Coração Indeciso - Capítulo XV

Um conto erótico de Arantes, Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 1419 palavras
Data: 24/12/2013 05:23:30
Última revisão: 08/01/2014 12:47:05

- Boa Leitura ^.^ -

— Ei, meu celular! Devolve-me! — Antes de entrarmos na sala, ele revirou os olhos e tirou ele do bolso com dois dedos e me entregou. Olhei na tela, estava desbloqueado, ele viu!!

— Intrometido!— Mas estava me ferrando para o que ele tinha visto. Minto, um pouco preocupado. Entrei atrás dele com um sorriso de cegar a vaca da Dira. Que estava explicando, uma das matérias mais difíceis do francês, os verbos.

— Onde estavam? — Perguntou ela de semblante na amigável logo que me viu.

— Na secretária e... — Fiz uma pausa como se não me lembrasse do que iria fala. — Estou livre de qualquer atividade com o Bruno Padilha, espero que a Sra consiga um novo grupo — minguei minha expressão fingidamente.

— Tudo bem, senta logo! E abre o livro na pág. 70— Se virou para o quadro. Dei outro dos meus irônicos, sorrisos. Meus colegas não vieram, eu estava só ali.

Tive que aguentar mais uma aula de francês e seus exercícios que praticamente só eu acertava.

Logo que terminei os exercícios. Fiquei pensando no meu curso de alemão, marcaria minhas aulas de reposição hoje e, com aquele professor rude, forte e másculo que exalava virilidade, era puro tesão. Mas também um ótimo professor, principalmente quando vestido de Fritz, aquela blusa e o macacão apertando seus músculos, hum, uma loucura. Típico alemão, olhos azuis, cabelo loiro. Eu não tirava os olhos daquele gostoso, mas não superava meu gostoso Ricardo... Ele é o mais gostoso para mim.

Alguém passou para falar com a professora e tropeçou no meu pé, foi Bruno. Ele tava doido para que eu voltasse na secretária e fizesse meu teatro. Virei-me, na hora que ele passou, fingi que ia conversar com Helena, ele tropeçou e caso não se segurasse na carteira de Jamile cairia com tudo no chão. Dei um risinho ele transformou seu rosto em careta.

A professora Dira se foi e logo apareceu Dandara Nunes, super simpática.

— Bom dia — falei para ela.

— Bom dia — ela sorriu.

— Hoje vamos falar do assunto de terça-feira.

— Professora, eu faltei terça, meu pé.

— É morfologia meu bem que vamos dar continuidade, só que já estamos em verbo.

— Tudo bem.

— Então vamos logo com isso. — disse ela e bateu palma e foi ao quadro. Começou a escrever. — Uma das dificuldades observadas quando da aprendizagem dos verbos refere-se justamente à complexidade que representa para os estudantes, de uma maneira geral, "memorizar" ou "decorar" tempos verbais e outros elementos associados ao tema.

“Então agora baseado nas coisas que sabem e com auxilio de dicas do livro façam essa atividade” — Ela pegou um bloco de folhas todas com uma mesma matéria jornalística, nesta tinham lacunas onde deveriam haver verbos.

As folhas iam aos montes para trás. Enquanto eu já havia terminado, Helena ainda estava no inicio.

— Ai, tava querendo conversar... — falei, deitei minha cabeça na carteira olhando para Helena que estava na cadeira de Paula.

— Então me dá a resposta. — disse ela.

— Eu não, ‘sô‘ lá de fazer essas coisas.

— Ai, tá muito difícil isso.

— Não achei, vai ler livros!! Hahahahhahah

— Sou mais de realidade mesmo, agarração.

— Eu hein, sua nojenta. — fiz cara de nojo. — Faz o dever, faz.

— Ai, tô sem cabeça, me ajuda vai, Rick!

— Eu não. Quero usar o telefone, porém ir à secretária agora acusado disto só vai acabar com a minha — fiz aspas — reputação. Vai tu consegue.

Quase caio no sono, mas logo bate a campa. Vou atrás da Ana. Logo a acho e, ela sentada em uma de nossas mesas.

— E ai, como foi lá? — Me pergunta logo, não desviando os olhos de seu celular, Motorola A45 Motocubo.

— Dei um susto naquele babaca.

— Tá, mas o que aconteceu lá? — disse ela agora olhando para mim.

— Quando eu tava entrando ele apertou minha bunda, acreditas nisso?

— Hahahaha, tu gostou não foi? Né safado?

— Tá louca, claro que não, para com a tua doidice.

— Tava brincando, ô! Mas vai continua!

— Hum... — Cocei minha cabeça e continuei cabisbaixo — safei ele.

— O que? Tá doido? Não era tu que queria vingança?

— Ah, sei lá! Eu sou estranho, tu me conheces! — falei olhando para os lados.

— Tu é babaca isso sim!

— E tu és uma elefanta chata! — Levantei e peguei um caminho para trás da escola, onde fica uma espécie de macieira.

Deitei-me na lateral da muretinha que cercava a macieira de fronte a uma mesa de cimento com seus quatro banquinhos. Fiquei mexendo em meu telefone, dando #RTs e favoritos no Twitter. A luz do Sol batia ralamente em minha calça e em meu sapato.

Quando sinto alguém se aproximar e sentar-se lá. Sentei-me e vi uma figura conhecida, de boné, esta igualmente me olhava, era alto e jogado. Me senti provocado. Mas desviou o olhar para uma figura baixa, loura, branca, arrogante e com seios enormes para sua idade. Era Sandra.

Ele desviou o olhar para imponência daquela figura baixa. Levantei-me, uma maçã acertou minha testa e correu aos pés daquele menino que Ana paquerara com o olhar. Misterioso, de sorriso solto. Eu não sabia seu nome, não sabia nada sobre ele, mas ele me chamara minha atenção. Sai dali, fui atrás de Ana de novo.

— Ai, vem cá amiga! Tô doido, um monte de coisas acontecendo comigo.

— Aff, tô vendo! Bora no Shopping? Quero ver Não se Preocupe, Nada Vai Dar Certo!!

— É legal?

— Claro, vou ver filme chato? Putz, só tu mesmo!

— Droga! Acho que não vai dar. Vou passar o resto do dia no curso; chegar em casa e me arrumar para lá! Vou marcar agora.

Aproveitei o que me restava e marquei minhas aulas de reposições. O resto do meu dia escolar transcorreu normalmente. Logo eu estava ligando para meu pai ir me buscar na escola. Enquanto isso eu fiquei conversando com Ana. O Sportage de papai logo estava na frente da escola. Abri a porta, sentei-me e apertei o sinto. Lembrei-me de meu comentário, sobre um fato curioso com Ana:

— Pai, aonde o Sr foi daquele dia em que me deixou sozinho no hospital?

— Por que isso agora filho?

— Nada, é que eu me lembrei disto e queria saber.

— Sua mãe tinha me ligado. Aquela ligação lembra?

— Tô.

— Pois, então ela me disse que tínhamos que ir ao jantar dos Albuquerques.

— Foi por isso que Ricardo foi lá em casa?

— Sim, sim, sim.

— Ah, tá.

De pronto chegamos em casa e nem me troquei, pois, só iria me trocar quando fosse para ir ao curso. Logo quando chegamos Deco veio abanando o rabo e latindo, acariciei a cabeça dele. Eu e meu pai subimos, meu pai foi ao seu quarto falar com mamãe. Subi para pegar meu computador, logo desci para a cozinha.

— Oi, linda. — falei para Cida; liguei meu computador.

— Hum… Olha o desaparecido — Ela colocou a mão na cintura — Que diabos te aconteceu contigo, menino?

— Fui inventar de comer na rua e te lembra do dia dos mariscos aqui em casa? — Olhei com aflição para ela — Pois é… aconteceu de novo...

— Menino! Tu és louco? Não sabes que tem que perguntar antes de comer?

— Ah, já tava desacostumado a comer na rua com papai e mamãe. Ah e com a Ana! Eles sabem que eu sou alérgico e pedem para mim.

— E com quem tu foste comer, hein?

— Com o medico que me consultou e arrumou meu pé — Abri meu Facebook. Comecei a jogar Cityville. Desativei o chat. — Inclusive nem sinto mais dor.

— Por quê?

— Porque ele esqueceu o jaleco aqui!

— Hum... Deixou a Cida aqui triste, parece que nem quer comer minha comida.

— Hum… Fugir dessa comida maravilhosa? Nunca!

— Para de me iludir. Hahahahahahaha

— Hum, mas quando tu sabes que a tua comida é a melhor! E ai, o que tás fazendo para gente?

— O de sempre, carne ou galinha! Hoje tô fazendo galinha com creme de leite.

— Hm,delicia!

Minha cidade estava no nível vinte e dois, enviei vários materiais que Matheus e outras pessoas necessitavam,curti algumas coisas e fui até para o meu lar virtual: Twitter (*0*) e postei:

“Hoje um otário mexeu comigo, levei ele para secretária...”

“Ficar a tarde inteira fazendo reposiçãoooooooooooooooooo!!!”

Meus pais desceram e almoçamos. Deco tinha acabado de comer, mas me pedia galinha...

Terminando de almoçar, subi e fui me arrumar. Pedi o dinheiro para papai e para ele me levar ao curso. Passei a tarde inteira só com um gostosão sem poder fazer nada... com aquele ... “Schwänze” (Pauzudo)... Queria tanto que ele dissesse “Komm her, ich will ficken!!” (Vem cá, eu quero foder!

Ahhhhhhhh, vocês estão gostando :) !! Vocês felizes, eu estarei também!!! Beijos!

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