Meu Pecado Mora ao Lado - Parte 03

Um conto erótico de Alê12
Categoria: Homossexual
Contém 1186 palavras
Data: 17/01/2014 16:01:57

O Davi não sabia explicar o que estava sentindo por dentro, mas uma agitação percorria suas entranhas. Tinha de sair dali o mais rápido possível, e foi o que ele fez. Saiu correndo, deixando que o Fábio apenas o observasse de longe. Aquele seria só o primeiro de muitos encontros e desencontros dos dois.

Ele chegou à casa do amigo Rafa, e procurou manter o nervosismo para não chamar atenção.

- Boa noite irmã Paula. O Rafa está? – disse ele a mãe do garoto.

- Olá meu anjo! Tá sim. Tá lá no quarto.

- Será que eu posso falar com ele?

- Claro Davi. Pode ir até lá. E a irmã Carmem? Como ele está?

- Minha mãe está bem. – ele seguiu para o quarto do amigo.

Davi bateu na porta e abriu. O Rafa estava sentado na cama, vasculhando seu notebook.

- Oi Davi! Beleza?

- Oi. Tô incomodando?

- Até parece né? Senta aí! – ele deu um espaço na cama para o amigo sentar. – Que cara é essa?

- Você não faz ideia do que aconteceu?

Ele deitou na cama do Rafa, e com um travesseiro apoiando a cabeça, ficou de frente para o outro. Eles estavam à vontade.

- Sabe o Leo? O idiota do 2º ano?

- O que ele fez?

- Eu estava vindo pra cá, aí ele me puxou pelo braço, queria que eu fosse contra minha vontade para um lugar junto com ele, mas para minha sorte...

- Surgiu um bofe lindo e te salvou. – O Rafa riu.

- Para Rafael. – ele jogou o travesseiro na cara do amigo. – Eu não gosto deste tipo de brincadeira.

- Você não pode viver aprisionado neste sentimento.

- Eu estou ótimo! Agora será que eu posso terminar a história?

- Ok! Desculpa.

- O meu vizinho... Na verdade é um cara estranho que mora ao lado da minha casa.

- Por acaso é aquele que todos dizem usar drogas e cometer vandalismo?

- Esse mesmo. Mas só que hoje, ele teve uma atitude contrária, e que me fez repensar o que eu achava dele. Ele me livrou do Leo e foi educado comigo.

- Viu só? Às vezes julgamos sem conhecer direito as pessoas. E pra você que é evangélico, sabe que isso é um pecado.

- O pior que eu sei. Mas por dentro, eu tenho uma sensação estranha quando vejo este cara. Não sei explicar.

- Você me disse um dia que ele é mal encarado. Deve ser isso. Mas e o resto? Como ele é fisicamente?

- Ahh... Ele... É normal!

- Normal? Com esta cara que você fez? Me engana que eu gosto!

- Ele é forte, tem tatuagem nos braços e nas costas, e... Tem olhos verdes.

- Eu imagino a cara dos seus pais, quando se deparam com ele na rua.

- O meu pai não suporta ele. A minha mãe é mais tranquila.

- Já pensou? –o Rafa subiu na cama. – Davi e o rapaz misterioso decidem namorar, para desespero dos pais de ambos. – ele ria com a frase dita.

- Eu disse pra você parar de palhaçada! Isso é pecado! Eu sou da igreja e jamais me permitiria a uma cena dessas.

- Você precisa encontrar alguém. Vai ficar sem beijar na boca por quanto tempo?

- O tempo que Deus permitir. Eu preciso encontrar a menina certa!

- Menina? Pelo amor de Deus Davi! Para de enganar a si mesmo. Até eu não consegui esconder de mim mesmo que sou gay.

- Eu não sou isso que você está falando. – Davi ficou irritado. Se você é, é um problema seu.

- Você precisa parar de achar que a vida é tão condenadora assim. Você sabe o que sente e não adianta esconder.

- Eu vou embora. – ele se virou e foi até a porta.

- Espera Davi. Desculpa. Eu não toco mais nesse assunto.

Eles se amavam o bastante para ficar magoado um com outro. Apesar de o Rafael no fundo está com razão. A pressão psicológica imposta pelos pais do Davi, fez com que ele se retraísse de seus desejos mais íntimos. Mas ninguém conseguiria viver no próprio abismo por muito tempo. Esconder dos outros era fácil para ele, mas de si mesmo ele jamais poderia fazê-lo, e a prova disso tudo, foi o comportamento do Davi ao se deparar com a figura máscula e bruta do Fábio. Ele não sabia, mas aquele rapaz aguçava todos os seus desejos carnais.

- Eu preciso ir. Prometi a minha mãe que não chegaria tarde.

- Você ainda está chateado comigo?

- Não. Também peço desculpa pela minha grosseria. Amanhã a gente se vê no colégio.

- Ok. – eles se abraçaram para selar a paz. - Nos vemos amanhã então.

Já em casa, Davi lia trechos da bíblia, para aliviar a dor que sentia por dentro. Tentou pegar no sono mais não conseguia. Foi até a cozinha tomar um copo com água, e as palavras ditas pelo amigo não paravam de martelar na sua cabeça. Voltou para o quarto e ainda sem sono, revirava pela cama. Foi surpreendido com barulhos de pedras sendo jogadas em sua janela.

- Droga! Que barulho é esse? – ele se levantou para observar, e levou um susto. O Fábio arremessava pedras na janela dele para chamar atenção.

- O que você quer? Ficou doido?

- Eu quero conversar com você. Desce aqui!

- Eu já te disse que não posso e os meus pais não deixam.

- É importante. Não vou machucar você. Eu não sou tudo isso que as pessoas dizem ao meu respeito. Desce cara, eu quero ser teu amigo.

- Hã? Amigo? Mas você é tão... Diferente de mim. E porque motivos um cara como você, queria a amizade de alguém tão tímido e sem graça como eu.

- Isso é você que está dizendo.

- Olha só, eu nem conheço você direito. Não posso ser seu amigo.

- Eu só quero conversar. – Fábio estava agitado.

Davi ficou meio pensativo na proposta e sabia que se aceitasse, correria um enorme risco dos seus pais descobrirem. Aí sim, ele estaria frito. Mas optou pelo risco. Algo dentro dele pediu para ele descer e conversar com o Fábio.

- Me espera na rua de trás que eu já desço.

- Não vai me enrolar hein? – Ele seguiu para outra rua.

O Davi usou de cautela para não fazer nenhum barulho. Seus pais dormiam com a porta trancada, o que facilitou a saída dele. Andou pela sala, na pontinha do pé, até chegar à porta de saída. Seu coração acelerou do nada, e um friozinho na barriga aumentou ainda mais a sua ansiedade.

- Cara, cadê você. – ele sussurrava baixinho, no meio da escuridão daquela rua. – Será que aquele idiota foi embora?

- BUMM! – Eu to aqui.

- Que susto! Você ficou doido? Fala logo o que você quer comigo.

Fábio usava uma bermuda jeans surrada, e uma regata branca. Ele estava lindo! E não passou despercebido aos olhos do Davi.

- Vamos conversar aqui mesmo no escuro? – perguntou o Davi.

- Por quê? Tem medo que eu estrupe você?

- Não gostei da brincadeira. – Davi estava tremendo por dentro e uma coisa o incomodava.

- Você sabia que eu te observo há um tempão? E que esse teu jeitinho meigo e delicado me excita muito?

- O que você está dizendo? Eu não to entendendo!

- Eu quero comer você! – Fábio mandou na lata e o Davi ficou pálido.

CONTINUA...

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Comentários

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Direto e reto o Fábio, né?! Gostei u.u Já estava com saudades dos teus contos :)

Só não gostei muito do bônus, como assim o Rafa vai está na cama com o Fábio? Ahhh... :-/

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excelente o capitulo de hoje.o fabio vai direto ao que quer hem!

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Mto romantico ele em, sqn , o Davi vai acaba brigando com ele, posta logo a proxima parte q ta otimo o conto

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Isso não vai prestar, falar na lata uma coisas dessa pra alguém tímido é o caralho, mas ainda alguém religioso, é pedir a crucificação.

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Cena romântica hein rsrsrs.Não vejo a hora do próximo!

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Nossa já fui com a cara do Fábio, sem enrolar e direto ao ponto ! Nem preciso dizer que o conto está ótimo :))) , como sempre !

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Eeeita! kkkkk Adorei essa parte, Fábio é bem direito hein? rsrs

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Nossa o Fábio foi curto e grosso. Bom demais Alê, imensamente feliz de teres voltado a postar teus contos mega incríveis, abraços cara.

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Kkkk nossa O.o... To amandooooh manda o 4° hj mesmo pf pf pf pf pf pf. Bejo :*

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aiai so meu anjo mesmo pra fazer um contos perfeitos desses... como sempre maravilhoso <3

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