Get Together 30

Um conto erótico de Augusto e Roberto
Categoria: Homossexual
Contém 1913 palavras
Data: 28/12/2013 20:38:31

Parte III - Augusto

Capítulo 30 - Get Together – Parte I

Eu desci do ônibus com o gps do celular ligado me mostrando o caminho. Eu estava acostumado a andar de ônibus, porém não perto da casa do Beto, porque sempre que eu passava por lá ele estava comigo e falava onde descer, que caminho seguir, mas minha cabeça era uma negação e nunca lembra dessas coisas. Quando eu estava quase chegando o Beto veio me encontrar, entreguei para ele a lembrancinha da minha viagem que eu tinha trago para ele, nos beijamos e eu perguntei sorrindo:

- Nervous? Eu perguntei olhando no fundo dos olhos dele.

- A lot, Darling. Ele me respondeu sorrindo.

Eu adorava nossas conversas em inglês, eu adorava e ainda adoro inglês, então o Beto falando inglês com o sotaque dele era como um “eargasm” para mim. Entramos na casa dele e fomos direto para a cozinha. Antes eu tive que guardar a minha aliança, o Beto achava melhor ir com calma e não mostrar para a mãe dele a aliança. Era finalmente hoje que eu ia conhecer a D. Fernanda como minha sogra e ela ia me conhecer como genro dela. Chegamos na cozinha e ela estava de costas cozinhando, quando o Beto anunciou a minha chegada e ela virou para trás para me ver.

- Então, Augusto, você não esperava que eu fosse te chamar pra vir aqui em casa, não é mesmo? – Disse a minha sogra com o típico sotaque paraense e um tom de “eu sei que não esperava” na voz.

- Não, a senhora me pegou de surpresa – disse eu, rindo, meio sem jeito, afinal de contas era a primeira vez que ela me via como namorado do filho dela.

Então eu entreguei o chocolate que eu tinha levado para ela e ela fez uma brincadeira sobre como eu queria adoçá-la para ela conversar comigo, mas minha cabeça estava em outro lugar. Eu olhei para o Beto, que estava com um ar todo alegre, porém eu conseguia ver o nervosismo escondido atrás daqueles olhos escuros, hipnotizantes e fui transportado para outro dia, em outro ano...

Junho de 2011

Era um dia particularmente frio e eu estava de cabelo em pé (apenas figura de linguagem, porque meu cabelo era um pouco comprido, cheio de voltinhas, chifrinhos e eu achava ele horroroso – só fui ter consciência de como ele era “horripilante” depois que eu cortei-o) [Nota do Beto: Não feio coisíssima nenhuma :D] porque eu ia apresentar um trabalho cuja apresentação valia 40 pontos e o trabalho escrito 60 e as duas pessoas do meu grupo ainda não sabiam as falas de core. Era meio inútil esbravejar com elas e a apresentação era em 40 minutos, então eu pensei comigo: “quer saber? Vou relaxar e dar meu melhor, a nota vai ser individual mesmo”, mas pensei com peso no coração, porque eu sempre odiei virar as costas para um amigo, porém elas já tinham passado dos limites.

Foi então que meu celular tocou, era o Beto, eu atendi meio assustado. A ligação estava ruim, mas ele disse algo sobre estar no meu campus olhando espaços para eventos do congresso nacional que o Diretório Acadêmico do curso dele estava sediando e sobre a amiga dele que fazia Letras (uma menina que era da minha sala, mas que eu não me lembrava bem dela porque eu era péssimo – e ainda sou – com nomes)[Nota do Beto: era a Tassia gente :D] não poder levar ele num tour pelo campus. Eu disse que poderia, mas tinha que ser rápido, ele entendeu e combinamos de nos encontrar na porta do bloco do meu curso.

A última vez que tínhamos conversado foi no dia anterior, pelo msn, falando sobre o como eu estava chateado com meu namorado pelos sapos que eu tinha que engolir, mas ainda assim eu gostava dele. O Beto sempre foi um bom amigo, passávamos horas conversando sobre os mais variados assuntos: a última roupa que a Lady Gaga usou (sou Little Monster ), clipes de que foram lançados recentemente, nossa vida amorosa... A minha era um desastre, ele sabia. Eu tinha um ex que me trocou por uma menina porque pressionaram ele quando descobriram que ele era gay e tinha outro que terminou comigo para não me trair (sim, ele disse com essas letras). O único relacionamento que parecia estar dando certo era esse meu com o Henrique, tirando os sapos que eu engolia. Eu sempre fui uma pessoa de relevar as coisas, mas certas coisas eu não relevo devido à minha insegurança: como sair sozinho um sem o outro. Eu nunca traí um namorado, a única vez que eu traí eu traí uma menina com um dos meus ex, vendo o sofrimento dela eu jurei para mim mesmo que nunca mais faria isso, porque eu odiaria me sentir assim, desde então nunca traí.

Assim que eu saí eu olhei para um lado, olhei para o outro, não vi ninguém que me lembrasse o Beto, então quando eu ia dar a volta no bloco eu ouvi um assovio, eu não era acostumado a responder assovios, então ignorei. O assovio ficou mais forte, quando olhei, um menino de estatura média, moreno claro, todo empacotado em roupas de frio, fez tchau para mim e sorriu um sorriso estonteante. Foi aí que eu percebi como ele era diferente ao vivo. Ele me disse um oi meio com a voz grossa (que até hoje ele acha que engana que alguém, mas que me diverte muito ver ele fazendo). Eu não pude deixar de reparar em como ele era cheiroso, como ele era fashion com um óculos de grau enorme, estilo wayfarer verde azulado com laranja, um cachecol verde escuro, um casaco verde com detalhes militares e uma calça jeans. Eu fiquei meio pra baixo, porque vi nele tudo o que eu queria ser e fiquei com um pouco de ciúmes: ele tinha a pele perfeita, o cabelo bem arrumado, um corpo bonito que podia ser visto mesmo por debaixo das roupas de frio, roupas bonitas que eu não podia usar porque tudo o que era fashion ou diferente meus pais se recusavam a me dar e eu não tinha dinheiro pra comprar. Por um segundo eu pensei: “gente, ele é tão bonito quanto o meu namorado” e meu estômago deu uma pulada, mas então eu me puxei a orelha “você namora, ele é bonito, é cheiroso, é inteligente, mas você namora e ama seu namorado” e então voltei ao normal.

Começamos a caminhar jogando conversa fora. Eu mostrei pra ele alguns espaços, como o Centro de Convivência que era bastante espaçoso (um lugar que eu costumava ir nos intervalos das aulas quando estava solteiro para ver se tinha alguém interessante e acabei me arrependendo de leva-lo lá, porque não paravam de olhar pra ele e eu fiquei com ciúmes do meu amigo, porque nunca olhavam para mim), um espaço bem grande descoberto próximo ao CC, uns gramados, e enquanto eu ia mostrando para ele os espaços, conversando.

- E então, Beto, como está o final de período? – perguntei interessado.

- Ah, tá muito corrido cara, eu tenho um monte de provas e ainda tenho que ver essas coisas pro DA, é muita coisa pra fazer em pouco tempo – como o sotaque do Beto era bom de ficar ouvindo, eu podia ouví-lo durante horas o dia todo, assim como o meu namorado – e o seu?

- Está indo, esse trabalho de hoje foi um pé no saco! Essa matéria é inútil, vale 100 pontos no total e 40 é a apresentação e 60 a parte escrita, tudo entregue no final do semestre e a professora parece que nem sabe o que ela tem que dar pra gente nem como dar.

- É, mas pensa pelo lado positivo, você tem seu namorado para te ajudar com essas frustrações né, você pode desabafar com ele.

A conversa então começou basicamente a girar sobre o meu relacionamento com o Henrique. Eu desabafei com ele que ele tinha um gênio meio difícil, mas que era um amor comigo e eu gostava muito de namorar ele, que na verdade eu nunca tinha gostado tanto de alguém e que ele era bem certinho, apesar de ser muito popular, que ele era bem bonito e bem de vida (não muito mais do que eu), que nosso relacionamento caminhava bem, tirando os sapos que eu engolia de vez em quando e das nossas brigas por causa de sair. Eu nunca gostei de ir pra boate, pra bar beber, essas coisas e por ele ser muito popular ele sempre era convidado pra essas coisas e a gente sempre acabava brigando porque meus pais não me deixavam ir e eu era inseguro demais pra deixar ele ir sem mim, afinal de contas, o que ele teria visto em uma pessoa feia como eu?

Ele poderia arrumar uma pessoa mais bonita que eu num estalar de dedos, na verdade ele nem precisaria pedir, ele era bonito e as pessoas iam chegar nele. O Beto me ouviu bem, me deu conselhos e no final me agradeceu me dando um abraço e se despedindo me deixando no meu bloco porque eu tinha que apresentar meu trabalho.

Enquanto eu subia as escadas eu percebi que a única pessoa com quem eu desabafava meus problemas era o Beto. Ele me ouvia, me aconselhava, estava sempre do meu lado. Eu conversava com ele sobre coisas que eu não tinha liberdade para conversar com meu namorado (ou porque ele era imaturo ou porque ele ai acabar falando que eu tava caçando briga com ele). O Beto era um bom amigo, ele tinha se tornado o meu melhor amigo em tão pouco tempo que foi assustador parar para pensar nisso... Como eu estava errado, e pensar que o cara com quem eu ia querer passar o resto da minha vida estava ali na minha frente o tempo todo e eu ali achando que ele era apenas um bom amigo.

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Lindos and Lindas do fundo do meu heart. Como estão todos depois desse tempo todo? Todos vivos e lindos ainda né? Eu espero :D

Gente aconteceu tanta coisa na minha vida, principalmente na minha faculdade e isso tirou totalmente meu animo pra escrever. Bem eu to me recuperando agora nessas mini férias de duas semanas que eu to tendo e vou juntamente com tudo que to tentando colocar nos eixos colocar o conto também pois vocês todos que leem e acompanham ele merecem saber o fim dele.

Bem como viram o capítulo não foi escrito por mim e sim pelo Augusto, ele sempre foi meu consultor esse tempo todo :D, então ele merecia começar essa terceira parte e quem sabe ele não vai narrar alguns capítulos a mais também pois ele é um escritor foda!!!

E o título e a mesmo do conto - Get Together da Madonna, e sim esse capítulo tera sua segunda parte apenas no fim do conto, ou seja o último capítulo.

Com isso gente espero estar de volta e que tenham gostado do capitulo, não prometo escrever com frequência ok? :/ mas vou escrever quando tiver bem, o que já e quase boa parte do tempo. Então please queridos and queridas tenham um tico de paciência comigo ok :|. Então e isso Lindos and Lindas do meu coração, não morri e estou aqui e realmente espero que gostem, votem e comentem o capitulo :D. E fiquem atento para os próximos ok e sim eu estava morrendo de saudades de vocês todos :D.

Um beijo imenso pra cada um :*

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Comentários

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Eita gostei do retorno, que bom que voltou pensei que tinha desistido do conto ansioso.

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Bom demais. Que bom que postasse, pensei que tinha desistido. E gostei do Augusto narrando. Abraços.

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