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Não sei mesmo como descrever a minha alegria, eu morri por um instante e quando voltei ele estava me entregando um sorvete.
- Acho que estava te devendo um sorvete – falou rindo. Com certeza estava com cara de boboca olhando para ele e não acreditando.
- Obrigado, obrigado por... – fui interrompido por ele.
- Ainda não, relaxa! – me olhou e sorriu.
Eu estava tremendo, planejando as minhas palavras, como convenceria aquele menino que eu estava louco por ele e que queria faze-lo feliz. Meus pensamentos foram interrompidos por suas palavras.
- Algumas semanas atrás, quando estava nesse mesmo local, um cara meio pirado falou que estava apaixonado por mim. A primeira coisa que pensei foi “que gay”, mas parei pra pensar e vi o tamanho da coragem dele – ele olhou no fundo dos meus olhos – Sabe, seus olhos são lindos e queria tê-los pra mim, mas... – uma pausa um pouco longa - Eu não consigo aceitar que eu esteja apaixonado por um homem, nós não podemos...
- Marcus, nós podemos, não há nada de errado no amor de dois homens. Eu me aceitei quando tinha a sua idade, não me assumir porque não tinha achado a pessoa certa, mas agora ela está bem aqui, na minha frente, e tem o sorriso mais lindo do mundo – peguei na sua mão, ele olhou para os lados e recuou a mão – Desculpa, não quero lhe forçar a nada, mas eu estou aqui e quero tentar, se você quiser. Essas coisas não acontecem duas vezes, estou disposto a te fazer feliz e ser seu porto seguro, quero ser aquele cara que você poderá compartilhar tudo, estou disposto a encarar as consequências para ser seu e você ser meu. “Eu largo o mundo inteiro para o meu mundo ser você” – Levantei e beijei sua cabeça – Pensa bem, moleque!
Voltei para casa satisfeito, tinha deixado sua cabeça tão confusa quanto a minha haha. Mas ele era um menino sábio, faria a escolha de acordo com o seu coração, e o que ele achasse melhor e se fosse escolhido pelo seu coração estaria de bom tamanho para mim. Não empataria sua vida, eu era mais velho e já tinha vivido um pouco, mas ele era novo, se optasse por curtir mais a vida eu acharia valido.
Essa noite por incrível que pareça dormi bem, tinha noticias dele, saber que ele estava bem me deixava tranquilo. Acordei na manhã seguinte com o celular vibrando na minha face (ótimo). Quando vi de quem era a ligação eu não acreditei.
- Bom dia, piradão – disse o Marcus – Acorda, lava essa cara e vamo pegar uma praia com o Marcelo e o Vini?
- Não sei não, vai que tu se apaixona pelo meu físico mega atraente, não quero te causar transtornos de sexualidade.
- Ah, tarde demais! Haha. A gente passa aí umas 14h. Tchau!
Ele me deu condição, era tudo que eu precisava pra seguir em frente com ele. Fiz tudo o que tinha que fazer e aguardei eles. Marcelo chegou dirigindo um Eco sport do ano, Vini estava no carona e Marcus atrás.
- E aí filhinhos de papai? Quase não chegam.
- O marquinho que se atrasou, tava se arrumando – disse o Vini.
- É, ele tá apaixonado – disse Marcelo.
- Calem a boca e vamos, senão a gente não curte nada do sol – disse Marcus por fim, apenas olhei pra ele e pisquei, ele fez que negativo com a cabeça mas vi um sorriso se formar.
Chegamos lá e logo tratamos de tirar as blusas, Marcelo e Vini foram para a água e eu disse que iria reparar as coisas, Marcus ficou comigo, quando eles se afastaram eu falei:
- Hmmm, quer dizer que o senhor está apaixonado seu Marcus?
- Pra ti ver, e é ainda pior. Ele é homem, feio, tem cara de safado e é bem pirado.
Eu ri e continuei:
- Isso quer dizer que podemos tentar algo?
- Ai, cê é besta, moço. O que tu acha? Haha. Sim, podemos tentar. Mas acho muito cedo pra decidir se é isso mesmo o que eu quero, vamos devagar... Eles estão voltando.
Aquele menino parecia um homem formado, bem cabeça e de um caráter impressionante, pensei comigo que ele era a pessoa certa, mesmo o conhecendo há pouco tempo, não havia lógica nem razão para esse sentimento tão intenso. “Mas quem um dia irá dizer que existe razão pras coisas feitas pelo coração?”. Foi paixão a primeira vista dele sem camisa haha.
Continuamos na praia até umas 17h, os meninos já estavam bêbados, tive que levar o carro até a casa deles, já que o Marcus não sabia dirigir. Levei eles até a casa no centro, os pais deles passavam muito tempo na fazenda, e foi naquele dia que eu tive certeza que eles eram bem financeiramente, esses playboys.
- Marcus, cuida do Marcelo que eu ajudo o Vini - Eu joguei o Vini na água fria, e fui preparar o precioso café, na verdade a cafeteira, sou um desastre na cozinha. Marcus estava cuidando do irmão, tinha certeza que ele já era profissional nisso. Logo depois de cuidar dos porres fui tomar banho, quando sair o Marcus estava deitado no sofá só de bermuda.
- E aí gatinho, você vem sempre aqui? – perguntei mordendo os lábios.
- Venho, mas com essa tua cara de pervertido não voltarei nunca mais – respondeu e em seguida rindo. Sentei perto dele.
- Não vou perguntar se tens certeza porque não quero que tu repense e perceba que eu sou feio pra ti, então... – fui me aproximando dele, e aqueles olhos eram mais lindos de perto, o beijei e lembro que nunca me sentir tão realizado, era tudo o que eu queria há muito tempo, e finalmente pude ter o que almejava. O seu beijo era bem molhado, tinha gosto de café também.
...
E aí pessoal? Voltei, tava meio difícil de postar, mas estou doente e de cama, aproveitei e vim postar. O tamanho acho que dessa vez ficou grande, vocês decidem aí.
Obrigado por lerem, e obrigado de coração aos que comentam. Não revisei muito, então, desculpem-me pelos erros, tento melhorar a cada conto.
Abraços!
