Get Together 15

Um conto erótico de Roberto
Categoria: Homossexual
Contém 1980 palavras
Data: 13/10/2013 02:22:11
Última revisão: 13/10/2013 02:27:24
Assuntos: Gay, Homossexual

Capítulo 14 – Gomenosai

A aula passava bem lentamente e morosa. Todos ainda estavam naquele clima de férias e logo ninguém prestava atenção em porcaria nenhuma que os professores falavam. Eu não conseguia focar muito mais que meia hora em algo que os professores falavam também, mas diferente do resto da sala e por que eu estava ansioso de quando iria surgir a minha primeira oportunidade de conversar com Luís. E isso não aconteceu naquele dia também :C. Toda as vezes q eu amistosamente tentava me aproximar dele era recebido com viradas de rosto, ou atitudes que faziam parecer q eu não existia pra ele.

Foi uma semana difícil, pois toda aquele gelo já estava me desanimando e fazendo minhas esperanças diminuírem a medida que minha tristeza, que eu tanto lutei pra manter ela bem pequena em uma caixinha dentro de mim, crescesse de forma exponencial. E foi assim na semana seguinte. E na outra tambémCeci mas será q ele nunca mais vai falar comigo mesmo??? Eu falei choroso.

- Ai Rô. Esse babaca não te merece você sabe disso, já tem o que 3 semanas de aula e ele fingi que você não existe cada dia mais fortemente. Falou ela tentando aliviar a situação.

- Mas por que se não conversarmos nós nunca vamos conseguir resolver essa situação. Eu disse triste

- Rô, talvez isso já esteja resolvido. Você tem que começar a ver dessa forma. Ela disse seria me consolando.

- Mas Ceci... Não... não é pra ser assim. Não é pra acabar assim... Não... minha garganta apertou tão forte e meus olhos ficaram marejados. “Não eu fui forte e resisti até agora!” eu pensei. Isso ainda não acabou eu falei pra ela cético.

- Ok, só não quero que você se machuque amigo só isso. Ela disse encerrando esse assunto. Tenho uma notícia nova, e quero que você a ouça com calma.

- Ok eu falei um pouco aéreo.

Naquele dia, que era uma terça feira, estávamos fazendo um trabalho de História, na casa da Ceci. [Acho que era sobre renascimento, não lembro]. Porém nada conseguia prender minha atenção. Somente a minha futura conversa com o Luís e o nosso acerto. Isso era única coisa que rondava minha cabeça. Tina virado minha obsessão, minha meta, meu objetivo, meu tudo. Mas era disso que se tratava o amor não? De nunca desistir. E era isso que eu tava fazendo, não estava desistindo mesmo que o obstáculo fosse o próprio Luís.

- Rô você me ouviu? Falou ela levemente irritada

- Claro! Respondi, porém eu nunca consegui menti pra Ceci.

- Você sabe que não mente pra mim o bonitão. Falou ela virando os olhos. Então foco ou te acordo com um cascudo na próxima.

- Ok! Falei focando nela.

- Minha mãe ta gravida! Falou ela com dor na voz.

- ELA TA O QUE??? Eu falei chocado

- Sim, do namorado dela. Imagina eu com 16 anos tenho outro irmão. Já não basta a July [Juliana] pra me atentar a vida!!! Falou ela chorosa. Julia era a irmã mais nova da Cecilia que tinha 11 anos [em 2008]

- Velho mas como assim, e agora?

- Esse nem é o pior, o pior é q eu vou ter que trocar de tuno na escola talvez. Pois minha você sabe que minha mãe trabalha de manhã e ela não tem com quem deixar o bebê já que eu e a July estudamos de manhã então eu teria que mudar de turno pra cuidar do bebê pois minha mãe não tem como arrumar uma baba. Falou ela quase chorando.

- NÃO!!! Amiga não!!! Você não pode me deixar sozinho! Eu falei abraçando ela e com os olhos cheio de lagrimas. Como vou sobreviver naquela escola sem você!!!

- Eu sei Rô, mas não podemos fazer nada. Infelizmente.

Eu não tava acreditando. A Ceci era a única pessoas que realmente era minha amiga naquela sala. Eu tinha colegas mas amigos era somente ela e o Luís. :C. Como seria minha vida sem ela. Se eu já tinha perdido o Luís.

Eu não queria parecer egoísta mas isso foi um estimulo extra pra mim. Agora mais do que tudo eu precisava do Luís na minha vida ou ficaria completamente só :X. Então decidi conversar com ele o mais rápido possível. E resolver nossa situação.

Na aula de quarta eu tentei me aproximar o máximo do Luís. Cumprimentei ele, fui ignorado. Sorri pra ele, fui ignorado. Ofereci uma caneta quando ele precisava de uma, e fui mais uma vez categoricamente ignorado.

Aquilo já tava me deixando um pouco puto. Quer dizer bem puto, mas eu tinha que lembrar que se chegasse nele agressivo ou cobrando algo minhas chances com ele de ter uma conversa sensata e/ou civilizada eram praticamente zero.

Até que durante o intervalo, que eu passava diariamente sentado na arquibancada da quadra da escola ouvindo música com Ceci, chega o Alex trazendo um recado pra mim. Ele tinha digamos se tornado meu “substituto” como melhor amigo do Luís. Aquilo me enciumava um tico, pois ele era bem bonito até, ele devia ter por volta de, tinha o cabelo loiro escudo cacheado, olhos azuis bem claros, um pouco de sardas no rosto e um jeitão meio jogado/estou-sempre-de-boa-com-a-vida mas sem parecer um drogado, porém eles não pareciam ser nada mais do que amigos, então eu controlava as minhocas na minha cabeça.

- Oi galera beleza? Falou ele calmo

- Sempre Alex, falei tentando disfarçar a irritação na minha voz. O que desejaCeci com fones de ouvido e ignorando a presença do Alex

- Roberto, o Luís pediu pra eu te avisar se você poderia esperar ele na hora da saída.

- Por que? Eu falei agora tentando segurar meu espanto e excitação. “Eu sabia q ele iria me procurar :D” pensei.

- Eu sei que vocês tão com essa briga de casal de vocês, porém acho q ele quer fazer as pazes. Ou sei lá. Falou ele calmo. Ele era tão “de boa” que não conseguia ler ironia ou sarcasmo na sua voz.

Então ignorei a piada dele, segurei a vontade de mandar ele tomar no cu. E respondi

- Ok, pode falar pra ele que eu espero.

- De boa. Finalizou ele e depois se afastou.

- O que ele queria? Perguntou a Ceci aérea.

- Veio trazer um recado do Luís. Ele quer conversar comigo, fazer as pazes... Respondi sério.

- SERIO?! Falou ela boquiaberta. Por que esse pamonha não veio aqui então? Teve que mandar o vassalo drogado dele.

- Não sei. Vai ver ele quer evitar discussão aqui na escola. E pra frisar, drogado só o Pablo, o Alex e gente boa.

- Ok Ok... Mas você vai Rô? Não pode ir assim de cara, tem que se fazer de difícil. Falou ela seria.

- Ceci eu não vou complicar ainda mais o que já complicado não é? Não é hora pra isso, eu to esperando por essa conversa a semanas. Não vou pôr tudo a perder agora. Respondi firme.

- Ta bom, vai querer reforços? Falou ela se exibindo.

- Não amiga, obrigado. Esse tabuleiro ainda e só pra dois. Falei rindo

- Ai chato, ok ok. Mas se precisar de mim pra chorar já sabe que estou à disposição. Respondeu ela rindo e me apertando a bochecha. [Não sei por que ela tem essa mania sendo que nem bochecha eu tenho direito].

Voltamos pra sala e eu tava morrendo de ansiedade pra aula acabar. Porém o relógio não estava afim de passar rápido as horas então demorou uma eternidade pro ponteiro grande dar duas voltas nele. Quando o sinal bateu eu me despedi da Ceci e ela falou no meu ouvido que depois queria q eu ligasse pra ela passando o relatório.

Porém quando notei o Luís não estava na sala então sai correndo da sala e da escola até que me deparei com ele sentado em um banco em uma praça que tinha perto da nossa escola.

Eu cheguei acanhado perto do banco, não sabia o que esperar dele. Mesmo passando aquela situação um milhão de vezes na minha cabeça, agora q ela tava acontecendo aqui na minha frente eu não sabia como reagir. Então apenas sentei do lado dele.

- Obrigado por ter vindo, cara. Eu fiquei com medo de você não vir. Falou ele me olhando e com um leve sorriso. Ele tava com a voz baixa e calma. Era tão bom ouvir a voz dele diretamente pra mim depois de tanto tempo.

- O que é isso cara. Estou aqui o que você queria falar comigo. Respondi também calmo e escondendo minha ansiedade.

- Eu queria saber como vamos ficar. Eu sinto saudade. Disse ele meio triste.

- Eu também sinto cara, você não imagina como faz falta na minha vida. Quero dizer...

- Eu sei o que você quer dizer cara, eu sei que você me ama. Sei que você gosta de mim, porém eu não me sinto assim. Ele falou me cortando. Sua voz ainda era calma. E eu não sei se foi a calma ou as palavras dele mas aquilo partiu meu coração de alguma forma, bem naquele instante.

- Eu... acabei perdendo a voz e ficando atônito.

Eu ia começar meu discurso que eu tinha ensaiado a tantas semanas. Que poderia convencer ele de que não era errado eu gostar dele, quero dizer amar ele. E me amar também. Que isso não seria problema nunca para nós, pois poderíamos viver nosso amor escondido. Que nosso amor era aceito nos dias de hoje, mesmo com dificuldades. Que poderíamos ser muito felizes, pois ele era o amor da minha vida, eu tenho certeza disso, e eu podia fazer ele feliz pra sempre. Eu tinha esses argumentos memorizados na minha mente a semanas e agora eu não sabia como colocar eles pra fora

- Eu não consigo sentir por você o mesmo... quero dizer eu não sinto o mesmo. Eu gosto de você como amigo só isso.

- Mas Luís... eu não sabia o que responder pra ele.

- É a única coisa q eu posso te oferecer. É a minha amizade e meu pedido de perdão por ter te tratado tão mal.

- Tudo bem. Eu aceito. Não quero te pressionar a nada. Se é assim, assim será e ta tudo bem por mim. Eu falei tentando disfarçar a infinita tristeza q eu tava sentindo naquele momento com um sorriso.

- Jura? Você não vai se magoar ou coisas assim de ser só meu amigo? Ele falou meio q assustado. “Será q ele esperava outra coisa? como eu me ajoelhar implorar o amor dele?” Eu queria fazer isso mas fiquei com medo disso afastar ele.

- Juro Luís. Falei sorrindo.

- Obrigado Beto, ele falou me abraçando. Eu fiquei com medo de você nunca me perdoar nunca mais. Mil desculpas por ter sido babaca e infantil com você. De não ter te respeitado. Me desculpa.

- Cara ta tudo bem, eu respondi abraçando ele de volta. Eu não pude deixar de soltar uma lagrima essa hora. Essa seria a única coisa q eu ia poder ter dele parece. A amizade dele. Eu não sei por quanto tempo eu me contentaria com aquilo. Eu então limpei logo o rosto pois não queria que ele visse aquela lagrima.

- E mais uma coisa. Disse ele sorrindo. Sem problema nossa amizade na sala ok? Não vou mais te ignorar ou ser estupido.

- Obrigado cara, isso facilita muito as coisas. Eu falei ainda absorto e apreensivo com o rumo da nossa amizade e das nossas vidas daqui pra frente.

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Dito e feito leitores queiros and lindo :D, mais um capitulo. Parece que serão 3 hj né, pra tirar o atraso. :P. O titulo desse capitulo foi dado pelo Luís. vocês acreditam???Indiretamente é claro, pois foi a musica q ele me pediu pra ouvir depois desse pedido de desculpas fofo dele. E daquele dupla t.A.T.u, que infelizmente não existe mais. Espero que tenham gostado e que comentem. prometo manter o pique e não ficar mais tanto tempo longe vocês, queridos e queridas :D.

Beijos :*

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Comentários

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Acompanho a série desde o começo; sou seu fã! Parabéns pela dedicação e emoção transmitida em seus contos! ;)

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O Beto ainda vai sambar na cara desse babaca do Luis, eu creio nisso! u.u. Next, please!!

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quero logo a proxima parte, seria ootimo o o roberto arranjar alguém já que ele é só amigo do luis, ai ele iria sofrer o tanto que o roberto sofrer por aquilo,

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Muito bom, ansioso pela próxima parte.

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