Coração Indeciso

Um conto erótico de Arantes, Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 2030 palavras
Data: 08/12/2013 00:40:26
Última revisão: 08/01/2014 11:28:00

Esta é uma estória.

Principal : Henrique

Ambiente: Brasília.

Ano: 2011

Características: Não é nada perfeito. Ele tem quinze anos, algumas espinhas que odeia; cabelo “vivo”, olheiras profundas, magro, vive em efeito sanfona e para piorar é estilo albino (aHUHAUHUauA). Gosta um pouco de estudar. Ama: novelas, Twitter e sériesAbri meus olhos, vi a luz do Sol adentrando rasamente a janela de correr que leva à varanda, lembrei que hoje começara o segundo bimestre. Eu estava ansioso? Não sei ¨¨ Sou o “nerd” da sala de aula (Só que não), mas estou pouco me lixando para o que dizem de mim, tinha alguns colegas, coisa básica ¨¨ Olhei várias vezes para o Sol, ainda com os meus olhos semicerrados. De súbito, pulei da cama e fui tomar meu banho, me arrumar. Quando me olhei no espelho, pensei “Aff, mais uma? Vai se foder!”, uma maldita acabara de nascer.

Quando cheguei à cozinha meu pai, Tadeu, ele estava com o jornal na mão; como sempre com sua camisa social e gravata, cor de vinho com listras inclinadas. Peguei minha tigela, coloquei meu cereal e leite. Sentei-me à mesa, mas meu pai logo fala:

— Que diabos te aconteceu hoje? Quase mando a Cida acordar-te! – Cida era nossa empregada, desde a Idade Média ¨¨

— Para, Tadeu, hoje é o inicio do semestre, ele já ‘tava acostumado a acordar tarde — E minha mãe sorriu. Chama-se Amélia, vestia sua blusa branca com aqueles laços enormes (sem comentários), estava comendo seu ‘café de luz’ como diz meu pai, minha mãe ama quando falam: “Nossa, o quê você faz para ficar assim?” ou quando ela está comigo e Tetê, dizem : “Vocês são irmãos?”, os olhos dela brilham ¨¨ —, tu exageras às vezes não é mesmo, eu hein!

—Também o senhor queria o quê? Não estava conseguindo dormir com todo aquele barulho! – exclamei com um sorriso no canto da boca. Meu pai e minha mãe se olharam. — ‘tava tentando dormir – mentira eu ficara conversando com Ana, minha melhor amiga, até tarde —, mas o barulho ¨¨ O senhor tem que mandar ver o que é isso – disse com uma cara sínica ¨ (risos internos e malignos [ha,ha] )

— Ah, aham, claro irei mandar ver! – falou todo desconcertado, coitados (ha, ha). — Vamos ?

— Claro! – falei, comendo as últimas colheradas — Tchau, Cida! — Dou um beijo no seu cabelo, pego minha mochila e vou para a garagem correndo para o carro do meu pai, Sportage, lógico que com meu telefone na mão. O trabalho dele é o mais próximo do meu colégio. Despeço-me da mamãe e, entro e me sento no banco de trás, vejo:

“Cadê tu, Bulldog? Ainda ñ te achei aqui. Rummmmmmmm” – Ana.

“Ai, tu me ama, não é? KKKKKK ‘tô’ saindo de casa” – Eu.

“Masoq ????? ” – Ana.

“É!! ‘Tô’ saindo de casa !!” – Eu.

“Não creio, já até bateu a campa!” – Ana.

“É a vida! KKKKKKKK” – Eu.

Envio o SMS e vejo meu pai e minha mãe no maior agarramento, penso “Masoquequeisso?”. Abaixo o vidro e digo “Oi, tudo bem?? — falei num tom de falsa calma — Só por alto mesmo, mas já são OITO HORAS!!!!!!!!!!!” — Acabei com o clima ¨¨

Meu pai entrou no carro tipo #Chateado (soltei um quase sorriso). Ele me olhou e disse “Estraga prazeres, vai me pagar!” – rimos juntos. Ele começou a sair da garagem, de repente olho para o lado, meu vizinho de cueca branca, com volume, tento disfarçar, mas era impossível. Coração na boca. A casa dele é na frente da minha.

Ele procurava algo no carro. Seu peito, desnudo, sem nenhum pelo, braços fortes (todos o comparam com bambam), pernas cabeludas e usa como penteado um misto de topete com moicano. Nossa, como eu o quero só para mim.

Mas, de repente aparece a “baranguenta” que ele encontrou ano passado, ele se vira e começam a conversar .Mesmo assim penso “Que homem!!!!!! Meu Deus!!!!!!! ‘tô’ com fogo, ‘tô’ com fogo! Vem me apagar !!!”, quase babando, se não estava ¨¨

Meu pai nota e fala:

—E as namoradas?

—Todas grávidas! – exclamei rindo.

—Não me faça isso¨ -ele fala rindo.

Depois de já ter passado por meu amor platônico, coloco novamente meus fones, ele domina meu pensamento, desde meus oito anos (às vezes, fico pensando “Desde meus oito anos sou apaixonado por esse homem, que na época tinha minha idade”).

Desde quando nos mudamos, tem seis anos, quase sete anos. Na mesma noite bati os olhos nele meu coração acelerou, chega doía e. Ele se chama Ricardo. Logo quando eu me mudara, ele tinha dezessete anos, eu nove, ele ‘tava’ de cueca preta (Por que ele sempre ‘tá’ de cueca?). Ele ‘tava’ falando com os pais dele (a casa era deles, ainda é), eu, Tetê, Licca (minha prima) e Drica (amiga) estávamos sentados conversando, em frente de casa.

— Pai, o senhor tem falado com Tetê? – indaguei

— Falamos, eu e sua mãe com ela ontem. Por quê? – disse

— Por nada, não, é que eu nunca mais a vi online ¨¨

Cheguei à escola e me despedi de meu pai. Maria, a porteira, disse — Olha a hora Henrique! – beijei a palma da minha mãe e soprei para ela, que ficou corada. Tava subindo a escada olhando para o meu celular e escrevi “Cheguei vaca!” mandei para a Ana. Quando estou twittando dou de encontro com alguém, era Matheus que estava com um copo de água na mão e fala: — “Pow”, não olhas para aonde andas, não? — falou Matheus encharcado. Era um menino magro, alto, do meu “top”.

— Desculpa — falei correndo e acenando.

Vi Matheus ficar todo abobalhado coçando a cabeça. Eu conhecia-o somente de vista e já haviam me falado dele.

Bati na porta. O professor de Química, Thales, a abriu, falei:

— Oi professor!! – com aquele sorriso amarelo, de cara de pau.

— Henrique! Já começou assim? – ele falou brincando, ele era super bacana e tal.Eu me dava com todos os professores (as).

— Fazer o quê? Não é? – Ele soltou uma risada sínica, ele riu. — Não devia fazer isso, mas ¨¨ vai entra ! – riu

No quadro estava

“Composição química”

“Funções”

“Pág. 60”

Depois de Química (estava no final quando cheguei), veio Física e Geografia, depois dessas três aulas, bateu a campa.

Fui para o pátio que fica perto da escada. Escutando música, twittando, mexendo na internet e olhando os garotos jogarem futebol, coisa que nunca fui chegado, acho ridículo futebol, só futebol mesmo ¨¨.

Comecei a olhar para o prédio ao lado, tinha um gostosão de vinte anos, branco, loiro e sua barriga era bem definida. Ele falava no telefone ao parapeito, só de cueca, nem precisa perguntar para onde eu estava olhando não é mesmo?

Ele notou. Ficou me olhando nos olhos, seus olhos eram verdes — Verdes? Sim, acho que sim —. Desviei o olhar para meu celular e ele se espreguiçou, fez aquela cara de inocente (me controlei), ele deu várias puxadas na cueca e ¨¨¨ A campa bate. Finjo que não estava olhando-o. Ele estava sentado agora, olhando e sorrindo para mim !!!!! #Morto

Voltando para sala de aula, ia começar minha aula de francês me sento e de súbito me enviam uma mensagem:

“E ai, deu muito essas férias veadinho?” – Anônimo.

Franzi os lábios e suspirei. A professora, Dira, me viu usar o telefone e disse:

— Usando o telefone? — ela me olhou e se virou para o quadro.Exclamei:

— Não!

O telefone vibrou e ela disse:

— Desliga isso! Se não apagares te levo para a secretária!

Ela vivia de mau humor, eu hein!

Bruno e sua turminha, todos da sala conheciam-os como fundão, começaram a rir! Aff, me esqueci de como odiava aquela turma. Todos gostavam de mim antes dele chegar, inclusive eram chamados de turma da nota baixa.

— Professora, posso ir beber água? — indaguei-a.

— Vá, mas rápido! — respondeu secamente.

Segui, indo para o fundo da sala, onde se localiza a saída da sala. Quando chegou certo ponto colocaram o pé para mim cair, mas pulei quase pisoteando-o. Era Bruno, ele falou:

— Cuidado, ô ! — Ai começou a tirar sarro da minha cara com uma antiga “colega” falando :

— Tu é ? Tu é? — perguntavam ironicamente — Ele é ?

Ignorei-os e sai. Fui até a área, onde ficava o bebedouro de repente senti meu telefone vibrar, tire-o do bolso, era o meu Facebook , tinha um convite :

“Matheus L. Arendks: || Confirmar || || Rejeitar ||” (40 amigos em comum). Ri e aceitei.

Bebi água e fui para a sala. De repente dou um encontram com minha professora de francês que fala:

— Da próxima vez vais ficar seco como múmia, mas não vais mais sair!

Pensei “Fizeram isso com a Sra, não é mesmo?”

Entrei na sala e fiquei conversando com Esther, Cléo, Dimitria, Fernanda, João e Pedro Quando chegou a hora da saída, Ana saiu me puxando, quase derrubando meu “cupcake” , ela interrogou-me :

— Onde tavas no intervalo?

— No meu espaço.

— Sério? – ela riu.

— ‘Tá’, mas que querias me falar?

— É um garoto novo, eu gostei dele – ela riu – ele tem um gingado, sabe? – riu de novo

— Aham, sei – nós rimos. —, ‘tá’, cadê ele? – perguntei

— É aquele ali de boné do cone crew preto. – falou disfarçando.

Era estilo magro, olhos tímidos, mas que nos fitavam, tinha a boca carnuda, e alguns rastros de espinhas, pele morena. Deixou-me desconcertado. Estava conversando com os meninos que eu tinha certeza que me odiavam Bruno, Matheus e um grupinho ¨¨ Falei:

— Ha, até o novato! Ele não vai ir com a minha cara! – falei meio que engasgando, meninos geralmente me evitavam, mas que me conheciam e, às vezes falavam comigo. Eu e Bruno tínhamos alguns colegas em comum. Bom, eu falava com todos ¨¨

— Aff, para de neura cara! – disse Ana

— Neura é o caralho, daqui a pouco até tu vai ‘tá’ lá com eles. Graças a Deus vou sair dessa porra! – exclamei. Até tinha colegas, o pessoal da sala falava comigo, eram legais, mas estava cansado de tudo aquilo! — Vou para uma faculdade bem longe.

— Ah, não sai não, fica amigo! – disse Ana

— Pra que ficar? Ficar sofrendo? Tu sabes onde é minha casa, sei onde é a tua, o povo também sabe. E sempre vais ser minha amiga, não é? — indaguei levantando a sobrancelha e sentando no muro que divide um dos corredores que leva à lanchonete e a quadra do colégio — Ah, porém ainda vai demorar muito, fica assim não! Quer ir lá para casa amiga?

— Não vai dar, tenho que ir para casa do Alex – Alex era o namorado de Ana.

— Então tá amiga, tchau! – sorri e fui para casa

Tomei banho, fiquei no computador; era para eu ir para meu curso de alemão, decidi não ir. Decidi levar Deco para passear. Deco é meu São Bernardo. Fui à cozinha, vi Cida, corri até ela e tapei seus olhos.

— Adivinha quem é? – desafiei.

— Me deixa ver ¨ É um menino feio, chato, que vive estudando e, eu conheço desde pequeno e se chama Henrique?! – peguei e dei um abraço nela.

— Haha, muito engraçada Cidinha! Cida, você viu a coleira do Deco?

— Coleira ¨¨¨ Só sirvo para isso é?

— Sabes que não, vai, sorri – coloquei meu dedo um de cada mão nos cantos de sua boca e forcei um sorriso. Começamos a rir.

— ‘Tá’ bom, chega brincadeiras, ‘tá’ na gaveta de ferramentas de seu pai. Quarta gaveta, contando de cima para baixo.

— Já volto! Deco, Deco ! – Assobiei, Deco correndo e latindo, veio acho que da sala. — Ôh!, meu lindão, te amo tanto, sabia? – ele latiu e fomos à garagem.

Prendi a corrente na coleira e fomos passear pelo condomínio. Passei na frente da casa de Rodrigo e não tinha ninguém, sua mãe deveria estar na escola em que coordena, seu pai na empresa em que é representante e seu irmão deveria estar na faculdade. Rodrigo deveria estar junto ao seu pai, estava começando a tomar o lugar de seu pai.

Comecei a me lembrar das vezes que ele ficava na varanda do seu quarto só de cueca, sempre amarei aquelas cenas. Eu moro na rua 24. Mas eu e Deco, nós já estávamos dando a volta rua 1. Quando vejo ¨¨¨

Bom, acho que estendi demais este primeiro capítulo, mas espero que esteja no gosto de todos. Sempre que possível irei estar postando. Como estou de férias acho que no mínimo um capitulo por semana quiçá dois, três ¨¨ Bom espero que seja do agrado geral! Se quiserem que eu detalhe mais me falem, comentem.

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