Amor de Felipe Cap.7

Um conto erótico de amor de felipe
Categoria: Homossexual
Contém 1326 palavras
Data: 06/11/2013 00:54:13

Cap. 7

- Ahhhhhhhhhhhhh

- Calma, vai nascer

- Ueeeeeeeeeeeeeeeee- nasceu uma criança, na mesma hora em que Leo morreu...

- Como vai ser o nome- perguntou a parteira

- Alberto- falou a mãe

NA CASA

NARRAÇÃO DE FELIPE

- Leo, você nem sabe o que eu trouxe pra você- falei, a procura do meu amor, mas não o encontrei- cadê o Leo, Jorge.

- Eu não sei, ele sumiu- falava Jorge, extremamente preocupado

- Como assim sumiu, Leoooooo- comecei a gritar pela casa, pra ver se ele respondia

Depois de muito procurar, não o achei

- Ele apareceu- perguntei

- Não- respondeu Jorge

- Eu vou ligar pra polícia- falei, pegando o telefone- Alô

- Polícia Civil, boa noite

- Boa Noite, eu gostaria de informar o sumisso de um garoto de 16 anos...- informei todos os nossos dados, e as características dele.

- Acabou de acontecer um acidente na rua xxxxx, e uma pessoa morreu, e ela condiz com todas as características informadas.

Me desesperei, não podia ser o Leo, porquê. Peguei o carro na mesma hora, e fui até o local aonde o corpo estava. Assim que cheguei lá, me pediram pra reconhecer. Eu estava com muito medo de ser o Leo. E a cada passo que eu fui dando, foi se confirmando aquilo.

- Não, não pode ser- falei já com a mão na boca- é ele, é ele, Leo, fala comigo, Leoooooooo, nãooooooooo- falei, o sacudindo, tentando fazer o acordar, mas ele já estava morto- não acredito- falei sendo segurado pelo meu pai, caso contrário iria cair no chão- Leo, não me deixa, Leo, naaooooo- falei, gritando, quando senti uma mão, me pegando e me abraçando, e dizendo “ Calma, vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem”. E era a voz do Leo- Leoooooo-gritei instantaneamente

- O que foi filho- falou meu pai-

- Eu ouvi o Leo, eu juro- nessa hora, vi o Jorge- é culpa sua, é culpa sua, você matou o Leo, você- falei gritando, e pulando em cima dele, mas sendo barrado por um monte de pessoas- você causou isso, meu irmão, eu não acredito.

UM TEMPO DEPOIS

Estava jogado no sofá da minha casa, pensando na vida. Já tinham me dado calmante, ou então eu já teria me suicidado também. Estavam se arrumando para o enterro do Leo.

- Agora eu não tenho ninguém que me entenda. Os dois partiram, minha mãe, e o Leo. Me diz Deus, porque estas fazendo isso comigo, porquê. EU NÃO VOU AGUENTAR.

Logo estávamos acompanhando o cortejo do enterro. Muita gente atrás, e só o caixão dele na frente, junto comigo, meu pai e o Jorge. Nesse tempo andando, eu me lembrei de tudo. De como tinha começado a gostar dele, de como tínhamos nos beijado, daquela declaração na arvore. De tudo. Porquê, porquê ele tinha que morrer e me deixar aqui, sozinho. Jogar o primeiro punhado de areia, foi uma das coisas mais difíceis que eu já fiz. Eu só conseguia lembrar da tristeza, de como eu iria viver dali pra frente. Sem ninguém. Com meu amor longe. Quando de novo, tive aquela sensação de ser reconfortado por alguém, mas não vi ninguém. Já estava ficando esquisito isso.

DIAS DEPOIS

Fui arrumar as coisas dele, pra tirar do meu quarto. E a cada peça de roupa, a cada bilhete, a cada tênis, a ficha caia. Sim, ele tinha partido. E eu estava sozinho agora. Naquela mansão enorme. Cheirava as camisas, e sentia o cheiro gostoso dele, o cheiro que tinha me feito feliz por um bom tempo. A cada calça, me lembrava das nossas transas, tórridas. A cada cueca, me lembrava como eu tirava as cuecas dele. Peguei no celular, já com os olhos cheios d’água, e vi nossa foto na frente. Porquê, porquê ele tinha ido, falava pra mim mesmo, enquanto tentava parar de chorar. Via cada uma de nossas fotos, com um aperto no coração. Vi nossos vídeos, felizes. Olhei pra cada um dos presentes que ele me deu, e cada sorriso que ele me arrancou, durante todo esse tempo. A cada beijo que eu dei, a cada palavra de carinho dita por ele, lembrava de cada caricia, de olhos fechados, imaginando, porquê ele tinha partido. Será que ele não pensou em mim. Até que quando abri os olhos, o vi no espelho.

- Leo- gritei

- Eu pensei em você, é lógico que eu pensei em você. Mas eu não aguentei mais, ouvir toda a minha família ficar dizendo que eu era aberração, que eu ia pro inferno. É muita pressão- essas palavras passaram como um vulto pelos meus ouvidos

- PORQUÊ VOCÊ ME DEIXOU- perguntei, mas não obtive respostas.

15 ANOS DEPOIS

- Anda filho, você vai se atrasar- falei olhando pro relógio

- Calma pai, eu já estou indo.

Logo, eu estava levando meu filho Leonardo, ao colégio. Ele tinha 10 anos. Óbvio que eu o adotei, quando ainda era bebê. É, depois de passar 5 anos, entre idas e vindas no hospital, por diversas vezes ser obrigado a comer, por que eu não queria comer. Eu queria morrer, e ir ver o meu amor, eu acabei erguendo a cabeça, e retomei minha vida. Nunca namorei com mais ninguém. Ele foi meu único amor, até aquela época. Acabei o adotando, pra não ficar tão sozinho naquela casa enorme. E botei o nome dele de Leonardo, pra homenagear a única pessoa que me fez feliz até hoje. Fiz faculdade, de Jornalismo. E acabei fundando minha própria empresa de comunicação, onde trabalho até hoje. E o Jorge, sumiu da minha vida. Eu sei aonde ele mora e tal, mas ele que não me apareça na minha frente, ou eu o mato. Soube que ele está com câncer de próstata. É, fez tanto mal pra meu irmão, e acabou pagando. E hoje, aos meus 35 anos. Como eu vivo. Ah, nisso né, vou trabalhar, fico com meu filho, saio. Ele sempre soube que eu sou gay, logo na primeira vez que ele perguntou quem era a mãe dele, eu disse que era gay, mas inventei uma história, disse que namorei com uma mulher, e acabei a engravidando, mas ela morreu, pouco depois dele nascer. Não tive coragem de dizer pra ele que ele era adotado. Meu pai, continua na mesma. A cada ano, no dia do aniversário dele, é um dos piores dias pra mim. Eu lembro muito dele, e passo praticamente uma semana triste. Eu nunca consegui esquece-lo. Dia dos Finados, outro dia que eu acho horrível. Não joguei fora as nossas lembranças, guardo-as num armário, em que fecho muito bem. Não gosto de abri-lo, mas de vez em quando, quando estou com muita saudade, acabo abrindo o armário, para ver as lembranças dele. Logo eu estava chegando na empresa.

- Senhor Lima- falou minha secretária Stephany. Ela vivia se jogando em cima de mim, mas eu nunca dei trela- o Ibope da emissora de ontem saiu ontem, e o senhor novamente conseguiu a liderança.

- Que bom, deixe os gráficos na minha mesa, eu vou tomar um café. Conseguiu algum candidato pra vaga que eu queria- tinha dito que queria um secretário pra um dos nossos diretores, mas eu queria era tirar ela da minha sala, e colocar outro no lugar dela.

- Sim, eles vem as 10h.

- Ok.

Passou um tempo, e logo deu as 10h, e todos os candidatos estavam a espera da entrevista. Eu mesmo iria entrevista-los. Depois de tantos candidatos, chegou um garoto, que logo quando o vi, me fez lembrar do meu irmão. Ele tinha as mesmas características dele. Era da mesma altura, o mesmo tom de pele, olhos iguais, parecia que eu estava vendo meu irmão vivo de novo. Até me assustei. Mas logo me recompus. Afinal tinha que entrevista-lo.

- Bom Dia- falei

- Bom Dia- ele respondeu, com uma voz igual a do meu irmão, IGUAL...

- Nossa- falei

- O quê- ele respondeu

- Nada não, qual é o seu nome garoto

- Alberto, me chamo Alberto.

Continua

Votem ai gente, que pena que o Leo morreu. Adoro comentários também, eles me dão inspiração, Valeu Pessoal

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Comentários

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Caramba mesmo. Fiquei mt triste. E o Felipe deve estar péssimo tadinho. Mas ja to cheio de esperança u.u ta mt lindo. Continua logo kkk bjs

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Ah que triste o Leo morrer. Mas o cont tá otimo.

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