrancelha pouca. Tinha um pele extremamente branca, que contrastava com meus olhos. O nariz era afilado. Boca estilo Zac Efron. Era alto, e tinha um corpo apresentável. Não fazia academia, só não engordava por quê a genética me fazia estar sempre em forma e definido. Não tinha estrias ou coisa do tipo, por isso que eu sempre gostei demais do meu corpo. Mas enfim, era a única coisa que eu gostava em mim. Tomei um banho, comi e fui pra escola. Lá era um dos piores lugares pra mim. Aonde meus desejos se despertavam, ao ver garotos bonitos desfilando pelo colégio. Quantas vezes eu corri pro banheiro, pra esconder uma excitação repentina ou coisa do tipo. Sempre que isso acontecia, eu me sentia como o chão de um banheiro masculino, encardido e sujo. Quando voltava pra casa, e via aquele lugar, me via como um ser imundo, num lugar santo. Um diabo, no céu. E o pior, ainda não tinha começado.

Continua

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Comentários

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Cara, sempre li seus contos, mas eu não tinha ainda uma conta aqui na CDC, criei para postar um conto. AMO seus contos, muitos deles me inspiram, você é um excelente escritor, um dos melhores que já vi aqui na casa. Parabéns, amei esse conto e espero ansiosamente pelo próximo cap. Bjs!

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Nossa otimo ......Me trouxe muitas lembranças ,continua logo

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