A História de Diego - 45

Um conto erótico de Kahzim (Ian)
Categoria: Homossexual
Contém 1332 palavras
Data: 03/09/2013 23:34:13

Sabendo que não tinha como escapar daquele idiota, caminhei até o carro dele. Bati no vidro e ele destravou a porta.

- O que você quer? - Falei sentando do seu lado.

- Foi estudar hoje não?

- Fui, mas voltei de carona.

- Fiquei feito um idiota esperando você sair.

- Porque não me ligou?

- Tinha outros assuntos. Pega aê, não paguei seu último programa. - Falou me jogando um bolo de notas, que peguei e guardei. - Quero foder de novo.

- Tudo bem, só não pode sem camisinha de novo.

- Porque?

- Porque eu tive que ir no médico e estou tomando remédio para evitar contaminação por alguma doença.

- Está me chamando de doente, porra? - Esbravejou ele ferozmente me segurando pelo queixo.

- Não, Sam. Mas eu preciso me cuidar. E sem camisinha não transo mais não.

- Ai não? Esqueceu o que eu falei da última vez?

- Esqueci não e quer saber. Sua única arma é me ameaçar de morte, então pode matar. A única coisa que tenho na vida é o meu corpo, e uso ele para me sustentar. Se você vai querer expor meu corpo a alguma doença que vai tirar minha vida, melhor me matar logo.

- Ah, é? - Indagou ele rindo e me soltando.

- É sim. Anda, você deve estar com uma pistola dentro da roupa. Me mata e me joga na calçada, ninguém vai se importar. Eu sou apenas um garoto de programa. Ninguém liga para um garoto de programa morto.

- Não é uma má ideia fazer isso.

Ele sacou a pistola e colocou no meu queixo.

- Se importa mesmo de morrer não?

- Claro que me importo. Eu tenho um cara que amo que quero ver de volta a minha vida. Tenho uma mãe e três irmãos necessitados que precisam de mim. Mas eu não vou aguentar você ameaçando minha vida Sam. A gente estava se dando tão bem. Não tenho palavras para expressar minha gratidão naquele assunto do Bill. Mas tipo, você andou pisando muito na bola comigo, se quer ter um relacionamento, não é esse o caminho.

- E você quer que eu faça o que porra? Eu te ofereci grana, te ofereci uma vida melhor, te dei presente. Você só rejeita tudo.

- Eu já disse. Não quero te pertencer. Quero mandar na minha própria vida.

- Você não manda na sua vida, caralho. E eu perdi o tesão de te comer. Amanha a noite eu volto, te pego lá na tua faculdade e levo num motel mesmo. E vou relevar o lance da camisinha, mas só porque afinal você não quer largar essa vida de puto e pode me passar doença também. Mas controla essa língua comigo. Bom saber que você se importa com mamãe e maninhos. Próxima vez que você me desafiar, mato um deles. E se escapar de mim, mato todos e mato teu namoradinho também antes de te queimar.

Desci do carro dele tremendo de medo. Havia sido muito corajoso. Mas vacilei mesmo ao falar da minha mãe. Ele sabia do meu problema com meu padrasto mas pensava que a família estava afastada de mim. Eu não conhecia o Sam direito, mas como traficante, matar pessoas não devia ser exatamente um problema para ele.

Cheguei em casa e não havia mais ninguém acordado. O Lipe estava na minha cama novamente. Tirei a roupa e contei a grana que o Sam tinha me dado: R$ 500,00, nada mal, mas eu daria aquilo e muito mais para ver ele bem longe da minha vida. Fui ao banheiro tomar banho e deitei gelado ao lado do Lipe. Encostei meu braço nas costas dele e o fiz acordar.

- Diego. Chegou agora?

- Foi, desculpa te acordar. Como foi o dia?

- Normal e o seu?

- Reencontrei minha mãe.

- Sério, e como foi? - Indagou ele, ao que contei tudo que havia ocorrido.

- Caramba. - Impressionou-se Lipe. - Mas é até bom o traste do teu padrasto ter sumido do mapa. Posso ir visitar eles com você?

- Claro. - Falei me aconchegando mais aos lençóis.

- Dee, cara. - Falou Lipe cautelosamente. - Como você está sobre o Thor?

- De boa Lipe.

- De boa mesmo? Não pensa mais nele?

- Penso todo dia o tempo todo. Mas tenho que viver né?

- Eu também penso muito nele. Não tanto quanto você, claro. Mas tipo, o que será que o Thor foi fazer?

- Não sei, teremos que esperar os tais seis meses que ele falou.

- Você sente falta de carinho? - Perguntou ele virando-se para me encarar.

- Sinto muito. Muito mesmo. - Falei.

- Eu também sinto. - Respondeu. - Eu quero largar essa vida e arranjar um namorado. Mas eu preciso ter uma profissão, estudar como você está estudando.

- Se um cliente quisesse te bancar, você toparia?

- Depende. Se fosse bonito, até topava.

- Vou te apresentar uma pessoa.

- Que pessoa?

Contei tudo sobre o Fábio e sua proposta. Ele achou bem interessante e entendeu que eu não podia aceitar por causa do Thor.

- Mas tipo, eu não acho que ele queria te comprar. Só queria que você desse um tempo dos programas para ver se rolava algo sério. - Falou.

- Não sei. Tipo me ofendi, mas amanhã trago ele aqui para te conhecer.

Passei o dia seguinte maquinando a melhor forma de apresentar o Lipe ao Fábio. O Lipe era um moreno muito bonito. Tinha mais corpo do que eu e era mais bem dotado também.

A tarde, fomos os dois visitar minha mãe e ela realmente estava morando em péssimas condições. Tirei mais R$ 300,00 do dinheiro que o Sam havia me dado e disse para ela alugar um local melhor que eu pagava. Matei a saudade do Vinny e da Monique, mas o Clailton não quis conversa comigo. Ele era bastante fiel ao pai e não devia ficar exatamente feliz por me ver. Mas tudo bem.

Após minha mãe, o Lipe foi comigo para a faculdade. Fomos para a área de estudos da biblioteca e mandei uma mensagem para o celular do Fábio. Ele logo chegou lá bem envergonhado, parecia estar lembrando ainda da conversa do dia anterior.

- Beleza Fábio? Esse aqui é o Lipe, meu amigo. Lipe, esse é o Fábio.

- Prazer Fábio. - Cumprimentou Lipe.

- Prazer cara. - Respodeu Fábio sentando-se com a gente. Notei que ele comeu o Lipe com o olhar.

- Você me chamou para que Diego?

- Só queria te apresentar o Lipe. Ele também é boy de programa, achei que talvez você quisesse conhecer outros. Tenho uma aula agora. Vou deixar vocês conversarem.

Eu não tinha aula, fui apenas fazer hora em outra parte do campus para dar espaço a eles. O Lipe não deu sinal de vida até a hora que minhas aulas acabaram, desci e lembrei que o Sam disse que me buscaria. Não deu outra, logo na saída lá estava o carro dele.

- Boa noite. - Falei ao entrar.

- Boa noite, meu gato. Motelzin, pode ser?

- Pode. E valeu pelo extra de ontem.

- Você mereceu.

Ele dirigiu para o mesmo motel onde tirei a virgindade do Fábio. A diferença é que eu seria o enrabado da vez. Ao chegar próximo do Motel, ele desviou e pegou uma rua lateral. Essa rua dava acesso ao muro de outro campus da universidade onde eu estudava, um campus bem maior, com muita área abandonada.

- O motel é por ali, Sam. - Falei temeroso.

- Eu sei. Mas mudei de ideia, vamos a outro lugar.

- Que outro lugar?

- Fica quieto que você logo verá.

Fiquei torcendo as mãos nervoso, imaginando para onde aquele maluco queria ir. Ele seguiu pela rua que fazia fronteira com o muro do campus até uma área com várias mangueiras, que tornavam a região muito escura. Apenas uma pessoa louca transitaria por ali naquelas horas. Ele apagou o farol do carro e rodou mais algumas dezenas de metros até encostar.

- Pronto, a gente chegou. - Falou ele simpático.

- Vai me comer aqui nesse escuro? - Perguntei tentando simular um tom de voz leve.

- Não, eu vim te matar. - Falou ele agressivamente me apontando sua pistola, que vi brilhar na meia-luz. - Você não pediu pela morte? Desce do carro para morrer, viado filho da puta.

P.S: Até amanhá pessoal.

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Comentários

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Ahhh pq???!!!!! vcs escritores SEMPRE param na melhor parte, é incrivel kkkk

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Queria q o Diego ficasse com o Fabio, tomara q esse Sam morra.

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Ou o Diego vai hipnotiza-lo com os olhos azuis e matar o Sam '-'

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Nossa, como a pessoa fala que te ama e depois que lhe mata, não entendo, tomara que as coisas comecem a da certo na vida do Diego ele nao merece morre.#

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Amanda a cada dia esse conto. Parabéns por tornar nossos dias e noites mais animados com essa história tão envolvente. E esse Thor hem? Que covarde!!!! Deixar o Dee sozinho com esse desequilibrado do Sam a solta. Bem que o Dee podia se acertar com o Lipe ou o carinha da facul.

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Nossa, como a pessoa fala que te ama e depois que lhe mata, não entendo, tomara que as coisas comecem a da certo na vida do Diego ele nao merece morre.#

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Vai nada, o Sam vai chorar e em lagrimas dizer como foi a vida dele e como está sendo difícil apaixonar por um homem hahahahha. Então o Diego vai acabar aceitando o pedido... É pelo menos penso isso '-'

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Eu acho que é só pra pregar um susto nele... O Sam não faria as coisas desta forma caso o quisesse matar, penso eu. Continua logo

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Esse Samuel é um escroto. Cara nojento, ridículo. Não vejo a hora dele morrer, de preferência pelas mãos do próprio Diego.

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#so sad... mas o Samuel não vai matar o Diego, não se ele realmente gosta dele...

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Acho que o Sam só que assustar o Dee. Acho que ele tem que mudar os métodos caso queira que o Dee desenvolva allgum sentimento por ele, pois desse jeito não vai ser. Incrível o conto cara.

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Nããaãooooooo!! Que tenso, acho que o Sam quer só assusta-lo, assim espero..

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