Não Era Você Que Eu Queria - ÚLTIMO CÁPITULO

Um conto erótico de Wish
Categoria: Homossexual
Contém 2839 palavras
Data: 23/11/2013 00:18:48
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Maurício

Flávio voltou do banheiro com os olhos vermelhos. Entramos no avião, ele sentou na janela e olhava a pista pela janela, deixando Londres para trás.

-Eu lamento.

-Agora é uma boa hora para lamentar.

Chegamos no Brasil e havia poucos paparazzis. Quando entramos no carro, a tv mostrava que a notícia que o foco havia sido desviado para um cantor teen que estava fazendo uma bagunça por aqui.

O carro parou na frente da mansão do doutor Celso. Flávio saiu correndo e abraçou o avô que o aguardava na frente da casa em sua cadeira de rodas. Passei por ele e fui para o meu quarto.

Eu ainda dormia no mesmo quarto que dividi com Amanda, Flávio dormia dois quartos depois do meu e meu sogro dormia no 4 andar no maior quarto.

Depois que Amanda morreu, essa divisão nos ajudou a ignorarmos uns aos outros. Fazia parte do acordo meu e do meu sogro eu morar naquela casa até que Flávio tivesse idade suficiente eu poderia largar tudo e ir embora. Só que eu não esperava amar tanto meu filho.

Voltei pro meu emprego, voltei para minha rotina. Uma semana depois, recebi um montante de papéis que eram o pedido de demissão de Breno e um pedido para comprar todos o direitos do jogo dele. O que ele valor que ele oferecia era uma mixaria pelo seu próprio jogo, meus advogados cuidaram disso e arrancaram uma fortuna. Mesmo assim, Breno recuperou esse dinheiro com seu afastamento da empresa e processando a mim e jornais e revistas por terem divulgado sua imagem sem autorização nenhuma.

Logo depois disso, ele sumiu do mapa.

Também não fiz questão de procura-lo. Eu não posso e não quero estragar a vida dele mais uma vez.

Flávio até voltou a falar comigo, mas evitava falar sobre Breno. Sinceramente eu não sabia se ele ainda mantinha contato Breno e fazia questão de não perguntar. Jéssica havia voltado a viajar pelo mundo com sua nova namorada francesa. Quando passou pelo Brasil, veio visitar Flávio trazendo diversos presentes que o deixou distraído enquanto conversávamos.

-Como você está?

-Por que não pergunta de uma vez como Breno está?

-Como Breno está?

-Não posso dizer.

-Já esperava por isso.

Os dias se passavam como meses e os meses como anos. Já teve a melhor fase da vida e a perdeu? Sabe que nunca mais vai ter? Eu só queria que o tempo passasse e eu morresse de uma vez.

Faltavam 3meses para a audiência de guarda de Flávio, meu sogro aproveitou e levou meu Flávio para tudo quanto era lado, deixando-me afastado dele. Eu estava sozinho, apenas vendo tudo a minha volta passar.

Eu dispensei os empregados da mansão, passei a limpar tudo e trabalhar duro. Dessa maneira eu não precisava pensar em Flávio ou em Breno.

Acordei, tomei café e fui para o trabalho. Minha cabeça latejava e eu mal consegui manter os olhos abertos por ficar praticamente a noite toda jogando vídeo game. Tive 3 reuniões com empresas multinacionais e internacionais, pulei o almoço e fui dirigindo até outro estado para assinar alguns papéis. Voltei para empresa e terminei alguns relatórios, me despedi dos funcionários que saiam e fiquei sozinho.

Minha dor de cabeça só aumentava, mexi no meu celular para ver a foto minha com Breno e Flávio.

"Amanda, eu realmente fiquei sozinho."

Peguei o elevador e fui em direção ao meu carro, cumprimentei o segurança e senti uma contração muscular forte na perna e quanto mais eu andava mais a dor aumentava. Quando coloquei a mão no carro, não consegui mais mover as pernas, minha visão ficou turva e só consegui sentir meu corpo batendo no chão e o segurança me sacudindo.

Eu havia desmaiado e vi minha vida passar todinha como um filme. Será que meu desejo tinha se realizado?

Vi Amanda, vi minha mãe, Arthur, Jéssica, André, Flávio, Breno...

Breno...

Eu sinto tanto a sua falta.

-Também sinto a sua.

Eu quero ficar com você.

-Então melhore e ai, eu, você e o Flávio vamos ficar juntos, eu juro.

Senti a mão quente de Breno no meu rosto e sua boca na minha. Acordei num salto.

-BRENO!

Estava em um quarto de hospital, em um canto minha mãe segurava uma revista e olhava assustada pra mim. Ela se levantou e me abraçou para me acalmar.

O médico apareceu e disse que eu havia tido um pequeno colapso nervoso causado por stress, exaustão e má alimentação. Assim que ele saiu, minha mãe deu um tapa na minha cabeça e disse que cuidaria de mim a partir de agora. Assim que sai do hospital, minha mãe me levou para o apartamento dela.

Ela não me deixou sair da minha antiga cama, tudo estava exatamente do jeito que eu tinha deixado. Flávio me ligou e ficamos mais de uma hora no telefone, pondo a conversa em dia e matando a saudade. Minha mãe apareceu e conversou com ele também. Ela me entregou um almoço completo com tudo que eu tinha direito. Enquanto eu comia, ela me olhava em silêncio.

-Me desculpe mãe.

-Pelo que?

-Por ser um problema tão grande.

-Se você não desse trabalho, não seria meu filho.

Mordi meu sanduíche e parei.

-Enquanto eu estava dormindo, sonhei com todas as pessoas importantes pra mim. Eu deveria estar muito mal, porque eu escutei a voz do Breno dizendo que queria ficar comigo. Isso não vai acontecer, né mãe?

Comei a chorar. Chorei o quanto pude. Eu só queria que algo na minha vida fosse bom. Todos que eu amava me deixavam. Minha mãe me abraçou e me ninou até eu dormir.

Fiquei uma semana de cama, já melhor, me levantei e vesti uma velha camisa do Ozzy Osburne. Desci, peguei o notebook da minha mãe vi as fotos dela com o namorado bonitão dela.

Só por curiosidade joguei o nome de Breno no Google e vi que após escândalo, desenvolvedor desaparece levando contigo o nome do jogo de sucesso.

Desculpa Breno.

Com acompanhamento médico e o da minha mãe, voltei a minha rotina e só deixando a vida passar.

Finalmente chegou o dia. Coloquei meu melhor terno e fui para o fórum para a reunião de guarda de Flávio. Celso estava em sua cadeira d rodas, a idade o debilitava tanto que nem parecia o mesmo velho que me perturbava antigamente. Estavamos ali apenas para mostrar quem amaria melhor Flávio.

O juiz chegou e fiquei ouvindo por umas duas horas os dois lados falando como era melhor que o outro. Eu estava muito entediado e quase comecei a jogar no celular.

-O advogado do senhor Maurício tem algo mais para dizer?

-Sim, o noivo do meu cliente vai depor.

-Noivo de quem?!

Olhei para a porta e de camisa social azul, gel no cabelo e óculos escuros, Breno entrou na sala sem nenhuma vergonha e sorriu pra mim. Fiquei lá de boca aberta, correndo o risco do meu coração sair por ali. O mais incrível foi quando meu advogado mostrou documentos assinados por mim, confirmando nossa "união estável".

Breno

Maurício me olhava com um olhar tão fofo. Minhas mãos grudavam na cadeira, me prendendo para não sair dali e abraça-lo. Como o combinado, fui respondendo tudo calmamente, para realmente convencer o juiz de tudo que eu falava.

-E verdade que o senhor mantém uma relação homo afetiva com o senhor Maurício?

-Sim, vossa excelência.

-A quanto tempo?

-Um ano e alguma coisa.

-Pode ser mais exato?

-Desde que ele veio morar comigo.

-E a quanto tempo estão noivos?

-Uns seis meses.

Maurício se engasgou com a agua. Ficou me olhando como se eu fosse louco.

Quando o juiz terminou de falar comigo, me dispensou e fui sobre o olhar confuso de Maurício. Vi Flávio entrando na sala e recebi seu sorriso, apesar de estar no corredor, sabia exatamente o que acontecia lá.

De acordo com nosso plano, Flávio escolheria ficar com o avô.

Depois que nos despedimos no aeroporto, passamos horas e horas trocando e-mails e Flávio me contou que o avô só era um homem solitário. Um homem que havia perdido toda família e só queria algo bom no fim da vida.

Soube exatamente que Flávio havia falado sobre isso quando escutei Maurício gritando "NEM PENSAR!".

Depois tudo ficou em silêncio, fui para a lanchonete, pedi um café dei de cara com toda a minha antiga turma. Jéssica, Arthur, André e a mãe de Maurício, sentados em uma mesa rindo e se divertindo. Acenaram pra mim e fui completamente calmo.

Lembramos de velhas histórias e rimos alto que o segurança nos mandou ficar quietos. Pela primeira vez em anos, eu me senti feliz com o meu presente e não me prendendo ao passado.

Uma hora e meia depois, Flávio apareceu com Maurício. Flávio me abraçou e se despediu, saindo correndo para o carro do avô.

Da entrada do refeitório, Maurício me olhou como se fosse tirar uma arma e acabar comigo ali mesmo. Jéssica sorriu e me deu um cutucão.

-Ele vai te matar.

Sorri e todos nós levantamos e fomos na direção de Maurício, parecendo crianças que foram pegas aprontando. Ele olhou pra nós e saiu andando, fazendo todos nós segui-lo.

- Flávio disse que isso tudo foi ideia sua.

Meio sem saber com quem exatamente ele estava falando,todos olharam pra mim me entregando. Maurício começou a gargalhar e todos nós acabamos rindo junto.

Maurício parou em uma porta, me empurrou pra dentro da sala, mandou os outros irem embora e fechou a porta.

-Que plano é esse? O deu em você? Quando tramou isso?

-O plano total foi uns dois dias depois que vocês se foram.

-Por quê?

-Queria vocês de volta.

-Não era mais fácil nos pedir pra voltar?

-E pra que facilitar tanto?E eu ainda estava com raiva de você. Pra me vingar, tirei todo o dinheiro que pude de você e daquela imprensa sensacionalista e usei o dinheiro para abrir minha própria empresa de jogos aqui no Brasil.

-Como consegui minhas assinaturas?

-Você deveria ter lido todos aqueles papéis. Sabia que talvez seu sogro usasse sua estranha obsessão por contra você, então fiz você se casar comigo sem saber. Só não pensei que Flávio gostasse tanto do avô.

-E você me perdoou?

-Não.

Maurício olhou pro chão e parecia que iria chorar.

-Por isso, vou querer sair pra jantar toda semana. Vamos a todos os jogos de Flávio vê-lo perder a cabeça e depois leva-lo para tomar sorvete. E é melhor que que tenhamos sexo no mínimo 21 vezes por semana.

Maurício sorriu e colocou os braços em torno da minha cintura, ele tentou me beijar mas não permitir.

-E Maurício, por favor, se tiver se sentindo inseguro ou com alguma duvida sobre o que eu sinto...me pergunte!

-Vou fazer o possível.

Nos beijamos e sorrimos. Sem mais segredos ou dúvidas.

-Então...você aceita minhas condições?

-Sim...mas estamos meio atrasados na questão do sexo.

-Mas temos bastante tempo para repor esses dias. A vida toda para repor.

Levei Maurício para a casa que eu estive montando nesses seis meses. Ele riu quando percebeu que casa ficava 3 quarteirões do trabalho dele. Claro que não era proposital...não foi... sério.

O puxei pela mão e mostrei a casa. Algumas coisas ainda estavam na caixa por pura preguiça da minha parte. Em um dos cômodos, Mauricio parou e apertou minha mão. O cômodo em questão era decorado com o tema do meu jogo.

-Foi o Flávio que pediu eu decorasse assim. Sinceramente eu disse pra ele que daqui a uns três anos ele vai querer trocar tudo isso por garotas em roupas minúsculas.

-O que tudo isso significa?

-Vocês vão vir morar aqui! Tá meio óbvio!

-Como você consegue isso?

-O quê?

Mauricio foi até mim e me encostou na parede. Tirou a camisa e mordiscou minha orelha, passando os lábios na minha pele. Suas mãos já desabotoavam minha blusa e abriam o fecho da minha calça.

Queriamos e precisavamos um do outro pra existir, respirar, sentir e agora podíamos. Em pouco tempo e ainda de pé no corredor, eu estava apenas com minha camisa desabotoada e Maurício sem camisa com as calças e cueca arriadas chupando meus mamilos e me masturbando.

Ele levantou minhas pernas e já colocou seu pau na entrada do meu cu pedinte.

-Depois de todo esse tempo, vai me comer no corredor?

-Eu vou comer você na casa inteira.

Depois disso só senti a dor do seu pau entrando sem dó. Me apoiei na parede e deixei o prazer me dominar. Ele fazia movimentos lentos, pois não deveria ser fácil me penetrar e me manter enganchado em seu corpo.

Me pôs no chão e me virou para parede. Esfregou se pau na minha bunda e foi entrando mais uma vez sem mordomia.

Gemi, mas ele sabia que era desse jeito que eu gostava. Senti ele todo dentro de mim, cada vez mais profundo, deixando nossos corpos aproveitarem o prazer carnal.

-Onde é o quarto?

Sai da minha viagem sexual e o olhei. Virei para ele e o beijei. Andei alguns passos e o chamei com o dedo. Maurício veio com um olhar que me engoliria todinho. Quando entrei no quarto, ele andava calmamente me observando e eu amava ter sua atenção.

Subi e fiquei de pé em cima da cama. Ele subiu na cama e ajoelhou na minha frente, passou a mão nas minhas pernas e beijou meus pés. Olhou nos meus olhos e foi beijando minha pernas, cada uma tendo sua vez.

Ele passou a morder por dentro das minhas pernas e lamber até minhas bolas chupando uma a uma e depois pondo-as juntas na boca. Quando ele começou a me chupar, perdi o equilibro e andei até encostar na parede atrás da cabeceira.

Ficou assim algum tempo e depois começou a lamber minha barriga.

Maurício me deu uma mordida e puxou minhas pernas, me fazendo cair em sua frente completamente entregue e me deixando todo pronto pra ação.

Ele veio pra cima de mim e me beijo´.

-Eu te amo.

-Eu nunca parei de te amar.

Devagar e com todo o carinho que ele sempre fez e faz questão de demostrar. Aos poucos e ele foi me mostrando como ele tinha todo aquele desejo guardado. Ele usava toda a força do corpo para me comer. A cama se movia por todos os lados e eu apenas lá de pernas abertas sendo seu brinquedinho.

Estavamos suados e cansados, só ele poderia me dar todo esse prazer.

Senti seu liquido quente dentro de mim, depois o meu próprio na minha barriga. Ele ficou me beijando preguiçosamente e começamos a rir. Deitamos de frente um pro outro e só ficamos ali em silêncio nos olhando.

Em algum momento eu cochilei, apesar de não precisar dormir, pois minha realidade virou todos meus sonhosEpílogo

Breno

Acordei sentindo beijinhos nas minhas costas. Me virei e vi Maurício de calça sem cueca.

-Maurício, porque tá me acordando tão cedo?

-São dez da manhã de sábado "maridinho".

-Isso pra mim é madrugada...

-Já faz dois anos que moramos aqui e você fala isso. E temos que resolver os últimos detalhes da nossa cerimônia de casamento. E você só tá cansado porque ficou até tarde jogando.

-Nós já somos casados.

-Eu quero uma coisa mais romântica e consensual. Eu quero saber que eu realmente me casei dessa vez.E nosso amigos e familiares estão lá.

Maurício abriu as cortinas e a janela, queimando minhas retinas. Sentou na cama e me puxou pro seu colo.

-Breno, acorda! Hoje é dia do vô do Flávio deixar ele aqui!

-Eu não posso acordar no próximo fim de semana? Ele vai estar aqui no próximo também...

-Eu quero aproveitar todos o fim de semana com a família! E ele tá doido pra jogar o primeiro jogo da sua empresa independente.

Eu estava recebendo um cafuné perfeito. Estamos casado a dois anos está indo muito bem. Tinhamos nossa picuinhas de vez em quando, mas nada que sexo não resolvesse.

Flávio tinha arranjado uma nova namoradinha e vinha todo final de semana ficar com a gente. Nos divertíamos juntos e tudo estava bem.

Maurício continua me perguntando se eu fui visita-lo hospital quando ele foi internado e eu continuo negando, dizendo que ele deveria estar delirando. Fico com vergonha em dizer que fiquei no hospital sentado do lado dele e me culpando por seu estado. A única coisa que pude fazer é ficar respondendo o que ele falava enquanto delirava.

Mas isso não importa mais, Flávio chegou e vou curtir o cada pedaço da felicidade que eu pude ter com o cara que não era o que eu queriaFIMOlá!

Mas um conto meu finalizado!

Com esse conto pude colocar esse relacionamento de pai o filho!

Também fiz uma incrível passagem de tempo e amei brincar com o amadurecimento dos personagens!

Como sempre, agradeço a todos que acompanharam o meu conto.

Desculpe os atrasos erros ortográficos! XD

Já avisando que até segunda feira, vou lançar meu novo conto!

Fiquem atentos!

Bjus!

Bye Bye! :*

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Comentários

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Eu sou simplesmente APAIXONADO por esse conto. Amo mesmo. De todos esses anos que eu acompanho o site, o seu conto é um dos top 5. Excelentemente perfeito!

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Amei amei amei amei amei amei amei amei, adorei este final, ficou incrível, amo seus contos, não sei se tu vai continuar a postar outros contos aqui, mas te digo sou seu fã de carteirinha, bjos.

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Ahh cara que lindo esse final. Bem legal mesmo teu conto, acompanho desde o começo. Na espera do outro. Parabens!!

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Já falei algumas vezes o quanto adoro teus contos? Na verdade os amo. Obrigado pela conclusão de seu romance. =)

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