Um amor duplamente proibido (parte 79)

Um conto erótico de H. C
Categoria: Homossexual
Contém 1430 palavras
Data: 16/11/2013 07:45:35

Aqui estou para trazer mais um fragmento de minha história. Agradeço as dicas de contos. Desculpe se "viajei" um pouco durante essa parte, porem é assim que tem que ser. Esse capítulo ficou um "pouquinho" maior do que deveria, mas espero que agrade. Ao conto!

Parte 79

Subi as escadas cautelosamente, cuidando para não ser surpreendido. Meus pais estavam longe de mim e, provavelmente, acreditavam que eu não sabia que eles estavam me seguindo. Olhei pela porta do laboratório, mas estava vazio – e destruído para falar a verdade – no chão espalhavam-se cacos de vidro e substância que exalavam fumaça, cadeiras estavam derrubadas, mas não reparei nenhum corpo.

O silencio era incômodo, uma vez que a pouco se podia ouvir muito barulho vindo desse andar. Sai e fui até a academia. Aparentemente essa estava intacta. Voltei a minha peregrinação, passei pela sala de reuniões e à sala espelhada, olhei no arsenal, mas não tinha ninguém lá também. Pensei: “provavelmente o Rafael conseguiu amenizar o problema e foi à biblioteca procurar respostas”.

Abri a imensa porta da biblioteca e pude ver que eu estava certo. O Meu amado estava com meus amigos lá em baixo, na cessão que tem os manuais da casa. Desci para averiguar o que raios havia acontecido.

Rafael – Lucas!? Você não deveria estar com seus pais?

Eu – Eu ouvi barulhos esquisitos e resolvi averiguar o que estava acontecendo e porque tanta demora. Meus pais ficaram olhando a vista da sala... Por que o Alex esta e farrapos e descabelado tal qual mendigo e você esta com a camisa toda suja e salpicada de vermelho atrás? – falei dirigindo-me ao Rafael.

Carol – a historia até que é engraçada.

Alex – só se for para você! Aquela coisa quase me matou.

Rafael – bem, resumindo: o Alex e a Carol ficaram entediados e foram para a sala dos espelhos, o Alex ficou... Se admirando nos espelhos enquanto a Carol brincava com uma bolinha daquelas que descobrimos mudar de forma. Como ela não quis ler o manual acabou formando um símbolo animal e a arma se tornou uma espécie de piti bul de pedra e sem orelhas. O Alex resolveu insultar o bichinho e o “quase animal” correu atrás dele, o perseguindo até o laboratório. Nisso eu chego e o lugar esta uma zona e o Alex estava todo roxo de tanto levar cabeçada do bichinho. Ai, eu o peguei e viemos aqui para torná-lo de novo uma Pedra que não se mova. E aqui estou.

Eu – tudo bem... Vou fingir que entendi, agora vamos. Meus pais já devem estar bisbilhotando a casa se os conheço bem.

O Alex foi deixar a arma no arsenal e a Carol disse que queria ficar um pouco na estufa, pois gostava de flores. Rafael e eu voltamos para a sala onde eu havia deixado meus pais, mas eles não estavam mais lá. Íamos começar a procurar quando eles apareceram vindos do andar de baixo.

João – desculpe, mas sua mãe precisava ir ao banheiro. Vamos continuar a olhar a casa? – falou com aproximando-se de nós.

Eu – ok... Vamos! – e subimos.

Achei estranho, eu poderia jurar que eles haviam me seguido, mas tudo bem. Fomos, primeiramente, ao laboratório e demos uma desculpa esfarrapada de que o Alex misturou o que não devia e acabou resultando em um pequeno “desastre”. Eles pareceram compreender. Mostramos a sala de ginástica, de reunião e a de espelhos, a qual minha mão adorou.

Maria – que sala linda, para todo lado que você olha pode ver todo o cômodo refletido infinitamente nos espelhos – seus olhos pousaram no piano – você toca?

Rafael – um pouco, aprendi quando meus pais eram vivos.

Maria – você pode...

João – esta quase na hora do almoço, e parece que ainda falta um andar inteiro. Deixe que ele continue mostrando a casa, outro dia voltamos somente para isso.

Depois de um comentário de que meu pai era muito chato, saímos da sala e paramos em frente a uma porta grande, em madeira com um símbolo talhado no centro.

Eu – bem... Essa porta está trancada, não sabemos o que tem ai, o antigo dono da casa não deixou a chave.

João – eu já vi esse símbolo... Estou lembrando, ele é uma runa, se não me falha a memória essa é uma runa de selo... Ou seria de proteção?... Parece que o antigo dono era supersticioso, pois tenho quase certeza de ter visto uma runa na lareira também.

Maria – porque você não manda arrombar, Rafael?

Eu – o Rafael ainda não teve tempo, quem sabe quando chegarem às férias ele resolva o problema – falei, pois sabia que o meu anjo era um péssimo mentiroso e que meu pai sentia cheiro de mentira de longe.

Eles não falaram nada, mas ficaram desconfiados por o Rafael não ter respondido, isso era claro em suas expressões. Seguimos para os grandes portões da biblioteca.

Eu – e esta é a biblioteca – falei abrindo as portas duplas para que eles pudessem vislumbrar o cômodo. Entramos e eles foram até a beira, segurando no apoio e olhando para baixo.

Maria – ela é grande.

João – magnífica... Que tipo de livros você tem?... Você, por um acaso, lê?

Rafael – ler é uma das poucas coisas que continuei fazendo depois do falecimento de meus pais... Essa biblioteca tem todo o tipo de livros, até onde pude ver tem até livros bem antigos – tive a estranha impressão que ele se referia a livros que não existiam em outras bibliotecas convencionais, Livros que não deveriam mais existir.

Maria – e o que é aquela bola azul lá em cima?

Eu – é um teto solar, vocês verão quando subirmos.

Demos mais uns minutos e meus pais bisbilhotaram algumas cessões. Claro, eu fiquei receoso de meu pai pegar em algum livro que não devia, mas isso não aconteceu. Passado tempo, saímos e subimos para o último andar.

Eu – finalmente... A estufa – falei enquanto entravamos.

Encontramos a Carol sentada perto de uma figueira, saboreando um fruto que acredito ter acabado de colher. O ar estava carregado de um aroma bom, que me fazia lembrar coisas boas e felizes, coisas que eu nem lembrava (minha infância) pareciam, agora, claras como o presente. Era maravilhoso e percebi que meus pais também gostavam da atmosfera, que além do cheiro tinha uma leve umidade que nos deixava a vontade. Esse era um cômodo (ou andar) que eu não tinha vindo muito, não lembro o motivo, mas sei que voltaria aqui sempre que eu tivesse oportunidade.

Nós caminhamos ente as plantas. Meus pais ficaram admirados com o tamanho do lugar, que acredito ser maior que nossa casa. As variedades eram muitas, tinham arvores comuns como roseiras e figueiras, mas também outras desconhecidas para mim, mas que eu tinha certeza que apenas lá existia – tudo bem, olhei o inventário de plantas e constatei que algumas eram extintas e realmente só tinham aqui – mas a ideia da raridade daquela coleção era pequena se comparada a grandeza do prazer que era sentir aqueles aromas.

Passamos uns longos minutos andando somente pelas laterais até que meus pais pararam na beira do lago e sentaram no chão, admirando o lugar.

Maria – esse é o teto solar? Parece um lago e bem fundo.

Eu – não é tão profundo assim, são apenas alguns centímetros.

João – sei, mas não tem risco de quebrar o vidro? Sim, porque eu não reparei em nenhuma haste de metal que desse suporte para segurança do painel, aliais, o teto e as paredes desse lugar também não parecem ter suporte algum – ele disse pensando, provavelmente, se estávamos mentindo ou apenas não sabíamos dar as respostas apropriadas.

Eu – é um vidro muito resistente, acho que poderíamos jogar um elefante e a vidraçaria continuaria intacta – falei com o máximo de convicção que achei, sabia que tinha que ser rápido caso contrário o Rafael ainda ia dar com a “língua nos dentes” – ok, vamos almoçar que já estou morrendo de fome – completei rapidamente.

Carol – eu também estou com a barriga roncando, senti do quarto o cheiro do Rafael cozinhando de madrugada – gritou a Carol vindo ao nosso encontro.

Mostramos o quarto que meus pais poderiam usar. Depois, nos separamos, a Carol foi atrás do Alex para eles começarem logo a comer e eu acompanhei Rafael até a cozinha. Ajudei meu amor nos preparativos finais e a prepara a mesa, enquanto eu fazia isso me veio à cabeça que eu havia esquecido algo importante que não deveria ser esquecido, mas por mais que eu tentasse, remoesse e revirasse minhas recordações não conseguia descobrir o que era...

continua...

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Comentários

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Muito bom?continua logo please!

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T maravilhoso assim conto na minha opiniao tenque ser grande

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