Boys don't cry - Meninos não choram! - 13

Um conto erótico de Pedro
Categoria: Homossexual
Contém 1149 palavras
Data: 06/09/2013 10:11:15

Era sexta feira, Eu tinha marcado de se encontrar com o Gabriel somente no sábado. Na noite de sexta Eu estava conversando com o meu pai sobre meu novo computador, o combinado foi que ele iria me comprar um novo laptop, fiquei muito feliz com a noticia. À noite entrei no MSN, mesmo muito cansado. Vi que o Gabriel estava on-line, e logo fui falar com ele, ele iniciou a conversa dizendo:

- Oi Pedro, amanhã você vai vim mesmo não é?

- Vou sim, com certeza!

- Tu vai pro jogo otário?

- Vou nada, gosto de futebol não.

- Pode crer, beleza então.

- Tu vai lá em casa de que horas?

- Sete horas, pode ser?

- Pronto, na hora que eu chego do jogo (...)

Conversamos mais uns dez minutos, eu queria ficar ali conversando horas a fio, mas estava muito cansado e o Gabriel também, então decidimos sair do computador. Desliguei o desktop e fui dormir. Sonhei com o Gabriel, no sonho Eu tentava, mas não conseguia beijá-lo, por mais que tentasse eu não conseguia. Então eu acordei.

Finalmente chegou a hora de eu ir para a casa do Gabriel, como meu pai não estava em casa tive que ir de táxi. Cheguei ao apartamento onde o Gabriel morava, e que apartamento em? Era um dos prédios residenciais mais caros da cidade. Entrei no prédio, ainda na recepção liguei para o Gabriel vim me pegar.

Quem atendeu foi uma voz feminina, ela falou:

- Oi. Disse a voz.

- O-oi, o Gabriel está? Disse eu um pouco desconcertado.

- Não, ele foi para o jogo e ainda não chegou. Sua voz era muito bonita.

- Olha – disse eu ainda um pouco nervoso – é que eu marquei de vir aqui na casa dele, estou na recepção.

- Você deve ser o Pedro não é mesmo? – indagou-me – Vou ai te pegar.

- Obrigado. Disse eu, desliguei a chamada.

Esperei um pouco até que finalmente ela chegou, era incrível sua semelhança com o Gabriel. Ela era tão alta quanto o irmão, era magra e bastante branca. Seus olhos tinham o mesmo tom de verde que o irmão, pela sua postura pude deduzir que ela era modelo. Então aquela era a irmã do meu amor? Me perguntei. Ela se aproximou de min e disse:

- Olá tudo bom Pedro?

- Tudo bem. Sorri para ela, ainda admirando sua beleza estonteante.

- Meu nome é Luciana, acho que você já percebeu que eu sou a irmã do Gabriel. Venha, te levo lá em casa.

- Tudo bem.

Ela era muito carismática, tanto quanto o irmão. Ela parecia frágil, mas sua postura denotava um ar de imperialidade, como se ela não precisasse de mais ninguém para viver.

O apartamento da família do Gabriel era muito luxuoso, os moveis denotavam um extremo bom gosto, a arquitetura era muito bonita. Fiquei um tempo admirando o lugar. Me perguntando como a mãe do Gabriel, que ele me disse ser solteira, podia sustentar aquela casa, ela devia ter um bom emprego e um ótimo salário.

Luciana me trouxe água, eu estava com bastante sede. Ela me ofereceu sobremesas, mas eu, com muita vergonha, rejeitava as ofertas. Ela ligou a televisão e ficamos algum tempo conversando na sala de TV. Pouco tempo depois sua mãe chagou em casa.

A mãe da Luciana e do Gabriel era morena e assim como os filhos era alta, tinha um ar de quem tivera sofrido muito na vida, mas que tinha conseguido vencer os problemas que apareceram em sua frente. Ela parecia cansada, e um pouco perturbada até. Assim que me viu falou:

- Olá, você deve ser o Pedro. Gabriel tem falado muito de você sabe. Aquele menino me dá muito trabalho sabe Pedro.

- Imagino, o Gabriel tem uma visão do mundo um pouco distorcida. Disse eu.

- Se tem! – ela parecia que tinha sofrido muito com as peripécias do Gabriel – nesse ultimo dia encontrei maconha embaixo de sua cama sabe Pedro.

Eu gelei nessa hora, como poderia? Eu sabia sim que o Gabriel era peça rara, mas drogas? Eu abominava (e ainda abomino) o uso de drogas. Ela continuou:

- Só Deus para dá um jeito naquele moleque. Eu não sei mais o que fazer sabe Pedro. Já tentei um psicólogo, mas não tem solução, ele começa a fazer tudo de novo com um tempo. Acho que é os amigos. Não você claro, você me parece uma ótima pessoa.

- Obrigado. Disse eu, um pouco envergonhado.

- Agora mesmo ele foi assistir ao jogo, tomara que ele não arranje mais dessas brigas de gangs. Ela começou a chorar, deveria ser muito difícil para ela.

A irmã do Gabriel ouviu a sua mãe chorando e foi abraçá-la; Eu estava com muita vergonha de estar ali, parecia que Eu estava atrapalhando uma questão familiar. Luciana falou:

- A gente sabe que você é muito amigo do Gabriel. Pedro, eu queria que você ajudasse o meu irmão. Suplicou.

- Eu farei o possível, gosto muito do Gabriel. “Eu o amo”, pensei.

- Eu já rezei tanto, sabe Pedro – disse a mãe do Gabriel, que se chamava Lucilene – quando eles tinham aproximadamente doze anos de idade o pai do Gabriel e da Luciana saiu de casa, foi para os Estados Unidos. O meu pai é americano, ele conheceu minha mãe no período em que a base aérea estava sendo construída. Ele deu um jeito de ficar aqui em Natal e foi morar com minha mãe. Minha mãe me teve, e eu conheci um sobrinho do meu pai que também era americano. Ele é o pai dos meus filhos. Mas ele foi embora para os EUA, a gente não dava mais certo. Disse ela ainda chorando.

- Então, foi depois da saída do meu pai que o Gabriel foi ficando assim. Disse Luciana.

Eu estava atordoado, toda aquela história da vida do Gabriel, suas atitudes, nunca pensei que tudo fosse assim. Em prantos Lucilene continuou:

- O pai deles manda uma boa pensão para os meus filhos, e eu também trabalho muito para dar o melhor para eles. Mas parece que o Gabriel não reconhece isso. Ela ainda chorava muito.

- Gabriel era muito apegado ao meu pai – disse Luciana também chorando – quando ele foi embora o Gabriel começou a se revoltar, a gente pensou que fosse uma fase, que logo mudaria, mas estávamos enganados. Desde a saída do meu pai o Gabriel ficou assim.

- Eu não sei o que dizer de tudo isso, quero muito ajudar o Gabriel, eu gosto muito dele. Falei, estava sem saber como reagir a aquela situação.

- Pedro, o Gabriel fala muito de você, a gente percebeu que você tem potencial para ajudá-lo a superar essa perda. Por favor, nos ajude.

- Farei o que puder Dona Lucilene. Disse eu.

Nesse momento o celular da mãe do Gabriel toca. Depois da chamada ela nos revela uma noticia muito perturbadora.

- O Gabriel está na delegacia, foi preso por quebrar o para brisa de um carro, se meteu em briga de gang de novo. Parece que ele está drogado.

Continua...

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Comentários

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Aff, a naum Gabriel, me decepsiona assim poh!

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