A Vida de um Garoto de Programa #5 O Desespero

Um conto erótico de 'Rock'
Categoria: Homossexual
Contém 813 palavras
Data: 04/11/2013 19:57:13

A Vida de um Garoto de Programa #5

O Desespero

Terça-Feira 22:00h

Eu estava em um quarto no bordel Perdição, com um cliente chamado Samuel. Ele era alto, de pele morena bronzeada. Estávamos tomando várias doses de Wiske, eu quase já não conseguia raciocinar direito.

__Você está bem? -Samuel me perguntou.

Fiz que sim com a cabeça. O copo de vidro que eu segurava caiu no chão e se quebrou.

__Acho que não... -Ele disse sorrindo.

Samuel tirou toda a minha roupa e me deitou de bruços na cama. Senti ele me tocando, senti algo molhado passando pelo meu corpo.

__O que está fazendo? -Perguntei embreagado, ainda deitado.

__O que me mandaram, agora durma. Durma em sono profundo, e nunca mais acorde! -Samuel disse em tom sombrio.

Eu não conseguia entender o que ele queria dizer com aquilo. Pensei que Samuel estivesse querendo sexo comigo, uma noite de prazer. Aquilo que senti passando pelo meu corpo era um líquido, em grande quantidade.

__O que é isso? -Gritei abrindo os olhos e sentando na cama.

Samuel segurava uma garrafa grande nas mãos, ele me deu um soco no rosto e eu cai novamente deitado na cama.

__Álcool!!! -Samuel disse.

Ele estava me jogando álcool, e após iria rascar um fósforo e acabar com o meu corpo, acabar com a minha vida e meus sonhos.

__Vá para o inferno! -Samuel gritou e correu em direção a cozinha.

Com muito esforço eu consegui me levantar e sai da cama. Corri em direção a porta do quarto e com violência à bati com força, impedindo a volta de Samuel. Segundos depois ouvi ele batendo na porta mandando eu abri-lá.

__Abri a porta agora! Senão eu irei queimar até o último cómodo dessa espelunca!

Eu me via agora chorando, não podia passar as mãos pelo rosto pois o contato com o álcool poderia cegar minhas vistas.

__Se você não sair detrás dessa porta agora, eu vou derruba-la com toda minha força, não duvide de mim! -Samuel gritou.

__Porque você está fazendo isso comigo? O que você quer?

__Esse é meu trabalho. Matar é o meu trabalho! -Samuel disse.

__Você disse que te mandaram fazer isso, quem foi? Por favor me responda!

__Acha mesmo que eu vou te dizer isso? Pensa que eu sou dedo-duro?

Me calei e ouvi um estrondo na porta, eu cai de costas no chão do quarto. Samuel entrou. Ele arrombou a porta do quarto com sua força.

__Eu disse que era melhor abrir... -Ele dizia sorrindo.

__Do que está rindo? Não vejo graça alguma em tudo isso! -Eu gritei.

Samuel me deu um chute, que acertou minha coxa direita. Senti dor, mas aguentei com toda a raiva que estava sentindo naquele momento. Foi então que notei uma caixa de fósforo em suas mãos.

__Quer saber? -Samuel começou a dizer- Irei te dar um conselho... Na sua próxima vida, é melhor você ter mais cuidado com as pessoas. Aqueles que se dizem teus amigos, podem ser os que te querem aprisionado no inferno por toda a eternidade!

Tentei novamente me levantar, mas ele me chutou e mandou eu aceitar o meu destino. Me mandou aceitar que minha hora tinha chegado, que a morte estava à minha espera...

__Realmente é uma pena, você é tão bonito, 25 anos não é?!

Não respondi e Samuel abriu a caixa e segurou um palito.

__Por favor não faça isso! Por favor! Por favor! -Eu implorava chorando.

Samuel riscou o palito na caixa. Concentrei meu olhar no brilho das chamas consumindo o palito por inteiro, Samuel sorria e eu chorava implorando para que eu não morresse.

__Bons sonhos! -Ele disse.

Tudo parecia estar em câmera lenta, Samuel soltou o palito e eu o vi cair lentamente até entrar em colisão com o solo. O fogo começou a devorar tudo que estava em sua frente. Eu me levantei rapidamente, Samuel saiu do quarto e me mostrou o dedo do meio. Eu me encostei na parede aos pés da cama esperando o fogo chegar até mim e também me devorar.

Eu conseguia sentir o calor das chamas quase encostando em meu corpo, juntei as pernas sobre o peito e abaixei a cabeça.

_Ahhhhhhhhhh!!! -Eu gritei.

Senti o fogo chegar nos meus pés e gritei, gritei muito alto, gritei com a esperança de ser salvo por alguém...

Naquele momento de dor constante, me senti sendo abraçado e coberto por uma onda de tranquilidade e vida!

Alguém me cobriu com um cobertor húmido, o fogo cessou e eu pude respirar o ar que me rodeava com tranquilidade.

Tirei o coberto do meu rosto, e vi um homem. Lindo, sexy e com um olhar cafajeste... Vicctor!

Continua...

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Agora sim estamos entrando nas fases decisivas, perguntas e respostas. Estão gostando? Comentem, por favor!

Não percam o próximo capítulo, com o título: A Vida de um Garoto de Programa #6 A Verdade (Nesta QUINTA à Noite)

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