Eu estou amando Cap.1

Um conto erótico de ericlindo
Categoria: Homossexual
Contém 1656 palavras
Data: 18/01/2014 00:35:58

Mudança de cidade é sempre ruim, além de dar uma trabalheira danada, você se afasta de todos os seus amigos, do seu colégio e da familia. Foi isso que eu pensei quando minha mãe disse que nos mudariamos de Curitiba para Chapecó.

- Mas mãe, e os meus amigos?, e meu colégio?

- Você pode fazer novos amigos, e tenho certeza que o seu colégio novo vai ser mil vezes melhor que esse.

- Mas...

- Mas nada, nós vamos, já está resolvido.

Minha mãe precisava mudar de cidade, pois ela tinha arranjado um novo trabalho, com um salário bem melhor, que nós traria regalias. Não teve jeito. Tive que ir. Arrumei as minhas coisas, com o coração apertado, pensando em todos os momentos felizes, nos meus amigos, em tudo o que eu ja tinha passado em Curitiba. No dia da viagem, me despedi de meus vizinhos, minha avó apareceu, chorando, não queria que nós fossemos. Ela era muito apegada a mim e a minha mãe. Nós despedimos dela, com os olhos cheios d'agua, pegamos um táxi, e fomos pro aeroporto. Logo na porta, recebi uma surpresa.

- Por acaso acha que nós não viriamos te perturbar pela última vez Gabriel - eram meus melhores amigos que estavam ali, gente que eu convivia desde quando era criança. Eram 4 pessoas, Daniel, o que disse a frase acima, e que era o mais bonito de todos, Fabricio, esse era o meu melhor dos melhores amigos, e o mais antigo, Andreia e Giovanni, meus confidentes, sabiam de tudo o que acontecia comigo.

- Você vai fazer muita falta pra mim- era o Fabricio, que falava enquanto me abraçava e me dava um presente. Deu pra perceber que ele tava se segurando pra não chorar.

- Vou sentir muitas saudades de vocês-falei abraçando Andreia e Giovanni- meus confidentes favoritos- em seguida olhei pro Daniel, que estava de costas pra mim. De repente ele virou, e eu vi um Daniel diferente. O garoto que sempre estava alegre e feliz, agora estava de olhos vermelhos lacrimejantes na minha frente. De repente ele me abraçou forte, como se nunca quisesse mais me largar. Ouvia ele chorando no meu ouvido, ele havia recostado a cabeça no meu ombro.

- Eu não quero que você vá - falava ele, ainda abraçado comigo.

- Nem eu quero ir- falei também já chorando. Logo ele me soltou. Eu olhei pra aquele garoto, branco, magro, olhos azuis, cabelo preto. Limpei seus olhos, passei a mão no seu rosto. Ele tirou a minha mão de lá, e me entregou um pacote branco.

- Pra você não se esquecer de mim- ele falou me entregando o pacote- eu nunca vou me esquecer de você- ele estava tão emotivo, como eu nunca tinha visto. Dei tchau pra todos, e fui fazer o check - in. Logo estava sentado na poltrona do avião, e eu não conseguia parar de pensar no Daniel. Decidi abrir o pacote. Fui pra o banheiro, mas quando cheguei lá, preferi guardar e esperar um pouco. Olhei pra o espelho, eu estava um caco. Passei agua no rosto, enquanto olhava pra todos os meus traços. Eu sou branco, tenho 15 anos, cabelos pretos lisos, 1,80 de altura, nem magro nem gordo, pernas grossas, bunda redonda e lisa, dote de 16 cm, homossexual não assumido. Esse sou eu. Logo guardei o pacote e voltei pra minha poltrona. Pouco tempo depois estávamos taxiando em direção a pista. Tudo pronto, logo corriamos pela pista, e decolamos. Eu olhava pra cidade la de cima, querendo lembrar, pois com certeza, ficaríamos muito tempo longe dali, era o que eu pensava. Fizemos conexão em Guarulhos, e depois de pouco tempo, estávamos em solo chapecoense. Assim que olhei pra fora, senti uma energia diferente, positiva e negativa ao mesmo tempo. Fui pegar as nossas malas, e logo estávamos no táxi em direção a nossa nova casa. Passávamos por bairros novos, velhos, bonitos, feios, dentre outros. Até que paramos em frente a uma casa muito linda, totalmente nova e colorida.

- É aqui? - perguntei

- É sim

- Nossa que lindo!!!

Tiramos todas as nossas coisas, que não eram poucas, e fomos colocar pra dentro, enquanto mamãe abria a casa, vi pela primeira vez aquele que seria meu melhor amigo em Chapecó.

- Então vocês são os novos vizinhos - falava ele olhando pra casa. Logo olhou pra mim - me chamo Gustavo, muito prazer - falou ele, estendendo a mão.

- Sou o Gabriel, vocês moram aqui do lado?

- Sim. Quer ajuda?

- Se não incomodar...

- Que nada- falou ele já pegando algumas coisas e trazendo pra dentro. Mamãe conheceu ele e logo me mostrou o meu quarto. Entrei e joguei as minhas coisas lá.

- Tava precisando de uma cama- falei me jogando em cima da minha. A mãe de Gustavo, Dona Tereza, veio nos conhecer e trouxe bolo de chocolate, coisa que ela fazia diariamente. Eu e Gustavo começamos a conversar, e ele me falou qual eram os melhores lugares para passear e onde ficavam os comércios dali. Peguei o pacote do Daniel e o guardei. Enquanto conversávamos, mamãe me chamou.

- Gabriel, quero que você vá no mercado e me traga todas essas coisas - falou mamãe, me dando uma lista.

- Vai lá com ele Gustavo - Dona Tereza dizia. Fomos indo a pé pra o local, até que passamos numa praça, bem bonita e cheia de árvores.

- Foi essa praça que você disse que era muito legal Gustavo ? - falei

- Essa mesma- fiquei maravilhado com tudo aquilo, parecia tão jovem e era a minha cara. Enquanto olhava pra todos os lados, parei minha visão numa coisa que iria mudar minha vida. Era um garoto, sentado num banco da praça, mexendo no celular. Ele era branco, mais baixo que eu, loiro, malhado, de olhos verdes. Estava com um moletom um pouco apertado. Senti meu coração bater mais forte, ele estava muito lindo. Ele tinha mexido com meus sentimentos.

- Aonde você vai estudar? - falou Gustavo

- Acho que é num colégio chamado Julia.

- Ah, Julia Batista Cabral, mas o pessoal chama mais de JBC, ou Julinha, estudo lá- nessa hora ele viu que eu estava olhando pro garoto.

- Pelo jeito não é só eu que sou gay aqui - eu ri

- Você é corajoso ein garoto, eu não teria coragem de falar pra uma pessoa que eu mal conheço que eu sou gay - agora ele riu. - Eu percebo quando uma pessoa é gay de longe Gabriel, foi só te ver que eu já soube, caso contrário não teria dito nada - será que eu dou tanta pinta assim e não sabia - e eu te dou um conselho, não fica se iludindo com aquele garoto, ele brinca com os sentimentos de todo mundo, homem ou mulher. O que ele tem de beleza, tem de maldade - ele falava com muita propriedade

- Você o conhece?

- Ele estuda conosco lá no Julinha, o nome dele é Eric. E o que mais a gente vê é pessoas falando dessa fofoca- Logo continuei andando. Comprei tudo o que a mamãe pediu. Por mais que o Gustavo dissesse que ele não prestava, não o tirava da cabeça. Aquele rosto diferente, branco, bonito, não me saia da mente. Voltei pra casa, mamãe fez o jantar na casa nova, que já estava totalmente mobiliada, arrumei o resto das minhas coisas no guarda roupas, e fui jantar. A noite, fiquei pensando naquele rostinho jovial, naqueles olhos verdes. Porque ele não saia da minha cabeça. Acabei indo dormir um pouco mais tarde. Acordei, e só escutei minha mãe gritando.

- Gabriel, o Gustavo tá aqui, pedi pra ele te levar pro colégio, já estou indo trabalhar, Tchau- só escutei a porta batendo. Fiz toda a minha higiene, coloquei uma blusa folgada que costumava usar de manhã, um short, e fui tomar café. Logo vi Gustavo no sofá.

-Ei- ele deu um pulo do sofá muito engraçado. Rolei de tanto rir- kkkkkkkkk

- Não tem graça sair assustando os outros por ai- nos divertimos um pouco de manhã, até que deu a hora de se arrumar, ele foi pra casa e fui tomar banho. Queria chegar abalando. E estava frio pra caramba então, me arrumei de um jeito que ficasse bem bonito e quente. Vesti a farda branca do colégio que eu achei feia, calça jeans grossa, tênis Nike preto, e um moletom em cima disso. Almocei, e logo o Gustavo estava na frente de casa. Fomos e eu já fui aprendendo o caminho. Pouco tempo depois, chegamos no colégio. Sabe quando você chega num lugar, todo mundo te olha, e você acha que é um intruso, pois é. Eu passava, e todo mundo ficava me olhando com uma cara estranha. Fui seguindo o Gustavo, afinal só conhecia ele. Ele me apresentou para os grupo dele e nós começamos a conversar. Tempo depois, parecia que eu ja fazia parte do grupo. Até que vejo o Eric passando, lindo como sempre, junto do seu grupinho. Alguns olham pra mim, inclusive ele. Seu olhar era desafiante e penetrante. Ele arrancava suspiros por onde passava. Logo fomos pra sala. Conheci algumas outras pessoas, e algumas vezes eu e Eric trocávamos olhares. Até que o professor veio. Ele era um negão alto, que metia um medo desgraçado.

- Hoje eu vou falar de Função- ele era professor de matemática. Esqueci de dizer que faço primeiro ano do ensino médio. Ele pediu pra me apresentar.

- Mas professor...

- Deixa de ser timido, vem logo aqui na frente- me levantei da minha cadeira e fui lá.

- Olá, me chamo Gabriel- todos disseram " Oi Gabriel"- tenho 15 anos- voltei pra o meu lugar. Durante as aulas, eu não conseguia evitar olhar pra ele, a sua beleza parecia um ímã. Até que deu a hora do intervalo. Descemos, eu comprei um lanche e decidi ir a um corredor que estava vazio. Comecei a comer, até que ouço passos, adivinha quem era.

- Oi coisa linda- era ele. Seu cheiro me embriagava, e eu já estava muito nervoso. Olhei ao redor pra ver se tinha alguém- é com você mesmo novato.

Continua

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