O verdadeiro eu 1

Um conto erótico de Gui
Categoria: Homossexual
Contém 747 palavras
Data: 19/01/2014 00:50:46
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

- Eai Pedro, como é que foi de férias? – Perguntei.

-Ah, foi bom e a sua?

-Normal.

Sento na minha carteira, que fica encostada a parede, não sei por que sempre gostei de sentar ao lado das paredes, elas me reconfortavam e me deixavam seguro.

Quando o professor Geraldo chega à sala, vejo que ele estava com um garoto, que definitivamente era novato. Impressionei-me com a beleza daquele garoto, ele simplesmente era lindo. Tinha cabelo castanho escuro, olhos azuis, mas tão azuis que eu fiquei impressionado.

- Então, pessoal esse é o novo aluno da nossa turma, o nome dele é Gabriel, o tratem bem, ouviram? – Disse o professor Geraldo.

-Sim professor. – A sala diz como se fosse uma única voz.

Gabriel sai da frente da sala e senta logo atrás de mim, o que me deixou totalmente nervoso. Não sabia o motivo para ficar nervoso, eu era praticamente igual à ele, coincidentemente, tínhamos o mesmo corte de cabelo e a mesma tonalidade e aparentemente o mesmo porte físico, a única coisa que mudava em nós era os olhos, os meus eram castanhos cor de mel, e o dele um azul magnífico.

Virei para trás e fiquei alguns segundos olhando para os olhos dele.

-Algum problema? – Disse o Gabriel.

-Não, é que seus olhos são muito bonitos. – Respondi

-Obrigado, sempre me dizem isso. –Ele sorri

-Com certeza – Retribuo o sorriso. – E então, você não parece ser aqui de São Paulo, de onde você é? – Perguntei

-Ah, eu sou carioca.

-Legal. Ah, já ia me esquecendo, meu nome é Guilherme, mas pode me chamar de Gui se quiser.

-Ok

Viro para frente e começo a copiar a matéria até que sou interrompido por mensagens da minha namorada, que era de outra sala.

-Gui – Disse o Gabriel – Quem é essa?

-Minha namorada, o nome dela é Maria.

-Caramba, você é pegador – Ele da uma risada.

-Aqui na escola, ela é minha primeira namorada, o resto das garotas eu só fiquei, não foi sério, entende?

-Sim, perfeitamente, lá na minha outra escola, eu era desse jeito – Ele sorri

-Deve ser porque somos muito parecidos, já percebeu isso?

-Nossa cara... Você sou eu, e eu sou você! –Ele ri

-Muita coincidência, pois nem meu irmão é tão parecido igual a mim.

-Muito louco... Mas cara, você sabe onde eu posso pegar um ônibus para poder voltar para casa? Eu estou morando com minha madrinha em Jardins e eu não sei voltar.

-Sério? Cara, eu moro lá também! Se quiser eu te dou uma carona, meu pai sempre me busca, ai nós vamos juntos se você quiser.

-Pô cara, valeu mesmo, mas vamos copiar a matéria antes que sejamos expulsos da sala.

-Claro.

Quando saímos da escola, ele me convida para ir para casa dele, jogar um pouco de futebol ou vídeo game, eu aceitei na hora.

Quando chegamos a casa dele, a madrinha dele não estava e tinha um bilhete em cima da mesa avisando que não era para jogar bola naquele dia, pois a grama estava encharcada. Como não poderíamos jogar bola, subimos ao quarto dele jogar vídeo game. Uma hora depois, meu celular toca, era a Maria.

-Fala amor

-Eu to no seu quarto te esperando, precisamos conversar – Disse Maria.

-Ferrou cara – Disse o Gabriel, pois estava ouvido porque eu tinha posto no viva voz.

-Tudo bem, eu chego ai em dez minutos, tudo bem?

-Tudo, chega rápido. – Respondeu Maria.

-Ok

Desliguei o celular e andei até a porta quando o Gabriel me segura pelo braço

-Gui, eu mal te conheci e já sei que você é uma pessoa totalmente boa.

Eu fico paralisado, pois eu estava encantado com ele, mas eu era hetero, até aquele momento. Nossos rostos se aproximaram e nós acabamos nos beijando. Foi o melhor beijo de toda minha vida, ele era totalmente apaixonante, com pegada e um pouco de malícia, eu tentei empurrá-lo, mas acabei me entregando.

-Gabriel...

-Não conta nada pra ninguém, por favor, mas eu tive que te beijar, desde que eu te vi pela primeira vez, eu fiquei totalmente encantado por você.

-Eu não vou contar, mas não nos beijaremos mais. Eu sou hetero.

-Também sou, mas eu não me contive, desculpe.

-Tudo bem

Sai de lá e fui para minha casa, com meu coração a mil, não entendia porque estava assim, eu não era gay e nem queria ser, logo esqueci esse pensamento e fiquei pensando no que a Maria tinha para me falar.

Paro ou continuo? Esse é meu primeiro conto.

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