Do ABC para o AMOR! – PARTE 4

Um conto erótico de Guhhh!
Categoria: Homossexual
Contém 1999 palavras
Data: 12/01/2014 22:28:36

Do ABC para o AMOR! – PARTE 4

- Menina. Eu tinha esquecido de você. – Falei.

- Percebi. – Falou ela com cara de poucos amigos entrando em minha casa. – Espera ai. – Disse assustada ao ver o Marcelo. – Você não é aquele garoto que saiu correndo da ONG aquele dia?

- Sou. – Falou ele um pouco envergonhado.

- E o que ta fazendo aqui? – Ela parecia confusa. – Fernando seu safado. Eu sabia.

- Sabia porra nenhuma. Leticia não ta rolando nada. Eu to ajudando ele apenas.

- Ajudando. Sei.

- Fernando, acho melhor eu ir. – Falou Marcelo indo em direção a porta.

- Não Marcelo. Fique.

- Agradeço, mas eu vou. Tchau, eu te procuro. – Ele disse.

Não fui atrás dele já que o mesmo já tinha saído. Encarei a Leticia.

- Por que você acha que quando eu to com outro garoto eu to pegando ou quero pegar? – Falei. – Você não sabe nada que aconteceu pra já ir falando o que acha. Ah garota tem horas que você me tira do serio. – Falei empurrando ela porta a fora.

- Desculpa Fe. – Disse ela. – Deixa eu ficar, por favor?

- Ta vadia. Entra. – Falei irritado.

- Vadia não.

- Vadia sim. – Fui em direção a cozinha e ela veio atrás. Ela queria tanto saber que contei o que aconteceu...

- Sabia. Teve um beijo e você ainda fez todo aquele barraco.

- Teve um beijo, mas você não precisava ter feito aquilo na frente do garoto.

- Olha Fe, ele é gatinho mesmo, mesmo não curtindo homens eu assumo, mas você nem conhece ele, ele pode ser perigoso, não deve ficar trazendo estranhos em sua casa.

- Eu sei, mas com ele sei la, eu fiquei com pena, eu quis ajudar. E eu vou ajudar ele.

- Hum. Ta. – Falou ela. – Mas você quer só ajudar ele mesmo ou quer algo mais?

- Leticia!

- Mas Fe, sei que ta numa seca já a algum tempo, deve ta louco pra dar o furico.

- Vou dar é na sua cara piranha. Aff, sabe que eu prefiro comer. – A Leticia sabia como me tirar do serio.

- Aham, sempre que te perguntam se você é ativo ou passivo qual é a resposta que você da mesmo?

- Sou o que da vontade na hora.

- Bicha mesmo.

- Sapatão.

- Ta bom, chega Fe. – Disse ela rindo. – Eu só queria dizer que to namorando. Por isso te chamei la em casa queria apresentar a dona do meu coração.

- Ain que lindo. Da vontade ate de vomitar arco-iris. Kkkkkk. Só que não.

- Credo Fe você anda muito frio, você ta precisando é dar e de um namorado pra aquecer esse seu coração. Desde que terminou com o Junior que você ta assim.

- Não toca nessa nome. Sabe que me da raiva vontade de matar aquele viado e da vontade de chorar também. – Meus olhos começaram encher de agua.

- Desculpa meu anjo. – Ela disse. – Mas você tem que superar isso, ele não te merece você sabe disso, não pode mais ficar sofrendo por ele.

- Falar é fácil. – Eu disse. - Mas chega de falar nesse assunto. Me diz quem é a doida que aceitou namorar com você? Eu conheço?

- Conhece e conhece muito bem, mas você so vai ficar sabendo amanha, já que não foi la em casa quando ela tava la.

- Mas...

- Mas nada Fernando, não seja curioso, amanha vai saber. – Ela disse. – Agora vou pra casa antes que comece a chover. Beijos

Ela saiu e eu fiquei na cozinha esquentando alguma coisa para comer. E o pior de tudo que fiquei pensando no Marcelo, eu não consegui entender o porque aquele garoto tava mexendo comigo desde o primeiro instante que o vi, e depois de saber sua historia fiquei ainda mais vidrado em ajuda-lo.

***

NO DOMINGO A TARDE:

Depois de uma mensagem da Leticia falando para eu ir na casa dela, que ela queria me apresentar a nova namorada dela, coloquei uma roupa melhor e fui. Na praça olhei para todos os lados pra ver se avistava o Marcelo, mas não tive sucesso, ele não estava, cruzei a praça e cheguei na casa da Leticia. Toquei a campainha e não demorou muito vieram me atender. Mas fiquei surpreso ao ver que quem atendeu foi a minha prima Julia.

- Julia o que você ta fazendo na casa da Leticia? – Perguntei espantado.

Ela me encarou, nisso a Leticia apareceu e abraçou a Julia por trás.

- Não. – Eu falei.

- Sim. – Responderam elas juntas.

- Como você pode Leticia? Minha prima? – Falei rindo. – Desde quando vocês estão fazendo isso pelas minhas costas? – Perguntei.

- Fe, você sabe que eu sou lesbica, você nos apresentou, ficamos amigas, depois mais intimas, ficantes e agora namoradas. – Disse Julia.

- Se você desse um pouquinho mais atenção pra sua amiga e pra sua prima, saberia disso antes. – Disse Leticia.

- Não dou atenção pra vocês?

- Não. Amigo ruim você.

- Drama mesmo viu. É meu jeito e vocês sabem.

Ficamos a tarde inteira conversando, terrível era ter que ver as duas se pegando na minha frente, vendo elas se curtindo, se beijando, se abraçando, me deixou triste, não por elas, eu tava feliz por elas, minha melhor amiga e a prima que eu mais amo, mas triste por que eu tava sozinho a muito tempo, bateu carência. Decidi ir embora. Passei a noite trancado em meu quarto, minha mãe vinha a todo instante ver se eu estava bem, ate que ela insistiu tanto e eu abri a porta. Eu tava chorando por estar sozinho, carente e por lembrar do Junior meu ex-namorado.

- O que você tem meu filho?

- Ah mãe, eu to bem. – Disse, e ela me encarou reprovando minha atitude de mentir.

- Bem Fernando? Ninguém chora por estar bem.

Eu baixei a cabeça e voltei pra minha cama. Sentei, ela sentou ao meu lado. Eu fiquei quieto e ela começou a falar.

- Meu amor, faz tempo que eu quero ter essa conversa com você. Eu já te dei varias indiretas, eu quero que saiba que você pode contar com a sua mãe aqui pra tudo, eu so quero saber, meu filho você é gay?

Eu fiquei surpreso com a pergunta, eu sabia que ela desconfiava, mas não acreditava que ela viesse me perguntar. Eu decidi contar a verdade.

- Ah mãe, eu não tinha coragem pra te dizer isso. Mas eu sou sim. Já tentei com mulheres mãe, mas não da certo não.

- Eu já sabia disso meu filho, eu estava esperando você me contar, mas eu perdi a paciência e você com essa choradeira eu não poderia deixar de falar sobre isso. Eu te apoio meu amor, eu te amo do mesmo jeito. Mas vamos ter que ter mais cuidado com seu pai, ele não pode saber agora.

- Eu sei mae. Eu amo a senhora. – Falei e abracei.

- Amo você também meu menininho. Agora me diz porque desse choro?

- Nada mãe...

Falei e a campainha tocou.

- Vou ver quem é, mas nossa conversa não acaba aqui não viu?

Ela desceu, logo voltou com o Juliano.

- Seu amigo quer falar com você. - Ela disse e saiu.

- Ju. – Eu disse.

- Fe. Por que não respondeu minhas mensagens de hoje?

- Mensagens? – Perguntei pegando o celular, nisso vi que tinha 6 mensagens dele. Li todas e ele me encarou.

- E ai, qual a resposta? Vamos?

- A Ju, to com vontade de sair não.

- Ah Fe para com isso, você não sai, so fica trancado em casa, você precisa se distrair, sair um pouco, se divertir, vamos?

- Minha mãe não deixa eu voltar tarde Ju, não adianta eu sair agora e voltar daqui uma hora.

- Dorme lá em casa então.

- Não sei.

- Sabe sim, vamos levanta dessa cama. – Falou me puxando pelo braço. – Vamos se vista. - Falou me colocando de frente para o guarda roupa.

- Não com você me olhando. – Eu disse.

- Não vou te atacar não, la gosto de homem? – Ele disse.

- Vira Juliano.

- Ta. – Ele se virou.

Tirei o calção de dormir e comecei vestir uma calça jeans, terminei de me arrumar e desci com o Juliano pedir autorização para minha mãe para sair.

- Já que já esta arrumando. Pode ir. Mas não volte tarde,

- Então mãe, eu vou dormir no Juliano.

- Não to gostando nada dessa ideia. – Falou meu pai.

- Não tem que gostar. Hem MAE? Posso? – Dei ênfase em mãe pro meu pai entender que o papo era com ela.

- Tudo bem, pode ir filho. Divirta-se. – Falou ela me dando um beijo na testa.

Me despedi dela e eu e o Juliano fomos para a festa que ele me convidou, ele não explicou bem, só disse que era um amigo dele que tava organizando. A festa era numa boate um pouco afastada da cidade, o Juliano pagou um taxi para nos levar. Chegando la, eu estranhei o fato dessa festa ser numa boate gay.

- Por que essa festa é em uma boate GLS posso saber? – Falei.

- Só por que é uma boate gay, não significa que hetero não pode ir se divertir também, inclusive marquei com uma garota pra se encontrar aqui.

- Ah sim, e vai me deixar sozinho?

- Ah Fe, você vai ta em casa. – Ele falou rindo.

Compramos nosso ingresso e entramos. A musica eletrônica já tocava na pista e um monte de gente já movimentava o esqueleto lá. Em cada canto tinha homem com homem se pegando, mulher com mulher, e tinha heteros também, apesar de ser uma boate gls, era considerada a melhor da cidade, pois era muito liberal e dedicada a todos os públicos, já que a grande maioria dos heteros que iam respeitavam os gays. Chegando no bar, avistei a Julia e a Leticia.

- Surpresa. – Falaram as duas.

Encarei o Juliano, ele deu um sorrisinho e disse.

- Foi ideia delas, só fui te buscar. Agora tchau que vou pegar minha gata. – Juliano saiu e eu fiquei encarando elas.

- Não olhe com essa cara seu birrento. Você tem que se divertir um pouco, pegar alguém, beijar na boca, curtir, dançar, dar, sei lá, mas não da pra ficar do jeito que está. – Disse Leticia.

- To tão necessitado assim?

- Ta. – Responderam juntas.

- Eu to mesmo, confesso.

- Garoto, você é bonito, ta cheio de garoto solteiro aqui nessa boate, seja feliz meu amor, mas se vira, não te queremos de vela aqui.

- Nossa. Eu amo vocês também. - Falei. – Como vou achar um garoto?

- Hello como achar um garoto gay numa boate gay? Que pergunta idiota. – Ironizou Julia.

- Não vai ser preciso, já tem um que esta vindo Fe. – Falou a Leticia.

Virei pra trás e um garoto realmente estava vindo em minha direção. Ao ver que olhei pra ele soltou um belo sorriso.

- Esta acompanhado já? – Perguntou aquele garoto moreno, alto de cabelos pretos e dono de um sorriso perfeito.

- Não. – Respondi meio envergonhando.

- Ótimo. – Ele respondeu.

- ótimo porque?

- Eu estava de olho em você desde que entrou, mas pensei que estava junto com aquele garoto que entrou com você.

- Ele é meu amigo. Mas qual é seu nome?

- Ah desculpa, nem me apresentei. Me chamo Everton, e você?

- Fernando.

- Lindo nome, igual você.

- Direto você em! . – Falei meio sem jeito.

- Claro, mas estou sendo sincero. Quer dançar comigo? – Perguntou.

- Acho que sim.

Ele me puxou pela mão para a pista e dançamos muito. Eu gostei dele, porque mesmo sendo direto em nenhum momento foi me beijando, como muitos costumam fazer, depois de um bom tempo dançando fomos para fora tomar um ar fresco. Nos encostamos numa parede e ficamos conversando, ele falou um pouco dele, que esta estudando medicina, eu falei um pouco de mim, e fui surpreendido quando ele disse.

- Eu to muito afim de te beijar. Posso?

- Pode. – Respondi.

Ele ficou de frente pra mim, colou seu corpo no meu me prensando um pouco contra a parede, um braço envolveu meu pescoço e o outro segurou meu queixo e beijou-me suavemente, no inicio sem língua, so o contato de nossos lábios, eu tava entregue aquele momento, ele desceu um braço para minha cintura e puxou meu corpo pra mais perto dele e beijou-me loucamente...

CONTINUA

Desculpa demora gente, tive uma semana cheia, um beijao a todos que estao lendo, e vou tentar postar proximo capitulo em breve.

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Comentários

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SHOW DE BOLA!! PRFVR NÃO DEMORA COM O PRÓXIMO

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Estou adorando esta história. Quero te dizer que eu tbm postarei um novo conto.Parabéns amigo! Quero seus comentários depois.

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Estou sentindo o cheiro de triangulo amoroso vindo por aí. Ou será um quadrado amoroso? Sim, caso Juliano estiver apaixonado pelo Fernado, o quê eu acho um pouco dificil. Conto interessante. Continua logo! 10 :3

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Vai ser um triângulo amoroso interessante, adorando seu conto!

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