Como Chamas 3x19: EM PRATOS LIMPOS.

Um conto erótico de Danny-13
Categoria: Homossexual
Contém 1185 palavras
Data: 19/10/2013 21:04:59

Como Chamas 3x19: EM PRATOS LIMPOS.

Minha mãe finalmente chegaria de viagem naquela tarde e eu estava morrendo de ansiedade. Queria logo que as coisas se acertassem entre a minha família. Além do mais, eu sabia que ele amava meu pai, deu pra notar o jeito que ela olhou para ele no dia que ele chegou no apartamento dizendo que eu havia tirado tudo da vida dele.

Nick aceitou voltar se voltássemos, mas disse que ainda quer ouvir um pedido de desculpas do meu pai comigo, o que é obviou eu disse que já havia rolado. Um pequena mentira e para uma grande boa causa.

Felipe entrou na sala e veio direto para minha mesa e me tascou um beijo na testa.

Alice e Jeremiah trocaram um olhar desconfiados, mas nem me importei.

- Bom dia Baby. Disse ele sorrindo daquele jeito que me fazia suspirar.

- Oi. Respondi.

- Dormiu bem?

- Claro.

Felipe se virou para Alice e a cumprimentou com um aceno com a cabeça e nem mesmo olhou para Jeremiah. Ele ainda estava com um pé atras com ele depois daquele incidente.

- Então, gente, só tenho que ir pra escola no segundo horário, que tal um cinema ou um sorvete no shopping? Falei em tom animado. Eu daria um jeito de cercar Jeremiah de todas as formas possíveis.

- Eu topo. Disse Alice.

- Eu também Baby. Falou Felipe.

Olhei de forma interrogativa para Jeremiah, mas ele encarava o computador, se mantendo fixo se nem mesmo piscar.

- E você Jer, ta afim?

- Ah, eu não posso...

- Claro que pode. Vamos!

Alice o encarou. E pelo jeito que ele corou e sorriu, eu sabia que ele estava afim dela.

- Acho que tenho tempo pra um sorvete. Ele disse finalmente.

Depois do expediente estávamos todos sentados em uma mesa de uma pequena, mas aconchegante, sorveteria que havia no fim da rua. Jeremiah passa seus minutos dividindo seus olhares entre mim e a Alice.

É claro que seria errado pressiona-lo ali na frente deles, mas eu sabia como faria para ganhar a simpatia dele.

- Ei, Alice, sabia que Jeremiah faz quase 300 abdominais por dia? Eu falei com o tom mais natural possível. Felipe me lançou um olhar confuso, mas ficou em silencio.

Alice se voltou para Jeremiah.

- Serio? Como consegue?

Só pelo tom de voz, soube que ela ficou impressionada. Jeremiah sorriu ainda mais e piscou.

- Desde sempre.

- Tem que me ensinar sua técnica. Mal consigo 50. Ela admitiu, tímida.

- Jer é quase um mestre em rotinas de exercícios. Eu continuei.

Ele olhou para mim. "O que diabos está fazendo?!!" Berrava sua expressão.

Eu apenas sorri, torcendo para que ele gostasse de mim só mais um pouco. Pelo menos o bastante para me dizer tudo o que sabe.

###

Naquela noite, o telefone da minha casa tocou e eu atendi no segundo toque.

- Sim?

- O senhor Victor esta? Perguntou uma voz feminina, aflita.

- Ah, desculpe, ele não mora aqui. Falei. Era verdade que eu queria voltar a morar em minha antiga casa com meu pai, mas ele não morava no apartamento e nem estava aqui ainda.

A mulher continuo em silencio, parecia estar chorando.

- Quem é? Perguntei.

- Pode dizer a ele que Claudia ligou e que precisa muito falar com ele.

- Claro, mas quem é vo... A ligação foi encerrada.

Claudia? Quem diabos era Claudia? E por estava atras do meu pai? Aliás, como conseguirá o número daqui? Então, um pensamento louco me acertou em cheio.

Meu pai não poderia ter arrumado uma namorada. Não depois do modo que veio aqui tentando recuperar minha mãe. Certo? Sacudi a cabeça, espantando todos os pensamentos loucos que me ocorrerem e girei para a sala de jantar.

Meu pai colocava uma garrafa de vinho na mesa quando entrei.

- Quando chegou? Perguntei.

- Boa noite pra você também. Ele falou em um tom sarcástico.

- Oi, quando chegou? Insisti.

Meu pai me olhou surpreso.

- Agora a pouco, você estava no telefone e entrei pelos fundos com Nick.

Eu abri a boca para perguntar sobre essa tal de Claudia quando minha mãe surgiu vindo da cozinha.

- Podem pegar seus lugares, o jantar será servido agora.

Meu pai se sentou no canto da mesa, minha mãe no centro e Nick ao meu lado de frente para meu pai.

- O que está rolando? Sussurrou para mim.

- Depois eu explico. Murmurei de volta.

A empregada serviu toda a comida e com os pratos fumegantes nos pratos, meu pai começou a falar mas minha mãe o interrompeu.

- Acho que devemos deixar Dan falar, já que ele me fez organizar tudo isso em cima da hora.

Todos os três se viraram para mim. Céus, e agora?

- Bom, meu pai quer dizer umas coisas pra vocês.

Meu pai engasgou e me encarou. Minha mãe limpou a garganta.

- É mesmo, Victor?

- Er... Eu gostaria de me desculpar por tudo o que eu fiz ou disse que pode ter ofendido vocês. Eu estava com muita raiva, mas quando notei que estava voltando todos os dias para uma casa vazia... Soube que não quero continuar com isso.

- O que faz você pensar que um simples pedido de desculpas vai concertar tudo? Disse minha mãe seria.

- O que mais eu posso fazer? Eu... Amo vocês tudo bem.

Não consegui evitar arregalar os olhos. Aquela era a primeira vez que eu via meu dizer algo com amor e eu na mesma frase. Se ele queria meu perdão, definitivamente estava conseguindo.

###

O pequeno relógio no meu criado mudo indicava duas e meia da madrugada. Meus olhos pareciam pesadão e meu corpo flácido. Houve um baque em algum outro cômodo da casa. Me levantei, ficando em alerta. Alguém havia invadido? Serio o perseguidor?

Andei nas pontas dos pés e abri a porta devagar. O corredor estava uma escuridão total e muito silencioso. Com medo, resolvi sair assim mesmo.

Continuei na pontas dos pés ate a sala. Com a pontas dos dedos deslizando nas paredes. Houve outro barulho dessa vez, bem perto. Quem ou que quer que fosse estava na varanda ou na porta da frente. Tentado controlar a respiração, fui para a cozinha e apanhei as chaves penduras no quadro. Sai direto para o corredor, eu não podia acordar minha mãe ou Nick, mas tinha que mantê-los protegidos.

Tranquei cada quarto e passei a chave por baixo da porta para que nenhum deles ficasse trancado pela manha. Ao passar a chave do quarto de minha mãe, notei que a casa estava em silencio total novamente.

Dei uma olhada para o fim do corredor, não tinha certeza, mas senti um arrepio na espinha. Havia alguém naquela escuridão?

Fiquei de pé, ainda encarando. Então, algo no escuro se mexeu e eu ouvi o barulho de um passo bem na minha direção. Pulei para dentro do quarto e tranquei a porta. Como eu temia, a maçaneta girou varias vezes e porta foi forçada, levei a mão a boca, contendo um grito, mas quem quer que fosse do lado de fora não estava obtendo sucesso.

Tudo aquilo durou uns minutos, e então o silencio reinou novamente. Me deixando mais assustado do que nunca.

Aquela história toda tinha que terminar, antes que fosse tarde demais.

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