Sensações V

Um conto erótico de Viikii
Categoria: Homossexual
Contém 1463 palavras
Data: 08/01/2014 15:56:54

Esta é a quinta parte! Divirtam-se! *u*

Quando acordei estava sozinho na cama. Mas ainda podia sentir o cheiro de Nikolai ali. Procurei meu celular e vi que aquele era o dia do enterro de Eleonor. Iria começar as duas horas da tarde e ainda eram dez da manhã. Ao lado do abajur tinha um bilhete de Nikolai.

“Bom dia! Não quis te acordar. Estou no quarto com a Danika.”

Enrolei até as onze horas na cama, então levantei, tomei banho, escovei os dentes e me arrumei. Usava uma camisa toda abotoada,blazer,calça e sapato igualmente pretos, só blazer possuía um contorno cinza.

Saí de meu quarto já eram meio dia. Passei no quarto de minha mãe e ela me atendeu com um, sobretudo preto.

— Oi meu filho! — Minha mãe sorriu e me abraçou. — Daqui a pouco nós iremos. Só estou terminando de me arrumar. Você irá conosco ou com o Nikolai e a Danika?

— Eu vou com eles. Ela se apegou muito a mim. Eu acho que posso ajudar ela quando estivermos lá. — A abracei o mais forte que pude. — Bom eu vou falar com eles. Quando estiverem prontos nos avisem pra irmos.

— Tudo bem.

Fui em direção ao quarto dos irmãos e bati na porta. Nikolai abriu a porta e estava tentando arrumar a gravata.

— Que bom que chegou. — Nikolai me deu um selinho. Ele estava um pouco triste. — A Danika não para de chorar querendo nossa avó. Você pode tentar acalmá-la? Eu já tentei de tudo.

— Claro que posso. — Entrei no quarto e vi a pequenina com um vestido preto e uma jaqueta da mesma cor por cima. E botinhas pretas até o joelho. — Oi garotinha. — Sentei em sua cama e ela me abraçou com força. Danika chorava e soluçava.

— Eu quero minha vovó! — A garotinha estava com os olhos vermelhos. Coloquei seus fios loiros para trás.

— Meu amor. Eu sei que sente saudades de sua vovó. Eu também sinto. — Lágrimas se formavam em meus olhos, mas não podia chorar na frente dela. — Ela foi uma pessoa muito especial aqui na terra, e por isso os anjos, levarem ela pra um lugar muito lindo. E de lá ela vai poder cuidar de você, do seu irmão e até de mim. Às vezes você vai se sentir triste e vai querer chorar, e quando isso acontecer você pode me ligar que eu vou ficar com você até ela passar. E depois vamos tomar um delicioso sorvete e lembrar os bons momentos que tivemos com sua vovó.

— Você promete? — Ela estava parando de chorar.

— Eu prometo. — Falei e sorri. — Agora eu quero ver um sorriso lindo.

Ela sorriu.

— Eu quero um seu também. — Ela falou sorrindo. Eu sorri e dei um abraço nela.

— Agora eu tenho que ajudar seu irmão com a gravata. — Eu falei rindo. — Olha lá como ele está sofrendo. — Ela olhou e começamos a rir dele.

— Do que vocês estão rindo ai ein? — Ele nos olhou. — Se for de mim eu vou pular em cima de vocês e fazer um monte de cócegas.

Nós rimos mais ainda e ele pulou na cama abraçando Danika e a fazendo rir. Depois de um tempo ele cochichou no ouvido dela e os dois olharam pra mim. Não tive tempo de gritar, os dois irmãos já estavam em cima de mim, me fazendo cócegas.

Depois de um tempo deitados Nikolai se levantou e tentou dar um nó na gravata. Eu fui lá e o ajudei. Sentia ele me olhando.

— Obrigado. — Ele falou. — Por cuidar da gente. — Uma lágrima escorreu em seu rosto.

— Hey! Olhe pra mim! — Limpei a lágrima e ele olhou pra mim com os olhos marejados. — Eu estou aqui pra cuidar das minhas duas crianças. — Falei um pouco alto e Danika sorriu. — Agora eu quero um abraço dos dois!

Peguei a garotinha no colo e Nikolai nos abraçou. Ele mexeu seus lábios formando a palavra obrigado. Eu sorri e pisquei pra ele.

Ajudei Danika a terminar de se arrumar e esperamos minha Mãe e Anthony chegarem. Depois de uns quinze minutos ela bateu a porta e todos desceram.

Fiquei com Danika no banco de trás. A todo o momento estava a fazendo rir. Afinal um enterro não precisa necessariamente um lugar onde todos choram. Ali devia se lembrar das boas memórias vividas com a pessoa.

Minha mãe e Anthony estavam atrás seguindo Nikolai até o cemitério. Quando chegamos Danika não soltou minha mão em nenhum momento. A Família de Eleonor estava toda ali. Paramos em frente a uma mulher que Nikolai a cumprimentou com Tia Cecília. Ela foi a responsável por Eleonor ficar na casa de repouso e a privar de ver seus netos.

Ela tentou beijar Danika, mas ela se virou pra mim e pediu colo. Parecia que ela não gostava muito da tia.

— E quem é você? — Ela falou em um tom de desprezo.

— Eu sou Victor. Quem teve o prazer de conhecer sua mãe e de passar um dos últimos dias ao seu lado. — Falei com um sorriso simpático no rosto.

— Ah. Você é aquele garoto pra quem ela deixou o bilhete. — Ela falou com desgosto.

— Sim sou eu. —Sorri novamente.

O padre chamou todos para o funeral. Ele falou lindas palavras. Eu toda hora dirigia um sorriso para Danika. Durante todo o tempo Nikolai ficou ao meu lado,mas em um certo momento ele segurou minha mão. Quando olhei para ele, aquele homem com lágrimas escorrendo de seus olhos. A apertei e fiquei assim até ele parar.

Depois que tudo acabou, um homem de social e cabelos grisalhos se aproximou e chamou Cecília, Nikolai e a mim, para irmos para dentro de uma sala para ler o testamento. Ele devia ser o advogado, mas eu não sabia o porque de eu ser chamado para lê-lo. Quando chegamos na sala nos sentamos e ele começou a ler.

— Eleonor tinha deixado seus bens divididos entre três pessoas de confiança. — O advogado começou dizendo. — cinquenta por cento de tudo será deixando para Nikolai. E os outro cinquenta serão divididos entre Danika e Victor.

Quando ele terminou de falar eu estava pasmo. Como assim ela deixou vinte e cinco por cento de seus bens para mim.

— Isso só pode ser um engano! — Cecília se levantou alterada. — Nikolai ter cinquenta por cento tudo bem, mas dividir a outra parte entre Danika e esse garoto. Que nem da família é, é um absurdo. E quanto a mim? Eu não ficar com nada?

— Senhora, acalme-se. De acordo com o testamento minha cliente deixou para a você a casa em que vive. — Ele disse. — E ela deixou bem claro que, Victor era o neto que ela nunca teve e quem ela teve os últimos melhores momentos de sua vida.

— Não é possível. — Ela olhou pra mim e veio em minha direção. — Você vai passar a sua parte para mim imediatamente.

— Eu não vou fazer nada. — Me levantei. — Se eu fosse Eleonor eu não deixaria nada para você depois do que fez. Contente-se com o que recebeu. Eu não quero a minha parte, mas eu a passarei para Danika e Nikolai.

— Não vai não! — Nikolai se levantou. — Vai ficar com ela! Se minha vó quis que ficasse com uma parte da herança, irá respeitar sua última vontade.

— Mas... — Tentei falar,mas aquele homem enorme e autoritário me interrompeu.

— Irá ficar com sua parte e pronto. — Ele disse sério.

— Tudo bem. — Disse contra minha vontade.

— Bom, já terminei por aqui. Até logo. — Disse o advogado.

— Isso não vai ficar assim! — Cecília me encarou com fúria nos olhos e saiu.

Agora que estávamos sozinhos Nikolai me pegou pela cintura e me beijou. Foi um beijo calmo e sereno, mas com autoridade.

— Você e teimoso demais, sabia?! — Ele disse me olhando nos olhos e sorrindo.

— E você é mandão demais. — Eu virando o rosto. — Eu só tenho mais um dia para ficar em Londres. Tenho que voltar para o colégio.

Ele me olhou triste,mas entendendo a situação.

— Então temos que aproveitar bem o hoje e amanhã. E sei o lugar perfeito para isso. — Ele sorriu e me puxou para fora da sala.

Ele conversou com Danika e com meus pais. Pera aí, acabei de dizer meus pais?! Acho que já estava me acostumando com a relação daqueles dois apaixonados. Disse para eles que ia sair comigo e se poderiam cuidar de sua irmã pra ele. Minha mãe assentiu e pegou Danika no colo, mas antes de Nikolai se virar ela colocou a mão em seu ombro e pude ver que ela falava “ Cuide bem do meu filho”,mas com o olhar assustador de “ Se algo acontecer eu te mato”.

Ele voltou para mim e fomos para o carro em direção á um lugar que eu mal podia esperar.

Desculpem erros e espero que gostem!

Até o próximo!

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