ABC do amor cap. 12

Um conto erótico de Yuri
Categoria: Homossexual
Contém 2583 palavras
Data: 27/11/2013 17:08:49
Última revisão: 28/11/2013 08:30:22
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

— Diego — disse Guilherme olhando diretamente para Diego, que parecia ter uma bola de espinhos entre os dentes. Ele não tinha coragem de dizer nada. Medo. Ele tinha medo de dizer algo que iria prejudica-lo ou deixa-lo mau visto nos olhos de Diego

O garoto maior se afastou do pequeno nadador e deu de ombros. Ele pensava em algo para dizer a Diego antes que ele corresse dali.

— Cara eu… — ele teve mais medo que Diego e seu semblante mostrava isso, o que ele vai pensar de mim? — Eu acho que estou gostando de você.

Por fim, Diego, relaxou os olhos e suspirou fundo e lentamente. Ele esperava que alguém saísse e o assustasse, mas nada. Eles estavam a sós. Um momento perfeito para falar com franqueza sem os olhos de todas as garotas no moreno mais lindo da Jaqueline Carla — Guilherme.

— Tá certo! — disse Diego. — Mas não sei se notou quando cheguei ao colégio eu estava… — ele parou e olhou para os lados. Era a primeira vez que ele iria falar para alguém que era gay. Não alguém com quem esteve em seus braços na cama, mas alguém que ele só conhecia de vista. Será que ele é de confiança? — Eu estava beijando e abraçando o me…

— Seu namorado... eu sei — terminou Guilherme por ele. A duvida deixou seus olhos e quem tomou conta foi à tristeza de estar se apaixonando por alguém comprometido. Diego já tem namorado o que fará? Largar dele por outro cara que ele mal conhece?

— Então sabe que não pode mais me beijar nem ficar assim tão perto — ele olhou o corpo do lindo moreno. Os cabelos cor de chocolate escorridos sobre as sobrancelhas finas e marrons como a terra molhada de uma tarde de chuva. A boca tão macia que apouco estava roçando seu pescoço, aquele boca era como o mais suave doce e um gosto tão bom que Diego jamais pensou que poderia beijar alguém que o fizesse tremer com apenas um beijo. E os músculos, as pernas fortes. Resultado de anos de futebol e muita dedicação. Guilherme era quase tão bom quanto Heitor, o capitão do time.

— Guilherme — sussurrou Diego. Observando o rapaz que fez Amanda Barros e Fabiana Sousa brigarem na ultima formatura. Por apenas uma dança com o cara mais bonito da festa. E toda essa beleza afastou Diego.

Guilherme já estava indo embora.

— Fala! — Guilherme quase gritou se virando como uma cobra dando o bote na presa. Será que Diego mudara de ideia?

— O Heitor — Diego sentiu que o nome fez o sorriso juvenil de Guilherme sumir como um passe de mágica. — Ele o mandou aqui?

Heitor estava planejando alguma coisa. E como Bruno estava no jogo ele nunca iria chegar pessoalmente em Diego, não. Ele pode estar usando alguém.

— Não, ele só me jogou uma coisa fedorenta. Nem eu sabia que estava aqui. Por quê? — perguntou Guilherme, com uma sobrancelha acima da outra.

— Nada — disse Diego simplesmente com um sorriso extremante curto.

Guilherme se virou e ficou parado por alguns instantes. Ele tentava não voltar para trás e beijar Diego. Ficar tão perto assim já era o bastante e também tinha o trabalho de história ele poderia usar outra tática. Vencendo o desejo ele virou para a esquerda e sumiu dos olhos de Diego.

Como Heitor poderia ter feito ele vim aqui? — se perguntou Diego.

Heitor sempre foi uma criança mimada. Sempre querendo tudo o que desejava e depois de grande se tornou um rapaz capaz de tudo para satisfazer seu ID, até mesmo usando outras pessoas. E Guilherme sendo ingênuo como é. Seria perfeito para qualquer plano de Heitor.

Diego olhou parta baixo e percebeu que de repente o membro havia voltado ao estado natural — mole. Ele recolheu as roupas molhadas e as colocou com a mesma dificuldade que deve para tira-las. Depois de passar um pouco de nervoso ele saiu do banheiro de cabeça baixa, como sempre andava.

— Espere! Eu não sou... — o homem ficou mudo quando viu Diego saindo. — Espere! — ele gritou mais uma vez para uma mulher que andava com a graça de uma leoa. Era a professora de português? E ele era o ex-aluno? O que fazem aqui?

As perguntas se formavam enquanto Diego olhava o casal sumindo entre as colunas Barrocas da lateral da escola. Olhando bem ele percebeu que era mesmo a professora de português a Srta. Bast e, como a deusa egípcia do prazer, ela se assemelhava muito com felinos. A leveza dos passos e, uma sutileza para apanhar o que lhe chama atenção que só ela tinha. E agora tinha Scott em suas garras.

— Amor! — disse Paulo, andando ligeiro depois de ver que Diego ainda estava triste. Paulo já acabara seu trabalho no escritório do Sr. Teodoro, pai de Diego. E agora foi buscar o pequeno namorado loiro que deveria ter saído a mais de meia hora. — Ainda esta triste por não podermos fugir?

Diego não respondeu nada. É claro que era isso que me afligia como ele não vê que minha mãe vai destruir nosso namoro? — Eu só quero ser feliz — disse Diego, por fim abraçando Paulo com se ele o salvasse de um mal imaginável.

— Di, vamos ser felizes... mas calma estávamos novos — disse Paulo, o puxando para cima. Diego se sentou na arquibancada onde suas coisas ficaram desde o começo da aula de natação. Que acabou há muito tempo. Ele não queria ir para casa.

— Tenho um trabalho amanhã depois da aula então não precisa me buscar vou direto para a casa de um... colega — avisou Diego, depois de descerem do ônibus que os deixou na rua de sua casa. Paulo pegou em sua mão quando saíram, mas logo a soltou e deu um rápido beijo nelas.

— Tudo bem, mas vai querer que busco você na casa desse colega? — perguntou o namorado mais fofo do mundo.

— Não tem necessidade.

— Seu pai me disse que só volta à noite — Paulo riu, mas não um riso histérico. Apenas abriu a boca e ficou fitando o parceiro que olhou para ele sem entender.

— O que foi? — indagou Diego, parando a caminhada debaixo de uma pequena arvore. O dia estava com poucas nuvens, mas fazendo um calor de matar.

— Sua mãe, ela saiu às dez horas e disse ou gritou no telefone para seu pai, que não sabia quando voltaria — respondeu ele. Afinando o sorriso com malicia. Paulo queria um tempo sozinho com Diego. Não só para fazer sexo, embora isso estivesse em seus planos, mas ele queria um tempo só os dois juntos. Como fizeram no parque da rua 123.

Só eles.

Sem mães, sem pais, sem amigos e sem preconceito do mundo, que não importava quando os dois se abraçavam.

— Então somos só nós dois — concluiu Diego, levando um pé na frente do outro.

Quando chegaram ao quarto de Diego. Paulo pegou a mochila que carregava desde o colégio e colocou dentro do armário que Diego usara exclusivamente para coisas do colégio. Depois de guardar tudo com carinho ele se virou e ficou de boquiaberta ao ver Diego jogando as roupas — que secaram enquanto ele ficou sentado no chão — sobre a cama.

— Esta mesmo com calor, não é? — investigou Paulo, com um sorriso atrevido. Ele se jogo no canto da cama estendendo os braços.

Diego caminhou suavemente para eles. Paulo deu mais um sorriso e começou a brincar com o pequeno corpo na sua frente. Era tão branco. Tão cheiroso e tão delicado. Acima de tudo e por trás da mascara que Diego usava, ele era delicado e inocente do mal que todos têm.

Às vezes Paulo se reprimia a apenas dar um beijo na mão de Diego. Ele sabia que só esse gesto já mostrava todo seu amor. Pois também sabia o quanto Diego era sensível.

— Esta ficando mais — disse Diego, pegando a mão de Paulo e levando para seus lábios.

— Eu te amo — disse Paulo em um lento suspiro que soltou quando sentiu a graça do toque que o ouro rapaz fazia com carinho. — Sinceramente, não sei como isso foi acontecer, mas não me imagino sem você. Esses anos todos que estamos juntos. Você me ajudando eu te ajudando... Te amo.

De olhos cerrados Diego sentiu seu corpo flutuar pelo espaço caindo sobre o montículo de travesseiros. Com a cabeça emerge em plumas ele sentiu o pequeno toque dos lábios de Paulo passar pelo seu corpo. Desde a cabeça até as pernas. Os dedos finos de Paulo entraram na cueca de Diego e a tirou como se ela fosse de um cristal que se quebraria a qualquer movimento em falso.

Ele a colou sobre o nariz e suspirou fundo sentindo toda a essência do namorado. Embora achando isso entranho Diego voltou a fechar os olhos e sentir os pequenos lábios voltaram a tocar seu corpo. Só que agora o corpo de Diego adentrava os lábios de Paulo com uma velocidade reduzida. O pênis de Diego estava rígido e entrava com facilidade na boca de Paulo que fazia tudo com carinho.

— Ele é simplesmente perfeito — disse Paulo, quando tirou o pau de dentro da boca e estudava todo aquilo volume entre os dedos. Como sempre foi e sempre será; branco e sem pentelhos.

— Então chupa mais um pouco — comandou Diego afundando a garganta de Paulo no pau.

Agora ambos não eram mais dois primos na mesma cama, transando. Eram namorados, assumindo um compromisso de honra, confiança e amor entre dois rapazes de 17 e 18 anos que estavam no ABC do amor. Ainda aprendendo como amar, como confiar um no outro. E agora Paulo aprendia como fazer uma garganta profunda, se sufocando com o leite que Diego soltou sem aviso.

— Desculpa — pediu Diego, com os olhos arregalados fitando um Paulo que corria para o banheiro. Sem se levantar ele ouviu algo parecido com vomito e depois o som da descarga sendo puxada.

— Amor, avisa da próxima vez isso é amargo — disse Paulo com a voz rouca, embora um pouco pálido ele sorriu para o namorado que o olhava atendo. — Quase morri.

— Eu nem percebi desculpa mesmo, anjo — disse Diego, pulando da cama para ir até Paulo que ainda tentava respirar normalmente.

— Tudo bem, sorte nossa que meu amigo não desanimou com isso — ele apontou para baixo com as duas mãos. Lá estava. Um pênis medido e pulsando como um doido por sexo.

— Me coma então — pediu Diego. De repente Paulo já havia o deitado sobre a cama e estava levantando as pernas de Diego para cima.

— Eu deveria colocar com força para me vingar, mas te amo demais para fazer isso — disse ele olhando seriamente para Diego, que se limitou a rir com vergonha do jato de esperma que soltara sem aviso.

Como prometido Paulo colocou todo o pau dentro do anel de Diego sem dor nenhuma. Apenas deu um empurrão e já estava com seus centímetros cavando um buraco fundo no meio das pernas de Diego que não hesitou em gemer.

— Vai... Ai meu Deus — ele urrou quando o membro do Paulo entrou o mais fundo possível. — Isso continua... — Paulo bombava com desdém, sem se ligar para o tanto de força que colocava no quadril. Se isso era o que deixava seu amado saciado ele iria continuar. — Me come mais... to sentindo tudo — gemia Diego.

O garoto de olhos azuis como um dia de sol. Grudou as unhas nos braços, do rapaz selvagem que o penetrava como um louco por sexo. Quando sentiu o liquido emanar dentro do espaço oco que ficou logo depois. Ele teve certeza que só não gozou por já ter feito isso minutos antes, caso contratio iria sujar as roupas do rapaz em cima dele.

— E agora esta satisfeito? — perguntou Paulo, que tirou o pau de dentro de Diego com um só movimento — sem causar dor.

— Eu te amo — disse Diego, o puxando pelo cabelo mais um vez. Só que agora ele não levava a boca de Paulo para seu pênis. Ele levara para seus lábios secos. — Te amo mais que tudo — disse ele com uma risada histérica.

— Vamos tomar banho depois tenho uma surpresa — disse Paulo, o segurando por baixo para que tomassem um banho juntos.

David ficou apenas no primeiro horário no período da tarde. Depois ele saiu da Jaqueline Carla e fora direto para casa cuidar de sua mãe — Sem Remédios. Ele não iria mais dopar a Sra. Freitas. Não depois que descobriu que nenhum remédio do mundo serviria para salvá-la.

Quando abriu a porta encontrou uma mulher de idade avançada sentada ao lado de sua mãe. Uma vizinha talvez?

— Boa tarde — disse a mulher, extremamente pequena ao lado de David. Ela pegou em sua mão e deu um aperto que ele quase não sentiu.

— Ola, quem é a senhora? — ele investigava o lugar. Tudo estava limpo. Pelo menos a bagunça da mesa de centro havia sumido.

— Ela é minha tia do Rio. Tia Celine esse é o menino que a senhora pegava no colo. Lembra-se do pequeno David? — as lembranças de Celine Stewart já não eram as mesmas. Ela teve de pensar muito para reconhecer o pequeno David que fora em sua casa do Rio de janeiro apenas algumas vezes enquanto criança, mas depois que seu pai faleceu quando ele tinha 5 anos de idade ele nunca mais voltou para o Rio.

— É ele? — ela parecia assustada com alguma coisa. — MINHA N. SRª. DAS GRAÇAS — ela deu um grito histérico e abraçou David como se sentisse muita falta dele, mas nem ele se lembrava dela.

— O tio Raimundo, não pode vir. Mas ela vai ficar conosco um bom tempo — acrescentou a Sra. Freitas se levantando do sofá com dificuldade.

David correu para ajudá-la, mas parou no meio do caminho quando ela levantou a mão. Ele se afastou e ficou olhando para ela pronto para correr em seu resgate.

— Quem ajudou o senhora sair da cama? — investigou ele, olhando para a tia pequena, sem chances de ter sido ela.

— Eu — disse um rapaz, com uma voz grave e mais alta que a de David. Ele se virou e encontrou um rapaz de cabelos pretos, olhos verdes e, um sorriso entranho. O rapaz estava saindo da cozinha.

— Ah, esse é Johnny, ele mora aqui na cidade, ele é seu primo — disse novamente a Sra. Freitas como se estivesse fazendo apresentações.

— Prazer em lhe conhecer — disse David com um sorriso e um aperto de mão.

— Não vou morar aqui por muito tempo, ano que vem pretendo ir para o Rio de janeiro, fazer minha faculdade de direito— disse Johnny sem deixar o sorriso entranho sair do rosto.

— Direito — repetiu David. Ele não encarou muito o rapaz, embora a beleza de Johnny o fez olhar varias vezes.

— Diego — chamou uma voz de dentro do quarto. Paulo estava atrás de Diego beijando sua nuca quando ouviu a voz deu um pulo e caiu no piso molhado. Fazendo um tremendo barulho. — Diego, o que estava acontecendo? — perguntou a voz mais próxima da porta.

— Não é meu pai — ele cochichou para o corpo estirado no chão. — Ele não tem essa voz.

Paulo engoliu em seco e tentou se levantar sem pensar. Caiu mais um vez.

— O que esta acontecendo! — gritou a voz novamente abrindo a porta do banheiro.

Diego só deve tempo de pensar duas coisas. Primeira: sou um idiota deveria ter fechado essa desgraça. Segunda: só uma pessoa abre as portas do meu quarto. Meu pai e...

— Minha mãe — ele sussurrou e Paulo podia jurar que estava chorando. Os dois estavam pelados, juntos, sozinhos — ela vai nos matar.

Continua...

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Comentários

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Demais cara. O conto tá muito bom.

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