Uma nova história

Um conto erótico de Julia f
Categoria: Homossexual
Contém 741 palavras
Data: 12/09/2013 21:20:46

Passava um momento complicado na empresa que trabalho. Sem muitas escolhas, fui obrigada a mudar de cidade, em razão de uma transferência forçada imposta pela empresa.

Encontrava-me, assim, numa nova fase na minha vida, agora de adaptação, em busca ainda de um apartamento para alugar nessa nova cidade.

Deparei-me num fim de noite desmotivada e angustiada, por não ter me sobrado opção para enfrentar esse meu atual momento. Enfim, mesmo sem fome, talvez pela ansiedade que me toma vez ou outra, fui até um bar (restaurante) próximo a pousada em que estava hospedada naquele momento, com a intenção de jantar. Difícil escolha. Nada me agradava naquele cardápio. Pedi apenas uma coca-cola zero, enquanto decidiria finalmente o meu pedido. Li aquele menu de cima a baixo, do início ao fim, estava praticamente convencida a não pedir nada mesmo para comer.

Distraio meu olhar rapidamente daquele papel, percorrendo o ambiente em que me encontrava, curiosa e a fim de me ambientar realmente. Perdi-me instantes observando o movimento naquele espaço, mas precisamente nos gestos perfeitos de uma morena fascinante. Ela parecia não se importar com a atenção que me despertara, na verdade acredito que não se importava com o encanto que provocava, certamente, por onde passava.

Linda! Cabelos longos e negros a tornavam especialmente encantadora. Olhos ligeiramente esverdeados, desenhados em seu contorno com lápis super preto. Boca pequena, mas super bem definida, com lábios suculentos e um pequeno detalhe que me deixava completamente perdida, louca para aproximar a minha da dela, um sinalzinho discreto acima de sua boca, em seu lado direito. Impressionante o tamanho de seu charme. Inevitável destacar também o tesão que ela exalava em cada atitude sua. Tive a clara impressão de que isso era evidente em seu olhar, em sua expressão facial. Esqueci-me de minha ansiedade, do cardápio em minhas mãos e até da minha tão desejada coca-cola em minha frente. Minha existência resumia-se, aquela altura, apenas à minha musa.

Em clima de descontração, a minha musa aproveita a música ambiente, tocada naquele local, e puxa uma outra mulher para dançar, causando alvoroço na turma que ela se encontrava e meu descontentamento. O que via? Não sei exatamente a música que tocava, mistura de brega com forró, ou sei lá mais o que, mas que fazia aquela mulher conduzir a dança sensualmente. Eu? Nesse momento, acredito já babar vendo aquela cena.... Ah, como queria que fosse em meu corpo que ela se esfregava e que a sua mão percorria... Restava-me admirar, admirar, admirar.... então ali fiquei, admirando-a em cada movimento seu, em cada gesto que realizava...

A música finalmente acabou e, com ela, a dança que me hipnotizou. Um levante tomou conta daquele bar... não só eu, mas todos estavam observando o mesmo que eu.

Peguei, desconcertada, minha única companhia naquela noite, meu copo de coca-cola zero, para aliviar a sede provocada pela boca seca, originada pelo nervosismo que me tomou aquela bela cena. Que papelão! Como uma pessoa consegue derramar em si mesma aquele copo? Sinceramente...

Levantei-me ligeiramente para me recompor no banheiro. Na saída, vejo esbarrar em mim aquele corpo perfeito, dono dos olhos mais lindos que já vi. E seu sorriso, como descrevê-lo? Paralisante. Não sei se sorria-me pelo fato de não ter tirado meu olhar de cima dela o tempo todo, por ter tomado banho de coca-cola ou simplesmente por ser simpática.

Mesmo após passar por mim, encontrava-me parada na saída do banheiro, nessa altura de costa para ela.

Cris: Oi.

Julia: Han?

Cris (sorrindo): Tudo bem?

Julia: Sim, tudo.

Cris: Gostou do que viu?

Sorri desesperada, ela viu a forma como a havia admirado. Sorrimos...

Cris: Que mulher você é, hein!

Julia: Oi? Não entendi.

Cris: Ah, eu com uma mulher como você... (Ela então se aproximou de mim, eu ainda estava inerte a qualquer situação, ela sorridente, sabia exatamente todo o poder que já possuía sobre mim, passou levemente sua mão direita sobre meu rosto, afastando meus cabelos, colocando-o por trás de minha orelha)

Julia (afastando sua mão do meu rosto, de mim): Ah, você é afobada, né? Engraçadinha... (disse isso e me retirei indignada com a forma como me abordara, como quis me cantar)

Encontrava-me nesse instante, embora com o tamanho do fascínio que me provocou, chocada com a forma grosseira como havia me abordado. Pedi ao garçom minha conta para que pudesse pagá-la e finalmente voltar à pousada para dormir, esquecer tamanho absurdo, para enfrentar mais um dia complicado, o dia seguinte.

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Comentários

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Wow... feliz, feliz, feliz... :D Voltaste a escrever e de que maneira!!! Estou maravilhada com a escrita e com a envolvência e com a vossa hostória (que tão bem conheço). Perfect... beijão X... sorry... :P Beijão Júlia. *****

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EITA!!! Julia que bom que voltou...tá ótima a história ...continua por favor ....bjáo

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Kkk...desculppa não resisti...tinhas que lembrar da indignação bem na hora h...kkk trágico...mas enfim...como sempre tua escrita é ótima...por favor continue...

Beijinhos linda!! :*

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