As Voltas Que a Vida Dá... Cap9

Um conto erótico de Mitchel.Tizci
Categoria: Homossexual
Contém 1857 palavras
Data: 11/01/2014 17:58:00

Almoçamos os dois em um romance só, nem me lembrava mais do primo escroto que insistia em se fazer presente, mas enfim, ele só voltou para o interior da casa, quando já estávamos terminando de comer, o que foi excelente pois não precisei ficar olhando pra ele, isso me causaria uma indigestão medonha, enfim... Após comermos fomos jogar vólei, alguns familiares dele, e pessoas de ranchos vizinhos, estava bem divertido, e mais uma surpresa em relação ao Joseph ele jogava muito bem, no entanto alegria de pobre dura muito pouco, estávamos nos divertindo até que o boca aberta do João Paulo começa a jogar no time rival ao nosso e me dando bolada o tempo todo, ele não jogava bola pra marcar ponto, era pra me acertar mesmo, eu costumo aguentar coisas calado só quando é do meu pai, eu já estava ficando puto com aquele cara, mas fiquei na minha pra evitar uma cena, ele estava deixando claro pra todos ali verem que não me curtia e tinha um problema comigo.

Não adiantou muita coisa não, pois tiramos o time dele, e continuamos quase invictos perdemos para o pessoal do rancho vizinho quando saímos de quadra, eu todo alegre ele ficou me encarando com cara de “bosta” tentando me intimidar, mas o único sentimento que brotava em mim era raiva daquele moleque, só que ele iria acabar conseguindo uma briga comigo, pois eu também era bem infantil na época, não tinha muito controle sobre minha raiva não, nos sentamos em uns bancos para assistir os outros times jogando, e o Joseph disse que iria para a ducha pois não iria jogar mais, eu concordei e disse que ficaria ali mais um pouco assistindo o pessoal jogar, quando ele já chegava a varanda da casa, o João levantou e foi atras dele, é logico que ele iria tentar alguma coisa com o Joh então eu me levantei e também fui para o rancho, lavei meus pés do lado de fora pra tirar a areia e entrei pela cozinha, nem me dei conta que tinha mais pessoas ali quando o João Paulo me diz...

– Isso é que é medo de perder hein? Mal me esperou entrar e já veio atras do Joseph, aproveita mesmo, sabe muito bem que não é concorrência pra mim e outra, nós já temos uma historia, apesar de eu ser hétero curto muito meu primo.

– Eu queria entender qual é o seu problema, não reparou ainda que seu primo te evita, que não quer ficar nem perto de ti? E outra coisa meu querido, se tem uma coisa que você não é, é hétero, até onde eu sei hétero não fica chupando piroca de outros caras.

Quando fechei minha boca eu pensei que ele viria com tudo pra cima de mim, pois ele me olhou com ódio e cerrou os punhos, era ele vir quente eu partir fervendo pra cima dele, iria aproveitar que não tinha mais ninguém na casa pra dar uma surra naquele cara, ele ficou resmungando na cozinha e eu fui para o quarto, nem quis ficar ali pra ouvir ele, pois provavelmente iriamos brigar, entrei o Joseph já estava trocando de roupa, eu peguei minha toalha e fui para o banheiro tomar uma ducha, me perdi em pensamentos no banho e consegui relaxar, quando sai o Joseph ainda estava no quarto e ficamos conversando um pouco ele me contou que tinha notado o primo dele apelando comigo durante o jogo de vólei, e ficou meio perdido sem saber o que fazer pra resolver aquela situação que por si só já era bem estranha, e ainda tinha o primo dele, que fazia de tudo para piorar as coisas, aproveitei o que ele estava me falando para contar o que tinha acontecido na cozinha.

Depois da nossa conversa eu ainda dei um beijo nele bem caprichado, como forma de me atestar como o seu namorado, assim que descemos o João já chamou o Joseph para conversarem, ele provavelmente falaria para o Joh o que eu falei, e cobraria dele algumas explicações por ter me contado sobre o lance deles, ainda bem que já tinha contato tudo, para não ser pego de surpresa, eles foram e eu fiquei, conversando com o pessoal mais velho da família, isso inclui minha sogra, que foi me contar algumas coisas da vida do Joh, coisas de criança me disse ainda que sempre soube que ele era gay, e que a transição dele foi tão natural que ele nunca contou a ela, apenas apresentou o namorado sem assumir nem nada, e ela aceitou bem não tinha outra alternativa como ela mesmo disse.

– Eu estava em casa, me lembro como se fosse ontem, ele tinha uns 16 anos de idade, chegou acompanhado de um rapaz, muito belo por sinal, e disse que aquele era seu namorado. Eu fiquei muda durante um tempo, mas tive que me recompor rápido, afinal eu tinha a obrigação de falar algo.

– E o que falou?

– Me apresentei ao rapaz, mas fiquei incomodada, não por ser um homem, mas porque aos meus olhos aquele rapaz não era um tipo bom para meu filho, tinha algo nele que não me transmitia a menor firmeza.

– E a senhora imaginava que o Joseph fosse ser gay?

– No meu caso não tinha como não notar, só se eu fosse cega, ele brincava de boneca, vivia desenhando, usava meus vestido e até batom ele usava. E nunca bati apenas explicava que aquelas coisas eram de menina, graças a Deus ele mudou de ideia e ficou só com os homens mesmo.

– É como minha mãe sempre diz, dos males o menor né.

– Não tiro a razão dele não, eu tinha me esquecido como homem era bom, foi ótimo ter ficado viuvá, tomei o gosto novamente.

Ela falando isso e rindo, com a maior naturalidade do mundo, acho isso ótimo na família dele, a naturalidade que lidam com o diferente, não só em relação ao Joseph mais de modo geral eles são assim, todos querendo uma família assim, e o João Paulo que tinha nascido em uma dessas ainda insistia em ficar no armário é uma droga mesmo. Eles estavam demorando muito pra voltar, e eu já estava ficando coma pulga atras da orelha, quando voltaram ele passou com cara de poucos amigos pro quarto e o Joseph veio se juntar a nós, o pessoal começou a fazer pão de queijo, e eu nem toquei no assunto pelo modo que chegaram tinha dado tudo errado pro lado do boca aberta do João Paulo, fiquei mais feliz que porco em chiqueiro, ele sentou ao meu lado enquanto ficamos vendo o pessoal fazer pão de queijo e eu beliscando tudo que via na frente, comendo a massa crua.

Fui muito bem acolhido pela família dele, graças aos céus... E isso em dois dias apenas de convivência, se fosse na minha família, eles já teriam amarrado ao Joseph e a mim em uma fogueira e ateado fogo em nós dois uma coisa muito bonita né (Risos) Enquanto o pão de queijo assava o Joh me pediu para ligar pra minha mãe e falar com ela, pois ela provavelmente deveria estar sentindo muito a minha falta eu não tinha nem pensado em ligar coitada da minha cora, mas seguindo o que ele tinha falado eu telefonei, e dei a sorte de ela atender, e nem me deixou falar nada, já foi perguntando o que tinha acontecido, se eu estava bem...

– Ué meu filho, aconteceu alguma coisa contigo? Brigou com o Joseph? Se aconteceu alguma coisa me fala que a mamãe volta.

– Não é isso não mãe, eu estou com a família do Joseph aqui em Matupá, esta tudo ótimo o pessoal me recebeu muito bem, são todos ótimos, eu liguei mesmo porque deu saudade da senhora e como o natal é hoje meia noite eu já queria te desejar um feliz natal mãe.

– O meu filho, que coisa mais boa, ainda bem que não ficou sozinho, eu estava com meu coração na mão que bom que foi bem recebido, manda um beijo para o Joseph.

Conversamos um tempo ela me dizendo que deveria valorizar muito o Joseph pois ele era uma pessoa muito rara, tudo coisa que eu já sabia, mas ele não me queria, era uma coisa mesmo... Quando já íamos desligando ela me disse que meu pai fez uma serie de perguntas sobre o Joseph, sobre onde morávamos, falou que o Joseph era muito topetudo, e merecia uma coça pra abaixar a crista, ela não sabia ainda o que tinha acontecido, mas não contou onde morávamos tudo que eu não merecíamos era meu pai procurando confusão na porta da nossa casa, mas foi ótimo ter ouvido aquilo era sinal que meu pai se sentia ameaçado pelo Joh, e de fato ele é bem intimidador se for com quem não o conhece, pois ele não baixa a cabeça pra ninguém sempre olhando nos olhos e se preciso batendo de frente.

O Joh ainda conversou com minha um tempo por telefone eu sai de perto para deixar os dois mais a vontade e voltei pra cozinha quando entrava minha sogra me perguntou onde Joh estava eu disse que falava com minha mãe ao telefone, ela deu um riso discreto e continuou o que estava fazendo, quando ele voltou ela nos pediu para ir ao verdurão e comprar frutas pra ela, concordamos e fomos nós dois ao mercado fazer o que ele tinha nos pedido, fomos no carro dela, encontramos alguns amigos do Joseph na cidade, e ele me apresentou como namorado o que eu achei muito bom, era uma questão de tempo ele ia topar namorar comigo, eu iria fazer o que ele estava me cobrando para ajudar na decisão dele, e o pessoal me achou bonitão o que era um bônus bem vindo naquele momento.

Quando voltamos o João estava na varanda com um pessoal que eu ainda não tinha visto, então o Joseph me disse que o resto da família tinha chegado, a grande maioria do pessoal que tinha chegado era jovem, poucos maduros no meio deles, assim que guardamos tudo minha sogra foi comigo me apresentar ao pessoal eu fui o mais educado que conseguia com todo mundo e os olhares me medindo da cabeça aos pés eram inevitáveis, sempre tinha um ou outro me medindo dos pés a cabeça mas tudo bem, era até bem aceitável já que eu era nove me infiltrando no “clã” deles, minha sogra depois das apresentações me disse que alguns dos primos que tinha chegado tinham problemas com o Joseph, por conta da opção sexual dele, e por esse motivo que ela decidiu me acompanhar, pra reduzir as possibilidades de sofrermos alguma hostilidade do pessoal.

Aquela família estava perfeita demais pra ser verdade, tinha que ter algo para coloca-la em um patamar mais real, e menos conto de fadas, o mais engraçado era o viadinho do João Paulo no meio dos outros caras, fiquei com uma vontade de ir lá e falar alguma coisa, mais eles ainda não tinham feito nada para merecerem uma reação negativa da minha parte, não tinham feito nada até aquele momento...

continua

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Comentários

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Nossa esse cara escreve de mais! Ta muito boa a história.. Mas cade o cap.10?

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Aném nem no jogo você não revidou, vergonha. Pelo menos ganhou na discussão, hetero que é hetero não fica implorando para transar com homem U_U. Tenho dó desses caras que não conseguem se assumir e ainda fica enganando a pseudo-namorada, aposto que ela deve tentar de tudo para o pau dele subir kkkk. Huum, então seu papai está com raivinha, espero que ele não faça na de grave com vocês.

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Adoro a sinceridade desse conto, é tão crível e natural! Muito bom, aguardando ansiosamente o próximo!

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