Só sei dançar com você - 4

Um conto erótico de FredMoraes
Categoria: Homossexual
Contém 1685 palavras
Data: 17/11/2013 15:42:54
Assuntos: Gay, Homossexual

A vida é uma verdadeira caixa de surpresas. Não existe metáfora mais real que essa. Eu estava em um momento só meu, dedicado única e exclusivamente a mim. Eu me impus isso. Eu me sentia absolutamente solitário, e diversas vezes eu chorava por causa disso. A noite era o pior momento para mim, principalmente depois que sai da casa de meus pais e fui morar sozinho. Eu olhava para os cantos daquele apartamento e não via nada além de vazio. Eu sentia necessidade de outra pessoa, de um amor, de uma paixão, mas ao mesmo tempo o medo não me permitia tentar. Eu estava fechado em mim mesmo, e somente eu sabia o quanto isso me custava.

Vou ser sincero, eu até tentei uma ou duas vezes engatar algo, mas eu me enganei. As pessoas demonstravam ser algo que não eram: davam-me carinho, atenção, mas não passava de duas semanas, o real objetivo delas era uma noite de prazer um luxuria, uma noite em minha cama... transar. Sem qualquer modéstia, eu sempre fui um cara bonito e sempre atrai muitos homens, mas era apenas isso que eles queriam: comer-me. Eu não sou só um pedaço de carne. Eu não simplesmente um pau, uma bunda e uma boca. Eu tenho sentimentos, emoções. A traição de Arthuro, o cara que eu imaginei amar e pelo qual imaginei ser amado, e a decepção com o mundo gay, que parecia não querer qualquer compromisso senão uma boa noite de sexo fez com que eu desistisse de tentar.

Eis que se me apareceu um anjo, um cara doce, alegre e divertido que despertou em mim tudo aquilo que outrora estava adormecido. Desde o primeiro momento, com toda a certeza do mundo, o que eu senti ao encontrar do nosso olhar foi amor. Amor do mais puro, do mais forte, do mais sublime. Amor, amor que queima, amor que arde, amor que explode e abrasa meu peito. Era isso que eu sentia e sinto até hoje ao olhar para meu doce anjo, meu corpo queima de amor e eu nada mais desejo senão estar nos braços dele e tê-lo nos meus, nada mais desejo senão sermos um só, um só corpo, uma só alma.

Eu me alegrei em saber que seria professor dele, mas ao mesmo tempo eu tive medo. Alegria porque eu poderia estar mais perto dele e medo por não saber se ele poderia vir um dia a corresponder o que eu já estava sentindo, e ai a proximidade só serviria para me fazer sofrer.

No primeiro momento eu resolvi fingir não conhecê-lo, e o tratei, assim como a toda turma, como um desconhecido. Apresentei-me e fiz com que se apresentassem a mim e logo comecei a ministrar minha aula. Para quem entende de arquitetura, eu era professor de Projeto Arquitetônico 7. Mesmo fingindo não conhecê-lo, até mesmo para não causar-lhe nenhum tipo de constrangimento, eu não conseguia parar de observa-lo, e por diversas vezes ao longo das 3 horas de aula eu me repreendi por me pegar fitando-o. Certas vezes eu percebi que ele também me olhava, acho até que meio sem entender ainda o que eu estava fazendo ali, mas toda vez que ele olhava para mim eu tratava logo de desviar o olhar, até que em certo momento nossos olhares se encontraram. O mundo parou ali. Olho no olho. Ele abriu um enorme sorriso e piscou para mim. Eu senti meu rosto queimar. Retribui o sorriso, mas fiquei totalmente envergonhado.

Para primeira aula pedi um estudo relâmpago. Eram croquis de duas casas: planta baixa, corte, fachada, perspectiva... Todos estavam concentrados em fazer e alguns vinham tirar duvidas e pedir minha opinião. Eu estava a assessorar uma aluna quando vejo Eduardo levantando-se e vindo em minha direção, já havia se passado mais de duas horas de aula. Ele esperou eu terminar de falar com ela e sentou-se.

- Oi – cumprimentou-me abrindo aquele lindo e enorme sorriso expondo seus dentes perfeitamente brancos e alinhados.

- Ola, Eduardo. Surpreso?

- E como. Por que você não disse que era professor do sétimo período? Fiquei morto de vergonha quando vi você aqui na frente se apresentando.

- Gosto de fazer surpresas.

- Eu adorei a surpresa.

- Mesmo?

- Melhor que essa impossível – ele falava sem tirar o sorriso do rosto e sem desviar os olhos que tinham um brilho encantador. No entanto era perceptível que estava envergonhado pela vermelhidão de suas bochechas e seus olhos que piscavam excessivamente. É assim até hoje, rs.

- Que bom então kk – sorri envergonhado, baixando meu olhar – Mas então, você terminou os croquis?

- Terminei sim, olha só. – ele mostrou-me os croquis e estavam muito bonitos, devo admitir, no entanto no projeto havia uma ou outra falha que tratei de ajuda-lo a corrigir.

A aula terminou e eu despedi-me dele e do restante da turma. Sai da sala sob os olhares de todos. Talvez devam ter ficado assustados pela minha idade... Não só eles, pelo que percebi toda a faculdade, pois foram muitos os olhares direcionados a mim quando passei pelo pátio carregado de papeis. Subi até minha sala para começar a analisar os trabalhos. Empolguei-me fazendo isso e quando percebi à tarde já estava no fim. Arrumei tudo e fui em direção ao estacionamento.

Assim que entrei no carro vejo Eduardo passar sozinho... Fiquei admirando-o. Apesar de jovem (não que eu não fosse), ele aparentava ser bastante responsável e dedicado, competente no que fazia pelo que percebi em seu trabalho, além de lindo. Tão lindo... Como ele poderia ser tão lindo? Como, em tão pouco tempo, ele pode mexer tanto comigo, ao pondo de eu querer estar a todo instante perto dele, ao ponto de ficar parado admirando-o? Quis chama-lo e oferecer-lhe uma carona, assim como mais cedo, no ateliê, resisti. Tive medo de estar sendo atirado, de ele imaginar que eu estava interessado nele, de alguém na faculdade o ver entrando em meu carro e imaginar algo e comentar com outras pessoas e prejudicar não só a ele, como também a mim. Tive medo de ele querer se aproveitar da situação e aproximar-se de mim apenas para tirar proveito por eu ser seu chefe e seu professor... Sabemos que existe muita gente assim e tive medo dele ser uma dessas pessoas... Mas a vontade de estar com ele falou mais alto, o desejo de passar mais alguns minutos com ele foi mais forte, a ânsia de estar na presença dele, sentir o cheiro dele foi maior que qualquer medo e, ao passar por ele chamei-o.

- Eduardo?!

- Oi, Fred... Posso chama-lo assim aqui também? – Falou ele virando e se inclinando um pouco para poder falar comigo, que estava dentro do carro.

- Claro que sim, rapaz, relaxe. Indo para casa?

- To sim. Vou pegar o busão.

- Entra ai, então. Te levo.

- Não, não, imagina. Não quero incomodar você, não se preocupe.

- Que nada, venha, pra mim será um prazer, gosto de sua companhia, moleque.

- Hum! Tudo bem, então – falou entrando no carro e jogando sua mochila no banco traseiro.

- Então, o que achou da nossa primeira aula.

- Adorei, mesmo. Não só eu, todo mundo gostou, sabe?! A professora que dava P7 era uma megera, aff, detestava aquela mulher. Comemoramos sua entrada (risos)

- kkk Que bom, então.

- Fred, só hoje já é a segunda vez que você me dá carona. Não precisa se incomodar, não quero atrapalha-lo, tá?! Sei que você é muito ocupado, não irei achar ruim se você não puder.

- Que nada. Sabe, eu moro sozinho, e quando não estou trabalhando eu me sinto muito sozinho e isso me incomoda. Gosto da sua companhia, você além de meu funcionário é meu aluno e parece ser um cara legal, tem uma boa conversa, é inteligente... Gostei de conversar contigo. Não sou tão bonzinho assim, se não gostasse da companhia, não faria questão de oferecer carona kkkk

- kkk tudo bem então. Fico feliz que você acha isso, que gostou de mim. Nada melhor que agradar ao chefe e ao professor kkk

- kkk que sem vergonha. Justamente por conhecer você, por ser seu chefe e professor que vou cobrar mais de você.

- Eita, me ferrei!

- kk Relaxe. Só cobro de quem eu sei que é capaz.

- Então, você tá indo pra casa agora?

- To... Aproveitar o tempo livre pra avaliar os trabalhos de hoje.

- Então mudanças de plano. To comunicando que vamos a X. Tempo tá muito quente, nada melhor que um sorvetinho.

- Isso é uma intimação, moço?

- Bem isso. Apesar do carro ser seu e a gasolina ser você quem paga, to comunicando que estamos mudando a rota kkkk

- Sem problemas!

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Boa tarde, pessoas :D Gostaria imensamente de agradecer-lhes. To muito feliz por estar sendo tão bem recebido com minha história por vocês. Segue ai mais uma parte, espero, sinceramente, que gostem. Temo que ela fique chata pela demora de partes mais quentes, mas estou seguindo a ordem normal dos fatos... então é isso. Muito obrigado mais uma vez e comentem... Dois beijos e um abraço ;**

***Um alô especial, dois abraços e três beijos pra Marcos Roger, DanielJB, Ru/Ruanito, alhambrafb, fabi26, Geo Mateus, imperadorcelta, Amygah22, Thiago Silva e Nylo dominador.

- Thiago Silva, que bom que voc^tá gostando, cara. Muio obrigado por acompanhar. Beijos, boy ;**

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- Amygah22, acho que fiquei com mais vergonha que ele. Na verdade, ele é um sem vergonha, já eu sou um poço de timidez e doçura, rs. Beijos, beijos :D

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- imperadorcelta, fiquei imensamente feliz com seu comentário. Que bom que estás gostando e espero realmente não decepciona-lo. Um grande abraço, querido.

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- Geo Mateus, valeu cara. Abraços pr'ocê.

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- fabi26, obrigado por acompanhar. Espero continuar te agradando ;**

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- alhambrafb, valeu por acompanhar e pelo incentivo. Espero vê-lo mais vezes por aqui. Beijos :)

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- Ru/Ruanito, adorei kkk Mas sinceramente, acho que ela é uma santa por aturá-lo. ela que deve ser a corna, porque com certeza aquela bicha encubada deve ter rolos e rolos com machos diversos por ai haha

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- DanielJB, espero continuar te agradando. Beijos, rapaz :D *

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- Marcos Roger, valeu por passar aqui. Fico feliz por estar agradando, espero continuar assim. beijos ;**

*

**Então é isso. Obrigado a todos que leem, aos que comentam e aos que comentam e votam. Abraço.

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Comentários

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Tah demais, seu conto/história táh incrível:) parabéns pela história muito linda:-*

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Demais :) O conto está ótimo assim. Na minha opinião, você pode continuar desse jeitinho.

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o conto ta legal demais...continua logo

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Cara demais. E sobre ainda não ter cenas quentes, isso dá mais vontade de ler o conto, fora que acho que todos os leitores já são acostumados com isso, muitos contos no inicio, não tem, só vem a ocorrer no desenrolar da história. E abraços pra ti também. É sério teu conto é incrível.

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