Coração Indeciso - Capítulo XXIV

Um conto erótico de Arantes, Henrique.
Categoria: Homossexual
Contém 1222 palavras
Data: 07/01/2014 21:27:10
Última revisão: 08/01/2014 13:56:50

Eu estava num sono tão pesado desde que eu descobrira aquelas coisas sobre aquele grosso.

— Ei, ei, acorda — disse alguém do meu lado, balançando-me.

Era Augusto. Será que ele não tinha senso do ridículo?

— Sai daqui! — eu disse, me enrolando mais no edredom, ficando meio que em posição fetal.

— Por quê? — disse ele.

— Cadê teu anel? Onde será que tu o escondes? — falei pegando em sua mão. Sentei-me na cama.

— Que anel? — perguntou ele puxando sua mão.

— Do teu noivado! — falei, tornei-me frio. Ele arregalou os olhos.

— Olha, não é isso que tu tá... — tentou falar.

— Não é isso uma ova! — interrompi-o apontando meu dedo para seu rosto. — Tu não vai conseguir nada comigo, entendeu?

— Seja lá o que o Bruno te disse, tudo é mentira! Eu já não te disse que ele tem interesse em ti? — falou ele tocando minha coxa.

— Que seja! Eu sabia que tinha algo de errado contigo — disse atraindo-o para fora de meu quarto. — E se é tão mentira por que tu ficaste tão irritadinho daquela hora? Ah, e eu troquei de número, só para constar... — Menti. Escapuli porta adentro de meu quarto. Fechei a porta.

— Porque... Porque ... — falou do outro lado da porta. — Ah, quer saber? Tu não quer falar comigo que seja!

Primeiro bloqueei o número de Augusto para qualquer tipo de contato. Depois peguei meu computador e digitei Facebook.com e dei enter. Por mais que eu tivesse sofrido com aquela rede social, por causa de Matheus, entrei. Fui até o painel de controle e desbloqueei o Bruno e acessei seu perfil. Ouvi o carro dele ligar.

Daí pensei “Rá, vou pegá-lo na ra-ta-da!”. Pesquisei com gosto e achei-o, só queria ter a razão. Lá estava ele com aquele sorriso cínico abraçando uma mulher com um bronzeado indígena. Sorri. Bateram na porta

— Quem é? — perguntei.

— Sou eu! — falou a voz de Ana. Abri a porta. — O que foi isso? Por que não foi? — disse uma rainha de copas com um coelho ao lado.

— Dor de cabeça fumada. Besteira, mana, coisa de criança. — Fiz uma careta tipo “bláh”.

— Olá, Henrique — disse Tiago ao seu lado.

— Pode ir Tiago. — disse ela beijando-o no rosto.

— Tá, tás me expulsando mesmo, tchau. Tchau, Henrique. — disse Tiago.

— Vou te levar até o carro. — disse a ele.

— Tudo bem. — ele abriu um sorriso.

Papai olhou com um carão para mim enquanto passávamos pela sala.

— Boa noite. — disse Tiago.

— Boa noite. — disse mamãe enquanto papai ficou calado.

— Melhoras. — Tiago me estendeu a mão, segurei-a. Sentir um tremor pelo corpo.

— Obrigado. — Abracei-o. Seu perfume me inebriou. — Sei lá, quando tu quiseres pode volta, viu? — sorri.

— Com certeza voltarei. — disse ele entrando no carro. Subi as escadas. Não sei nem como papai não me chamou.

— Que isso!? — disse Ana com os olhos arregalados. — Ele não é só teu? Ah, meu Deus!

— Para, Ana, eu não sou! — disse me sentando na cama.

— Para, tu. Todo mundo já te conhece. — Ela riu.

— Sou educado, é isso!

— Para de fingir!!!! EU SOU TUA AMIGA!!!

— Tudo bem!! EU SOU... — dei uma pausa. — Testemunha de Jeová. — Comecei a rir da cara dela, que por mais que fosse séria se desfez num sorriso imenso de rainha de copas.

— Fala sério... — disse ela.

— Tá, graças a tua pressão psicológica eu falo!! — eu disse — Eu sou gay! Desde que eu nasci! Que droga! Isso tem importância?

— Tem! — disse ela. — Mas todo mundo já sabe! — disse ela rindo. Vou me trocar pera. — disse ela. — Vê se não foge! — Fiz barulho com os lábios. Fui para a varanda, melhor lugar para se ficar, ficar no meu balanço.

— Tá, o que foi que aconteceu? — Perguntou-me.

Abracei-a e comecei a contar a ele tudo. Nada de lágrimas.

— Minha Nossa Senhora da Santa Ordem Seiládasquantas. — disse ela.

— Ah, para! Nem é chocante! —falei. — Tô cansado. — Me levantei.

— O Tiago é.

— O quê? — falei me sentando de novo.

— Ele é gay.

— Tu és a capa dele? — falei. — Mas ele me disse que era BI, como é isso?

— Um tá sabendo das gírias, né? Ah, sei lá... só sei que não tô afim dele.

— Nossa, não era isso que me parecia daquele dia que fui para tua casa. — falei rindo. — Ele até me dá uns olhares sabia?

— Ai, mas se ele não fosse!!! — ela riu se abanando. — Rolou uns amassos, só isso.

— De carinhas confusos já basta eu!

— Mas o Bruno!! Não acredito!— ela falou.

— Ai, sei lá ele é Gr!!!! — rimos.

— Mas é um puto gostoso! — Na hora que ela falo eu me calei. — Admite que é!!! — falou ela rindo.

— Tenho que tomar meu banho para dormir. Quase onze horas! — Corri para o banheiro. Ou fugi?

Ela deu três pancadas na porta — Tu vai sair daí safado!! — Nós rimos cada um em seu lado. Encarei o chuveiro e a água me refrescou. Quando eu sai do banheiro Ana disse:

— Teu parece querer falar contigo e não tá com cara para amizade — falou ela torcendo a boca.

— É por causa dos pais do Augusto! Money Money, honey. — ela riu.

— Por isso te digo Brunão, gostosão... — Eu ri.

— Babacão! — falei do corredor e logo depois sussurrei — Enrustidão. Bora pegar algo para comer?

— Olha quem fala! — falou se jogando para trás na cama. — Ai... não sei... Bora! — Se levantou.

Cheguei à cozinha e peguei um bolo estilo formigueiro meio congelado da geladeira.

— Ai, meu Deus, que delicia! Quem fez?

— Sei lá, tava ai! — Peguei o refrigerante. — Por que viestes aqui? E tão cedo!?

— Não ia ficar sem minha bi favorita, né mesmo? — Piscou rindo.

— Para de graça — falei rindo.

— Tu ficando com aquele babaca! Sei lá ele até parecia um rocambole bem gostoso! E ai, ele tinha pegada? — levantou as sobrancelhas.

— Não fiz nada com ele. Só uns pegas, sabe? Beijos... Dá até um pouquinho de saudade. Foi meu primeiro, sabe? Credo tás se embuchando ai! — falei num riso meio “mundo da lua”. Realmente, lembrar-me dele me dava saudade. Ele me marcou? E a corujinha, hahahahaha. Eu amava alisá-lo.

— Claro! Só bebida... Ninguém fica em pé! Graças a Deus teus pais não perceberam! — falou ela comendo outra fatia. — Migo, tu ainda é virgem?

— Não.

— Hm, com quem foi, hein?

— Foi muito bom! Nota tipo oito.

— Mano tiveste sorte. A minha doeu pra caralho!

— A minha também doeu. Não quero contar detalhes sórdidos.

— Tá, mas com quem foi?

— Não importa.

— Teu vizinho?

— Claro que não sua anta!

— Tu não gosta?

— Não, eu o amo!

— Putz... Tás ferrado!

— O problema é meu!

— Bora dormir, daqui a pouco eu te agarro. Logo que eu tô bêbada

— Tu não tá bêbada! — falei subindo a escada.

— Quem tá bêbado ai? — disse a mamãe.

— O Alex — gritei para ela.

— Quem? — perguntou mamãe.

— O meu namorado — disse Ana.

— Tudo bem. — disse mamãe passando perto da gente.

Eu e Ana olhamo-nos com cumplicidade e começamos a rir. Mamãe nos olhou como se quisesse nos esganar.

— Parei. — eu disse.

Antes de dormir. Ana começou a me contar sobre um Felipe do verão e que tava louca para reencontrá-lo. Que era tipo meu vizinho: very, very bad and hot!!

Depois de conversarmos e mexermos com Ricardo horas e horas a fio, acabamos caindo no sono. Nossa... mexer com o Ricardo deu-me uma adrenalina da porra, hahahahahaha. Ai mesmo que ele se exibia. UouNão deu para fazer algo como prometi, pois, tô com um imprevisto chatíssimo, desculpem-me !! Beijos, hasta luego ;)

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Comentários

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Irei verificar :S Desculpem-me, por favor :)

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Esse capítulo confundiu um pouco a história faz o próximo capítulo mais detalhado ou um resumo do capítulo passado a esse.

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Hm... Esta um muito confuso sugiro que você releia seus contos.

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