Paixão Inesperada XX

Um conto erótico de Edu S.
Categoria: Homossexual
Contém 2320 palavras
Data: 01/10/2013 11:54:51
Assuntos: Gay, Homossexual

Sábado de manhã acordei com o barulho do chuveiro, levantei e fui ver o que o garoto aprontava.

– Ricardo, está fazendo o que aqui, tão cedo?

– tomando banho rsrs, bom dia.

– bom dia. Mas porque a essa hora? Ainda são sete.

– eu sei que horas são, mas suei a noite toda, estou todo grudento e você dormiu abraçado comigo, nos molhamos de suor.

Tirei minha boxer e entrei no box junto com o Rico. Pedi que me desse banho, ele me olhou e sorriu todo moleque.

– nem precisa pedir rsrs.

– rsrs, eu sei que você gosta. Cuidado com meus joelhos, estão ralados e meu cotovelo também.

– kkkkk, eu te avisei tiozinho.... deixa pra quem sabe, mas você quis praticar skate, deu nisso.

– minha mãe já deve estar chegando.

– não vai buscar a sogrinha?

– não, ela disse que pegaria um taxi até o hotel, e depois me ligaria de lá. Eu insisti, mas ela disse que não precisava.

– como devo me vestir?

– do mesmo jeito de sempre. Você está na minha casa, aqui a única regra é você dormir pelado kkkk. O resto é normal.

– sei lá, você disse que ela é cheia de dedos, não trouxe nenhuma roupa formal, só do dia-a-dia mesmo.

– amor, vista o que você trouxe. Simples.

– tudo bem. Pronto! Ta lindo e cheiroso. – ele disse esfregando o nariz pelo meu corpo.

Nos abraçamos e colei seu corpo no box, senti sua pêle com a ponta da língua e o beijei. Ficamos namorando e ele ao pé do ouvido disse que me amava.

Fomos trocar de roupa e eu fui fazer o café. Pedi ao Ricardo que fosse acordar o Breno, assim o fez.

– Edu, eu bati na porta e ele não levanta de jeito nenhum mas abri um pouco a porta e ele está só de boxer. Vou la não.

– hahaha, tudo bem. Ele dorme feito pedra. Não vai escutar mesmo. Vou lá.

Acordei o mano e ele ainda me olhava sonolento. Pedi que fosse tomar café.

– porque tão cedo Edu?

– já estou fazendo, e a mãe deve estar no hotel já. O Ricardo inventou de tomar banho, me acordou e foi bom. Acabei lembrando que me pediu pra te acordar as oito, lembra?

– nossa, verdade. Vou numa imobiliária. Marquei de ir hoje ver o tal apartamento que te falei.

Sentei na beira da cama e o caçula deitou com a cabeça em minhas pernas. Enquanto acariciava seu cabelo meu garoto entrou e se pôs a meu lado.

– não precisava ir assim, tão logo. Eu estava me acostumando a ter você.

– eu sei grandão, mas você tem o Ricardo, não está mais sozinho. Além do mais, eu já sou bem grandinho pra ficar debaixo da tua asa. Já me livrei da mãe, não foi fácil, eu sinto falta dela, mas já estava mais que na hora.

– Breno, se for por mim, não se preocupe, juro que não me importo e nem me sinto incomodado. – disse o Rico.

– eu sei cunhado, mas não faz sentido. Já está decido e prometo dormir aqui às vezes.

– tudo bem mano, mas levante e se arrume, ou vai se atrasar.

Lhe beijei as bochechas e o caçula me abraçou. Sentiria sua falta, a muito tempo não ficávamos tão próximos. De todos nós, eu fui o único a realmente gostar da ideia de ter um irmão caçula. Lembro como se fosse hoje, minha mãe com o mano nos braços, tão pequenino e frágil, como um irmão caçula deve ser. Me senti tão responsável por ele, mesmo eu sendo uma criança. Eu estava ao seu lado a todo momento, desde o banho da manhã até a hora de dormir.

Com o passar dos anos me senti na obrigação de contar a ele o meu segredo. Segredo que guardava a sete chaves. Mesmo aos quinze anos se mostrou maduro o suficiente ao entender que seu irmão era um pouco diferente, mas continuava sendo o mesmo mano mais velho, querido e protetor.

– me solte, senão vou chorar.

– que isso grande? Vai começar a afrouxar depois de velho?

– isso aí é somente uma capa que ele insiste em vestir pra espantar as pessoas, mas ele não me engana mais. Tem que ver ele dizendo que me ama, é uma manteiga. – disse o garoto indo a cozinha.

– espere Ricardo, ta pensando que vai sair ileso desse comentário? Ainda te pego.

– e vai fazer o que? Me beijar, como sempre faz? Chega Edu, você não mete medo em mais ninguém kkkk. – disse aos gritos do outro cômodo.

O mano e eu nos olhamos e rimos feito crianças da ousadia do meu garoto em dizer que ultimamente me tornei um pamonha.

Mas o amor nos deixa assim, completamente bobos.

Deixei o mano se arrumar e fui tirar satisfações com o leke.

– rsrs, não me olha assim não. – ele disse se jogando no puff do casal.

– ta com medinho?

– do tiozinho? Não.

– hahaha, abre as pernas.

– aqui?

– aham.

Com os braços soltos e as pernas abertas, me deitei sobre ele.

– teu irmão ainda está aqui, sabia?

– sei sim. E o que tem de mais? Só estou deitado.

Passei meu braço por debaixo de sua cabeça e o beijei. Senti uma de suas pernas se erguer e ele a colocou sobre mim. Com a outra mão por baixo de suas costas o puxei pra mim quase fazendo-o sentar.

– quem é a manteiga agora? – disse apertando sua nuca.

– rsrs, eu.

– aham, ta se entregando?

– estou.

– pra quem?

– pro tiozinho tesudo.

– kkkkkk, palhaço.

– que cena mais erótica. – disse o mano.

– rsrs, já vai?

– já, vou beber só café, to atrasado já. E vocês dois, se comportem.

Ele passou por nós de olhos fechados e saiu. Ouvi a porta bater e voltei a atenção ao leke safado.

– que vergonha Eduardo.

– rsrs, vergonha do que?

– é né? Bobeira minha. Diz que me ama.

– te amo meu garoto.

– seu garoto está sufocado.

– kkkkkk, desculpa.

Me levantei e o telefone tocou, o Rico me olhou espantado imaginando quem seria. Atendi e era minha mãe.

Avisou que já estava a caminho e que eu a esperasse na portaria. Nos despedimos.

– desce comigo amor?

– acho melhor não, vou levar o puff pro teu quarto, fico lá até vocês se acertarem.

– tudo bem. Ei garoto?

– rs, sim.

– diz que me ama.

– te amo tiozinho.

– kkkkk, senti firmeza agora.

O beijei e ele foi pro nosso quarto. Desci e fiquei esperando minha mãe chegar.

Instantes se passaram e parou um taxi. Abri a porta e a senhora elegante, mas com um olhar mais sereno do que a última vez, desceu.

– bom dia filho.

– bom dia mãe.

Um espaço entre nós se formou e nos olhavamos chorosos. A barreira foi quebrada por ela, que num gesto maternal me buscou em seus braços me tomando pra si, como antigamente.

Beijos, abraço e choro. Assim ficamos por um tempo até que percebi a pressa do motorista em seguir sua rotina.

– deixa que eu pago mãe.

Peguei sua bolsa e fomos para o elevador. Minha mãe sorria e me abraçava sem se importar em amarrotar o terninho chique. Diferente de mim, ela tem bom gosto kkkk.

Chegamos no meu andar e abri a porta. Entramos e pedi que se sentisse a vontade.

– quer tirar os sapatos mãe?

– quero.

Fui até meu quarto e o garoto cochilava no puff. Sorri e o beijei a testa, ele nem se mexeu.

Levei a ela um chinelo.

– vou comprar um par só pra senhora.

– tudo bem filho, está bem assim. Como anda as coisas?

– bem. O Breno ta trabalhando e...– ela me interrompeu

– sobre seu irmão eu sei. Me referi a você.

Contei a ela sobre meu emprego, minha vida. Sobre como andava minhas finanças. Ela sorriu dizendo que não entende o meu jeito de viver, com um currículo impecável jogado de lado.

Sem perder o nível da conversa, disse que era feliz ao meu modo, que não me faltava nada e que tinha saúde.

Entre tantas outras coisas que dicemos, que ouvi, nos abraçamos e em lágrimas nos desculpamos, nos perdoamos e declaramos nosso amor de mãe e filho. Mais uma vez, depois de anos, me senti filho, amado e querido por ela. Me lancei em seus braços e senti seu cheiro de novo. Como eu amava aquela velha de boutique.

O clima era de paz.

– onde ele está?

– quem mãe, o mano?

– não, o Ricardo.

– no meu quarto. Disse que preferia ficar lá até terminarmos de conversar.

– como ele é?

– integro, amável, educado, maduro.

– maduro?

– sim mãe, por favor, não me olhe como se eu fosse um Gay tarado.

– quantos anos ele tem?

– 22.

– você perdeu o juizo?

– disse pra não me olhar desse jeito.

– você imagina o que vai te acontecer quando os pais desse garoto descobrir? Ele é mais novo que o Breno, por Deus Eduardo.

– eles sabem. Os conheço e acredite se quiser, me sinto em casa quando estou lá.

– quero conhecer. Me leve até ele.

– trago ele aqui.

– não, quero ir até la. Não quero que ele se sinta como num interrogatório.

– rsrs, tem certeza?

– rsrs tenho.

Levei ela até meu quarto e abri a porta devagar, o garoto ainda cochilava no puff e por Deus, ele ainda estava vestido. Sorte a dele hahah.

Minha mãe entrou e ficou observando o garoto e me abraçou.

– é um homem feito. – disse no meu ouvido.

– sim mãe, ele está no corpo errado rsrs.

– é muito bonito.

– é sim.

Me abaixei e o beijei na testa. Ele me olhou e ergueu os olhos.

– Santa Maria! – num salto se levantou se ajeitando.

– calma filho, eu não mordo.

– desculpa, eu não esperava a senhora aqui, ainda mais me encontrando desse jeito. Estou todo amassado. Me de licença, já volto.

No desespero o Ricardo saiu do meu quarto. Minha mãe sorria e eu disse a ela que não foi uma boa ideia. Ela deixou o garoto envergonhado.

Fomos pra sala e o Ricardo voltou.

– muito prazer, Ricardo.

– igualmente, Lívia.

Se cumprimentaram e se abraçaram. Ela o puxou e pediu que ele se sentasse ao seu lado. Fui a cozinha e peguei uma xícara de café.

Ela bebia enquanto enchia o garoto de perguntas.

Senti em sua feição a alegria em saber que o garoto não era um vagabundo.

Eu não acreditava no que via. Minha mãe tirou a armadura e se desfez dela nos primeiros dois minutos de conversa com o leke educado.

Mas uma coisa chamou a atenção da madame.

– percebi que mudou a decoração. Está melhor que da última vez.

Sem me deixar falar, o garoto tomou a frente.

– a senhora gostou?

– sim. Simples, mas chique.

– foi o Ricardo que arrumou tudo mãe.

– você fez tudo isso?

– a senhora me desculpe, mas eu tenho bom gosto, não tenho?

– mãe, não de trela pro garoto não. Ele se acha kkkk.

– que isso Eduardo, isso é jeito de falar? Mas ficou muito bom sim. Gostei.

O garoto levou a mamãe até meu quarto e mostrou a ela o que fez. Os dois se tornaram amigos de infância em apenas uma hora de conversa.

Minha mãe elogiava o garoto que me sorria feliz por ter conquistado a sogra.

Voltamos pra sala e minha mãe nos convidou pra um almoço.

– ligue pro Breno e avise que vamos almoçar fora.

– tudo bem.

– avise aos pais do Ricardo também.

– mãe, que coisa mais antiga isso. Ele está passando as férias comigo. Que isso rsrs.

– vocês que são modernos demais, mas tudo bem.

O Ricardo pediu licença e foi ao meu quarto. Minha mãe segurou minha mão e deitei em seu colo.

– o menino é muito educado, bonito. Mas estou sem graça com vocês dois. É estranho ver meu filho beijando outro homem.

– ele é incrível mãe, é responsável e me faz bem estar com ele. Eu amo esse garoto.

– amar... isso é possível entre dois homens? Você não está confundindo?

– é possível sim mãe. E não estou confundindo não. É amor mãe, o mesmo amor que a senhora sente pelo pai, mas se torna diferente porque amo um homem e não uma mulher, mas o sentimento é o mesmo. Não é amor de irmão, nem amor de amigo, vai além disso. Amar o Ricardo me faz amar a mim mesmo. Me amando, me permite dar a ele o melhor de mim. Ta entendendo mãe?

– estou sim filho. Eu só quero que você seja feliz. Mas essa diferença de idade...

– rsrs, ele não liga. Ele é um homem feito, como a senhora disse. E me desculpe o atrevimento, mas não perde na cama pra nenhum homem mais velho kkk.

– Eduardo meu filho, me respeite. Toma jeito rsrs. Você continua o mesmo.

– continuo o mesmo mãe, mas sou feliz.

Liguei pro Breno e ele avisou que estava quase chegando.

– quando a senhora vai embora?

– amanhã de manhã.

– mas já? E porque não ficou aqui?

– porque não sabia o que esperar de você. Não sabia como seria conhecer o meu genro e não queria gerar nenhuma situação desconfortável, mas me surpreendi, tanto por você, quanto pelo garoto.

O Ricardo voltou e estava mais lindo do que nunca. Garoto esperto. Deixei ele com a minha mãe fui me arrumar. Enquanto me arrumava o mano chegou e ouvi quando minha mãe mimava o caçula. Adorava ver os dois, nunca senti ciúmes do Breno, pelo contrário.

Saímos os quatro e minha mãe nos levou ao restaurante do hotel. Boa comida, boa bebida e os meus três amores se riam felizes. Foi o melhor dia da minha vida.

Depois do almoço nos despedimos de minha mãe, ela queria descançar. Voltamos pro Ap e despimos de todas as formalidades.

Nos livramos daquelas roupas e jogamos no canto da lavanderia. Fomos pro quarto e voltei ao meu estado normal e peguei meu leke safado de jeito, jogando o tesudinho educado no puff do casal.

Fizemos amor ali mesmoContinuaMuito obrigado pela atenção pessoal...beijo grande..

Obrigado pelos comentários e a todos que lêem.. :)

PS: fiquem vontade para perguntar o que quiserem..

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Comentários

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Sabia que o Ricardo ia conquistar a sogra. Demais.

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Simplesmente adorei! Comecei a ler e não parei acabei em dois dias hehehehe. E demorou anos e anos para você realmente ter gosto de viver e ainda com sua mãe rompendo as próprias barreiras sobre o filho gay, espero que ela seja com outros olhos a homossexualidade. Acho que quando as pessoas sem informação sobre os gays (homens) pensam que são aqueles que ficam transando toda hora, dá a bunda, irá se vestir de mulher, ter voz fina, irá ter AIDS e etc... Mas quando conhecem realmente, ai eles mudam de ideia. Espero que o próximo passo seja a reconciliação com seu pai. Parabéns por sua determinação em ter tantas conquistas sozinho e agora você com alguém ao seu lado possam realizar mais sonhos. Ahhhh Rico agora você entende a frase: "Panela velha é que faz comida boa" kkkkkkkkkkkk. Abraços ;)

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Isso é que é conto ii ñ queles romances adolescentes melosos. rs Adoro

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Como todos maravilhoso esse capítulo!

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Cara, descobri sua história essa semana, e to babando por ela. É muito linda, o amor entre você e o Rodrigo é lindo, enfim. Parabéns *-*

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Mais um capitulo lindo, como sempre sua historia me deixa super feliz, sua forma de escrever é o maximo,adoro vcs!!!

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MT legal tua história espero um dia viver uma assim...teu pai já fala contigo se estiver num próximo capítulo de boa eu espero rsrsrs

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