Boys don't cry - Meninos não choram! - 01

Um conto erótico de Pedro
Categoria: Homossexual
Contém 1178 palavras
Data: 05/09/2013 15:08:59
Última revisão: 05/09/2013 15:16:32

Olá, essa história que irei contar a vocês se passou comigo, moro na cidade de Natal no Rio Grande do Norte, sou estudante do ensino médio, faço academia e estudo de manhã e a tarde. Os nomes das pessoas envolvidas foram alterados para manter o anonimato das mesmas. Espero que gostem da história, boa leitura!Eu tinha acabado de sair do prédio de onde moro, localizado muito próximo à rua mais movimentada da cidade, tinha brigado com o meu pai, discutimos sobre meu futuro, o sonho dele era que eu fosse médico ou advogado, mas eu não queria isso para mim, meu sonho era ser historiador, filosofo e político, e que se foda o sonho do meu pai.

Era muito tarde da noite, o vento frio assanhava meus cabelos, não havia problema, minha preocupação não era aquela...

Primeiro - Eu me chamo Pedro (nome fictício), faço o terceiro ano do ensino médio e tenho 18 anos, minha relação com a família não é boa. Meu pai não gosta muito de mim, e ultimamente está sempre me questionando sobre as namoradas... que nunca trago garotas para casa ou começo um namoro serio, (não existe nem garotas nem namoros, por que eu não gosto de meninas).

Caminhei o que parecia ser meia hora e me deparei com o templo maior da Igreja Universal, era um templo muito bonito, sentei-me numa parada de ônibus na lateral da igreja, e fiquei olhando os vitrais da Igreja. Naquela hora não passava quase nenhum carro na rua, Natal era uma cidade que tinha o habito de dormi cedo.

Não sei quanto tempo fiquei ali, mas já era hora de voltar, minha mãe estava há algum tempo ligando para o meu celular, mandava SMS mandando eu ir pra casa, para voltar eu deveria atravessar uma passarela próxima a Igreja. Em encima da passarela o vento frio me fazia bater os queixos, ali podia ter uma visão periférica da cidade, e de seus prédios, era uma vista bonita.

Quando estou descendo a escada em espiral quadriculada da passarela escuto um choro alto, triste e masculino, era um choro bonito, leve, soava tão bem... Parei subitamente antes que o alguém que estava chorando me percebesse, mas foi tarde.

A pessoa que estava chorando parou de chorar, eu também não dei um passo sequer, esperei um pouco e ele voltou a chorar, dessa vez uma pena me invadiu a alma, andei e me aproximei do homem que estava chorando.

Aquela visão me deixava triste, mas ao mesmo tempo me encheu de alegria, um rapaz estava sentado em um dos degraus da escada em posição fetal, ele chorava compulsivamente, pigarreei, ele me ouvi e olhou para mim, foi como se meu corpo tivesse levado um choque.

Seus olhos eram verdes, mas seu globo ocular estava vermelho de tanto chorar. Seu rosto era branco, e seu cabelo curto, era lindo, não consegui dizer palavra. Mal sabia eu que aquele momento mudaria minha vida, para sempre...

Meu corpo tremia, mil pensamentos corriam pela minha mente como cavalos selvagens, como touros espanhóis. Eu só conseguia olhar aquele rapaz, ele era muito lindo, nunca tinha me apaixonado antes, e nunca esperaria que fosse amor à primeira vista.

Ele virou o rosto e baixou novamente a cabeça, continuava em sua fetal, ele tinha um carisma mais que contagiante, e mesclava como ninguém um aspecto infantil e adulto ao mesmo tempo, era o Charme. Eu já estava mais que apaixonado por aquele rapaz, não conseguia ouvir mais nada, apenas meu coração palpitante.

De súbito tomei uma iniciativa que jamais pensaria fazer em qualquer outro momento, sentei ao seu lado. Ali era quente e tranqüilo, não havia problemas ou pais que queriam ver seus filhos formados em medicina ou advocacia, não havia noite fria, nem qualquer outra coisa que me deixasse triste. Quando percebi, estava semi-ereto, sentar ao lado daquele rapaz era excitante.

Fiquei ali ao lado daquele jovem, que eu nem sequer sabia o nome, ou onde morava, ou qualquer outra informação, apenas estava ali, era ótimo para min, e eu podia sentir que para ele também.

- Quem é você? Ele cortou o silencio.

- Me c-chamo P-Pedro. Disse eu muito nervoso, ele tinha uma voz magnífica, pensei.

- Meu nome é Gabriel, tenho 20 anos e você não gostaria de estar na minha pele – disse ele enxugado as lagrimas com as mãos – moro aqui perto, bati com o carro da minha mãe, tirei notas mais que baixas e fui expulso da escola por bater em um moleque.

Me surpreendi, aquele garoto que estava ao meu lado era um típico bully, eu tinha sofrido muito nas mãos dos bullies na minha infância e parte da juventude, mas eu não queria saber, era passado e aquele rapaz era meu futuro. Ele continuou:

- Eu sou a ovelha negra da família, sempre faço as merdas da casa, por isso que estou aqui, por isso que estou nessa fossa.

- Não fica assim cara, tudo vai melhorar. Disse eu.

- Não! Não vai não. E agora cara? O que eu vou fazer da minha vida? Estou cansado de ter que ser o valentão da escola, de ser o pegador, de ser o mais popular...

Eu ficava cada vez mais triste quando ele dizia algo ruim de si mesmo, eu não queria que ele pensasse assim, pode parecer loucura, mas eu já o amava, eu já queria todo bem do mundo para aquela pessoa que tinha conhecido há cinco minutos atrás.

- Cara, tipo, tem uma lanchonete legal, não é muito perto daqui, mas também não é muito longe, vamos para lá, fica aberto o dia inteiro e a gente pode ir conversando no caminho, eu também sou a ovelha negra da família, comentei.

Ele ficou um tempo calado, fitando o chão como se pensasse fortemente no que iria fazer, olhou o relógio, eram três da madrugada, eu tinha passado mais tempo na rua do que tinha imaginado.

- Vamos! Disse Gabriel, o meu amor.

No caminho fomos conversando sobre a vida dele, de como era conturbada sua relação com a família, com a irmã, com os pais... Ele parecia ser a pessoa mais cheia de problemas pessoais que eu conhecia, e eu estava decido a ajudá-lo a superar todos, depois de algum tempo de caminhada, numa rua muito deserta olhei para seu calção, assim como eu ele também estava semi-ereto.

Subitamente o silencio natural das ruas desertas foi cortado pelo barulho de um carro em alta velocidade, era uma 4x4 muito bonita, Gabriel parou e se voltou para trás rapidamente, assustou-se com o súbito barulho produzido pelo carro.

- Quem é o louco que dirige assim há essa hora? Indagou-me.

Eu sabia de quem era aquele carro, sabia quem era o louco que dirigia assim há àquela hora, era o meu “querido” pai. O carro vinha em nossa direção em alta velocidade, minha noite maravilhosa parecia estar indo pela descarga.

Continua...

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Oi gente, estou começando agora a repostar um conto que eu curti muito quando li, O nome do Escritor é Leandro, porém não sabemos mais nada sobre ele, enfim, espero que gostem.

E ai continuo?

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Comentários

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Me chamou muito atençao, estou gostando!

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É claro que deve continuar sim, essa parte foi demais.

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