Cap.21( Último Capítulo)
NARRADO POR FELIPE LIMA
E parecia que agora eu tinha encontrado a paz da minha vida, tinha voltado para o meu amor, minha paixão. Agora, eu viveria pela eternidade ao lado daquele que verdadeiramente, foi o meu amor desde o inicio. Espero que o Alberto encontre uma pessoa, que faça ele feliz, ele merece muito.
NARRADO POR GABRIEL LIMA
Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo, que eu havia perdido o meu fiel conselheiro, meu sempre guardador, meu porto seguro. Meu pai Felipe, que sempre me alegrou demais, havia partido, deixando a saudade em nossos corações. Eu me arrumava para seu enterro e velório, totalmente atordoado. Gilberto estava ao meu lado, mas eu não conseguia me conformar que ele havia ido, e me deixado.
- Já Gabriel- era meu pai Alberto batendo na porta
- Estou quase- falei, com a voz chorosa. Ele entrou, e me viu chorando.
- Não chora filho, tudo isso vai passar, Deus quis assim, quis que ele fosse viver na vida eterna, agora é somente nos conformarmos, para conseguirmos viver direito, e nos adaptar com o novo estilo de vida.
Fui pro enterro, a base de calmantes. Eu e Pai Alberto estávamos muito tristes. Logo, demos o último adeus pra ele, e que ele viva em paz, na vida eterna.
6 MESES DEPOIS.
- Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida
- 18 anos filhão, que bom- falava meu pai Alberto
- Ai amor, nem acredito que a gente vai morar junto- falava Gilberto, me abraçando por trás
- Ei, vai dar um abraço no seu mano não ein- falava Leo.
- E quando que eu não te abraço Leo- falei o abraçando. Adorava o Leo.
Nessa festa, eu me lembrei de tudo o que aconteceu na minha vida. Do meu pai, dos nossos momentos felizes, da nossa união, de quando eu abri o jogo, quando conheci Gil, nós ficamos amigos, depois namorados. Nos separamos, e voltamos. E agora, hoje, nosso amor não tem mais fim, como dizia meu pai, somos Almas Gêmeas perfeitas. Superei a perda, coloquei na cabeça que meu pai era feliz lá, que foi porquê Deus quis, e que um dia, voltaria a revelo, no paraíso. E voltamos a viver felizes. Assumi o grupo, com 17 anos. Como disse, nem meus irmãos, nem meu pai se interessavam pela parte administrativa. E como eu não daria ela pra um estranho, eu mesmo assumi. Hoje, somos o maior grupo de empresas, de toda a América. Eu e Gil estamos noivos, ÊÊÊÊÊÊÊ. E como ele mesmo diz, vamos nos casar, e ter quatro filhos, cujos nomes serão Felipe, Alberto, Gabriel Jr, e Gilberto Jr. Pouco meigo. Logo depois do meu aniversário, estávamos nos preparando para o nosso casamento. Seria realizado no cartório. Poucos presentes, apenas alguns familiares, e amigos. Mas a festa seria de arromba. Depois de ter assinado os papeis, e declarado a nossa União Estável, fomos para a nossa festa. Aquela sim, estava lotada. Muita gente querendo falar com a gente, dar parabéns. Dizer que seriamos muito felizes. E o que aconteceu com o Leo. Leo se casou ÊÊÊÊÊÊÊÊÊ, e seria pai, de uma garota linda, cujo nome seria Luma. A esposa dele era uma mulher igualmente linda, que se via nos olhos que realmente o amava, e o queria bem. E a Judith, minha irmãzinha. Ela, se mudou para a Europa. Passou a fazer um curso de moda. E abriria um ateliê na nossa cidade. Ela viria a se tornar uma das estilistas mais conceituadas no mundo. Durante a minha festa, ela veio de lá, só pra prestigiar o acontecimento. Durante a festa, numa dança, me deu vontade de ir ao banheiro. E então eu fui. Assim que entrei, fiquei pálido. Via meu pai na minha frente.
- Pai- estava tão assustado, que a voz sumiu, apenas consegui assoprar a palavra.
- Oi Gabriel. Parabéns meu filho.
- Mas, mas, como. Está novo. Renovado, parece ter a minha idade. Isso só pode ser coisa da minha cabeça
- Não. Algumas pessoas podem ver entes queridos depois que eles morrem em algumas ocasiões, e é isto que está acontecendo com você. Eu não poderia faltar o seu casamento Gabriel.
- Eu posso te abraçar- falei aos prantos.
- Pode- e então corri na maior velocidade, e o abraçei. Como era bom novamente sentir meu pai próximo.
- Você vai voltar sempre
- Sempre. Estava só esperando o momento certo pra te rever. Eu te amo tanto meu filho
E então voltei pra festa, e ele ficou acompanhando, como se não quisesse nada. Ah, quase esqueço do meu pai Alberto. Ele está namorando novamente, com um jornalista da emissora. Não sei se ele gosta dele, mas ele parece bem feliz perto dele. Então, que seja. Adoro ver eles felizes. Ele vem abrindo novos restaurantes, ampliando a franquia. Logo, a festa atravessava a madrugada. Sei que voltei pra casa lá pelas 5 da manhã. Dormi que nem um cavalo, e acordei bem tarde. Estava me preparando, pois logo me mudaria para o meu apartamento, onde viveria como um casal, eu e Gil, o que sempre quisemos. Passou alguns dias, e nos arrumamos tudo. Logo eu estava me despedindo daquela casa, aonde meu avô, minha avô viveu, aonde ocorreu acontecimentos com meu pai, que desencadearam quase 5 anos de tristeza. Aquela casa, aonde ele reencontrou o amor por acaso, por culpa de alguns pais. Aonde ele viveu por toda a vida. Aonde ele criou todos os filhos. E aonde eu passei quase toda a minha vida.
- Ai meu filho, eu estou tão triste que você vai embora, eu não quero ficar aqui sozinho
- Não se preocupa pai. Eu sempre volto aqui. Hoje eu tava pensando. Essa casa, viu tanta coisa. Ela já existia desde quando papai nasceu, tem mais de 60 anos.
- É. Viu o nascimento dele, os momentos felizes e tristes dele. A depressão, a volta por cima, o nosso casamento. Nossa família se formar. Tudo. Se essas paredes falassem, teria história pra anos e anos.
- Pois é. Agora todos nós estávamos diferentes. Mas nunca vamos nos separar um do outro. Eu nunca vou te deixar pai.
- Que bom- falava meu pai Alberto, me dando um abraço forte- como eu queria que seu pai estivesse aqui pra ver isso.
- Eu estou- falou meu pai Felipe, assustando o pai Alberto.
- Ah Felipe, para de me assustar. Sempre teve essa mania.
- Felicidades para você filho, na nova casa. Eu sei que você se amam muito.
- É verdade, esse garoto aqui- falei, apontando por Gil- é o Amor de Gabriel
- E esse é o Amor de Felipe.
FIM
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