Como Chamas 3x06: A VERDADE DÓI!

Um conto erótico de Danny-13
Categoria: Homossexual
Contém 1345 palavras
Data: 11/09/2013 11:35:47

Como Chamas 3x06: A VERDADE DÓI!

- Como não pode me dizer? Perguntou Felipe me seguindo na rua. Eu estava andando até o ponto de taxi e ele insistia em me levar pra casa.

Eu não poderia aceitar uma carona dele para minha nova casa. Primeiro porque se eu conheço ele, Felipe iria me arrastar para fora de lá e me levar para sua casa e segundo porque eu não acho que Caio seja do tipo que curte receber visitas.

- Eu não posso e pronto. Vejo você amanha. Falei.

- Vou seguir você.

- Boa sorte com isso.

Felipe me segurou e me virou para ele. Seja o que quer que ele estivesse sentindo, parecia profundo e doloroso. De alguma forma, eu sentia que Felipe estava enfrentando tempos difíceis, mas não tantos quantos os meus.

- Eu preciso ir. Falei.

- Dan, por favor, você sabe o que eu sinto e eu sei o que você sente.

- E?

- Aquele garoto terminou com você! - Ele já disse quase gritando. Algumas pessoas na rua começar a olhar. - O que te impede de ficar comigo agora?

- Felipe para.

- Não até você...

- Ele mandou você parar. Falou Leon surgindo por trás do Felipe. Eu o encarei assustado, o que ele estaria fazendo ali?

- Oi. Ele falou se esquivando do Felipe e olhando para mim.

Sorri um pouco sem jeito.

- Quem é esse cara? Perguntou Felipe.

- Um cara que não vai deixar você continuar perturbando ele.

Leon tirou as mãos do Felipe de cima de mim e me puxou para perto e eu deixei. Felipe encarava tudo um pouco magoado e furioso.

O silencio constrangedor pairou sobre nos três. Leon usava uma camisa de manga longa azul e jeans bem escuros. Eu não fazia ideia do porque ele me parecia tão atraente.

- Ta indo pra casa? Posso te levar? Ele perguntou de repente.

- Não ele não pode. Parece que aonde ele mora é algo sigiloso. Falou Felipe.

Leon riu e se voltou para mim.

- Mas eu já sei aonde você mora Dan, te deixei lá ontem a noite lembra?

Engasguei na hora. Felipe em fuzilava com os olhos, tipo: você-saiu-com-esse-idiota-e-não-pode-aceitar-minha-carona?

- Deixa quieto. Felipe falou se afastou pisando duro.

Eu estava triste de fazer esse tipo de coisa com ele, mas não havia outro jeito.

- Então, ta indo pra casa? Perguntou Leon.

Me virei para ele.

- Na verdade, eu acho que estou.

###

Entrei em casa apresado e já fui recebido com um abraço de urso de Nick. Sorri e retribui ao abraço. Apesar de tudo o que havia acontecido, eu estava mais que feliz de ter Nick como irmão. Eu gostava dele de verdade e ele parecia gostar de mim.

Minha mãe surgiu em meu campo de visão logo depois. Eu não sabia como reagir a tudo isso. Devia abraça-lá?

Me libertei de Nick e a abracei carinhosamente. Felizmente, ela retribuiu ao abraço.

- Onde está meu pai? Perguntei.

- Está te esperando no escritório. Falou minha mãe.

- Pensei que conversaríamos todos juntos.

- Não precisa. Sabe nossa opinião. Por mim você voltava para casa agora. Disse Nick me abraçando por trás.

Sorri para eles e fui ao encontro de meu pai. O nervosismo circulava em minhas veias como um veneno me consumindo.

Abri a porta e entrei. Meu pai estava usando o moletom azul que eu o havia dado no Natal passado e os óculos de leitura. Ele tirou os óculos e levantou o queixo na minha direção.

- Queria falar comigo? Perguntei.

- Resolveu voltar? Ele me perguntou.

Vacilei um pouco, não sabia o que responder. Eu queria voltar.

- Você quer que eu volte?

- Porque saiu em primeiro lugar? Ele me lançou outra pergunta. Respirei fundo e pensei. Meu pai era tão difícil de lidar quanto eu, se eu não respondesse a pergunta, ele mandaria outra e mais outra até que conseguisse saber o que queria.

- Eu estava cansando de ser um fardo para vocês. Falei.

- Alguém aqui disse que você era um fardo? Certamente não fui eu.

- Ninguém disse nada, eu deduzi. Ouvi esses dois homens do seu trabalho falando sobre como devia ser horrível ter um filho como eu e - respirei fundo para recuperar o fôlego e continuei - nunca ouvi falar coisas assim sobre o senhor. Pensei que tudo era culpa e resolvi partir para poupar vocês de mais constrangimento.

Aquelas palavras vinham do fundo do meu coração. Eu nunca na vida queria ser um constrangimento para meus pais, mas eu não poderia ser diferente.

Meu pai coçou o queixo e olhou para mim.

- E você acha que fugir vai melhorar tudo?

- Não, mas é a única coisa que posso fazer por vocês.

- Fugir vai fazer você deixar de ser essa coisa que você é? Ele perguntou.

- Não, mas...

- Então não resolve nada. O que acha que vai acontecer no Natal? Toda a minha família vai vim para minha casa e vou ter que dizer que ou meu filho é um viado ou que fugiu. Não tem lado bom.

- Eu sinto muito se contar para vocês quem eu realmente sou foi um erro. Falei.

- Você sempre foi assim. Se vamos ver por esse lado então o erro foi feito quando você nasceu.

Eu queria chorar, Céus, como eu queria. Meu pai me achava a pior coisa do mudo e isso não iria mudar. Mas eu não podia culpa-lo.

- Sabe, isso também é difícil para mim. Ninguém como se sente um pai que tem apenas um único filho e ele de repente diz que é...

- Uma aberração? Gay? Pode dizer. Eu não me importo mais.

- Não aja como se sempre fosse julgado Dan.

Respirei fundo e me virei para sair. Eu não voltaria para casa ou para minha antiga vida. Eles estavam melhor sem mim e eu não iria tirar isso deles.

- Não se preocupe, eu não vou voltar para pedir dinheiro ou coisa assim. Falei.

- Todo mundo precisa de apoio. Ele disse.

- Engraçado você dizer isso, porque eu nunca tive. Mas quero pedir uma coisa, - Eu falei me aproximando da mesa. - Cuide bem da minha mãe e de Nick, e se cuide também. Quero que vocês sejam felizes, serio mesmo.

- Pode deixar. Meu pai disse.

Me virei e corri para fora, feliz por não ver nem Nick ou minha mãe no caminho. Mas ao fechar a porta vejo minha mãe no jardim, ela me vê e sorri.

- Como foi? Vai voltar hoje ainda, não é?

- Está tudo certo. Falei a abraçando mais uma vez e saindo. O carro azul de Leon ainda estava parado do outro lado da rua.

Me aproximei dele.

- Você me esperou? Perguntei.

- Claro, você podia querer outra carona e eu estava de bobeira mesmo.

Tentei sorri e entrei no carro, dando uma ultima olhada na minha antiga casa e desejando de coração que minha família fosse muito feliz.

###

Horas depois de contar tudo para Leon, ele se sentou ao meu lado na pequena cama de solteiro no meu quarto no apartamento de Caio. Como sempre, ele não estava em casa.

- Cara que barra. Eu não sei o que eu faria se minha família me desse as costas.

- Eu achei que não saberia, mas veja agora.

Leon se aproximou ainda mais, passando os braços em volta de mim. Eu sabia que o conhecia a muito pouco tempo para confiar nele tanto assim, mas eu apenas queria alguém que me ouvisse e não fizesse nada além disso.

- Mas sua mãe está com você, porque não conta para ela o que seu pai disse e...

- Eu não posso. Já basta as amigas da minha mãe se gabarem das namoradas dos filhos delas. Eu não posso fazer meus pais brigarem.

- Dan, mas você não simplesmente viver sozinho.

- Vou ficar bem.

Meu celular tocou pela milésima vez, provavelmente era Nick ou Felipe. Eu não queria falar com ninguém. Me aconcheguei ainda mais no peito de Leon. Ele parecia tão... Simples e certo. Eu me sentia o rei da complicação com ele por perto.

- Bom, não importa o que fizer, vou estar aqui quando precisar, ta? Ele disse me dando um pequeno beijo na bochecha. Corei e sorri, pelo menos uma coisa boa havia acontecido no final das costas.

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Comentários

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Por nada nao mais eu simplesmente quero que nosso personagem SOFRA jah cansei gente eu nao aguento tanta burrada dele nao. Meu Aslan maos que porra o cara so sofre e gosta de sofrer

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A verdade dói mesmo, mas mesmo assim vou lhe dizer: Teu romance que você erroneamente está publicando uma casa de contos é uma merda!

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