Aprendi a Amar 41 - Tio

Um conto erótico de Matheus
Categoria: Homossexual
Contém 1543 palavras
Data: 05/10/2013 15:59:12
Assuntos: Gay, Homossexual

A gente transou no chão mesmo, porque colchão é para os fracos. O pior é que a câmera gravou tudo hahaha.

- E não é que isso gravou tudo.

- Deleta isso.

- Tá.

- Não. Deixa.

- hahah Se decida.

- Haha Vem, vamos tomar banho.

- Cê tá ciente que já são mais de meio-dia né?

- E??

- Poxa, fiz até torrada.

- Deixa pra mais tarde.

- Vais ficar aqui.

- Pior que não. Ah, amor. Hoje tem reunião do grupo de formatura. Vamos?

- O que eu vou fazer lá?

- Vamos. Vai ser na pizzaria, é só pra acertarmos uns detalhes.

- Não sei, melhor não.

- Por favor. – ele dizia passando as mãos nas minhas costas.

- Tá.

Ele ficou todo alegre e terminamos o banho. Pedimos almoço num restaurante e minha irmã chegou logo depois que havíamos feito o pedido.

- Tá melhor, Matheus?

- Uhum.

- Isso é só frescura, Julia.

- Também acho.

- Amo vocês também. E Julia, já almoçastes?

- Não o que a mamãe fez?

- Nada. Deixou tudo por minha conta mas a gente pediu comida, a gente divide, quebra uns ovos e tá tudo resolvido.

- Tá.

A relação deles dois sempre foi a melhor possível, bem diferente do meu irmão que não falava muito com o Léo, e isso é assim até hoje. A gente passou a tarde jogando vídeo game até uns dois vizinhos nossos bater lá em casa.

- Oi?

- Fala, Matheus. A Ju tá aí?

- Tá sim, entra.

Eles estavam conversando e do nada me veio a ideia de jogar porrinha.

- Hey, seus cachaceiros. Vamos jogar porrinha?

- Vai mexer nas bebidas do papai?

- Nem, eu prezo pela minha vida. Vai ser com água mesmo.

- Assim é muito fácil. – disse o Ivan

- Ah, então vai ser moleza pra ti.

Fui à cozinha e trouxe um copo e uma jarra d’água. Já havia brincado muito disso com a Julia e o Pedro e sabia que muito água no bucho dói pacas. Julia e eu éramos os que menos bebiam, a gente manja muito e o Léo foi o primeiro a reclamar.

- Ai, minha barriga tá doendo.

- Hahaha Guenta, homem. Agora que eu bebi duas.

- Porra, já bebi umas 7.

Pra ele chamar palavrão é porque a coisa tá séria.

- Tá bom, chorão. Vamo parar.

Ele ficou um tempo deitado passando a mão na barriga e eu morria de rir, longe dele é claro. Fica puto se rir muito da cara dele. Deu umas 18:30 h a gente foi pra pizzaria encontrar o pessoal da turma dele, confesso que eu não tava nada empolgado, até porque só tinha visto eles uma vez e foi ultra rápido. Eles estavam um pouco estressados, dinheiro faz isso com qualquer um. Eles já haviam atingido a meta mas queriam acertar os detalhes da festa, e havia muita discordância e tal e eu só na Coca e fuçando o celular quando sinto tocarem o meu ombro.

- E aí pessoal. – falou

Eu só olhei pra cima pensando “Vai já levar o dele”. Mas ele me olhou e viu que tinha se confundido.

- Foi mal, pensei que fosse o Gean... Matheus, né?

- Aham.

Ele estendeu a mão e eu o cumprimentei, era o Maurício. Foi ele chegar pra paz reinar na mesa, parecia que ele e o Léo botavam ordem naqueles baderneiros, mas o Léo ainda tava preocupado. Ele chamou o Maurício pra um canto e ficaram conversando por um tempo e quando voltaram fizemos pedido das pizzas.

- Quer dizer que tu cursa civil?

O Maurício era o único que se preocupava me manter um papo comigo.

- Uhum, e acho que tu fazes fisio né?

- Hahaha É o que parece. Lembro de ti do niver do Léo.

- Desculpa mas eu não lembro de ti, pelo menos não de falar.

- Relaxa.

Eu já tava até mais “solto” mais tinha uns ali que teimavam em falar sobre o curso, professores e tal, me repelindo da conversa. Peguei meu celular e fui para área de jogos, fiquei no flip até o Maurício me encontrar.

- Tu não foi com a cara deles né?

- Nem um pouco. Desculpa se são teus amigos mas eles são muito chatos.

- Haha Um pouco.

- Escuta, o que vocês conversavam... Tu e o Léo?

- Sobre a missa. Tem gente que discorda de gastarmos com “isso”, mas assim como a minha e a família do Léo, há muitas que gostariam que ela fosse celebrada, mas pra alguns isso é um gasto desnecessário.

- E por que vocês não dividem as despesas só pra quem quer participar?

- Pois é, mas tem mais tumulto aí.

- Ixi, problemas.

- Pois é.

- Que que vocês cochicham aí?

- Falando sobre o quanto a turma de vocês é chata.

- haha Deixa disso. Mas então, o que fazem aqui?

- Resolvi vir jogar, tô muito afim de ficar lá não.

- Então vamos embora.

- Não, fica aí e eu vou...

- Não, vamos todos lá pra casa.

Ele viu minha cara de surpresa.

- Hahah Não, todos eu digo nós três aqui.

- Ah bom.

- Até porquê eu tô afim de beber e dirigindo não rola.

- Concordo em grau e gênero.

A gente foi só acertar a conta e fomos pra casa do Léo. A gente entrou na garagem e o Arthur veio gritando pelo Léo.

- Dinho, aprendi a falar meu nome.

- Haha Mas você já sabe. – disse o Léo carregando ele no colo.

- Mas a professora ensinou, hoje.

Tava confuso, entender criança é um dom, mas logo o Léo ligou os pontos.

- Ahhhh tá. Teve aula de inglês hoje?

- Foi. My name is Arthur.

Claro que ele falou do jeito dele, mas deu pra entender hahha O Léo perguntou a idade dele e ele só ria não entendendo bulhufas.

- Arthur, diz “Oi” pro Matheus e pro Maurício.

- Hi.

A gente morria de rir, porque desde que ele fazia aula de inglês, tudo que falavam em português perto dele e ele sabia como era em inglês, saía repetindo, foi uma luta tirar isso dele.

A gente foi entrando e ele tagarelando, a mãe deletava na sala e foi me ver pra ela subir pro quarto. O Maurício foi ao banheiro e ficamos nós três na sala.

- Matheus, o que você é do meu tio?

- Um amigo.

- Mas não pode.

- Por que?

- O Maurício que é. O João é meu melhor amigo e o meu tio disse que o Maurício é o melhor amigo dele.

Pronto, o que eu ia falar pra ele? Mas logo ele puxou o Léo e cochichou no ouvido dele.

- O Dinho (ele chama assim porque o Léo é padrinho dele) disse que você é um colega mas não é a mesma coisa?

- É...

- Então posso te chamar de tio?

- Arthur...

- Igual a minha professora. Eu chamo ela de tia mas ela não é minha tia. Minha mãe que me disse. Ela disse que pessoas mais velhas a gente pode chamar de tio. Mas você não é velho.

O menino não parava de falar. Deduzi que ele queria me chamar assim por eu ter começado a frequentar um pouco mais a casa do Léo mas se fosse por isso, o Maurício também mas depois eu vim descobrir que ele também tentou chamar o Maurício assim mas ele disse pro Arthur que era o “brother” dele, aí ficou. A mãe dele logo o chamou pra dormir e a gente ficou bebendo até o sono chegar. O Maurício dormiu em um colchonete no quarto do Léo.

Quando acordei de manhã só o Maurício tava no quarto mas eu enrolei na cama e voltei a dormir e acordei de novo com alguém fazendo barulho. Eu poderia ter ido lavar o rosto, escovado o dente mas minha curiosidade não deixou e fui pra escada ver o que era. Até porque eu ouvia piano mas até onde eu sabia quem tocava era mãe do Léo. Quando cheguei na sala o Léo tocava até que o Arthur começou:

- Canta, tio.

- Senta.

“Posso te falar dos sonhos Das flores

De como a cidade mudou

Posso te falar do medo Do meu desejos

Do meu amor...”

Ele cantava e o Arthur acompanhava baixinho sentado no braço do sofá balançando as perninhas curtas. Fui saber que o Arthur adora Ivete Sangalo, Djavan, Roberto Carlos. “Aki é otro nível, kirida!” hahahaha

O Arthur logo me viu e veio correndo.

- Tiiio, eu não fui pra aula. Meu tio disse que o senhor saber fazer lanche gostoso.

Senhor? Hahaha Achei estranho e fofo ao mesmo tempo e acabou que eu fui fazer o “lanche gostoso” pra ele. Deixei o garoto comendo na mesa e o Léo me puxou.

- Léo, como a mãe dele deixou ele faltar aula?

- Nem eu sei.

- Ela foi na casa do Thiago. – disse o Lucas.

Thiago é o pai do Arthur.

- Na casa deles né?

- Não, acho que ele largou ela.

O relacionamento deles nunca foi um dos melhores. Basicamente ele carregava a irmã do Léo nas costas, ela nunca trabalhou e quando teve o Arthur aí que ficou mais relaxada. O pior é que em toda essa onda de separação que iria sofrer mais era o Arthur, pois eu sabia que o Thiago ia querer a guarda e isso ainda ia dar merda.

*

*

*

*

Esse ainda é um dos contos que eu havia preparado quando a gente viajou mas eu só achei ele ontem no PC hahaha Organização mandou lembranças hahaha

Mais tarde volto com outro lol

Até...

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Comentários

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Eita,andas sumido em rapá ? Tu e o toshy u.u , muito bom ler teu conto, não demore !

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Johem Jhol, ri muito com seu coment. Hahahahahahah. Realmente, opção eh o que não falta para quem quer trabalhar

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Esse garoto é dos meus: fã de Veveta? Hahahahahah. Amei. Mais uma vez 10

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Que bom que voce voltou, tava com saudades das tuas historias, lindinho o Arthut

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Huuummm! Um relato do passado... Foi através do Mauríco que conseguiste por aquele vídeo na formatura do Leo? Que meigo você com seu "sobrinho" sabia. Agora é que a mãe dele te mata, rsrsrsrs. O menino já tá arriadinho por ti. Abração e beijo grande nos dois.

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Que fofo *-* tá para entender porque as crianças aprendem inglês mais rápido hahahaha. Lembro que professora ensinou Ten Little Indians, nossa mas essa bagaça não saía da minha cabeça. Esse tipo de criança sabe deixar qualquer um sem graça a nível mães heuhueuheuhue. Essa irmã do Léo merece uns tapas manda ele vender Jequiti, Avon, pregar a palavra do Senhor de casa em casa... Depois que perder o filho não adiantar se culpar.

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e aí Theus?.. Posso te chamar assim? haha.. ou você é intimo só do Toshy? Falando em Toshy... tem noticias dele não?? Cara sacana, antes postava todos os dias, agora sumiu kkk. Mas digo...gosto muito dos seus relatos, faz-me lembrar da minha juventude, láaaa no passado rsrs.. Abraço pra vocês... :)

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Como sempre migucho amando!

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