A História de Diego - 46

Um conto erótico de Kahzim (Ian)
Categoria: Homossexual
Contém 881 palavras
Data: 04/09/2013 21:18:14

Fiquei surpreso, mas no fundo eu sentia que havia algo estranho naquela atitude dele de desviar do caminho do motel. Ele tinha razão, eu o desafiara, apostara alto pensando que ele não seria capaz de uma atitude drástica. Ele estava ali retomando o controle da situação, em outras palavras, mostrando quem é que manda.

- Porque está fazendo isso Sam? - Indaguei encarando-o.

- Você sabe porque, porra. Anda, sai do cacete desse carro.

- Sam, pensa bem no que você quer fazer. - Mantive meu olhar encarando-o.

- Para de olhar para mim, para de olhar para mim.

- Não Sam, quero que você me olhe bem nos olhos e diga porque vai fazer isso comigo.

Ele me puxou pela gola da camisa, naquele seu familiar gesto de colocar o cano da arma no meu queixo.

- Te encaro porra. - Falou ele me fitando diretamente. - Acha que eu tenho medo da porra dos teus olhos. Só porque são iguais aos olhos dele? - Gritou.

- Ele quem, Sam? Ele quem?

- O Kauê, você tem os mesmos olhos dele. - Falou ele engolindo em seco e percebi que seus olhos estavam cheios de lágrimas.

- Você amava o Kauê?

- Não. - Falou ele e me largou olhando para a frente e segurando a arma junto ao volante. - Quer dizer, acho que amava sim, mas nunca admiti isso. Eu tive um caso com ele, ele queria expôr para todo mundo e eu... eu matei ele cara. Eu tive que matar ele. E quando eu olho para você, só lembro disso, como gostava de ficar com o moleque. Não queria ter feito aquilo, ele me obrigou.

- Sam, então você não gosta de mim cara, eu sou apenas parecido com o cara que você matou e gostava. Você não quer cometer o mesmo erro de antes quer? Vai matar outra pessoa por causa desse sentimento que você não quis admitir?

- Não estou te matando por negar sentimento. Eu reconheci a porra do meu erro, quis assumir o sentimento contigo. Mas você é um filho da puta, não é como o Kauê, que me amava. Você é um puto escroto, que quer me ver num caixão que eu sei.

- Não Sam. Eu só quero viver um amor e você quer tirar a minha vida e impedir isso. Quer que eu tenha o mesmo destino do Kauê.

- Não fala no nome dele. Ele era um menino direito. Você é um puto. Um puto desgraçado. Ele transava comigo por amor. Você só me dá por causa de grana.

- Sam, eu..

- Sai da porra do meu carro agora.

- Hã?

- Sai dessa porra e sai correndo, é a última chance que te dou. Nunca mais olha na minha cara e você vai viver esse caralho de amor que tanto fala.

Mal acreditei na minha sorte. Peguei meu caderno e pulei do carro. Sai correndo pelas mangueiras no escuro e não vi sinal de movimento no carro dele. Seguei pelas partes mais escuras possível com medo dele estar blefando e atirar em mim, mas ao que parece ele não tomou qualquer tipo de atitude.

Andei dois quarteirões e cheguei a uma avenida, na qual ficava a entrada principal do campus. Peguei o primeiro ônibus que apareceu e desci em um terminal. De lá, chamei um mototáxi e fui para casa. Cheguei tão cansado e suado em casa que parecia ter voltado de uma batalha, a Nic estava trabalhando e o Lipe estava na cozinha fazendo comida.

- Aê, Dee. Quer panqueca?

- Quero sim. - Falei entrando na cozinha.

- Puta que pariu, o que houve com você? - Exclamou ele ao ver meu estado.

Contei tudo que houve com o Sam.

- Meu Deus, amigo. Você nasceu de novo. Será que ele vai te deixar em paz? Acho melhor a gente se mudar.

- Também acho. Vamos se mudar sim.

- Toma, come. - Ele colocou um prato de panquecas na minha frente e comecei a comer com ávidez. Estava com muita fome. Ele então contou que tinha sido tudo tranquilo com o Fábio. Mas não tinha sentido muito feeling entre os dois, apesar de terem ido para o motel e passado a tarde transando.

Fomos dormir mais uma vez na mesma cama. Meu coração ainda tremia.

- Lipe, nunca te perguntei isso. Mas o que você curte mesmo na cama? - Falei para puxar assunto.

- Hein?

- O que tu curte curte cara. Dar, comer?

- Dee, não tô captando o sentido disso.

- Não tem sentido nenhum, só quero saber.

- Eu sou versátil mesmo, curto dar e comer de boa. Mas comer é mais minha praia, porque dando canso logo, mas comendo passo um tempão. E tu?

- Eu curto comer e chupar rola. Dar é mais pra agradar mesmo.

- Chupar todo mundo curte ué.

- Mas comigo é diferente, eu realmente curto muito, saca? Tipo, quando eu tô nervoso, ansioso, dá logo uma vontade de mamar numa piroca para eu me acalmar, saca? É um troço muito relaxante.

- Saquei. Eu não sou dessa forma não. Curto, mas não é algo que me faz resolver os problemas. O que me faz esquecer tudo é...

- É a droga né?

- É sim. Mas tipo, bom pra você que chupar rola te relaxa tanto. Por isso você não fuma, não bebe, não cheira pó.

- Pois é.

Ficamos em silêncio por vários minutos.

- Lipe? Tá acordado?

- Tô cara.

- Deixa eu chupar teu pau?

Continua....

P.S: Logo tem mais um.

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Comentários

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Feliz pelo que aconteceu com Sam, mas agora essa de chupar o Lipe, ta tudo estranho!

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Cara!! Que barra essa do Sam, por medo de se assumir ele matou a pessoa que gostava, eu me sinto solidário para com ele, tudo bem que matar não e certo, mas estando com medo ou nervoso fazemos coisas impensáveis, sentimento de culpa pro resto da vida..

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Já li dois contos onde a pessoa só amou outra por se parecer com a antiga, e isso é bem estranho. Se Sam realmente quer o Diego, essa mudança vai ter problemas quando ele descobrir. Pelo visto o Diego vai ficar impossível hahahahha

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O samuel é louco,matou o cara por gostar dele,vai entender.o Diego merece ser feliz.esperando o proximo.

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O Dee tem um lado mega safado. Aff ele deu sorte de o Sam ter um minuto de generosidade e deixar ele vazar de lá.

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Espero que esse desgraçado que atende por Samuel sua de vez da vida do Diego. Pelo amor, esse cara precisa de um pouco de paz e felicidade, e se ver livre daquele escroto seria uma boa. Agora não curti a atitude dele com o Lipe, será que ele vai se apaixonar?? Eu não vi o Dee naquele momento, como ele mesmo gosta de separar, mas eu vi o Diego ;/

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