Um amor duplamente proibido (parte 86)

Um conto erótico de H. C.
Categoria: Homossexual
Contém 630 palavras
Data: 29/12/2013 09:58:53

Mais um...

ParteMaria assume a narrativa. O tempo passa a ser contado momentos depois de o Rafael tentar ligar para o Lucas.

O dia estava bem tempestuoso, eu sinto conforto com minha vida atual, meu filho, marido casa, enfim, tudo normal. É bem verdade que a minha vida antes de encontrar o João era bem mais agitada e emocionante, mas já estava em tempo de sair daquela profissão.

Antes de estacionar minha moto, vi o Rafael sair desesperado. Minha intuição me fez segui-lo, pois era evidente o transtorno dele e algo me dizia que o Lucas estava envolvido.

Ele andou rapidamente, vigiando os lados como quem procura alguém. O segui até um beco sem saída. A primeira coisa que me veio à cabeça é o medo dele estar envolvido com drogas. Cautelosamente olhei para dentro do beco, mas ele estava vazio, as únicas coisas no local eram umas sacolas de lixo e algo que se destacou no meio da sujeira. Aproximei-me para ter certeza do que era. Quando segurei não restou duvidas de que era uma pena de uns quarenta centímetros e branca, não um branco qualquer, mas um branco puro e límpido. Perguntei-me qual animal deixara cair.

Olhei nas ruas próximas, todavia não descobri para onde o Rafael foi. Talvez eu estivesse ficando velha e me confundi ao vê-lo entrar no beco. Voltei para casa a tempo de ver os amigos de meu filho saírem apressadamente. Chegando, fui até a sala onde meu marido lia o seu livro.

Eu – Querido, o que ouve, para o Rafael sair desesperado daquele jeito?

João – Ele está preocupado com o Lucas.

Eu – o que aconteceu com nosso filho? – perguntei já preocupada.

João – não se aflija, provavelmente foi passear na praça com sua bicicleta, lembra que ele costumava fazer isso para relaxar?

Eu – sim, lembro.

João – o Rafael que é muito... Cuidadoso. Está exagerando na preocupação.

Eu – é. Talvez você tenha razão – disse com um tom de duvida, pois minha intuição martelava que algo estava terrivelmente errado.

Rafael assume a narrativa. O tempo passa a ser contado do momento em que ele levanta vôo no beco e despista a mãe de Lucas (...)

Alguém estava me seguindo, não prestei atenção na pessoa, pois estava muito preocupado com o Lucas. Alcei vôo assim que cheguei ao beco. Iria voando até o parque, demoraria muito ir andando, além do mais, é mais fácil procurar do alto. Demorou apenas alguns segundos para eu chegar, assim que avistei o Parque vi o DR. Leopoldo sentado em um banco, ao lado ma bicicleta. Ele olhava o “nada”, estava só, o parque vazio devido ao temporal que ameaçava cair. Desci bem perto dele fazendo-o tomar um susto.

Leopoldo – puxa! Assim você me mata do coração Rafael – falou recompondo-se do susto. Se eu não estivesse preocupado com o Lucas não poderia deixar de rir dessa ocasião.

Eu – desculpe... Estou procurando o Lucas, o pai dele disse que talvez pudesse encontrá-lo aqui.

Leopoldo – não, cheguei aqui há algum tempo e não vi nem uma viva alma.

Eu – estava andando de bicicleta? – falei apontando para o equipamento ao seu lado.

Leopoldo – não. Encontrei essa jogada ali, perto das arvores.

Meu coração apertou, uma dor forte e indescritível. Aquela era, provavelmente, a bicicleta do Lucas. Ele não voltou para casa e o mais provável era que aquele monstro repulsivo tenha capturado meu amado. Naquele momento fiz algo que eu não podia imaginar ser capaz. Gritei, gritei com uma dor absoluta na voz, senti o chão tremer, as nuvens ficarem mais cinzentas. Deve ter durado alguns segundos, então voltei para as nuvens. Embora o ódio houvesse tomado conta de meu coração, eu ainda tinha um fio de esperança, pois lá no fundo sabia que meu amor ainda estava vivo, e eu o encontrariaContinua ...

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Comentários

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muito bom cara que demais chonei aqui

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