A CASA DOS SONHOS - PARTE 2

Um conto erótico de Wont Power Produções™
Categoria: Homossexual
Contém 2664 palavras
Data: 08/01/2014 17:24:26
Assuntos: Gay, Homossexual

A CASA DOS SONHOS– PARTE 2

Quando cheguei á cozinha, olhei para o chão e então meu corpo ficou mole. Comecei a gritar de pavor o mais auto que eu podia. Eu comecei a chorar ao ver a cena que estava na minha frente. Havia uma garota caída no chão. Ela estava toda cheia de cortes e de sangue. O pescoço dela havia sido decapitado e ela segurava um pedaço de pão com mortadela na mão direita e havia um envelope branco em seu peito. O Chão estava todo sujo de sangue também. Eu podia ver o símbolo ψ desenhado na testa dela. Cai no chão de joelhos e gritava pedindo ajuda. Luke foi o primeiro á chegar á cozinha e depois foi Sarah e Gean. Luke me encarou quando viu o corpo da garota caído no chão. Ele me agarrou por debaixo dos braços e me colocou de pé novamente e então ele me levou para uma sala de estar próxima enquanto o pessoal chegava apavorado na cozinha.

- Calma... Calma... Fica calmo. – Disse Luke para mim. – O que aconteceu? O que aconteceu com ela?

- Eu não sei... – Eu dizia ainda chorando e em pânico. – Eu cheguei à cozinha e ela estava lá caída e morta.

Tay entrou na sala de estar e então vomitou no chão. Luke o encarou.

- Ai pelo amor de deus Tay, não dava pra ir ao banheiro? – Ele disse nervoso e se virando para o Tay que se escorou na parede e depois se sentou no chão parecendo estar passando mal.

- Eu avisei! – Disse Will entrando na sala também junto com Gisele e a Lara. – Eu sabia que tinha algo estranho nessa casa!

O pessoal foi se sentando nos sofás e nas poltronas que estavam posicionadas na sala. Gisele parecia assustada e Lara estava chorando.

- Cadê a Sarah? – Perguntou Luke para Will.

- Ela está com o Gean, eles estão tirando o corpo da garota da cozinha. – Respondeu Will.

- Você é um retardado! – Gritou Luke para Will. – Vai deixar uma garota fazer o trabalho de um macho é? Por que não ficou para ajudar o Gean?

Will se aproximou de Luke e os dois ficaram cara á cara.

- Então por que você não ficou também já que está tão incomodado? – Perguntou Will num tom de voz alta.

- Parem! – Eu disse alto. – Vocês vão brigar numa hora dessas? Não percebem que algo muito errado está acontecendo nessa casa demoníaca? Agora que precisamos nos unir.

Os dois me encararam e depois se afastaram emburrados um com o outro. Sarah e Gean apareceram na sala quinze minutos depois. Sarah se jogou no sofá e então abaixou á cabeça e começou a chorar. Gean se sentou em uma poltrona e tirou o envelope branco que eu tinha visto no peito da garota morta. Ele abriu e começou á ler o papel que estava dentro.

- É uma pena que á Sheila não aproveitou muito os sonhos da minha hospitalidade. – Ele leu e depois encarou a gente então voltou á ler o resto. – Ela estava tão assustada que se escondeu, mas ninguém pode se esconder de mim. Ass.: O sonhador.

- Will tinha razão. – Disse Lara enxugando as lagrimas na sua blusa. – Precisamos sair desse lugar.

- Não estamos sozinhos. – Disse Gisele. – Alguém está escondido nessa casa e ele provavelmente quer todos nós mortos nesse joguinho.

- Não há como sair desse lugar. – Disse Gean. – Mas precisamos fazer alguma coisa, ou todos nós vamos morrer.

- Á garota que está morta... – Eu resmunguei. – Quem era ela? A gente não á viu pela casa.

- O nome dela era Sheila, e assim como nós ela estava muito assustada quando acordou nesse lugar. Ela devia ter se escondido de nós com medo ou coisa parecida e então de noite ela deve ter ido até a cozinha escondida para comer algo e acabou sendo morta por alguém. – Disse Gean. – Ela devia ter um 17 anos.

Sarah se levantou da poltrona e pegou um vazo de vidro que estava em uma mesinha perto dela e o jogou na parede. O barulho ecoou pela casa e depois os cacos caíram no chão. Ela fez uma cara de durona e nos encarou.

- Vamos á praia de manhã. – Ela disse. – Vamos procurar algo que nos tire para fora desse lugar o mais rápido possível. Eu não vou ficar nessa casa esperando para ser morta. Quem quiser vir comigo, se prepare de manhã.

- Mas e se não houver saída? – Perguntou Luke. – Estamos em uma ilha e quem é que seja que nos trouxe aqui, não deixaria um barco de luxo dando sopa na praia para que pudéssemos voltar para casa.

- Luke tem razão. – Eu disse. – E isso pode ser uma armadilha. Pelo o que eu vi, precisamos passar por uma boa parte de floresta para chegarmos á praia. E se o perigo não estiver só aqui dentro da casa?

- Eu prefiro sair e tentar ficar viva. – Disse Sarah. – Se vocês querem ficar aqui, então fiquem á vontade.

- Eu estou com Sarah. – Disse Tay.

- Eu também. – Disse Lara e Gisele juntas.

- Ok. Como eu disse, precisamos ficar todos juntos. – Eu disse. – Vamos todo mundo pela manhã á praia.

- Sheila merece um enterro decente. – Disse Gean. – Não podemos deixá-la no quintal á vista. Antes de irmos para praia, preciso de ajuda para enterrá-la.

Ninguém conseguiu dormir o resto daquela noite. Todo mundo esperou na sala de estar o sol bater na janela da casa e quando isso aconteceu nos juntamos e enchemos sacolas e mochilas com comidas garrafas de água. Pegamos bastantes facas também, já que era nosso um único meio de ataque e defesa. Todo mundo se reuniu no gramado enquanto Luke, Tay e Gean cavavam o chão com pás que encontraram numa dispensa de ferramentas da casa. Depois que eles terminaram, colocamos o corpo de Sheila que estava coberto por um saco plástico preto enorme e á jogamos no buraco. Depois os meninos voltaram á jogar á terra dentro do buraco até que estivesse todo coberto. Depois, todos nós entramos numa trilha da floresta que provavelmente nos levaria até á praia. Fomos conversando, mas ninguém ria ou fazia brincadeiras. Estávamos todos correndo perigo e ninguém achava aquilo engraçado. Depois de andarmos por quase um quilometro por dentro do mato e entre ás árvores enormes e altas, Luke se aproximou de mim e começou á puxar assunto.

- Você está bem? – Ele perguntou. – Você ficou apavorado ao ver aquilo não é?

- Qualquer um ficaria. – Eu respondi. – E eu fui o primeiro á ver aquilo, então fiquei apavorado mesmo. Eu não esperava que aquilo fosse acontecer.

- A gente vai sair dessa. – Ele disse. – Vamos voltar para nossa casa, abraçar nossas famílias e voltar para nossa vida de antes.

- Assim eu espero. – Eu disse dando um pulo por cima de um tronco de uma árvore que estava caído no meio do caminho. – Você se lembra da sua família?

- Pior que não. – Ele respondeu. – Eu lembro ás vezes de rostos e abraços que eu provavelmente tinha ganhado antes de vir para cá, mas não me lembro bem detalhado. E você?

- Eu também não me lembro de nada, á não ser quem eu realmente sou. – Respondi. – Devem ter apagado nossas memórias.

- Eu consigo lembrar de um garoto que me beija e diz que me ama. – Ele disse olhando para o chão. – mas eu não consigo vê-lo.

- Um garoto? – Eu repeti encarando ele.

- É. Você tem preconceito? – Ele perguntou.

- Não, na verdade... Eu sou gay também. – Eu disse. – Eu sei que eu sou, por que sinto isso.

- E você acha que namorava antes de vir para cá? – Ele perguntou.

- Não sei. – Eu disse.

Nós dois já estávamos ficando para trás dos outros e ele aproveitou isso para segurar á minha mão e me puxar de leve para perto dele. Ele parecia olhar minha boca como se quisesse morde-la.

- Já que você não se lembra de nada mesmo... – Ele disse baixinho. – Se importaria se eu te beijasse. Você é muito gato.

- Não acho que seja uma boa ideia. – Eu disse. – O pessoal pode ver.

- Eles estão lá na frente e nem vão notar. – Ele disse. – Só um beijo rápido.

A verdade era que o Luke era muito bonitinho e eu uma parte de mim queria mesmo beijá-lo. Eu assenti com a cabeça como se eu quisesse dizer “tudo bem”.

- Eu não sei se vou ficar vivo, então me beija logo. – Eu disse com um sorriso fraco nos lábios.

Ele sorriu e me puxou para mais perto dele e me beijou carinhosamente. A boca dele era deliciosa e eu estava gostando demais. Beijamos-nos por quase um minuto e da minha parte eu continuaria beijando ele se o Tay não tivesse aparecido do nada e nos interrompido.

- Nossa! – Ele exclamou não muito alto e sorrindo. – Eu também quero um beijo dos dois.

Eu e o Luke nos afastamos um do outro e encaramos Tay que nos olhava com um olhar de desejo e como se quisesse mesmo um beijo de cada um de nós. Ele se aproximou de mim e do Luke e colocou á mão no meu peito e começou a alisá-lo.

- Belo corpo Peter. – Ele disse. – Será que seu beijo é gostoso como seu corpo é?

Eu o agarrei e o beijei de uma vez. Eu sentia á língua dele na minha e enquanto nos beijávamos, Luke me deu um selinho no pescoço e depois um no pescoço do Tay. Depois que eu terminei de beijá-lo, Tay pegou na cintura do Luke e os dois se beijaram como se quisessem tirar á roupa um do outro ali mesmo.

- Ei! – Eu exclamei depois de alguns segundos que os dois já estavam se beijando. – Precisamos ir antes que todo mundo volte aqui e veja agente se agarrando.

Os dois pararam de se beijar e então apressamos o passo na direção onde o pessoal havia ido.

- Nossa, queria poder agarrar os dois na cama. – Disse Tay parecendo estar muito excitado e com um sorriso nos lábios. – Seria muito bom.

- Seria, mas fazer isso nessa ilha maldita não é uma boa ideia. – Eu disse apressando mais ainda o passo. – Agora vamos.

Luke deu uma risadinha e então voltamos para perto do grupo que pareciam não ter percebido nada e nem sentido nossa falta naqueles três ou quatro minutos que ficamos para trás. Andávamos conversando um com os outros como se nada tivesse acontecido lá trás. Depois de mais de maia hora andando pala floresta, conseguimos chegar á praia. Era fascinaste aquele lugar. A areia amarelinha e limpinha era perfeita e á água do mar era tão cristalina que me deixou com vontade de pular com tudo nela e ficar lá por um bom tempo. Mas fora á areia, á água e ás árvores... A praia era vazia. Ouvimos um ruído se aproximando da ilha e ficamos parados escutando e logo percebemos que era um avião que estava se aproximando da ilha. Ficamos pulando e acenando com os braços para dar sinal, mas o avião jogou uma caixa que estava presa á um pára-quedas e então passou direto. Á caixa caiu á poucos metros da gente na praia e então corremos para ver o que tinha lá dentro e para nossa decepção, era apenas comida e remédios.

- Ninguém vai nos regatar! – Disse Gean se sentando no chão com raiva. – Essa ilha parece ser muito isolada e esse avião que passou, provavelmente deve fazer parte disso.

Todo mundo seguiu o exemplo de Gean e nos sentamos.

- Agora que vimos que não tem nada aqui, o que vamos fazer? – Perguntou Lara. – Por que eu não quero voltar para aquela casa.

- Nem eu. – Disse Will. – Quero permanecer vivo.

Ficamos ali sentados, planejando o que iríamos fazer. Não podíamos ficar ali na praia, á menos que tivéssemos barracas para armar. Ninguém queria voltar á casa dos sonhos para procurar barracas para montarmos na praia então decidimos que todo mundo iria voltar juntos para á casa e cada um procuraria uma barraca para montar na praia para si. Deixamos ás nossas mochilas e ás sacolas na praia enquanto a gente voltava para a casa. Quando chegamos lá, nos separamos em dois grupos. Eu fui no grupo do Luke, da Gisele e do Will. A gente vasculhou os quartos e as dispensas de toalhas e panos, mas não encontramos nada. Entramos em um quarto que parecia não ter sido ocupado por nenhum de nós e então vasculhamos o guarda-roupa e para á nossa alegria, tinha pelo menos umas dez barracas desmontadas e guardadas cada uma na sua caixa. Eu peguei uma caixa e Luke, Gisele e Will fizeram o mesmo. Eu acabei pegando uma barraca á mais de reserva e então voltamos para á saída da casa, onde foi o combinado de todo mundo se encontrar depois da busca. Ficamos sentados no sofá aguardado os outros que chegaram mais ou menos uns cinco minutos depois e cada um segurava uma caixa igual á nossas.

- Quase desistimos de procurar. – Disse Sarah para nosso grupo. – Ainda bem que á última sala que vasculhamos, achamos essas barracas escondidas no fundo do guarda-roupa.

- Nós achamos á nossas num guarda-roupa também. – Eu disse. – Agora vamos vazar desse lugar antes que a gente não consiga depois.

Saímos da casa e voltamos para á floresta densa. O sol estava brilhando forte e isso significava que já eram umas onze horas da manhã, mas isso não importava. Ninguém se preocupava com o horário, apenas com o anoitecer. Quando chegamos á praia, cada um tirou sua barraca da caixa e então nos preparamos para montar, o que foi uma tortura é claro. Ainda bem que a Lara sabia como montar e ajudou todo mundo. Depois que montamos ás barracas, alguns de nós fomos tomar banho na água morna do mar. Eu tirei minha camisa e fui para á água também. Eu percebia que Gean me encarava lá da praia, mas eu não estava nem ligando para ele. Olhei para o Tay que estava jogando água com á mão na Gisele e sorri. O Tay e o Luke podiam ser meios convencidos e safados, mas eu gostava deles. Se bem que o Luke estava muito estranho quando eu o vi pela primeira vez e agoraψ---CONTINUA---ψWont Power - Produções™ apresenta em parceria com Eduardo Sampaio e a Casa dos Contos ©, o mais novo conto alucinante e de paixões perigosas. Quem será o assassino da Casa dos Sonhos?

Atenção: As partes continuativas podem ser postadas dentre 1 á 15 dias. Pedimos desculpas pelos erros de ortografia e gramaticais.

ψ EXTRAS ψA LENDA DE UM ROMANCE: Como será que Will, o mais novo membro da família Kennedy, está se saindo na sua viagem pelo mundo? Vamos conferir um pouquinho?Eu tirei uma foto do Cristo redentor, e então sorri. Jackson iria gostar de estar ali comigo. Eu sentia falta dele. Desci os longos degraus de escada de concreto e então fui lanchar em uma lanchonete no centro da cidade. Pedi o que eu queria comer para á mulher, se bem que o meu português não é tão bom, mas parece que ela entendeu bem. Sentei-me em uma mesa e esperei o meu lanche chegar, até que então meu celular tocou. Era o Luan. Atendi ao telefone.

- Oi irmãozinho. – Eu disse sorrindo para mim mesmo. – Como se ta?

- E ai branquelo, estou bem. – Ele respondeu. – Onde você está agora?

- No Rio de Janeiro. Cheguei aqui á dois dias. – Eu respondi. – Como está o pessoal ai?

- AÊ broder, a tia está bem e sua mãe eu á vi ontem e ela está bem. – Ele disse. – Mano desculpa, mas agora preciso desligar por que apostei uma corrida.

- E mano, já está aprontando né. – Eu disse rindo. – Tudo bem, tchal e manda abraços para todo mundo ai.

- Ok. Abraço. – Ele disse desligando o telefone.

Então á mulher trouxe meu lanche e eu comecei á comer enquanto olhava ao meu redor. Meu celular vibrou novamente e era uma mensagem de alguém desconhecido. Eu á abri e li apenas “Oi amor. Saudades”. Eu sorri para mim mesmo.

- Também sinto sua falta Jack. – Murmurei baixinho

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Comentários

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Ai meu Deus, o conto da Casa me deixa tenso e agora você mostra a historia daqueles dois perfeitos e mostra essa mensagem que faz tudo girar na minha cabeça...

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